domingo, 31 de dezembro de 2023

E AÍ...

Ouvindo o Bolero de Ravel neste amanhecer de domingo e também o último dia do ano de 2023, a única emoção que me domina é sem qualquer dúvida, o de me sentir encantada com tudo que a vida me proporcionou, não apenas nesta ano que ora se finda, mas no conjunto de muitos e muitos anos, nos quais, fui traçando o meu destino ao lado de pessoas, coisas e lugares, verdadeiras preciosidades, e ai, de cada qual, a seu tempo, fui absorvendo texturas , aromas e sabores, estruturando em mim, a bendita oportunidade de poder escolher o que melhor me conviesse.


sábado, 30 de dezembro de 2023

NO MUNDO DA LUA

Nesta última sexta-feira, deste calendário Gregoriano de 2023, cá estou, quietinha como sempre ao som de belas melodias, fazendo a minha retrospectiva pessoal deste, que esta sendo mais um ano sem o meu Roberto e longe fisicamente de meus filhos, mas incrivelmente cercada de pessoas espetaculares que me doaram o melhor de si em ações, hoje raras de serem encontradas e ai, sim porque, em minha vida nada apenas aconteceu, e sim, cada momento teve uma relevância especial, ate mesmo, aqueles em que frustrei-me.

Tudo bem, afinal, aprendi muito cedo a conviver com as frustrações dando nelas uma boa rasteira e guardando, tão somente, as lições nelas contidas.


Banana Split

Dizem que recordar é viver e reviver momentos especiais e, gente, não é que é verdade...

Hoje por exemplo, do nada, lembrei do dia em que minha mãe cedeu aos meus insistentes pedidos e me levou numa sorveteria na orla de Copacabana para saborear o tão sonhado e famoso lançamento que estava na moda e nos desejos juvenis: “banana split”.

Nem eu sequer imaginava o que seria a tal da banana split, além de deduzir que seria feito à base de bananas, mas a imaginação criara fantasias e sabores estupendos e, de repente, quando finalmente a garçonete colocou a travessa diante de mim, o silêncio da decepção foi tanto que só me lembro da gargalhada de minha mãe, sempre muito palhaça e bem- humorada, dizendo:

- Mas é isso que você queria? Por que não me explicou que eu teria feito lá em casa e bem mais barato.

Pois é, recordar esta decepção, não me faz esquecer das delícias da sorveteria de frutas do Morais na Visconde de Pirajá, esquina com Garcia D’avila, em Ipanema no Rio de Janeiro, onde saboreei incansavelmente o sorvete de milho verde mais saboroso do mundo, assim como era possível encontrar o bendito cuscuz de tapioca com coco, inigualável...

Os donos eram portugueses, mas as almas com certeza eram baianas.

Faltam dois dias para o ano terminar e tudo que me vem a cabeça são recordações gastronômicas.

Que coisa, hein!...

Texto escrito em 30.12.2019 Itaparica



SOCORRO!!!! INVASORES

Quem convive comigo, sabe que jamais fui animada para promover e até mesmo, participar das festas de final de ano, preferindo a reclusão, fugindo literalmente das costumeiras muvucas, onde de tudo rola um pouco, inclusive, a falta de alegria genuína.

Mas tudo bem, faz parte do Show e quem sou eu, pra achar qualquer coisa, não é mesmo?


sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

ALEGRIAS PROGRAMADAS

Acordei agorinha, justo por que minha biologia é programada como um relógio suíço e como tal, jamais falha e ai, se durmo tarde acordo e quero porque preciso, permanecer na cama mais um pouco, mas aí, até, posso ficar, como nesta manhã, mas a pulso, já que voltar a dormir, é simplesmente, impossível.

