terça-feira, 30 de outubro de 2018

Somente ganhos e nada mais.


 Tempo bom que não volta mais, justo porque jamais deixou de ter continuidade até o momento presente, reservando a cada época, seus encantos e desencantos, mas todos sempre regados a uma profunda parceria de vida e liberdade.
Não sentimos saudades exatamente porque não houve interrupção no êxtase do companheirismo. Não sentimos falta, exatamente porque se consolidou a cada instante, no reforço de vínculos amorosos de sustentabilidade.
Não há saudade do perdido, pois nada, absolutamente nada, se perdeu nesta trajetória onde pelo caminho foram descartadas “coisas’ para abrirem espaço para os sentimentos amorosos que cresciam e se fortificavam. E entre o céu e a terra, não existe espaço vazio, perdido ou desencantado, existindo somente um jardim plantado a cada dia de nossas existências, tendo um caminho firme entre os canteiros, por onde com pisadas firmes e mãos dadas, seguimos ao encontro da universalidade, onde o fim jamais existiu e a eternidade aguarda de abraços abertos.
Louvado sejam todos os que semeiam, colhem e distribuem fraternidade.

domingo, 21 de outubro de 2018

SE FICAR O BICHO COME...



Chove lá fora nesta manhã de domingo trazendo um friozinho ameno e um frescor necessário, aliviando os ensolarados e calorentos dias desta primavera que promete um verão ainda mais intenso, pelo menos por estas bandas do Nordeste de águas mornas e céu sempre brilhante.
Primavera atípica devido não só a proximidade das eleições, mas também pela especificidade na forma da população exercer seu papel de cidadão votante, o que não é inédito, mas com certeza, bastante expressivo e ao mesmo tempo preocupante, pois deixou bem nítido o separatismo humano e político que se criou e se consolidou durante esses quase 14 anos de gestão petista no executivo do país.
Tudo passou a ter dois aspectos expressivos, sendo um lado de bandeiras múltiplas de pensares e quereres e, por outro, um conservadorismo sem pautas de discursos, vocação ideológica e acomodação nada confortável, numa quebra de braço onde, a meu ver, o conservadorismo foi sendo sufocado ao poder invasivo, desafiador, destemido e sem cerimônias do ideologismo diversificado.
E nessa mistura sem receita programada, formou-se o caos que ora se constata, através de uma eleição pobre de propostas e de qualidades partidárias, deixando parte do povo de um lado ou de outro como robôs programados sem alma e sem qualquer maior convicção, além de defenderem o que as circunstâncias sistêmicas lhes acenam como salvação de um Deus ou de um Diabo que, se bem observados, o que não está ocorrendo, se fundem numa só panela de frágeis ilusões humanitárias e patrióticas.
Onde estão os líderes que tanto necessitamos?
Onde se escondem os benefícios que há muito aguardamos?
Aonde foram enterradas as crenças, o bom senso e todas as nossas esperanças?
Sinto que cada um dos lados quer acreditar que tudo ficará bem, quando na realidade o que se deseja de verdade, por enfado, cansaço, teimosia, loucura ou picardia, é um lado derrotar o outro, custe o que custar, sem que o país, suas riquezas e seu povo sejam sequer realisticamente mensurados, num se ficar o bicho come, se correr o bicho pega.

