O mês de agosto será sempre simbólico pra mim, afinal, foi nele que precisei ceder a presença de Roberto de minha vida para a universalidade.
Não o fiz de livre e espontânea vontade, no entanto, era chegada a hora e nada me cabia fazer, para reter o círculo ininterrupto de vida.
Três anos já se passaram e eu, ainda não me acostumei com a sua ausência harmoniosa, calma e disponível em atender a esta criaturinha passional, mimada e mal acostumada, que sabia ser amado.
Tenho feito ao longo desta ausência, muitas retrospectivas de nosso convívio, uma espécie de balanço de duas vidas que seguiram o trajeto, aprendendo e se aperfeiçoando mutuamente, num apoio incondicional, sem culpas ou castigos, tão somente, amparo para que nenhum dos dois, caísse nos abismos sistêmicos ou até mesmo, cognitivos que não faltam nas vivência e principalmente, numa convivência tão longa e atípica.
Nossa perigosa tendência em burlar as mesmices, arriscando novos voos, provavelmente teria nos feito sucumbir, se um não estive ao lado do outro, com braços de ferro e coração afetuoso, numa parceria dos deuses.
Em noites como esta, nem o céu estrelado, é capaz de distrair-me da saudade.
Neste instante, ouço Tony Bennett - Wonderful
que adorávamos, penso então, que talvez, uma das estrelas, seja você, e aí, sorrio, afinal, você se foi, mas o seu melhor, permaneceu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário