sexta-feira, 29 de junho de 2018

AUTO ENTENDIMENTO



Não acredito em mudanças radicais como se fosse possível a alguém, na prática, reformar o quase destruído e estabelecer o nada realizado, tendo como recursos a limitação do tempo de quatro anos, a burocracia pública, a incompetência que geralmente é uma característica e a diversidade complexa das demandas de décadas.
Reservo ao meu entendimento, tão somente, a capacidade de um alguém, muito bem assessorado, imprimir um ritmo ininterrupto de reparos paralelos à novas iniciativas.
Pensemos nisto, antes de acreditarmos nos inesgotáveis pós de ouro, oferecidos pelos candidatos em campanha ou de cobrarmos as promessas impossíveis de serem realizadas pelos mesmos ao ser eleitos.
É preciso que a gente aprenda a observar, analisar, para escolher com mais consciência nossos gestores, para que não seja preciso, como quase sempre acontece, engolir as frustrações dos engodos nos quais, nós mesmos, nos permitimos experimentar com a nossa sempre insensatez cidadã.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

ENVELHECER, PARA QUÊ?


Pois é, esta é uma boa pergunta, afinal, se formos pensar utilizando a lógica como atuante principal, chegaremos à conclusão que o envelhecimento só presta na medida em que alguns de nós evoluem em seu campo mental de entendimento e vai se tornando mais esclarecido em relação ao seu papel no mundo, assim como o dos demais.
O doloroso é quando precisamos reconhecer nossas próprias inadequações vivenciais e é justo neste processo inicial, capaz de abrir espaço para os demais, que a maioria breca e se acomoda, seja como um ser que se decrépita rapidamente ou busca a fuga do retrocesso, não aceitando o inevitável.
O ponto somatório de equilíbrio das experiências vividas com a constatação crítica de sua atuação em suas variantes, transforma a criatura humana no seu processo de envelhecimento num ser capaz de enxergar sem nuvens de camuflagem, suas e todas as demais situações que se apresentarem de forma mais lúcida, o que lhe confere graças à vaidade que lhe caracteriza nas sociedades de convívio sistêmico o título humano de  “Homem Sábio”, mas que na realidade é tão somente uma capacidade oferecida a todos de apenas não desperdiçar os aprendizados adquiridos, trazendo e adaptando para o aqui agora, como parâmetros que facilitam qualquer avaliação e garantem uma conclusão bem mais próxima do adequado ou não.
Porque no mais, a velhice, sem os apelos comerciais que a enaltece sempre com a finalidade de extorqui-la, é uma decadência completa, pois vai limitando e descaracterizando o físico de forma devastadora, o que, sem máscaras do politicamente correto, torna-se um entrave constante, além de um sinalizador fiel e certeiro de que a vida está em seu curso de encerramento.
Lidar saudavelmente com este processo, com certeza é um desafio, só comparado à adolescência, onde um turbilhão de alterações hormonais atua no processo evolutivo mental, sem que haja, como no caso da velhice, o amparo das experiências vividas como parâmetros de apoio.
Ou seja, por todo o tempo, a capacidade mental de raciocínio baseado na lógica está presente e é preciso transformá-la em parceira amiga, não desperdiçando este atributo natural que não enruga, se fragiliza ou se deteriora, caso seja devidamente exercitada a partir de suas primeiras e fundamentais atuações, que acontecem ainda no ventre gerador.
Esse é um tema longo e interminável de buscas de entendimento cognitivo, provavelmente, enfadonho para a maioria, ainda mais em redes sociais, mas determinante como esclarecimento gradativo do percurso existencial que não culmina com o fenecimento da matéria.

terça-feira, 26 de junho de 2018

O FIO ÓTICO DOS RELACIONAMENTOS



 Em regra geral, é o quanto basta para simpatizarmos ou não com alguém, sensibilidade dos sentidos que geralmente não muda ao longo do passar do tempo, nem quando as circunstâncias formalizam um encontro presencial, onde o anonimato da internet não está presente.
Pelo menos tem sido assim comigo em todos estes anos de facebook, onde arrebanhei inúmeros parceiros, sendo que alguns deles tive o privilégio de vir a conhecer pessoalmente e não me decepcionei.
Entretanto, outros que já conhecia e que migraram para um convívio online foram se perdendo porque, inegavelmente, nada é mais revelador que uma convivência contínua, pois o policiamento consciente de gestos e posturas, palavras e atitudes, vai se aliciando a uma acomodação absolutamente natural, face a familiaridade que se estabelece.
E aí, deixamos transparecer detalhes fundamentais da personalidade que fazem toda a diferença e que são determinantes para que gostemos ou não do convívio.
Acredito muito nas vibrações energéticas que transferimos uns para os outros e que chamo de abre alas das reais comunicações, pois apesar de invisíveis, todos sentem seus efeitos em si, são poderosas, pois viajam longe, atravessando muros, paredes e rochas e altamente determinantes quanto a nossa vontade voluntária de querer ou não receber.
Chamo este fenômeno da vida de fio ótico natural que se estende bem além dos relacionamentos humanos, abraçando tudo quanto respira e pulsa.
Explicação simples para o reconhecimento das afinidades que une ou não os seres vivos, mesmo a nós humanos que nos sentimos acima do tudo mais.