sábado, 20 de outubro de 2018

BABOZEIRAS FEMINISTAS



Quem foi que disse que mulher executiva, seja lá em qual profissão for, não pode também ser mãe, dona de casa, adorar cozinhar e ser ainda uma mulher cheirosa, boa de cama e feliz?
Por que temos que escolher ser isto ou aquilo quando podemos ser tudo, pois temos natureza para tal, sem precisarmos nos lamuriar pelas jornadas duplas, triplas, sendo simplesmente as protagonistas de nossa história de apenas mulher.
Incoerência geral é querer se casar, ter filhos, manter uma profissão promissora e ainda ficar lamentando as duras jornadas, se é previsível e sem qualquer surpresa as inerências que advém de tantos desejos e consequentes realizações.
Falo por experiência própria, pois trabalhei a vida inteira, eduquei dois filhos, cozinhei os mais saborosos quitutes, lavei pilhas imensas de fraldas de pano, quando o dinheiro era escasso, amei maravilhosamente bem.
Parece que é vergonhoso se mostrar feliz, fazendo tarefas comuns e corriqueiras, aliadas às profissões de destaque, numa cafonice triste e deformante, pois erradica o carinho e a imensa carga amorosamente emocional que, geralmente, nós lindas mulheres somos capazes de imprimir às nossas tarefas, sejam elas quais forem.
Agora, que é estafante e que muitas são as vezes que desejamos simplesmente desaparecer para apenas descansar, também não nego, mas, quando enxergamos um sorriso translúcido de um filho ou apreciamos nossa família comendo uma refeição que fizemos com apuro, tudo volta ao normal, tudo passa a valer a pena e a vida se renova, ficando o tudo mais como baboseiras feministas, de quem pouco entende de amor.
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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

OLHEM A HIPOCRISIA ...


Desde quando o Brasil precisa de um Bolsonaro para alastrar a violência?
As balas perdidas e os esfaqueamentos, violações de todos os níveis, assaltos e roubos, mortes e agressões de todas as ordens, começaram agora na campanha eleitoral ou vem nos últimos 15/20 anos devastando todo sentido de paz em qualquer rua, bar, esquina ou casa de alguém?
A culpa não seria do aumento populacional, perda de parâmetros éticos e morais, famílias destruídas por um modernismo alucinado, onde tudo pode e é permitido, estímulo do se dar bem a qualquer preço, institucionalização de uma corrupção desumana que oferece farelo com uma mão e com a outra, toma sem dó e piedade todos os direitos de base e sustentabilidade de uma sociedade, enriquecendo uma casta de políticos e puxa-sacos sanguessugas insaciáveis?
Faço um esforço imenso de não dar opinião, mas confesso que me é impossível ver os desmandos acontecendo debaixo de meu nariz e, ainda, tentar me convencer que nada realmente tenho com isso.
Como não me injuriar em ler ou ouvir verdadeiras falácias exploratórias de endeusamento de um partido que faliu o país, roubando descaradamente e abrindo espaço para o pobre comprar carro, TV e ir para a faculdade, enquanto dilacerava os recursos que propiciariam uma saúde de real qualidade, um ensino decente e uma infraestrutura digna, isso sem esquecer da violência, causa direta destas mazelas que proliferaram como rastilho de pólvora; e ainda usam os incautos, devotos ou alienados que continuam com uma miopia absurda crendo que a merda jamais chegará à sua porta ou de um filho.
Provavelmente, Jair Bolsonaro não represente o ideal de Presidente, pois falta a ele postura de estadista, mas e daí, por acaso esta seria a primeira vez em que apostaríamos numa mudança que nos trouxesse uma realidade menos crítica e vergonhosa aos padrões humanitários.
A maldade social que estimula em fakes idiotas , mas não menos danosos, que apresentam sulistas contra nordestinos em uma época em que o caos institucional abraçou a todos, corroendo nosso respeito cidadão já tão enfraquecido, num pouporri de besteiróis inimagináveis em mentes sadias, fazendo aflorar a arrogância e a ignorância do sentimento de frustração embutida em cada cidadão deste país, por compreender seu gigantismo em tamanho, beleza e riqueza e ver, sistematicamente, castas de fdp que se  perpetuam roubando descaradamente cada possibilidade de real cidadania, pois abrem escolas pífias e contaminadas com o fel do separatismo, da incompetência e do maldito comunismo, que nada mais é do que a mais trágica, violenta e destruidora das ditaduras.
Nós, somente nós, somos responsáveis por esta violência sempre crescente, pois compactuamos com ela, seja reverberando, nos omitindo ou, o que é pior, por medo de pensar, analisar, comparar, buscando um mínimo de lógica nos absurdos lidos e ouvidos.
Se tudo está perfeito e ideal, por que reclamamos tanto?
Hospedemos em nossas casas o traficante que matou o nosso vizinho, acoitemos com o nosso silêncio e omissão a falta de remédio nos postos de saúde, a falta de leitos nos hospitais, a fome e a lama, o esgoto a céu aberto, bem próximo de nós, e o tudo mais que no mínimo deveriam nos afrontar e nos forçar a PENSAR, que afinal é de graça e só depende de nossa vontade pessoal.
E que não exige doutorado e nem riquezas bancárias...
Tomei horror de política partidária, nos moldes aqui praticados, pois embrutece e vicia, além de fortalecer a ignorância.
Sou Brasil e sou povo brasileiro, estejamos nós no nordeste, no sul ou em qualquer chão bendito do meu país.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

