Novas emoções podem surgir de um instante para o outro e necessariamente, não precisam estar relacionados com o prazer, a alegria e muito menos, felicidade, afinal, desgostos, decepções e perdas, também produzem emoções que fazem doer a alma e confundir a mente.
Nesta sexta-feira que amanheceu chuvosa, mas com o céu iluminado, prometendo um sol se não ardente, pelo menos amenamente persistente, levando-me a pensar que recebemos tantos mecanismos instrutivos na mais tenra idade e em seguida, somos levados às escolas, exercitamos a convivência e adquirimos inúmeros conhecimentos, mas em momento algum, ensinam-nos as lições que são capazes de serem norteadores do autoconhecimento e muito menos, do reconhecimento da vida, a partir de nós.
Por que será que assuntos primordiais a própria sobrevivência física e emocional, nossa e do tudo mais no qual, estamos inseridos, jamais foi relevante, como a matemática, a ciência e hoje, a tecnologia, mais do que o tudo mais.
Mundo afora a cada semestre, as faculdades abrem seus portões e por eles saem, mestres e doutores em tudo que se possa imaginar, capazes de detalharem tudo quanto, a sabedoria humana sempre foi capaz de descobrir e aperfeiçoar, mas nada, verdadeiramente sobre os princípios básicos e fundamentais para que, a criatura humana se reconheça vida em meio a vida, nos detalhes mínimos, onde ela possa vivenciar a própria vida de forma mais consciente.
Todavia, ensina-se os mecanismos para se detectar distorções nas condutas emocionais, métodos capazes de aliviar as dores d’alma, farmacologia para controlar os desvios de condutas, sufocando suas origens herdadas ou assimiladas psíquicas e emocionalmente, mas nada que se relacione a um aperfeiçoamento individual, quanto a convivência dela com ela mesma, num controle mais equilibrado sobre a influência, geralmente, invasiva de um tudo mais, farto e profundamente diferenciado.
Penso então, que se isso fosse uma pratica, certamente o ser humano, não precisaria de Deuses e semideuses, afim de justificarem suas vitórias e principalmente derrotas, assim como, faria de suas próprias passadas existenciais, caminhadas de experiências, incrivelmente mais lúcidas e integradas a um todo, sempre disposto a lhe oferecer o seu melhor, formando com ele, uma parceria menos agressiva.
Neste meu pensamento de integração existencial, não foi esquecido a essência de cada criatura, assim como as diferenças culturais, territoriais e climáticas, afinal são reais, nas suas diferenciações territoriais, foco-me nas forças possíveis, quanto as interpretações, consequentes visões que geram ações, que por sua vez, fazem desabrocharem as reações de afinidades ou não.
Esses efeitos, absolutamente individuais, são inegáveis, todavia, haveria uma mais ampla conscientização e lucidez da criatura com ela mesma e com o tudo mais, afinal, onde existe o senso de pertencimento individual, também reside a capacidade quanto ao entendimento das possíveis reações do tudo mais, estabelecendo-se uma maior tolerância nas interatividade e equilíbrio avaliativo, quanto a aceitação ou não, seja do que for.
Homem e o universo, homem e a terra, homem e os sentidos, homem e o raciocínio, são as disciplinas capazes de esclarecerem, não só a própria potencialidade, quanto a sua participação interativa e ininterrupta, neste show continuado da vida.
E aí, sorrio...
Afinal, eu poderia ficar o dia inteiro discorrendo sobre interação existencial e seus efeitos...
O sol, finalmente se instalou no jardim, atraindo o canto diversificado dos pássaros e fazendo saltar da terra, úmida, os infinitos odores que se misturam e produzem os perfumes que me inspiram e dão sentido aos meus sentidos e assim, na quietude deste pequeno espaço que habito, os meus portões interiores se escancaram para que o bendito Deus que sou capaz de enxergar e sentir em tudo, possa se expressar também, através de mim...
BOM DIA!!!
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