segunda-feira, 25 de junho de 2018


INSÔNIA SAFADA
Pois é, logo comigo que sempre me gabei de dormir maravilhosamente. Naturalmente, não fujo à regra e me incluo nos fundamentos do ditado popular:  “sempre há uma primeira vez”. No entanto, precisava ser num domingo, tendo eu que acordar bem cedo para trabalhar?
Minha mente resolveu rebobinar uma vida inteira, e cá estou tentando botar ordem na safada que não está nem aí para a minha aflição por estar acordada como uma coruja esperta em plena madrugada.
Mas se ela pensa que vou resistir, tão somente para ela me sacanear adicionando uma boa pitada de ansiedade à minha insônia, está totalmente enganada, afinal, sou pirracenta que nem ela e, numa boa, vou escrevendo e escrevendo sem olhar para o relógio e assim, talvez quem sabe, o sono apareça e eu, finalmente, possa dormir.
Do contrário, quando cansar, ligo a TV e deito no sofá, e aí, aquele barulhinho pode me favorecer, mas se o dia amanhecer e, ainda assim, eu estiver acordada, não me farei de rogada, corro para o quarto, depois de um cafezinho quente com leite, fecho as cortinas, finjo que é noite e trato de dormir.
Ah! Já sei...
Pensam que esqueci do trabalho?
Certamente que não, mas entre ele e eu, com certeza me escolho sem qualquer remorso e até mesmo pensando que se ao invés de insônia eu tivesse morrido, alguém teria que me substituir.
Não é mesmo?

SÃO JOÃO, CADÊ VOCÊ?


Este ano, as comemorações foram fragmentadas pelo medo que assola a todos nós em nossas cidades, umas mais outras menos, mas todas, indiscutivelmente, tomadas pela violência, fazendo de cada cidadão brasileiro um refém e sempre vítima de um sistema de força e poder, que se desenvolveu e se fortaleceu na medida em que a UNIÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS se enfraqueceu através da corrupção que, como cupim, corroendo até mesmo as cascas de suas instituições, que não foram poupadas.
Penso, então, que tudo nesta vida tem no mínimo dois lados, o bom e o ruim, e neste caso, e em tantos outros, talvez sirva de resgate ao bendito convívio de famílias e amigos nas ruas e nas comunidades, fazendo aflorar doridamente uma fraternidade que há muito se perdeu.
Quem sabe se a moda pega e voltemos a olhar nos olhos uns dos outros, fazendo da convivência passos seguros de aprendizado, abrindo espaço nas nossas vidas e em nossas consciências da importância do outro, encontrando nele as diferenças que nos completam e no tudo mais de belo e importante que a vida oferece, aquele DEUS que se perdeu e que buscamos compulsivamente nas igrejas, templos, sinagogas e terreiros, sem qualquer maior entendimento de como conviver até mesmo com ele em nós.
Amei ver as ruas enfeitadas e as fogueiras acesas, vizinhos unidos, assando milho e batata doce de uma harmonia há muito abalada.
Neste São João, o milagre aconteceu, através do medo e da insegurança que nos aproximou e juntos, mesmo sem perceber, viramos a primeira página da indiferença social.

RAZÃO E SENSIBILIDADE ...



Sozinha em meu cantinho encantado e tendo diante de mim a tela do computador, ainda tenho a opção de olhar à minha direita e ver descortinar-se o verde bendito de meu jardim, fonte inesgotável de inspiração.
Quem me lê sobre ele, pode até imaginar tratar-se de um chiquetoso recanto produzido pelas mãos de um ilustre paisagista, mas na realidade, ele é resultado de uma natureza rústica, diversa, quase selvagem, mas de uma singeleza absolutamente envolvente, fazendo com que os pássaros dele façam o seu mais constante reduto em busca das frutas e das seivas que os alimentam.
E é nesta paz de diferentes tons e aromas que também eu encontro a sensibilidade para fazer de cada brisa, que faz balançar os galhos, impulso bendito para manter desperto em mim o gozo também constante de me sentir existindo, numa gratidão silenciosa, mas suficientemente forte para me manter unida à emoção da alegria, fonte de equilíbrio que me abastece da razão absoluta de me sentir amada pela vida.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

FULEIRO, SIM SENHOR...