RECOLHENDO CACOS


Os ventos estão tão fortes que mais parecem os de agosto, envergando coqueiros, balançando galhos, derrubando frutos, despetalando flores.
Os sons do farfalhar das folhas são agitados, nervosos, pouco amigáveis, fazendo o mar se encrespar e o meu corpo arrepiar.
Os pássaros ressabiados procuram, me parece, inutilmente um lugar seguro para se abrigarem, um recanto mais tranqüilo para, então, voltar a cantar.
A natureza me parece zangada, aborrecida certamente conosco que incansavelmente a ferimos com nossas ações destruidoras, numa ingratidão sem limites, numa indiferença que se ainda não a matou de todo, certamente já despertou nesta tão poderosa, mas também generosa senhora, momentos de impaciência que ela expressa desabafando, através de seus ventos fortes e de suas lágrimas de chuva em forma de tempestade.
De repente, tudo começa a se acalmar...
É a mãe natureza que enxuga as lágrimas, sufoca os gritos, faz calar o pranto.
E num ritual de recolher os cacos, assim como ela, lamento pela rosa desfolhada, pelas amoras deitadas ao chão, pelo ninho despedaçado e pela solidão que percebo neste acalmar dos ventos ao meu redor.
Que neste dia, você consiga também recolher os seus próprios cacos pensando unicamente no aprendizado que as dores lhe trouxeram.

OPÇÃO ...


Na medida em que vamos envelhecendo, vamos também neste processo nos tornando mais sensíveis às coisas do mundo, com certeza porque os sentidos já infinitamente abastecidos das mazelas assimiladas ao longo da caminhada, pedem socorro de formas diferenciadas.
E aí, dizemos:
-Nossa!!! Fulano depois de velho, está isto ou aquilo.
Na realidade, contabilizamos as nossas emoções, construídas uma a uma durante nossas vidas e, a depender de nossas naturezas, reforçadas ou remodeladas pelos nossos históricos existenciais, tornamo-nos mais ou menos isto ou aquilo, mas, indiscutivelmente, não se pode negar que os resultados são oriundos dos sentidos cansados pelo ofício ininterrupto de filtragem, a fim de amenizarem os efeitos processuais da mente e, então, se rebelam em aflitos apelos por compreensão e paciência.
No meu caso em particular, percebo que, como comunicadora e estudiosa das emoções humanas, já não estou aguentando tanto horror produzido por um sistema humano, que vem exacerbando em seu desiquilíbrio e inconsequências, como ondas incessantes de um mar revolto, em constantes ressacas de dor e desespero.
E o que é pior, já não encontro razão que justifique propaga-las, acreditando que o aumento das mazelas se dá, inclusive, pelo excesso de publicidade que recebem, como modelos constantes a serem copiados ou tolerados, de produção do pior da raça humana, que se expressa em todas as áreas, disfarçadas de informação, entretenimento, cultura, contemporaneidade e, etc., e tal.
Tudo para disfarçar um louco retrocesso de convívio social, que se revela absurdo, para quem conheceu outros tempos, mas absolutamente natural para uma juventude sem parâmetros para processarem uma avaliação mais precisa e real, quanto aos malefícios que operam silenciosamentee no físico, no emocional e no contexto vivencial da coletividade.
Toda esta enxurrada começa bem cedo, através dos meios variados de comunicação e se estendem ao longo do dia e grande parte da noite, prendendo atenções e destruindo valores agregativos.
Para mim, com certeza já deu...
Passo e repasso, pois, me nego a reverberar o feio e o grotesco, o abusado e o cruel, o marginal e o inconsequente.

