quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A QUARTA FEIRA NASCEU ENSOLARADA

 

e eu, quietinha no meu paraíso, olho o jardim e penso que, afinal, bom seria se essa tal de COVID que levou embora tantos amores, inclusive o meu sem qualquer licença, também desaparecesse de fininho, afim de que, pudéssemos pelo menos voltar a abraçar a vida sem medos e temores, beijar o belo, o amigo e o que nos agrada, sem corrermos o risco de morrer ou de matar, na mais singela das expressões amorosas humana.

Saudade da bendita afetividade que insisto em manter ativa através de meus olhares, minhas palavras e meus gestos de afetividade e que sem, não mais teria sentido continuar a existir.

Faço de minha irreverência e de meus sorrisos francos, os sagrados escudos de minha segurança emocional, senhora gentil, mas exigente quanto, as providências que precisa ter com o meu bem-estar pessoal.

Portanto, sorria, pois afasta a dor e leva embora o pranto.

Para você que me lê, um dia de absoluta paz, através de sua capacidade em apreciar o belo que nem esta pandemia destruidora, foi capaz de empanar.

Beijos da Regi, seguido de minha gratidão.

sábado, 26 de setembro de 2020

OS ABUTRES NÃO PASSAM FOME.


Nesta manhã de início da primavera, olhando para o jardim e enxergando as ainda tímidas flores que já se fazem presentes colorindo os meus olhos, penso e em sequência temo que a oratória e o carisma populista, novamente sejam mais fortes que a dura realidade em que vivemos em nossa cidade, onde 90% de seu território, incluindo as belíssimas praias se encontram em absoluto abandono.

A falta da integração da comunicação entre as comunidades, não oferece a cada uma e a seus moradores a real e cruel situação uma das outras, assim, como da cidade como um todo, portanto, é fácil concluir que não foi sem um ardiloso e premeditado plano político que a maioria das obras pontuais foram realizadas estrategicamente nos redutos de maior número de eleitores.

Observem a malícia da manipulação e depois me digam se estou errada, mesmo reconhecendo que para alguns poucos beneficiados, como Barro Branco, Portelinha, Misericórdia e Mocambo as melhorias foram e são gratificantes, mesmo que tenham sido realizadas a meia boca, sempre é melhor não ter que pisar dia após dia na lama, desviando dos matos e dos lixos que permanecem como adornos do pouco caso público, pelo menos por algum tempo, já que também é notório que são obras caras e pífias nas suas estruturações e qualidade dos materiais empregados e em alguns casos, também com uma mão de obra sem qualificação.

Todavia, o pior de toda essa falta de integração é manipulação populista é a manutenção sufocada do senso bendito do pertencimento de cada cidadão, que ao existir livre e adequadamente informada, une a população fracionada em comunidades em uma mesma causa progressista, onde planos de desenvolvimento são apresentados focando um respeito a consciência coletiva, desenvolvendo a capacidade social integrativa porque, afinal, se está bom para mim, também precisa estar para o meu vizinho.

O separatismo coletivo geralmente é sutil e pernicioso e se alastra com todo o seu poder manipulador, enfraquecendo os valores ligados ao bem estar da coletividade e como um rastilho de pólvora bem direcionado, coloca em permanente risco, o não menos bendito senso comum que caracteriza a verdadeira compreensão do que representa o entendimento do que seja para uma pessoa sentir-se verdadeiramente um cidadão.

Então, é possível constatar-se na prática o resultado desta artimanha política que mesmo carcomida e fedorenta, ainda serve de alimento para os abutres, cujas sobras são distribuídas calculadamente entre os pássaros de asas quebradas que isolados em seus redutos, são incapazes de enxergar e muito menos plainar sobre suas próprias formas de participação coletiva.

 Saindo das analogias e adentrando na realidade, somos uma pequena cidade fracionada e permanentemente enfraquecida, onde os relógios não batem na mesma hora, ficando as doze horas, como um sinal de fartura de um constante farnel para os abutres, cujos apetites insaciáveis os estimulam a não largarem a carniça.