Todavia, eu não seria a Dona Regina, se não fosse teimosa e birrenta, portanto, senão consigo mais dormir, pelo menos da cama não saio e, foi assim que, fiquei duas horas morcegando entre os lençóis, deixando os ouvidos ouvirem os pássaros chegando e a mente agitadíssima se movimentando, se bem que, ultimamente, ela anda tão vagabunda quanto eu, preferindo resgates a qualquer outra expressão de criatividade.


quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

FALSO BRILHANTE

Estou aqui pensando nas pequenas coisinhas que vivemos fazendo ou recebendo no nosso cotidiano e que sequer oferecemos importância maior, pois fazem parte de uma rotina, nos levando a esquecer que são justamente essas aparentes banalidades que consomem a maior parte de nosso tempo, dando ou tirando o brilho de nossos instantes presentes, dependendo de como somos capazes de recebe-las ou realiza-las.

Levar e trazer os filhos das escolas, ir ao supermercado, enfrentar a fila do ônibus e depois, ele abarrotado, correr para chegar ao trabalho sem atraso, dizer, bom dia, ao vizinho, ao porteiro do prédio ou aos alunos em cada sala em que se vai dar aulas, pensar no que se vai almoçar e etc e tal.


UMA PAUSA...

São quase seis e trinta da manhã desta quinta-feira e nada, absolutamente nada despontou em minha mente, afim de que eu pudesse me utilizar para então, escrever.

Novamente “aquele” vazio...

Sinto-me anestesiada, como se minhas emoções tivessem ido dar uns bordejos e tenham me deixado sozinha diante do notebook, com esta expressão apática.

Será que já escrevi sobre tudo que me pareceu relevante nestes quase sessenta anos de registros cotidianos ou, estou apenas, sendo forçada por uma mente cansada, a simplesmente pausar?


quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

ESTOU ERRADA TERTA?

Existe uma tendência em subestimar-se a percepção dos demais, quando envolvidos se está nas próprias metas, todavia, as consciências, mesmo que restritas, cobram e para que haja livramento das avaliações cognitivas que, invariavelmente, cobram e culpam, logo cria-se um mecanismo de defesa e alienação, num convencimento de que os outros, estão sendo engabelados pelas historinhas criadas, como autodefesa de ataques, antes mesmo deles acontecerem. E aí, fica-se como disco quebrado, tentando justificar as ações, sem sequer perceber que quanto mais age-se assim, mais e mais mostra-se o oculto que arduamente, se tenta camuflar.

E como sempre tem aqueles, que por motivos diversos aplaudem, e aí, o circo do faz de conta permanece inalterado.

Essa premissa, só não se adequa ao político empossado, afinal, ele há muito já compreendeu que povo de país latino americano, percebe de imediato seu enriquecimento meteórico, mas nada faz, porque na realidade, gostaria de estar no lugar dele, fazendo a mesma coisa.

As falcatruas institucionais são sinônimo de sucesso, distorcendo o caráter e agido como ópio, maconha e cocaína nas mentes de um povo sem capacidade avaliativa e consequente dignidade.

Que coisa, viu!!!!



BORBOLETAS E BEIJA-FLORES...

Acordei pensando no meu encanto pelas borboletas e beija-flores e na delícia de ter sempre ambos ao meu redor e no quanto de simbolismo que os mesmos marcaram a minha vida, representando cada qual, uma avenida, para que eu pudesse ter no mínimo duas opções para caminhar.

O simbolismo do Natal é estimulante para as confraternizações, mas precisa ser também um caminho inicial de reformas pessoais, onde os joios precisam ser retirados com vigor, para que o saudável trigo, tenha espaço para ser o que naturalmente sua natureza determina, fonte inesgotável de nutrição.


terça-feira, 26 de dezembro de 2023

UM SUCESSO!?!