QUE COISA, VIU! ...


A violência há décadas vem crescendo assustadoramente, assim como os excessos também vieram se agregando nas forças policiais, num tsunami sem freios, e nós, até o início das eleições, apenas reclamávamos e nos conformávamos com os rumos de nossa sociedade, apenas rogando a Deus que não nos atingisse diretamente. 
Creio que devemos parar de falácias e encararmos o fato de que precisamos estancar a sangria e, concomitantemente, criar políticas sociais que sejam abrangentes e eficazes. Abrangentes, pois precisam abraçar a população de um modo geral, sem que haja qualquer separatismo envolvido e eficaz na sua qualidade. Educação diferenciada e abrangente não se faz construindo apenas unidades e distribuindo diplomas, mas agregando valores que possam verdadeiramente, estruturar crianças e adolescentes, assim como adultos mais adequados ao convívio social e profissional.
Passadas as eleições, como tantas outras, as mazelas permanecerão crescentes em relação a tudo se como povo em uma democracia, hoje tão lembrada e idolatrada, for executada com cidadania participativa.
Políticos não são Deuses, celebridades e muito menos salvadores da pátria. Eles precisam aprender a ser funcionários públicos que atendam as inúmeras demandas com honradez, honestidade e competência, daí, receberem o direito de ter mordomias que não temos e uma legião de assessores que jamais teremos em nossas vidinhas difíceis, onde os nossos erros são cobrados sem dó e sem piedade, pelo sistema no qual estamos inseridos.
Brigar, ofender ou simplesmente se irritar com outro alguém é a maior das insanidades que nos levam a perder o foco das nossas reais necessidades. Um povo que não consegue dialogar com as ideias e ideais com dignidade e respeito, permanece no submundo do atraso e da ignorância de quase tudo, reverenciando imagens e ídolos de barro ou de papel e transformando lobos em cordeiros.
Portanto, acordemos! ...

sábado, 6 de outubro de 2018

RECONHECIMENTO NÃO É MÉRITO E SIM OBRIGAÇÃO.


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Ontem foi um dia particularmente feliz, pois pude ler uma mensagem da prefeita Marlylda Barbuda anunciando que a linda e bucólica Misericórdia, será asfaltada.
Gostei sempre tanto desta localidade que a foto do meu perfil do Facebook sempre foi o seu lindo e acolhedor cais, onde já desfrutei de momentos muito especiais na companhia de pessoas simples, mas absolutamente autênticas e sinceras em seus sentimentos.

 Esquecida por longo tempo, se vê agora lembrada e isso é para ser comemorado por todo aquele que, morando ou não na Misericórdia, é capaz de reconhecer a necessidade de renovar as esperanças em relação às suas próprias demandas pessoais, quanto a sua rua e a sua comunidade. Pessoalmente, aguardo também que a alegria que ora sinto, se intensifique, quando o asfalto cobrir a orla de Ponta de Areia e o calçamento da minha bendita rua. 
Viva portanto, a certeza de que "tudo vale a pena se a alma não é pequena" (Fernando Pessoa).

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

BEIJO BOM COM SAL



Momentos especiais da vida são inesquecíveis e sempre que podemos, copiamos ardorosamente o já vivido e em cada ocasião uma sensação diferente, mas todas recheadas de emoção.
Delícia é sentir o beijo bom com sal, possível de ser vivido e repetido, entre o sol ardente e as águas salgadas de nossas praias encantadas.
E aí, você também já deu e recebeu aquele beijo bom com sal em um dia ensolarado, onde nada mais existia, além de você, seu amor e a vida pululando dentro de si, em sensações gigantescas?
Hummm, bom demais da conta!!!
Com certeza, só em lembrarmos, nos tornamos pessoas mais sensíveis e por um instante, revivemos momentos de pura felicidade.