O todo de Itaparica tem fome e precisa se alimentar de DIGNIDADE JÁ.

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

PERDI O SONO

  Das profundezas do meu inconsciente, brotam lembranças que arquivadas desordenadamente sem datas ou qualquer outro critério, apenas explodem em meu consciente cansado devido a profusão das infinitas emoções, sentidas.

Num vai e vem de sentimentos, lá estão as imagens de momentos breves, mas que pareceram   longos e alguns, talvez tenham sido, mas que absolutamente soltos  em meio a épocas distintas, mais parecem sonhos ou pesadelos em forma de recortes de uma história, hoje indiferentes, como se eu, não os tivesse vivenciado.

Fantasmas ou apenas sombras que se esconderam nos recôncavos de minha mente, esperando o momento propício para se fazerem notar, num astuto lembrete de que tudo passa, tudo sempre passará, tornando-se recortes de uma, tão somente vida.

E como um corpo em constante transformação, a mente acompanha os sempre atuantes sentidos, abrindo portas, descerrando janelas, deixando ventos turbulentos e brisas amenas adentrarem, para que não sejam esquecidas, as infinitas tatuagens que desenharam  a mulher que ora sou, tão solta a bailar em meio ao estranhamento das inúmeras diferenças, quanto as pontuais, mas também, infinitas lembranças.

E aí, o que fomos ou o que seremos se funde magicamente, no que sou agora.

E o que sou, senão tão somente, um grão de areia, nesta praia paradisíaca que é a vida.

O sono é como um tranquilo mar que em forma de sucessivas e suaves marolas, deita-se sobre as areias, beijando-as e, como um bendito grão, sinto-me beijada também.

Boa noite ou será, bom dia?

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

SEMPRE MUITO DIFÍCIL...


O computador já havia sido fechado e o celular colocado para carregar, rotina noturna que antecede o momento bendito do descanso que hoje, fora dos padrões aconteceu às 22.30 hs.

Nenhuma novidade se não fosse um absurdo vindo de mim, já que meu reloginho biológico dispara o alarme no máximo as 21 horas.

Mas como dormir, se não me fiz entender?

Será que não entenderam ou tão somente, é mais fácil me condenar por expressar as dúvidas que vão além de minha percepção, mas que por infinitos motivos, impede que outros questionem, fazendo-os permanecerem silenciosos com a permanente cara de paisagem?

Claro que o momento político é uma seara de controvérsias e é neste cenário que a confusão se instala, no anseio desmedido de desviar focos que, verdadeiramente são importantes.

Cada um de nós, na liberdade que supostamente a Democracia oferece, opta na escolha de um lado, mas será que optamos ou tão somente, porque a lei eleitoral exige, e aí, de acordo com as circunstâncias, nos aliamos com A ou com B, mas também por conveniência, permanecemos como pássaros solitários voando de galho em galho das omissões, apenas apreciando o movimento dos candidatos a majoritária no jardim?

Como candidata a vereança, mais cômodo seria cuidar de minha candidatura, já que tenho um grupo definido e por expertise de sobrevivência, nada questionaria, afim de  em um breve futuro, quando a somatória dos votos revelar a realidade do executivo, estar de bem também com o eleito e dele colher o meu quinhão, num bailado hipócrita em que se transformou a política aqui ou em qualquer outro lugar.

Mas eu também poderia agarrar-me loucamente ao líder de meu grupo e com sua bandeira partidária flamulando, fazer dela uma brutal arma de constantes ataques aos seus opositores, machucando amigos e conhecidos com a desculpa de que a “culpa é do processo do momento” ou que, “política é assim mesmo”.

Pois é, mas preferi em todas as ocasiões de minha vida, não trair meus valores e aí, bem... Minha conta bancária fala melhor por mim.

Rapaz ... Como é difícil manter a coerência de posturas em relação aos discursos.

Como é quase impossível sobreviver sem feridas dolorosas, oriundas da descrença quase que generalizada, desta tal de ética que nos discursos é aplaudida, mas amplamente rejeitada quando, aplicada à prática.

Sem esquecer do quanto somos considerados babacas, fracassados e o escambau, já que não ostentamos cargos, títulos e prosopopeias mil.

Como  fazer entender que alhos nada tem com bugalhos e que o fato de se apreciar um alguém, em momento algum transforma o apreciador em um aniquilador da lógica do bom senso ou em alvará permissivo, para que os olhos da mente se fechem ao inadequado que o mesmo ostente por acaso, escolha ou porque na política, tudo é permitido?

Fala-se muito em mudanças desde que me entendo por gente e até o momento em termos morais e éticos, elas existiram sim, mas infelizmente sempre em escala descendente e quando, o assunto é política, não há qualquer limites nos propósitos em infringi-la, pois até as leis se moldam as absurdas aberrações posturais, o que dirá o povo na sua sempre alienação e vocação submissa.

Penso que é difícil, limitador em quase todos os aspectos sistêmicos e solitário, mas com certeza é a única forma de um alguém se sentir verdadeiramente livre e isto, posso garantir é o mais poderoso elixir, capaz de garantir a paz.

E aí, adoro ouvir que gostam do que escrevo, pois, infla o meu ainda vaidoso ego, mas sabedora lúcida de que, naturalmente, minhas palavras estejam tão somente aplaudindo.

Na altura de meus muitos anos vividos e com a dor da perda que ora sinto, não haveria de entrar nesta empreitada difícil e viciada, na tentativa de galgar uma cadeira na Câmara de Vereadores, traindo os meus valores e enganando em quem em mim deposita, uma certa confiança, justo pelo que escrevo e falo e que, apenas espera de mim, DIGNIDADE JÁ!

Agora, finalmente, posso descansar. Boa noite!!!

 

sábado, 19 de setembro de 2020

RESPOSTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA, Sr. JORGE DA SILVA

 

O senhor bem sabe o profundo respeito que nutro pelo senhor, já expressado publicamente, todavia, rogo a misericórdia divina que o leve a meditar sobre esse assunto e o seu parecer, afinal, só ganharíamos com um relacionamento mais saudável e compartilhado com o nosso vizinho, até porque, já não possuímos mais quase nada a perder, pois, nossa soberania em relação as instituições, já se encontram no terreno do vizinho. Precisamos deixar de lado os favoritismos partidários em prol da busca de dias melhores, pois, não há tempo hábil para que fiquemos por qualquer razão que nos pareça lógica, defendendo esta ou aquela situação em detrimento de um real e palpável desenvolvimento. Nossos agentes públicos, no que o senhor se enquadra, precisam pensar no todo em primeiro lugar, tendo a consciência de que cada um precisa ter pulso e vigor para cobrar do executivo coerência e transparência nas suas decisões.

Novamente acordo bem cedinho e a primeira postagem que vejo me coloca na obrigatoriedade de promover uma argumentação, afinal não podemos simplesmente ler ou ouvir sobre pontos que são de fundamental importância e simplesmente por comodismo ou por tolamente acharmos que nada temos com isso, passarmos para a postagem seguinte, ainda mais neste momento de campanha eleitoral, onde nem sempre o bom senso prima nas mentes dos envolvidos.

O tempo do bairrismo inútil há muito já se esfarelou, frente a conscientização que fomos e estamos absorvendo através da globalização que por si só, é o maior exemplo participativo que a humanidade já presenciou, uma vez que, através da interação entre os países, o leque de parâmetros, ampliou o senso de valores agregativos, assim como perspectivas, oferecendo maior gama de opções a cada ser humano.

Através da divisão de expertises, somos capazes de ampliar as nossas capacidades, deixando aflorar o que de melhor possuímos, enquanto seres vivos que é a nossa criatividade mental, senhora absoluta de nossas vontades, assim como responsável por todas as nossas mazelas, através da lúcida doação de nossos armazenamentos pessoais de aprendizados, aprendemos antes de tudo a partilhar e quem partilha, jamais se sente só e desguardado pelas circunstâncias.