Eu sou de um tempo em um Rio de Janeiro absolutamente bucólico, que me dava a sensação de residir num principado de beleza e elegância, mas que aos pouquinhos, foi sendo invadido pelos modismos de todos os níveis, vindos de todas as direções, que foram chamados de evolução e progresso e que, foram imediatamente abraçados pelos jovens, no que eu me incluía, mesmo não tão afoitamente, se bem que me sentindo tentada, afinal, suas bandeiras flamavam liberdade que passou a ser tudo que realmente importava para destravar as portas das “repressões “que lhes eram impostas pelos  hábitos e costumes de pais e avós, todavia, amparados pelo advento das pílulas, pelo incentivo das mídias e pelas novidades em si e principalmente, pelo jeito descontraído do carioca em acolher outros jovens que buscavam as oportunidades artísticas com suas múltiplas e diversificadas faces deste Brasil imenso e tropical que, até então, era desconhecido ou remoto para a maioria dos jovens cariocas. 

Todo desconhecido aguça as curiosidades.


GRATIDÃO

Não há recursos milagreiros, apenas resultados que acontecem a partir da imensa busca pelo que determinamos ser o nosso objetivo existencial.

A forma da condução desta busca é que determina não só o sucesso, mas acima de tudo, a qualidade do bem conseguido.

Precisamos encarar com firmeza e realismo as nossas buscas e suas consequências, afinal, é preciso que compreendamos o nosso grau de poder sobre nós.

Que 2020, seja não só um continuado esforço em prol das conquistas desejadas, mas também, um ano de muitas conscientizações sobre o que somos, e o que verdadeiramente nos faria mais felizes e abastecidos de equilíbrio, razão e muito amor, onde a gratidão pelo já conquistado, esteja inserida definitivamente em nossas vidas.

Todo ser humano que cultiva a gratidão, mantém em si, um campo fértil para que a bendita serenidade brote e alimente a própria alma.

E aí, o tudo mais acontece, na justa medida de nossas reais necessidades.

Regina Carvalho-texto escrito em 24.12. 2019-Itaparica



RICHARD CLAYDERMAN

 Faz tanto tempo, mas parece-me que foi ontem, que sentada no chão com as pernas cruzadas, por sobre o tapete de pele de carneiro, tendo diante de mim, a velha máquina Remington portátil  apoiada na mesa de vidro redonda, no centro da sala de esta, onde absolutamente só, pois, todos sabiam que quando lá eu estava, nada poderia interferir nas minhas orações, sim porque, escrever naquele ambiente, após um dia exaustivo de trabalho, sempre foi o que me determinei a usufruir, pois, representavam momentos de absoluta paz.


domingo, 24 de dezembro de 2023

BEM AQUI, BEM ALI...

São quase meia noite e dentro de três minutos, o dia 24 de dezembro chegará, assim como eu que acabo de chegar da pizzaria, onde fui com amigos e pude observar, o volume de carros que estavam estacionados ao longo da Orla de Itaparica, por conta da festa de Natal, promovida pela Prefeitura.

Segundo uma amiga que encontramos no nosso retorno, tudo estava um espetáculo, tanto na organização, como na quantidade de presentes que estavam sendo distribuídos, o que me deixou feliz, afinal, o lúdico é de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo das crianças e quando, o assunto é ser humano e benefícios a eles, meu coração se enternece, ficando o tudo mais, relegado a um segundo plano.


MAIS EMOÇÃO, POR FAVOR

Estou aqui pensando no quanto é gratificante quando nos atemos ao simples fato de que somos ainda capazes de nos emocionar, seja na observação de um pássaro que decidiu bailar à nossa frente ou por uma tragédia com pessoas que sequer conhecemos. Esta impressionante capacidade amorosa, e que chega geralmente a nos provocar algumas lágrimas, é que faz de nós criaturas especiais neste mundo, sempre tão confuso, justo por ser absolutamente diverso. 


sábado, 23 de dezembro de 2023

MUITO ALÉM...

Escolhi a música “You Are The Sunshine Of My Life” (você é o raio de sol da minha vida), cantada por Stevie Wonder para abrir este sábado, tão próximo do Natal, justo porque ela fala do eterno amor, aquele que ultrapassa as barreiras do tempo e até da morte, afinal, ela descreve o quanto, uma pessoa pode se eternizar através do amor que sente por outra.