Sem valor, ordinário, reles. Segundo Aurélio, estes são os sinônimos referentes a fuleiro, palavra que as vezes uso em meus escritos e, até mesmo, quando me olho no espelho e percebo que estou mal vestida ou quando vejo mulheres batendo boca em público como se fossem briguentas de beira de rio ou de algum cortiço de qualquer cidade populosa.
Hoje em dia, acrescentei o fuleiro ao meu país, e isto é uma falácia horrorosa que confesso vez por outro expresso, quando na realidade, o povo brasileiro é que é fuleiro na medida em que foi aceitando e se associando a um sistema de governar falido, provocando o flagelamento das instituições e de suas próprias vidas.
Trocou o direito em ter qualidade de vida, na sua mais básica expressão, por meia dúzia de coisas que fazem parte de um consumo doméstico, esquecendo-se que o verdadeiro ganho de conquistas advém do acesso a uma educação de qualidade, amparada numa saúde plena e num habitat decente, onde todos de uma família possam crescer através de incentivos agregativos e sólidos, em um ambiente seguro.
Cúmplices nos tornamos destes desvios de condutas na medida em que aceitamos e nos beneficiamos de alguma forma com os desmandos amparados em políticas sociais frágeis e sem estrutura de reais sustentabilidades, criando assim, um contingente de falsos portadores de conhecimentos em conjunto com outro contingente de reféns da contínua pobreza em favor de um espetáculo mambembe de políticos, juristas e empresários, que degustam da fuleiragem.
Se o pais está tão bom quanto grita a esquerda, por que estamos numa situação tão absurda de perdas sistemáticas de quase tudo?
Por que nossos índices de desenvolvimento econômico e humano chegaram a um patamar só comparável aos países mais miseráveis do planeta?
Por que nos tornamos piada mundial, quando estávamos em 2002 a passos largos de um crescimento sólido?
Fuleiro somos nós que aplaudimos um judiciário vergonhoso em seu corporativismo abusivo, um congresso de marginais destruidores do patrimônio móvel e imóvel públicos, de municípios sistematicamente saqueados por prefeitos e corriolas, que são como baratas sempre nas sombras, contaminando tudo que tocam, e de vereadores que mais parecem moscas, sempre prontos a uma pousadinha aqui e acolá, verdadeiras pragas.
Meu Brasil não é fuleiro, muito pelo contrário, meu Brasil é lindo, rico, repleto de tudo e muito mais que possamos sequer imaginar.
Meu Brasil só tem um sério e doloroso problema que é o seu fuleiro povo, leviano de essência, que a ele só sabe dar valor em momentos determinados, de preferência ao som de um batuque qualquer, da cerveja na goela e dos gols do futebol.
E aí, penso na Amazônia, no São Francisco, nas chapadas, nos minérios, e como um filme, desfilam em minha mente infinitas mais riquezas se doando a todos nós, enquanto como malditos fuleiros, aplaudimos, brigamos e elegemos os abutres de plantão.
E não abro exceções nos exemplos que citei, pois de uma forma ou de outra, todos se tornam companheiros, comparsas ou omissos, nesta marcha de retrocesso.
Somos fuleiros sim senhor...



segunda-feira, 18 de junho de 2018

E aí,


E aí, digo para mim mesma que não vou torcer pelo Brasil em porcaria de nenhuma copa e mesmo fazendo companhia a meu Roberto na sala, insisto em só olhar para o celular respondendo e mandando mensagens, se bem que por enquanto, a bola não está rolando e apenas o chato do Galvão e os robôs, Casa Grande e Ronaldinho, preenchem a tela da TV.
Esta é a minha forma de protesto pelo meu Brasil que amo e que está todo arrebentado, com seu povo ora passando fome, ora se matando ora tentando sobreviver em meio a todo um caos de improbidades que se instalou, mas aí, o juiz apita, dou uma olhadinha e imediatamente me vejo sorrindo e deixando o celular no lado da poltrona, porque afinal, sou brasileira sem vergonha, apaixonada e vibrante, rogando a Deus por minha terra, pois sou gente com vontade de chorar, gritar e sorrir ao mesmo tempo, pelo imenso orgulho que sinto e que, filha da puta de político ladrão nenhum, há de sufocar.
Ganhando ou perdendo, serei sempre fiel torcedora do meu Brasil.

COMUNICADO



Comunico aos amigos do faceboock que não autorizo a nenhum canal de rede social a colocar qualquer alteração nos meus escritos, inclusive ilustrações, quando os compartilham, sem prévia autorização, pois podem oferecer conotações particularizadas que, infelizmente, não condiz com o meu perfil de comentarista, além de distorcer minhas intenções.
Faço perguntas intrigantes com o objetivo de avaliar o grau de entendimento das pessoas sobre o assunto em questão e, ao mesmo tempo, abro espaço para outras pessoas, cujo grau de esclarecimentos se destacam, a fim de trocarmos entendimentos, o que é altamente benéfico, gratificante e se presta a um serviço de esclarecimento e informação à população.
Não sou partidária e para quem me acompanha desde minha inserção nas redes sociais em 2009, conhece bem minha linha de observações que visa, tão somente, relevar as boas iniciativas e cobrar, respeitosamente, tudo quanto é esquecido pelo poder público.
Quando digo que amo Itaparica sou enfática em ressaltar que todo este carinho abriga gratidão e respeito a cada pessoa que nela habita, portanto, não uso e tão pouco me permito ser usada em política ou seja lá no que for.
Jamais me aliarei a qualquer ataque pessoal, pois considero vulgar, impróprio e totalmente desnecessário.
Certa da compreensão de todos, agradeço.

sábado, 16 de junho de 2018

Para lugar algum...