As decisões que mais adiante concluímos não terem sido as mais acertadas, como foi especificamente a divisão territorial da Ilha de Itaparica, precisam ser reavaliadas a partir do somatório de todas as perdas e possíveis ganhos e a partir daí, pensar-se em soluções em que a boa vontade em ver ambos os lados vivenciando dias e situações mais adequadas a qualidade de vida de cada cidadão,  seja o impulsionador do despertamento do real senso de pertencimento, onde não se abre mão da soberania, mas prestigia-se a divisão dos valores imprescindível para que haja um bem-estar consistente, dinâmico e principalmente humano a todos os envolvidos, no caso específico, Vera Cruz e Itaparica.

Portanto, questionar de forma aleatória um aspecto tão sério da conjuntura hoje existente de penúria em quase todas as áreas públicas de nossa cidade, precisa ser contra argumentada, para que não se deixe reforçar mais uma retórica desprovida de análise mais críticas.

Na qualidade de cidadã participativa desde sempre das questões públicas que afetam diretamente o bem-estar da criatura humana, afirmo sem qualquer constrangimento que é preciso que tenhamos coragem de defender o melhor para todos e não somente para o meu interesse pessoal ou de grupo.

Desde 2012 que apoio o senhor José Elias de oliveira para postular o executivo de Itaparica sem jamais tê-lo no rol de amigo particular, assim como dele ter dependido de favores de subsistência ou fanatismo de qualquer natureza, todavia, se em algum momento ele se eleger e não corresponder as qualidades que até o momento creio que nele existam, serei com certeza a sua mais veemente opositora, pois, antes de qualquer fidelidade ao homem, existirá sempre em prioridade absoluta o meu senso de pertencimento a minha cidade.

Essa postura em mim é bastante conhecida de todos que privaram de minhas ideias e ideais, portanto, não posso e não quero mudar neste momento de minha vida, onde ofereço os meus préstimos como pré candidata a vereança, afim de adquirir poder de fala e de mando, para pelo menos tentar quebrar esse ciclo vicioso em que nos encontramos politicamente.

Como representante do povo, não posso emitir opiniões sem embasamentos e tão pouco apoiar o já comprovado inadequado, tão somente por uma falsa lealdade que se traduz em tão somente, interesse pessoal seja de que natureza for.

Daí, nesta manhã de sábado eu estar questionando o atual presidente da Câmara de vereadores de nossa Itaparica que em poucas palavras denegriu  uma proposta séria dos senhores Marcus Vinícius e Zezinho de Oliveira, referente a uma futura possível aliança em prol de promoverem ações em conjunto que além de beneficiar o povo com qualidade e rapidez no combate as suas mais urgentes necessidades, ainda reduziria o que sempre foi um problema aterrador que é, simplesmente dar um basta nos desvios sistemáticos dos erários públicos, através das contratações de empresas que se submetem a lavagem da improbidade administrativa, tão comum e corriqueira aqui como em qualquer lugar deste nosso país, onde a corrupção faz morada.

Peço desculpas ao prezado senhor Jorge da Silva, a quem dedico considerações, por estar discordando de suas afirmativas, rogando que o mesmo, reavalie seus entendimentos em nome da pessoa séria, distinta e respeitosa que sempre foi.

Somos mais que agentes políticos, somos acima de tudo gente que precisa pensar em gente, buscando sem receios de quebrar grilhões, dignidade já.

 

 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

TENTAÇÕES INFERNAIS


Existem no decorrer de nossas vidas, infinitas tentações que insistem em nos tirar do rumo, seja ele qual for e nem sempre, somos capazes de  encontrar discernimento para evita-las, pois,  geralmente são passionalmente envolventes, bolinando nossos emocionais e despertando em nossas mentes, reações imprevisíveis a qualquer lógica do bom senso.

Se tem um aspecto do comportamento humano que mais aprecio, é justamente aquele, em que a pessoa consegue estar sempre antenada para detectar a malícia sorrateira que se esconde por traz de aparentes e inocentes posturas, mas que são devastadoras, quando conseguem alçar suas vítimas.