Provavelmente, tempos atrás, eu não conseguisse compreender este sentimento em toda a sua dimensão, mas hoje, ele é translúcido em minha vida ao ponto de não só senti-lo pulsando em mim, como não resisto em propaga-lo, pois, de repente, você que me lê, se entusiasma e venha a querer, usufruir desta maravilha, afim de que, o seu amor, hoje presente física e emocionalmente ao seu lado, assim continue, além da aparente distância.


sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

BOM DIA!!!

Inspiro fundo e vou soltando bem devagarinho

E neste exercício pulmonar

Deixo a mente livre para voar

Talvez, pensando ou sonhando

Num misto de quente, as vezes frio

De tempos passados, nunca esquecidos.

Penso nas festas natalinas que começam

oficialmente amanhã, parecendo-me a cada ano, mais tímidas

as intenções e ações, fato que venho constatando e inevitavelmente a memória teimosa, resgata inesquecíveis Natais familiares e midiáticos que faziam do mês de dezembro, uma sucessão de preparativos agitados e repletos de expectativas para a sagrada noite do dia 24 e o tradicional almoço do dia 25 e em seguida, uma breve pausa para se acumular energias para extravasa-las no dia 31, em despedidas simbólicas de um ano que em minutos se torna velho, dando passagem a um ano novo, comemorado efusivamente, mesmo que no dia seguinte, afora as tradicionais ressacas, tudo pareça permanecer exatamente, igual.

O que tem acontecido com as tradições e com as emoções humanas?

O excesso de exposição das realidades do cotidiano, tem roubado a capacidade das criaturas em fantasiarem suas vidas ou simplesmente, a elas tem oferecido, mesmo que sem a devida consciência, a invasão desmedida do quão, ocas e absolutamente destituídas de palpáveis e continuados sentimentos afetivos, são essas comemorações ditas, cristãs?

Afinal, além dos presépios, cenografia de alguns ainda lares, praças e shoppings para compor o cenário da ocasião e empolgação das cada vez menores crianças, assim como, motivação exitosa do povo, afim de fazê-lo esquecer por tempo determinado o caos dos abusos institucionais que o mantém numa Sodoma e Gomorra infernal, onde sempre falta a liberdade de subsistir com saúde e segurança, resguardado por uma dignidade social que deveria possuir, mas que ano após ano, não chega.

E aí, aonde mesmo, de verdade, entra o bendito Jesus?

Novamente respiro fundo, agradecendo a este universo grandioso por estar viva e ainda preservando a minha consciência a cada dia mais plena em relação as falácias, compreendendo que se a humanidade não lutar para preservar os folclores existenciais, como referências simbólicas de uma fraternidade em sua maioria, utópica. como estará em termos afetivos e amorosos nos próximos Anos Novos, já que, indiscutivelmente virão, mesmo que muitos de nós, por aqui, já não estejamos.

A solução para esta drástica perspectiva, não seria prolongar, numa tenaz resistência ao longo de cada ano, este restante de real capacidade amorosa que, ainda sobrevive, mesmo que aos trancos e barrancos, afim de aos poucos ir-se preservando os presépios do justo e do nobre, que ainda existe dentro de nós?

Bom dia, com a certeza absoluta de que só com amor, somos capazes de vivenciarmos um final de ano, com plenitude, sozinhos ou rodeados daqueles que amamos.

“Onde houver dúvidas que eu leve a fé”

Regina Carvalho-22/12/2023- Itaparica



quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

CHOVE LA FORA...

Mas aqui dentro de minha mente e alma, as chuvas que existiram, foram unicamente, como as que ora banham o jardim, simples refrescâncias, poderosos banhos da vida, para que mais leve e viçosa, eu pudesse caminhar vida a fora.

Rebelde, arisca, teimosa, birrenta, ranheta, muitas chuvas precisei tomar para finalmente, poder perceber o frescor que a paz é capaz de proporcionar.

Se não bastasse, acompanhando as chuvas, lá estavam elas, lindas e preciosas criaturas que como gotas benditas, cada qual, a seu modo, generosamente, foram nutrindo meus sentidos e minha mente, para que com o tempo, eu fosse percebendo o manancial de emoções e sentimentos que em mim se formava, capaz de banhar-me, independentemente se favoráveis ou não, fossem as circunstâncias.