Andando pela estrada poeirenta, olho o horizonte, sem fitar o céu. Vou começar a contar minhas passadas para saber o quanto ando para chegar a lugar algum.
Não estou triste, apenas realista em relação ao meu horizonte, sempre tão distante, incapaz sou eu de alcança-lo.
Enquanto isso, também olho ao redor e encontro frutos esperando ser colhidos, vez por outra avisto uma flor perdida e solitária e lá a deixo para encantar a outros.
Sigo o meu caminho para lugar algum, além do meu velho conhecido, aonde reconheço a vida que se dispõe a mim, na sua singeleza que acolhe e me seduz.
Lugar algum no fundo, lá distante, onde minhas passadas jamais chegarão, enquanto isso vou aproveitando o trajeto, muito rico e nem tão difícil para alcançar
                                    Em parceria com a energia Romero Sacozeth

QUE SE DANE O SISTEMA



Então, neste amanhecer de sábado junino e com a copa rolando na Rússia, na véspera do primeiro jogo do Brasil, euzinha, aqui na nossa querida Itaparica, escrevo sobre o que penso ser relevante, já que para torcer pelo Brasil, já existe muita gente.
Penso no quanto nos deixamos seduzir pelos ouros de tolos que nos encantam por momentos específicos e nos flagelam na maior parte do tempo, transformando-nos no povo mais alegre e dançante do planeta, mas também, num país cujo povo é o maior inimigo de si mesmo.
Também penso que não é nada fácil escapulir desta constante armadilha de um sistema malvado que nos domina, mas é possível, afinal, muitos como eu conseguiram separar os joios dos trigos, e os joios, são as alucinantes induções que tiram do cidadão brasileiro o senso primário de bem comum, levando-o a acreditar que dançar ao som de um trio elétrico, torcer por uma seleção ou qualquer coisa que o valha faz dele um cidadão participativo.
Tudo isso é bom, não restam dúvidas, mas viver apenas estes momentos como fuga de um dia a dia massacrante é no mínimo alienação.
Precisamos, enquanto povo, aprender a rebolar nossos quadris e gritar, fazendo de nossas gargantas entusiasmadas, brados de exigências que possam num futuro, que precisa ser agora, nos transformar num país mais decente e condizente com as riquezas que o solidificam.
Manter um só político em suas cadeiras governamentais que esteja inserido neste simbiótico ciclo do toma lá dá cá é no mínimo falta de respeito próprio.
Se vai melhorar, eis a questão, afinal, precisaremos dar continuidade as nossas atitudes, num bater de resistência, nunca antes vivenciado.
Porque, no dia em que escolhermos um candidato pelo seu histórico e pela sua competência comprovada, deixando de lado as paixões partidárias, provavelmente, nossas chances de acertar se tornarão palpáveis. Precisamos moldar este maldito sistema ao bem-estar do povo, porque por enquanto, só é atendido os bem-estares dos políticos e de seus abonados.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

POIS É,


Pois é, estamos no século vinte e um, o homem já foi à lua há exatos cinquenta anos, o muro de Berlim foi derrubado, a Aids foi controlada, o mundo se globalizou através da internet, mas a criatura humana continua dura no entendimento de si mesma e do tudo mais, mesmo ostentando uma mente brilhante para as artes, ciências e tecnologia.
Se observarmos o nosso país, aí é que o bicho pega, pois estamos anos luz de atraso se comparado a outros países, bem mais pobres de riquezas naturais, bem menores em seus territórios, bem mais complicados nos seus sistemas climáticos.
A grosso modo, possuímos tudo que os demais ambicionam possuir, até mesmo os belos contornos das mulheres brasileiras, isso sem falar de nossa rica Amazônia, das nossas praias que mais lindas não há, das infinitas riquezas minerais, da fartura do petróleo e de tantos outros produtos disponíveis, que no frigir dos ovos, pouco tem servido para melhorar as condições reais de vida da maioria dos cidadãos, principalmente em se tratando de saúde, educação, segurança e saneamento básico.
Penso, então, no quanto fomos anestesiados pela inserção da ignorância sistêmica ao longo destes quinhentos e poucos anos, absorvendo os valores dos invasores, dogmas religiosos, assim como mais adiante absorvemos a dor e a humilhação oriundas da escravatura, criando um tipo estranho de pensar que só Freud para explicar, transformando-nos em eternos submissos dos poderes, seja lá quais forem.
E aí, não fica difícil de entender, aplaudir e votar em políticos ladrões e até condenados, crendo que é justo pelos benefícios que um dia foram oferecidos por eles, pois de pão adormecido e festas de senzala, nossas raízes foram se reforçando e desvirtuando a lógica de uma igualdade humana, bem distinta da econômica, mas que preserva um mínimo de direitos sociais.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

E AÍ

E AÍ, no recolhimento deliberado em que me encontro no meu paraíso particular de Ponta de Areia, penso nos meus atuais sentimentos que rejeitam sistematicamente meu retorno às atividades na Rádio Tupinambá, casa que por alguns anos sonhei e lutei para chegar e ficar, mesmo sem saber exatamente para quê, já que não havia em meu currículo, qualquer experiência na área.
Era a mesma força estranha que por toda a minha vida havia me incentivado a novos desafios, sem muitos questionamentos, apenas um querer quase que irresponsável, uma vontade alucinante de, tão somente, lá estar.
E como o tudo mais que me prestei na vida a exercer, tudo deu certo, nada se perdeu, mesmo quando nada mais havia aparentemente sobrado, lá estava eu, de volta aos meus quereres, achando simplesmente perfeito a chance de apenas ter vivido tamanha experiência.
E como em outras tantas benditas experiências que deixo ou sou deixada, lanço em meu rosto lágrimas de antecipada saudade que, mais que rolarem e se perderem, esbarram nos lábios, salgando-me por inteira e direcionando o meu paladar a novos e surpreendentes desafios.
Jamais saberei me sentir completa em voos solos, preciso de um bando amigo como qualquer outro pássaro, para bailar nos céus das grandes realizações