No período eleitoral por todo o tempo precisamos estar atentos, afinal, ao defender uma tese, fatalmente esbarramos em opiniões contrárias, e aí, nos sentimos atraídos em contra-argumentar, o que seria saudável, se já não existissem os vícios tenebrosos da imposição, embasados em firulas que sem qualquer critério, nos atrai para um rodamoinho de perdas de tempo e de desgastes emocionais.

É preciso não esquecer que, afinal, na estupidez da negação do evidente e do irrefutável, existe a maldita ignorância, prima irmã da arrogância que em qualquer situação, apenas atrai com o propósito único de tão somente, destruir a fortaleza de teus esforços em agrupar evidências na elaboração das tuas argumentações.

Simples assim?

Claro que não, daí a importância de ficarmos atentos aos abutres de plantão, não abrindo espaço para que tenham maior quantidade de vísceras para degustarem em meio as suas absolutas inutilidades em prol do bem comum.

Tentações infernalmente abusivas que somos capazes de esmagar, com o nosso singelo e bendito silêncio.

Quanto a mim frente as tenebrosas tentações, amparo-me com o escudo protetor de São Jorge e de minha própria voz, mente e alma, que se mantiveram constantes e fiéis, na defesa dos sagrados direitos, dos quais, jamais abrirei mão.

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

QUE MENTALIDADE É ESSA?

 Pois é, hoje acordei pensando nas infinitas diferenças que nos tornam seres humanos absolutamente únicos, tanto na genética quanto nas emoções, mas ainda assim, por uma questão de pura sobrevivência, nos permitimos buscar o semelhante ou apenas parecido para juntos, congregarmos as mesmas afinidades.

E isso é simplesmente maravilhoso, pois mesmo sem maiores compreensões, estamos promovendo uniões de ideias e ideais que se irmanam em prol de uma única proposta e aí, nos igualamos.

Essa é a minha definição de fazer política partidária.

Hoje é terça-feira de um setembro diferente de um 2020 atípico e nós, estamos aqui, como sobreviventes desta “Pandemia” devastadora que sem pedir licença e com requintes devastadores, afasta de cada um de nós, amores inesquecíveis e nos impede de fazer o que mais gostamos por sermos pessoas amorosas que é, abraçar e beijar as nossas mais queridas afinidades.

Só nos resta, enxugar as lágrimas, respirar fundo e na luminosidade bendita de nosso espírito tenaz, insistir na amenização da dor, não desistindo de usufruir da vida, que generosa, só nos quer ver felizes.

UM DIA DE SORRISOS E PAZ EM SUAS MENTES.

 

domingo, 13 de setembro de 2020

RELAÇÃO SIMBIÓTICA


A grandeza dos estudos que se expressam, registra com precisão os significados, os conceitos e as definições de tudo quanto existe ou que possamos imaginar, pois, se traduzem em argumentos que consolidam suas afirmativas.

Quando escrevo sobre posturas públicas, atenho-me a fatos possíveis de serem observados e comprovados e para tanto, não posso descuidar em manter-me absolutamente isenta de favoritismos de qualquer natureza, pois, fatalmente incorreria no erro grosseiro de me auto cegar em relação a realidade que se encontra brutalmente exposta, por mais que variadas palhetas de cores vibrantes, queiram  sedutoramente pintá-la.

Em relação as posturas públicas, jamais me atenho ao agente e sim a sua forma de conduzir as atribuições que lhe foram conferidas através do voto popular.

Negar o evidente é brutamente danoso, tanto quanto a falta de percepção do custo benefício que um povo precisa pagar em função do desempenho deste ou daquele agente.

Portanto, quando se pensa e se escreve sobre ética pública, torna-se necessário ir mais além do simples e repetitivo movimento postural existente e que é comum no cotidiano de uma cidade, onde a evidente incapacidade de romper o ciclo vicioso , se faz presente como uma chaga que precisa ser extirpada, pois deteriora com suas metástases todo o organismo ainda relativamente saudável.

A evidência de minhas afirmativas, são visíveis e palpáveis, uma vez que com o passar dos tempos, nada de verdadeiramente sólido se estabeleceu em nossa cidade, ficando irremediavelmente mais doente e pobre a cada quatro anos.