Preciosas criaturas, algumas sequer humanas, mas fieis companheiras de caminhada como minhas pastoras, Buana e Xuxinha, que me entendiam pelo olhar, pelas vibrações de minhas emoções.

Ontem, acordei meio dodói e sequer tive forças para curtir a farra da Hidroginástica, nas águas serenas e mornas de minha Itaparica ao lado das amigas, todavia, a vida me reservara grandes outras emoções, afinal, como medir o potencial do carinho e da fraternidade?

Este texto, dedico as amigas Reinalice que logo cedinho, mandou um chá de ervas, afim de restaurar-me as forças, as 12 horas, Tereza Valadares, bate em minha porta, trazendo um delicioso almoço e os correios entregam mais que um presente pelo meu aniversário, um abraço fraterno de Cida Paglarin, numa laboriosa e rica compilação de imagens que fui registrando ao lado de pessoas incríveis que a cada tempo, enriqueceram este meu caminhar de vida e liberdade.

E aí, como não acrescentar a essas maravilhas, as lembranças do meu Roberto, amor, paixão de minha vida e dos meus dois filhos adorados, brindes de Deus, que por mim zelam por todo o tempo, assim como, esta minha Itaparica que como mãe protetora não meço esforços em prol de seu resguardo dos famintos lobos e carcarás.

Portanto, bendita é a chuva que veio para manter a vida, mais plena e mais viçosa, fazendo saltar da terra, diferentes e únicos aromas que nos inspiram a sermos a cada instante, pessoas um pouco melhores na convivência uns com os outros.

Regina Carvalho-21.12.2023-Itaparica

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Álbum fotográfico de minhas publicações dos últimos 20 anos elaborado carinhosamente pela amiga e leitora, Aparecida Paglarin.



quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

DEBOCHE

Estamos tão invertidos em nossos valores de formação moral, ética e consequente convivência humana, que sequer percebemos quando, o deboche ocupa o lugar do respeito. Quando a arrogância se transveste de abuso e quando a elegância mental e postural abre espaço para a leviandade.

Hoje, fiquei triste com mais uma constatação da violência que se camufla nas dobras dos sorrisos e das falas mansas, na distribuição de favores, no absurdo da aplicação do erário público pra fins de alimentar a escalada da vaidade de alguns poucos...


terça-feira, 19 de dezembro de 2023

LÓGICA DO BEM COMUM...

Houve um tempo na minha vida em que eu cri que os meios justificavam os fins. E nesta toada hipócrita que sorvi deste sistema provocativamente aliciante, segui vida a fora.

Com o tempo, os mergulhos cognitivos, as leituras dos grandes pensadores da humanidade, mas acima de tudo, do contínuo resgate dos parâmetros educacionais domésticos, fui compreendendo a força da teia, na qual, por imprudência e vaidade me deixei envolver.

O golpe final, para que eu reencontrasse os valores éticos e morais, com os quais, fui forjada, se deu em 1993, quando sozinha, na companhia de dois lindíssimos pastores alemães, caminhando pelas não menos belas alamedas que cortavam os 10 mil metros quadrados de belezas naturais, tolamente ornados com o luxo artificial de minha vaidade já então, desmedida, senti uma profunda dor no peito, que me fez cair literalmente, sem ter a quem pedir socorro.


TESÕES DE UM FELIZ NATAL # UM PROSPERO ANO NOVO...

Dando continuidade ao filtro que joguei fora ou, talvez nunca o tenha tido, penso que me esqueci de mencionar no texto que escrevi neste amanhecer que, ao acordar, minha mais recente lembrança do sonho noturno, foi admirando um cachorro, portanto, não só esqueci de menciona-lo, como de procurar um bicheiro para tentar a sorte, afinal, sou filósofa, mas também aprecio as coisas bonitas que brilham e seduzem, que transformaram esta humanidade em perseguidores do apenas ter, a qualquer custo, dando apenas uma pausa, na noite e no almoço de Natal, bem menos na Páscoa, forjando-se  cristãos devotados, seres humanos, literalmente, humanos.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

SEM FILTROS...