quarta-feira, 13 de junho de 2018

VEZ POR OUTRA


VEZ POR OUTRA, o assunto da unificação dos municípios de Itaparica e Vera Cruz vem à tona, numa discussão, para mim, absolutamente desnecessária frente à infinidade de problemas que nos assolam e que, notoriamente, somos incapazes de resolver, aliás, sequer somos capazes de cobrar solução que não seja de forma atabalhoada e geralmente com cunho de rivalidade política.
Melhor seria se nos concentrássemos em nossas mazelas territoriais, buscando parceria com nossos vizinhos para juntos encontrarmos soluções que pudessem vir a alivia-las.
Somos cidades sem saneamento básico na maioria das residências, sequer conseguimos, em décadas, calçar ruas e avenidas, nossas escolas estão anos luz de uma educação diferenciada da fraqueza encontrada no restante do país, nossa saúde é capenga, porque nunca foi prioridade para nossos governantes, nossa segurança é piada se pensarmos no efetivo da Polícia Militar e na inoperância constante da Polícia Civil.
Ora bolas, até 01/01/2017, Vera Cruz estava jogada as baratas em um abandono desumano e nossa Itaparica marcava passo sem sair do lugar, além da educação que mostrava avanços tímidos, mas relevantes, se pensarmos no verdadeiro caos em que foi encontrada; e, assim de repente, ficamos também reféns da inveja e de segundas intenções de grupos políticos e passamos a alimentar a ideia de união, como se fosse um processo fácil e solução para a falta de respeito que temos por nós e por nossas vidas, quando votamos no inadequado, fazendo dele salvador de uma guerra social, onde todos nós somos responsáveis.
Foquemos no espaço que nos pertence e façamos dele a nossa prioridade, unindo-nos aos nossos vizinhos, amigos e parentes, numa corrente do bem, para que de uma vez por todas, a música toque a nosso favor, levando através da pressão popular os nossos políticos tomarem tenência e encararem com mais responsabilidade a divisão dos recursos que adentram nos cofres públicos, levando-os a saírem de seus cômodos postos de gestores da pobreza,  da vergonha administrativa e das históricas incompetências.
Enquanto, agredirmos ou aplaudirmos sem qualquer consciência do que seja bem comum, estaremos perdendo o nosso tempo e consequente vida com firulas e nada mais.
Enquanto os líderes políticos só pensarem em suas candidaturas e discursos de palanque e nos deixarem sem lideranças por longos e intermináveis anos de mazelas, estaremos trocando seis por meia dúzia e deveremos, então, guardar a viola no saco e aceitarmos o fato de que somos mais incompetentes que os incompetentes que elegemos e que nosso destino é o de ser babacas de plantão.



terça-feira, 12 de junho de 2018

MÊS DE JUNHO


MÊS DE JUNHO, sempre muito especial na minha vida, afinal, representa o período do ano que sempre mais gostei, pois, apesar de beirar o inverno, ainda conserva o sol teimoso do outono, que, insistente, nos aquece.
Junho, mês dos Santos e das fogueiras juninas, mês que realça os valores do Nordeste, sua linda e rica cultura, mês que celebra o amor e também o mês em que me casei.
Junho, mês das mexericas, carambolas, do agrião, aipim e milho verde.
Mês do marmelo, laranja-lima e da erva-doce.
Mês da canjica, do bolo de fubá e do amendoim, mas também é o mês dos licores e do quentão.
Façamos, portanto, deste junho tão farto e generoso, o nosso farnel de gratidão à vida, abraçando a liberdade que possuímos e fazendo dela nossa força e resistência.
E viva o mês de junho, meio caminho deste bendito ano em que você e eu estamos vivos; e só por esta razão já devemos ser felizes.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

QUE HORROR!



Que prazer é este que o ser humano tem em ver o outro se dar mal, principalmente se, por algum fator, favoreceu a vida deste alguém, mesmo que seja em menor proporção que a de si próprio.
Que coisa horrorosa de se constatar em um local pequeno como o nosso, onde deveríamos torcer pelo sucesso uns dos outros.
Inveja reprimida, oriunda de um profundo e constante sentimento de inferioridade que é autoalimentada com a derrocada dos demais.
Por diversas vezes, externei minha tristeza por cada prisão, escândalos, exposições abusivas que atingiram muitas de nossas autoridades públicas e privadas, lamentando a ganância que se apoderou de cada um deles, tirando de nós o respeito necessário à figura pública.
Isto não significa que sou a favor da impunidade, muito pelo contrário, apenas não fico feliz e não faço desta situação do antes e do depois, uma alegria pessoal, passando por cima como um trator desgovernado de cada um deles, como se eu fosse o pilar de tudo que é certo.
Lamento a vinda da Polícia Federal em nossa Ilha, mesmo reconhecendo que há muito já deveria ter vindo para cercear a malversação pública que cada um de nós conhece o endereço, mas fazer disso uma cena mambembe de gozo pessoal, aí, pelo amor de Deus...
Falo isto, porque 9 em cada 10 pessoas, estariam propícias a se deixar levar pela ganância e pela vaidade, enredando-se nas mesmas teias da corrupção que há muito tornou-se rotineira em nosso país, transformando em babacas de plantão a minoria, que por medo ou princípios pessoais, a ela não se insere.
Oi, vamos com calma, antes de condenar um outro alguém, sem antes nos colocarmos no lugar dele, refletindo se não teríamos feito o mesmo se no lugar dele estivéssemos.
Que pague cada qual o seu próprio pecado sem que adicionemos a ele a nossa satisfação em vê-lo em desgraça.
Até porque, sempre há algo bom para recordar deste alguém, tornando-o apenas mais um infeliz que não soube conter-se diante deste sistema maldito que nós mesmos criamos e alimentamos a cada dia de nossas vidas, nem que seja na omissão.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