Todas as obras que foram erguidas ou restauradas se encontram em estado lamentável, nossas contas públicas absolutamente comprometidas, nosso povo insistentemente ignorado nas suas mais primárias necessidades e ainda assim, grande parte do povo moribundo aplaude o inadequado, beliscando alguns farelos em detrimento do bem público maior de se enxergar evoluindo.

Quebrar os grilhões da malvadeza institucional que insistente destrói através da cilada emocional e da ignorância cidadã, a real possibilidade de amparo social, precisa ser a meta e a devoção de todo aquele que por bravura pessoal ou herança familiar, conseguiu amplitude de direitos.

Defender a manutenção do inadequado, agarrando-se a incapacidade de reconhecer que investiu tempo e créditos a um agente que se mostrou incompetente é antes de tudo, uma ato contínuo de lesa pátria, imperdoável à todo aquele que ultrapassou as duras barreiras da ignorância educacional, dos preconceitos e da miserabilidade da fome e dos valores que transformam o ser humano em mais um apenas bicho.

Este é um desabafo de uma apenas cidadã consciente das possibilidades desta cidade e de seu povo, cansada de aplaudir incautos e que decidiu ir à luta por uma cidade cujos representantes tenham ética e verdadeiro carinho por esse tal de bem-comum.

DIGNIDADE JÁ!!!

 

 

terça-feira, 8 de setembro de 2020

O SIMPLES E O COMPLEXO

 

E novamente a vida me surpreende, trazendo situações previsíveis, mas não devidamente consideradas pela mente traiçoeira que camuflou as realidades possíveis que fazem doer a alma e que força a uma reflexão que verdadeiramente, nem eu e creio que ninguém deseja enfrentar.

Aceitamos a apenas ideia lúdica da imortalidade espiritual como camuflagem ao medo avassalador do fim físico, mas quando a realidade nos adentra como inesperado terremoto, passamos da inércia ao pânico, nos sentindo abalados e expostos, sem qualquer amparo racional.

É difícil e por ser absolutamente assustador termos a finitude tão próxima de nós, é que fingimos que jamais estaremos em sua companhia e preenchemos o vazio que nos acompanha, disfarçando-o com infinitos enfeites que nada mais são que meras compensações, para não nos deixar pensa que nada absolutamente nada faz sentido, além da momentaneidade de cada milionésimo de segundo em que percebemos que existimos ricamente abastecidos, mas irremediavelmente, sós, já que tudo começa e termina a partir de nós mesmos, resumindo-nos em seres simples e complexos, frente a incógnita existência.

 E novamente a vida me surpreende, trazendo situações previsíveis, mas não devidamente consideradas pela mente traiçoeira que camuflou as realidades possíveis que fazem doer a alma e que força a uma reflexão que verdadeiramente, nem eu e creio que ninguém deseja enfrentar.

Aceitamos a apenas ideia lúdica da imortalidade espiritual como camuflagem ao medo avassalador do fim físico, mas quando a realidade nos adentra como inesperado terremoto, passamos da inércia ao pânico, nos sentindo abalados e expostos, sem qualquer amparo racional.

É difícil e por ser absolutamente assustador termos a finitude tão próxima de nós, é que fingimos que jamais estaremos em sua companhia e preenchemos o vazio que nos acompanha, disfarçando-o com infinitos enfeites que nada mais são que meras compensações, para não nos deixar pensa que nada absolutamente nada faz sentido, além da momentaneidade de cada milionésimo de segundo em que percebemos que existimos ricamente abastecidos, mas irremediavelmente, sós, já que tudo começa e termina a partir de nós mesmos, resumindo-nos em seres simples e complexos, frente a incógnita existência.

 

 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

ESPÍRITO PÚBLICO


Os setores públicos de nosso país agora mais do que nunca, estão repletos de estigmas negativos. O que estimulou uma descrença junto a população e uma banalização no seu próprio meio, criando um paradigma malicioso e viciante de que sempre foi assim e nada nunca vai mudar.

