São, neste exato momento, quatro e quarenta e dois da manhã e os pássaros acabaram de chegar em uma verdadeira profusão de sons.
Neste horário, a maioria das pessoas ainda dorme, alguns por que sofrem de insônia, sequer conseguiram dormir e eu cá estou prontinha para começar o meu dia, depois de um sono profundo e regenerador.
Este é o meu horário preferido, nada mais ouço que o barulho natural da vida e, portanto, quietinha em meu canto, reflito com mais tranqüilidade, escrevo sem qualquer interrupção e confesso que me sinto cercada de muita paz com os meus parceiros energéticos a dividir, comigo, inspirações.
Neste instante penso que se fosse analisada por um psiquiatra, teria como diagnóstico, no mínimo, uma esquizofrenia paranóica, afinal, possuir como amigos de longos papos, pássaros, cachorros, peixes, esquilos, flores e plantas, e ainda conversar com o vazio, crendo estar com parceiros sem corpo físico?
Bem...
Que ninguém nos ouça, mas há cerca de uns vinte e cinco anos atrás, um v…