A BANALIDADE DO MAL



Li, gostei e reproduzo este título para uma reflexão que faço em relação aos fakes que proliferaram nos últimos tempos como resgate da pequenez humana, tendo os poderes como hábitat, obedecendo a qualquer ordem sem qualquer contestação como escravos de algumas migalhas de atenção e dinheiro, contra os “opositores” sem qualquer discussão aos moldes das mais abomináveis ditaduras.
Existem com um único objetivo que é o de confundir, tumultuar e desviar a atenção dos assuntos sérios em questão, deixando o campo livre para os seus senhores que, de chicote nas mãos como os capitães dos navios negreiros, fazem o povo dançar.
Não há remorsos, nem crises de consciência, apenas o constante abuso com máscaras ou véus.
Deixá-los falando sozinhos para que não tenham plateia para se lambuzarem, será sempre a melhor opção afim de neutralizá-los.
Pessoas sérias, mostram a cara, buscam soluções, cometem acertos e erros e pagam por eles.
Voluntários sem rostos, são fantasmas abusivos que comem por fora dos muitos pratos que dispõe os poderes.
Portanto, não ofereçam aos ignóbeis fakes seus créditos e seus valores. Deixe-os vagando, sendo tão somente, incômodas mariposas de um verão chuvoso.


terça-feira, 5 de junho de 2018

Mais uma madrugada...



Hoje amanheci absolutamente voltada ao meu interior de criatura humana em descompasso consigo mesma, acreditando haver em algum lugar deste mundo um cantinho que eu possa chamar de paz.
A mesma paz que conheço como real e possível, mas que me é impossível estabelecer em minha existência sem que seja preciso abrir mão dos meus mais profundos sentimentos amorosos.
Existem momentos, como o de agora, em que me questiono se tem valido a pena renunciar ao direito inalienável de viver em paz em função de uma simbiose de medo, insegurança, covardia, inércia e sei lá mais o quê.
Por outro lado, deixei o tempo passar sem encontrar respostas ou, talvez, as tenha tido, mas não consegui ouvi-las ou não quis, por razões conhecidas, mas não enfrentadas.
Mais uma madrugada de solidão, onde já não reside qualquer dor, apenas a conscientização de tempo perdido e falta de perspectivas, num ciclo que só será interrompido com a morte hora bem-vinda.
Longe de ser um sintoma avançado de depressão, constato com a lucidez de anos de reflexões cognitivas, tratar-se de uma absoluta conscientização em relação ao que eu não mais desejo vivenciar, abrindo espaço totalmente em branco para talvez, quem sabe, surgirem novas opções.
O importante de tudo, mesmo que tenha sido um processo longo e doloroso é que, finalmente, chegou a um término sem traumas e mágoas, ressentimentos ou sentimento de perda pessoal que justificasse qualquer tipo de arrependimento.
E se em Deus convencional eu acreditasse, agora seria o momento de dizer que recebi uma benção divina, mas como meu Deus é tão somente a minha mente, prefiro dizer que, finalmente, encontrei o equilíbrio na convivência do Deus e do Diabo que a permearam em conflitos constantes, levando-me a atravessar desertos ressequidos, assim como vastas matas, num frenesi alucinante, onde não havia lugar para a paz.
E se a madrugada foi dantesca como infinitas outras, certamente o dia amanheceu e pela primeira vez fui capaz de sorver as brisas matutinas com uma sensação imensa de me sentir um outro alguém, talvez, uma outra Regina que ficou, com certeza, perdida lá atrás, bem longe, ainda na adolescência, pressionada por um turbilhão de tudo que também, com certeza, não poderia a ela dar espaço.
Que bom...
 Ela ressurgiu do emaranhado de águas profundas, ainda com folego e acreditando que nem sempre os poços são tão profundos que não seja possível emergir deles.
Estranhamente, apesar da madrugada infernal, sinto-me leve, sem fardos para carregar e sem me sentir responsável por mais nada que ao morrer eu não leve comigo, restando-me a preciosa vida e, por ela, sorrio, sentindo-me verdadeiramente livre.
E por incrível que possa parecer em pleno outono chuvoso, minha mangueira amanheceu ostentando algumas manguinhas coloridas que só agora foi possível serem enxergadas pela atual Regina, cujos olhos se abriram no reconhecimento do mais além.  