É preciso que fiquemos atentos nas posturas debilitantes dos agentes responsáveis por esta situação que se tornou recorrente em todas as esferas dos setores públicos, enfraquecendo as estruturas organizacionais no mais fundo de seus âmagos, ao ponto de descredenciar figuras dantes consideradas baluartes do país, como juízes, promotores, senadores e etc.

Observem o flagelamento ético e moral que se instalou muito além dos gabinetes públicos, levando cada cidadão brasileiro a também querer estar degustando uma fatia do bolo que é representado pelo erário público que se tornou moeda de enriquecimento pessoal.

Até aqui, não escrevi nenhuma novidade, mas a pergunta que fica é:

Existem soluções práticas que revertam esta situação caótica que impede de forma costumaz qualquer desenvolvimento sustentável que venha a agregar valores reais ao país e consequente povo?

Sempre há uma solução a ser aplicada, mas seja ela qual for, terá que ter origem no resgate da ética avaliativa que é o norteador do reconhecimento do espírito público que é tão somente o senso do bem comum que deve existir nas mentes de cada cidadão em relação aos escolhidos para representá-lo.

Concordo que esta é uma tarefa das mais árduas e muito vagarosa, porém mesmo institivamente o cidadão vem mudando, pois compreende mesmo inconscientemente que é preciso avaliar melhor e já não está tendo o medo aprisionador de arriscar mudanças.

Outra fundamental mudança de comportamento social é a de aparelhar as escolas para que estas tenham profissionais responsáveis pela formação de um senso crítico nas crianças com o objetivo de transformá-las em poderosos agentes observadores e influenciadores no seio de suas famílias, numa inversão de tutelas, mas que a médio prazo aproximará as comunidades das escolas, num ciclo de mútuos estímulos gerando harmonia de entendimentos e consequente convivência.

Não há medicações milagrosas frente no enfrentamento de um tumor que se formou e foi negligenciado ao ponto de ter crescido e alastrado metástases por várias gerações por todo um corpo físico que é a estrutura institucional do país.

Começar esta tarefa dependerá da abnegação dos ainda muitos  que são capazes de acreditar que é possível, lenta e gradativamente, ir extirpando os focos e, particularmente, acredito que esta é uma cirurgia que deva começar no epicentro do problema que é justo, a câmara de vereadores, pois, são os senhores edis que representam o povo na mais íntima das convivências e a partir daí, todo o restante irá sendo debelado paulatinamente, pois serão os vereadores que determinarão as regras da administração em cada município em relação ao executivo  e ambos em relação aos deputados e senadores e estes ao tudo mais, numa sequência de metas comuns a todos, onde o país e seu povo sejam a prioridade.

Sonho?

Talvez, mas como estaria o mundo sem os sonhadores que buscam nos planos das ideias as práticas existenciais?

Diz-se que alguém tem espírito público quando este é vocacionado a servir a coletividade.

Fácil de ser identificado, complexo de ser avaliado na grandeza de suas reais intenções, mas não impossível de ser encontrado.

Deixando a utopia de uma apenas pensadora no seu devido lugar, penso que numa cidade tão pequena quanto Itaparica, um talvez não, mas alguns poucos vereadores com eficiência, ética e respeito ao cargo, podem começar a fazer verão, deixando o sol da prosperidade, mesmo que a princípio fraco, iluminar todos os quintais fazendo prevalecer o bem comum.

DIGNIDADE JÁ!

 

APENAS, UM ATÉ BREVE


Escrevo minhas crônicas desde os meus 14 anos. Ainda posso me lembrar do exato momento em que algo aconteceu dentro de minha mente que agitava o meu coração, fazendo-o bater mais rapidamente e que me impulsionava a querer chegar logo em casa para descrever a cena que eu acabara de ver.
Quando o ônibus parou para um passageiro embarcar, meus olhos enxergaram um rapaz negro sentado sozinho nas areias da Praia de Ipanema, com a cabeça apoiada nos joelhos dobrados. Esta cena se delineou em minha mente em forma de poema e tão logo cheguei em casa, corri para a mesinha de estudos de meu quarto e, enquanto minha mãe fritava o bife para que eu almoçasse, escrevi “Eu e o Mar”, nascendo, naquele instante, uma paixão que me foi fiel por toda a minha vida.
Fui me acostumando a registrar tudo quanto meus olhos e alma eram capazes de assimilar e, ao mesmo tempo que escrevia, tentava adentrar no mais além de cada situação, fazendo da escrita minha maior parceira, minha amiga e companheira, meu veículo de escoamento e filtragem de meus sentimentos.
Escrevi sobre quase tudo, mas confesso que jamais consegui escrever sobre a morte, não que eu não tenha tentado, mas me foi impossível descrevê-la, simplesmente por que também jamais consegui enxerga-la tal qual era enxergada e sentida pelos demais a minha volta.
Meu racional impedia-me, afinal, escrever de vida, frente a morte?
Seria eu, talvez meio louca?
Pelo sim, pelo não, diante do fato concreto, optei por nada escrever, ou se escrevia, não correlacionava meus escritos ao fato da morte que me inspirava teimosamente a escrever sobre a vida. A vida que segue, mudando apenas de roupagem e que não pude, como não posso agora, encarar como o fim, se a vejo como início.
A minha amiga Marilza Massafelli ao final da tarde, do dia 01/09/2014 e meu amor Roberto, seis anos depois seguiu o mesmo caminho, iniciando suas novas caminhada, não vou dizer adeus ao contrário, lhes ofereço um largo sorriso para que com eles fiquem a minha sempre alegria por ter tido o prazer de com eles poder trilhar nesta estrada terrena, esperando encontra-los à minha espera para juntos, desfrutarmos de uma boa refeição, tomarmos demorados banhos de mar, fofocarmos por horas a fio, degustarmos deliciosos vinhos, tal qual fizemos inúmeras vezes e que, certamente, por um tempo ainda indeterminado, teremos que nos faltar.
Por tanto, não digo adeus, preferindo tão somente, um até breve.






terça-feira, 1 de setembro de 2020

DE REPENTE,

tudo se torna possível a um candidato a vereança ou a qualquer outro cargo político e no decorrer da campanha que no exato momento, sequer foi oficializada e ainda está inserida numa situação atípica de pandemia, cada qual busca apresentar projetos que venham a impressionar o tão cobiçado eleitor.

Incrível como tem situações que parecem que jamais irão mudar, envolto em um não menos arcaico e mofado velho padrão de discurso em que as palavras atreladas a um suposto sério compromisso, se empenham quanto a propósitos de renovação, restauração e mudanças.

Admitam, nem que seja para si mesmos, não é a realidade?

A obviedade toma proporções gigantescas, seguidas da ingenuidade dos eleitores que de boa fé em meio a cruel ignorância quanto a sua cidadania, empolgados com a veemência dos propósitos apresentados, sucumbem às promessas e depositam seus benditos votos que se perdem nas urnas, através dos doloridos e frustrantes quatro anos que se seguem.

Que coisa, viu!!!!

Esta é a mais grotesca simbiose que vivemos em sociedade, onde essa tão propagada democracia se esfarela entre os fragmentos corrompidos de uma tradicional elite, da qual só são lembrados os erros que como legados, são discursados nos palanques e agora, também nas redes sociais por uma nova e desqualificada elite, composta de emergentes deslumbrados que tentam e conseguem a cada quatro anos se manter numa cópia rota daqueles que sempre invejaram.

Enquanto isso, o tempo passa e quase nada se altera na estrutura base, ficando a caiação mal ajambrada, tingida às pressas com corantes variados a estimular as esperanças doídas do sempre incauto e na maioria esmagadora sofrido eleitor.

Até quando, meu DEUS?

Até quando?

Chove lá fora e na minha esperança também...

 

 

IMPERFEIÇÕES À MOSTRA...

Numa era em que todos querem mostrar que suas vidas são perfeitas, cá estou desde sempre, escancarando minhas imperfeições, minha contínua v...