Relendo alguns dos meus escritos, confesso que passei texto a texto a me respeitar um pouco mais, afinal, quantos seres humanos são capazes de rasgarem-se inteiramente, desnudando-se sem frescuras e culpas e, então, como em retornos de profundos mergulhos, emergir, sempre renovada, sem qualquer, mágoa ou dor, computando tão somente, o extraordinário caminhar de contínuas e surpreendentes emoções.

A cada ano desta longa vida, o cansaço em muitas ocasiões me dominou e precisei parar, relaxar, nadando mentalmente nas águas da minha própria compreensão, buscando alívio, no exercício nada fácil, mas garantidor de resultados preciosos.


domingo, 17 de dezembro de 2023

TESÂO PELA VIDA...

Impossível não ter a compulsão prazerosa de escrever neste meu reduto delicioso e ainda, ouvindo o que existe de melhor em música. Agora por exemplo, estou escutando "Impossible", com Tony Bennett, deixando o meloso de sua voz deslizar em mim, fazendo emergir o tudo de bom em recordações que fizeram de minha vida, um constante tesão.

Tudo, absolutamente tudo me era importante e desafiador, superar, conquistar, perder, enfim, não houve obstáculos que me travasse, impedindo-me de sentir.

Bom demais...

Ainda muito cedo, prestando atenção em tudo a minha volta, percebi encantada que não estava por aqui a passeio, mas para esgotar até a última gota de minhas energias, sorrindo ou chorando, eu queria mais era viver e registar a vida. E como vivi ao ponto de até hoje, ainda ter quem não compreenda o quanto fui feliz, mesmo, no fundo do poço, afinal, dele saía sempre renovada e prontinha para outras benditas experiências, mas sempre sem entender como poder-se-ia passar por esta vida, sem sentir grandes emoções.

Para tanto, casei com o parceiro certo para me acompanhar ou eu a ele, em infindáveis estrepolias... Lembro que pouco antes de morrer, ele queria deixar a casa de Itaparica para passar férias e mudar para Santa Catarina. Essa foi a primeira ideia em 52 anos que eu não topei e como o conhecia com a palma de minha mão e ainda contando com o apoio dos dois filhos, certamente, eu teria cedido a pressão, afinal, estar com ele, aprontando todas, era tudo que verdadeiramente, importava.

As vezes ou quase sempre, sorrio, chorando, porque não há tristeza, sentimento de perda ou emoção que o valha, apenas lembranças do muito bem vivido, sem controles ou regras pre determinadas, mas numa fidelidade de alma, também não programada, mas absurdamente resistente, aos muitos ventos e tempestades, porque, afinal, nem eu e ele, éramos flores para serem cheiradas, um pelo outro.

Éramos teimosos, abusadamente livres, tínhamos pressa em viver e aí, revejo um pouco deste jeito de ser em minha Anna Paula, uma eterna Maré de Março, transbordante...

Apesar desta inconstância, tão incomum nos demais, criamos lindos e amorosas filhos, transferindo para eles o sentido poderoso da união, sem correntes, sem amarras, sem determinismos, sem mascaras e por Deus, sem culpas...

São criaturinhas altamente confiáveis, dóceis e ariscas como os pássaros, fortes e resistentes como equinos puro sangue, batalhadores responsáveis como as abelhas, dividindo cada qual, o seu mel, garantindo assim a fartura da colmeia, tal qual, aprendi desde pequena, no seio da minha família de origem portuguesa, com certeza.

Relato sentimentos e emoções, sem floreios encantados, mas com a precisão do real sentido.

Tem sido um “barato”, não parar de viver, sorrir, chorar e dizer “Eu te amo” para quem, desperta em mim, tesão pela vida, mesmo, longe dos filhos e do meu sempre amor.