domingo, 3 de junho de 2018

EU QUERIA TANTO


Poder em meus momentos de aflição, tristeza ou solidão ter um Deus Divino no qual eu pudesse me refugiar, buscando explicações para os meus desencantos de pessoa humana.
EU QUERIA TANTO
 Acreditar, mas eu não consigo, minha mente alucinada por este universo imenso e misteriosos direciona meus entendimentos a outra dimensão, transformando a minha vida no poder maior de minhas soluções.
EU QUERIA TANTO
Justo para não me sentir deslocada, fora do lugar comum, como uma solitária árvore em meio à uma planície, dependendo, tão somente, de minhas decisões, amparando-me unicamente nas minhas forças, como se raízes profundas e resistentes eu tivesse para sustentar-me de pé.
EU QUERIA TANTO
Crer mais do que vejo e sinto, queria o lúdico, o plainar de minha liberdade, deixando as causas e os efeitos sob a responsabilidade de outrem e não apenas de mim.
EU QUERIA TANTO
Uma pequena parcela desta muleta Divina, mas não consigo, restando-me apenas a dureza de minha própria realidade de ser um ser descrente do mais além, do intangível, no não visível.
EU QUERIA TANTO
Ao menos dizer obrigada por me sentir tão plena, como uma ínfima partícula deste teu universo.
Mas, infelizmente, não consigo e, nesta caminhada sem poder em ti me apoiar, delicio-me com as flores e com os frutos, com as cores e com os aromas e sabores, mergulhando nos mistérios da criação perfeita de todas as vidas, como se em cada uma, eu Te encontrasse.


CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2018



Estive, como sempre, presente na Câmara Municipal de Itaparica por ocasião da prestação de contas que, diga-se de imediato, foi didaticamente explicada ao público presente, que se resumia em sua maioria a funcionários da própria prefeitura e assessores diretos da gestão.
No entanto, todo o evento foi transmitido ao vivo pela sua Rádio Tupinambá FM.
Acompanhei os itens apresentados com a mente aberta ao entendimento, mas reconhecendo as minhas limitações contábeis, deixando-me ao direito de apenas buscar dados que explicassem os gastos em relação à arrecadação que, na avaliação de pessoa comum do povo, pareceram-me elevados ao pensar na precariedade em que a cidade vem vivenciando o seu cotidiano.
Em vista desta premissa, fui registrando algumas perguntas que as explicações da especialista em finanças, assim como a Controladora do município, não foram capazes de esclarecer, até porque, não cabia a nenhuma delas tecer considerações sobre as decisões da gestora em relação ao destino das verbas arrecadadas.
Precisei sair antes que a Prefeita Marlylda Barbuda fizesse o seu discurso de fechamento e, ainda na calçada, pude ouvi-la lamentar-se pela ausência da oposição e de lideranças políticas que não estavam presentes para questioná-la em relação as dúvidas que geralmente são colocadas nas redes sociais e, por um instante, pensei em retornar, mas meu Roberto lembrou-me da consulta que me aguardava na dentista em Mar Grande, além do fato de ali estarmos presentes na qualidade de jornalistas.
A ausência de alguns vereadores, além de lideranças políticas, oposicionistas ou não, realmente causa desconforto a nós jornalistas, pois diariamente colocam dúvidas e mais dúvidas sobre a competência e falta de transparência da atual gestão, e no momento em que esta se coloca à disposição para responder a questionamentos, de forma clara e direta, fogem do debate.  Infelizmente, esta é uma postura que se repete sistematicamente há anos em Itaparica.
Todavia, a minha natureza jornalística num misto de filósofa humanista, não poderia deixar passar batido algumas perguntas que antecedem inclusive várias delas a qualquer prestação de contas previamente estabelecida por assessorias, assim como jamais responsabilizaria esta gestão pelas mazelas existentes, pois a sua maioria é HISTÓRICA, exatamente por não terem sido devidamente priorizadas em nenhuma gestão anterior, a não ser em raras ocasiões em pontos específicos com a chancela de verbas estaduais e federais, ficando as verbas de arrecadação local tão somente em sua maioria com o destino de “arrumação da casa”, que a cada gestão precisa ser refeita gerando enormes atrasos e perpetuando a falta de desenvolvimento urbano da cidade.
Lembro-me do discurso do ex-prefeito Cláudio Neves, que dizia que primeiro cuida-se da mãe, no caso a (casa), para depois esta poder cuidar dos filhos com mais eficiência.
Confesso que jamais concordei na íntegra com esta premissa, afinal, como deixar os filhos desguardados enquanto cuida-se da mãe?
Soava e ainda soa estranho aos ouvidos e ao bom senso, preferindo crer que melhor seria que as verbas e intensões fossem dividas no cuidado de ambas, num compasso de ritmo coerente com a urgência de socorro que juntas necessitam.
Bem, de lá para cá, pelo menos testemunhado por mim, esta prática não só foi usada como prioridade, como abusada na sua descaracterização de objetivo, levando o Município a uma estagnação gigantesca, o que garantiu à atual gestão vitória no pleito eleitoral com expressiva votação, uma vez que a população exaurida em sua paciência de filho sofredor, decidiu virar o jogo, apostando no improvável pela falta de histórico administrativo, mas inédito, quanto ao vício notório da inoperância em relação a colocar o povo como  prioridade.
Bem, todo este preâmbulo abre espaço para reflexões que se tornaram dúvidas que,
 naturalmente, no momento da prestação de contas, não poderiam ser expostas, mesmo sendo o lugar, mas, certamente, não o momento, pois exige tempo para que sejam pensadas em suas formulações para não caírem no risco de ser ofensivas ou ilógicas.
1-    Qual a necessidade de tantos funcionários contratados e comissionados se em caso das muitas demissões dos mesmos que ocorreram ao longo deste período desde a posse, os departamentos continuaram a desenvolver os trabalhos internos?
2-    Como pensar-se em compras milionárias que ocorreram e ainda ocorrem desde o início da gestão em relação a produtos de uso exclusivo dos funcionários, como guardanapos, toalhas de papel, papeis higiênicos, e etc., com dispensa licitação, sem que fosse pensado em aplicar-se em atendimentos sociais, como cestas básicas, fraldas geriátricas e infantis, reforço de merenda, pagamentos de TFD, reforço na compra extra de remédios, fora da cota oferecida pelo governo, transporte para pacientes da saúde, e etc.?
3-    Por que alugar-se de imediato tantos carros para transporte de funcionários se a população não dispunha e não dispõe de um transporte público regular, organizado e de qualidade?
4-    Por que a contratação de tantas assessorias a preços incompatíveis com a realidade da cidade, se há cargos preenchidos por funcionários que se deduz deveriam ser qualificados para o exercício dessas funções?
Exceção às consultorias junto aos órgãos federais.
5-    Por que priorizar-se festas e contratações de astros e estruturas de som, palco e segurança numa política de agregação cultural até louvável, se o povo se mantém refém da pobreza, alguns beirando a miserabilidade em todos os aspectos, assim como da fragilidade em termos de dignidade em seu ir e vir, devido a precariedade de infraestrutura da cidade, carente em quase tudo.
As festas tradicionais se sucedem, no entanto, até hoje, um ano e meio depois, não se apresentou um projeto para incrementar o turismo, a geração de emprego e renda da população.
6-     Como compreender o aumento para a empresa de recolhimento do lixo, que é a mesma da gestão passada, sem que esta apresente qualquer melhoria?
7-    Como assimilar a contratação de uma nova empresa de ônibus para transporte escolar em detrimento de uma local, sem que a atual apresente visíveis alterações quanto a qualidade dos mesmos, sendo alvo de inúmeras críticas do povo?