TEMPOS ATUAIS



As emoções pululam como pererecas no brejo e isto não é nada mal, aliás é ainda muito bom pensar e constatar que as pessoas, mesmo tendo perdido muitos parâmetros e consequentes lógicas, ainda bravamente conservam resquícios de cidadania, mesmo que distorcidos em sua grossa maioria.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE ...

Os rumos sedentários dos caminhares humanos até o momento, e tudo indica ainda por muitos tempos, permanecerão atávicos em suas ações e reações, como se permanentemente se enxergassem em campos de batalha, nem que seja duelando com eles mesmos, numa insanidade impossível de ser compreendida pelas raras e preciosas almas, cujas evoluções já se iniciam ainda no ventre, pois trazem em suas composições formatórias as energias advindas de outras naturalezas, cuja base é a vida e tudo quanto nela resida de natural, forte e resistente.
Estudar, buscando conhecimento desta humanidade, só tem uma única função, que é a de se enxergar para, então, procurar corrigir as distorções sempre encontradas pela força destrutivamente poderosa da conivência, que não pede licença e tão pouco se dispõe a colaborar.
As contaminações são inevitáveis pois não há quem consiga permanecer cada instante presente em contínuo alerta.
Todavia, o conhecimento de si e do tudo mais, estrutura e fortalece, criando mecanismos de defesa, através do aprendizado contínuo de filtragem e armazenamento.
Este conhecimento traz um benefício extra, que é a capacidade do reconhecimento, do entendimento e do perdão, atribuições que em conjunto fortalecem e conduzem a um estado de evolução possível e absolutamente gratificante.

INTERAGINDO COM O UNIVERSO ...


A tua dor é maior porque vem acompanhada da consciência da perda de quase tudo, inclusive da ingenuidade em acreditar tão somente na capacidade da humanidade em sobrepujar-se ao mal.
Amiga, o mal é convincente, colorido e despido das proibições.
O mal ilude com se bom fosse, na posse integral das almas. Conheces, tão somente uma pequena parte do universo terreno e és incapaz de mensurares a potencialidade do ser humano em burilar o mal a seu favor.
A vaidade que para ti é jamais, para a maioria é sempre, aguçando egos, aliciando mentes, corrompendo almas.
Não te iludas, esta é a raça humana na sua permanente dualidade, da qual, tanto tens escrito, se bem que sem grandes convicções, já que és uma eterna admiradora da grandeza e potencialidade que o humano é capaz de ser e produzir.
O sopro das brisas em tua vida é tão somente a vida através da natureza te saudando a cada amanhecer e em todos os instantes em que te permites relaxar e apenas ser.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

