sábado, 19 de agosto de 2023

VIDA, SOMENTE VIDA

Neste amanhecer de sábado em que mais uma vez, a vida me esperava para apaixonadamente beijar-me, penso realista que além de ser um hábito, ela também desejou compensar-me pelas dificuldades que senti para pegar no sono na noite passada, coisa raríssima de acontecer, afinal, desde a tardinha, incansável, enviou-me sinais e mais sinais, abalando-me com suas insistentes mensagens sensitivas e eu, sempre muito ignorante, deixei-me confundir ao ponto de perder o sono e somatizar meu corpo com uma repentina alergia, isso sim, coisa de louco...

E aí, agora beijada e absolutamente relaxada, posso compreender a insistência da vida em mostra-me sem véus de camuflagens o universo no qual, estou inserida, lavando com as águas da realidade os reais personagens, nesta comédia vivencial a cada dia mais desgastada, devido as muitas cópias que dela, são extraídas e dos muitos personagens que se inserem, buscando seu espaço no palco das representações cotidianas.


Ufa!!!

De repente, percebi e ao mesmo tempo compreendendo sem retoques ou possíveis adendos que, nesta altura de minha vida, já fiz, absorvi, doei, criei, moldei, fui moldada, enfim, não devo nada e ninguém me deve, seja lá o que for e que estou ainda por aqui, apenas, para ser e viver como um livre pássaro. 

Posso estar em qualquer lugar ao lado de qualquer pessoa sem que haja transferências mútuas de ideias e ideais, imagens, selos ou blindagens seja também do que for, principalmente, na área política onde não há qualquer laço de lealdade, verdade e fidelidade e onde, geralmente, extraio momentos alegres e descontraídos, afinal, nunca afirmei ser normal, além de deixar sem rodeios minhas mensagens de vida, humanização e ética pública.

Não fui e não sou A nem B, até porque, estão sempre se misturando a depender dos interesses momentâneos, não havendo qualquer traço de decência postural.

Todavia, reservo-me ao direito de hoje, enxergar entristecida que durante décadas, por idealismo cego, deixei-me acreditar que havia uma visão universalizada de bem comum, no lado por mim escolhido.

Qual nada...

Neste rio caudaloso repleto das piranhas dos interesses políticos, todo jacaré prevenido, nada de costas.

E aí, onde entra a Regininha, babacona de plantão que tem medo das espinhas e dos dentes das piranhas, mas também foge da mordida mortal dos  jacarés?

Regininha está voando, ciscando aqui e acolá, deixando sua mensagem para quem quiser ouvir e depois, reverberar.

Vida, somente vida é capaz de me emocionar...

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