8-     Também não houve qualquer investimento no recolhimento dos animais, que permanecem fazendo das ruas, lotes e depósitos de lixos sua pastagem diária,  colocando em risco a saúde e bem-estar público; acreditamos que deva existir alguma assessoria especializada nesta mazela social, que aí sim, mereceria ser contratada, a fim de encontrar alguma solução viável e adequada à cidade e seus moradores. No entanto, falta o quê? Vontade política para contrariar interesses?

Cada item apresentado, certamente abre um leque de inúmeros outros questionamentos quanto as consequências até então desastrosas às expectativas dos quase 9.000 votos obtidos por esta gestão, que há muito vem se revertendo, certamente já percebida pela gestão, uma vez que a cada discurso, observa-se a preocupação em justiçar as ações realizadas, que, em sua maioria, são projetos estaduais e programas federais comuns a todas as gestões como seguimento a políticas públicas de assistência social no combate à pobreza e outros, todos muito limitados no tocante a repasses monetários.
Na mente dos cidadãos com um pouco de esclarecimento social, não há lugar para que haja continuidade das mazelas itaparicanas, já que as mesmas foram usadas como bandeira de futuras mudanças, o que justificou uma radical postura no voto do eleitor, não se justificando a não aceitação da gestão deste fato real e indiscutível.
Este texto é longo e absolutamente sem sentido para ser publicado numa época em que a instantaneidade abreviada tem seu lugar de destaque nas redes sociais, todavia, como ser sucinto em assuntos tão variados, complexos e importantes?
Creio que ainda é pequeno e deficiente em vários aspectos que não abordei e que precisariam ser discutidos e analisados através de meu blog e do meu programa na Rádio Tupinambá, onde conto com um público fiel, já acostumado com a minha forma didática de apresentar os problemas e suas alternativas de solução.
Certamente, outros momentos virão e novas questões serão colocadas, mesmo convicta de que esta obrigação pertence a cada vereador e lideranças políticas, seja da oposição ou não.
Acreditei sempre que o entendimento lento seja lá do que for, se torna gradativo e sólido, na mente de cada pessoa como um farto conhecimento que passa a fazer sentido e lógica, daí eu não ter pressa em arrebanhar multidões de apoiadores através de minhas crônicas ou explanações radiofônicas, preferindo os acenos discretos e carinhosos daqueles que compreenderam as pretensões e intenções de cada proposição por mim apresentada ao longo destes muitos anos de trabalho jornalístico.
Só acredito no diálogo que promove mudanças e enriquece os envolvidos, num ciclo bendito de ensinamentos e aprendizados.



BOROGODÓ e o tudo de bom...

Abro os olhos e algo assoprou em meus ouvidos BOROGODÓ e aí, como sei o que significa, questiono-me, afinal, como pensar nesta síntese absol...