VERDE E AMARELO


Eu vivi o antes e o durante da ditadura do seu início ao seu fim, assim como conheci de perto e na pele os efeitos de ferir os seus princípios e, apesar disso, posso garantir que mesmo não sendo o ideal sonhado, foi um tempo onde a juventude verdadeiramente foi feliz, pois éramos livres para criar todas as maravilhas que hoje, a juventude tenta conquistar ou usufruir, sem, no entanto, terem a real liberdade para tal.
Éramos setenta milhões de brasileiros, ricos, pobres ou remediados, mas éramos um povo que sabia sorrir, compor belas músicas, vencer grandes campeonatos, voar grandes e deslumbrantes céus, nos palcos do cotidiano.
A política e os políticos sempre foram oportunistas, os militares vigilantes astutos e severos, mas jamais tiveram a audácia de dividirem o país em brancos e negros, héteros e homos, pobres e rico.
As ruas eram parques de diversões a céu aberto, onde as tribos diversificadas faziam suas festas sem cores determinadas, além do verde e do amarelo.
Saudosismo, ora se tenho, principalmente de um tal de respeito e de uma tal de educação familiar que se perdeu, quando, finalmente acreditamos que o vermelho de uma nova bandeira, era igual aos nossos sonhos idealistas infantis de Papai Noel.
Trocamos o direito de ter trabalho pelas migalhas que perpetuam a miséria, os livros e o determinismo das conquistas pelas cotas e pelo despencar da qualidade do ensino, mas acima de tudo, trocamos a grandeza da união de nossa gente, pela imprudência cruel do separatismo.
Trocamos o idealismo político social sempre impulsionador e principalmente livre, pela alienação de propósitos engessados e corroídos pelo tempo e pelos seguidos exemplos de fracasso mundial.
Trocamos a liberdade de ser e de viver pelo caos urbano, o Chopp gelado e o suor tropical nos botecos das esquinas com os amigos, pelo ar condicionado dos impessoais shoppings.
 Fomos consentindo até que como agora, não restando quase nada, nem mesmo a consciência de que erramos, batemos cabeça uns nos outros.
Choro então por mim e por minha pátria, hoje sem bandeira que a represente, sem um povo que a respeite, sem uma juventude que saiba defende-la.
Faltam cinco dias para as eleições e nenhuma real esperança adentra em meu coração, só me restando resistir, a despeito de críticas e ataques das inflamadas e sempre enganadoras, bandeiradas vermelhas.


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

DESPERTAR DE VIDA E LIBERDADE ...


Tens razão em calar-te, tens razão em deixares as lágrimas rolarem, afinal este Deus, que agora vês como um manipulador cruel, capaz de vestir-se de cores camuflativas que te envolvem, lançando-te ao breu vivencial, é o mesmo Deus a quem servistes sofrendo, amando, temendo, por cinquenta e quatro anos de tua existência.
Fostes laçada por este Deus e a ele te entregastes desprovida de qualquer recurso de segurança, porque pensavas que a um pai não se necessita precaveres, afinal ele te guardaria, ser onipotente e onipresente seria suficiente para guardar-te de qualquer mal, bastava tão somente que fosses obediente.
E tu o fostes sim, percebo em tuas lágrimas que tentastes com todas as tuas forças ser uma filha fiel, correta, seguindo cada ordem do pai, reconhecendo em seus desejos o desejo sincero de recompensar-te, mantendo-te em segurança constante.
Ah! Mas este teu pai que tanto exigiu desistiu de ti inúmeras vezes, fazendo-te crer que eras uma criatura incapaz de servires ao pai. E tentavas, mas a qualquer falha lá estava ele com o chicote hasteado, sempre cortando tua temerária vontade, te deixando aos cuidados do Diabo sorrateiro que de teu Pai se travestia a fim de enganar-te. Foram muitas vezes em que te deixastes envolver pelo Diabo Pai, dominador e convincente, que te minou as forças, os sonhos, parte da existência.
Só não contava este Pai Deus, assim como o também Pai Diabo, que entre um e outro houvesse um Jesus camarada que, atuando com a parceria universal, te oferecesse a luz nas trevas que te encontravas, para, então, poderes crer, buscando, o verdadeiro Pai que te amparas.
Chore, abrace este Pai que, finalmente, se apresenta, apalpe-o, sentindo-o na grandeza de seu poder, na imensidão da potencialidade de sua capacidade amorosa e ti entregues sem reservas, pois, onde este Pai habita, não lugar nem para Deus, tão pouco para o Diabo.
Trecho do livro "Deus e o Diabo"- Regina Carvalho

Sentindo

E a pequena lágrima rolou pelo rosto, como se fosse uma gota que o universo gentil, oferece como seiva úmida e nutritiva à folha, nem sempre ressecada, mas sempre ávida de um pouco de atenção.
Bom dia!

BOROGODÓ e o tudo de bom...

Abro os olhos e algo assoprou em meus ouvidos BOROGODÓ e aí, como sei o que significa, questiono-me, afinal, como pensar nesta síntese absol...