Uma noite de sexta-feira, repleta de tesão, pra você que me lê, mesmo, não tendo quem o acompanhe nas suas estrepolias, reais ou abusadamente mentais...

Porque afinal, nada é impossible...

Regina Carvalho-15/12/2023- Itaparica

Olhas as caras dos moleques safados de 70 anos!!!kkk



ABSURDAMENTE VAIDOSA...

A princípio, nada me inspira

Parecendo que tudo já tenha sido dito, escrito e pensado

Um enorme vazio, faz oca a minha mente

Capaz de deixar-me ouvir os ecos

Continuados do muito variado, que gritei em letras.

Troco de música, mas só ouço os pássaros

Nem mesmo Debussy, Beethoven ou Elton John

Em seus estilos e intenções variadas

Preenchem minha mente de ilusões, fatos

Dúvidas ou certezas, neste lindo amanhecer

De um quase verão, mas já abrasador.

Tudo que ouço, como uma magia

São os cantos também variados 

Vindos lá do jardim, em solo ou coro

Impedindo os meus ouvidos de escutarem

Os sons da criação humana, talvez

Para que nesta manhã de sábado

O apenas original, seja o protagonista.

Tudo por mais bonito, sério, triste e muito feio

Vim registrando em versos e prosas

Sem me aperceber, que só a mim importava

As dores do mundo, o sois dos amanheceres...

Terei adentrado nas almas, através dos olhos, daqueles que me leram?

Ficara algo de mim, neste universo tão amplo e variado?

Ou serei tão somente, uma brisa invisível que passou

Ora refrescando, ora arrepiando, suscitando o desejo, 

do sempre bem-vindo, quero mais...

Penso, então que se eu, não fosse poeta e uma tenaz escrevinhadora

Não me daria ao desfrute de ser, absurdamente vaidosa

Ao ponto de crer-me inesquecível, 

ao ponto de comparar-me à uma brisa...

Regina Carvalho-16/12/2023- Itaparica



O RETORNO DA VIDA...

E aí, desde as cinco horas deste amanhecer de domingo, seguindo a disciplina de tomar o meu pingado e depois, ou ao mesmo tempo, começar a escrever, hoje, não foi seguida.

Fiquei olhando as publicações, compartilhando as que me pareceram mais interessantes, até que, uma em particular, chamou a minha atenção, remetendo-me a fatos ocorridos em minha vida que, estavam guardados na caixinha mental das experiências que a priori, balizam meus sentimentos.

Ouvi e vi o vídeo duas vezes e enquanto isso, rapidamente, minha mente, resgatava imagens de momentos de minha vida que necessitaram de apoio espontâneo, daqueles que estavam à minha volta e que, certamente eu dedicava atenção e carinho e que, cria também nutrissem por mim.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

O PODER DA RETÓRICA, QUANDO RESPEITADA

Mas quem de verdade tem se importado com respeito?

Depois de falar sobre o Natal do meu tempo e do tempo atual, coloco Debussy, afim de poder deixar o solo fantástico do piano na execução de tão grandiosa obra musical, ditar o ritmo e a qualidade dos meus escritos.

Na noite de ontem, por absoluta ignorância técnica, não me foi possível, adentrar como convidada de acordo com o anunciado, na live de Alex Cruz, contrariando uma enxurrada de contras o que, me levou a refletir:


MAIS AMOR, POR FAVOR...

Pessoas, não podem valer menos que coisas

A vida, seja ela qual for, não pode valer menos que objetos, por mais valiosos que se apresentem.

Se não pode amar a vida, nas suas infinitas configurações, pelo menos, respeite-as...

Foi pensando nisto que acordei nesta sexta-feira de quase verão e a apenas, nove dias do Natal.

Natal de presentes, confraternizações e comilanças,

Natal de mensagens e imagens simbólicas, que afirmamos que não podem faltar às nossas crianças.

Natal de pessoas e coisas que logo depois, se desconfiguram

Natal de uma noite e um dia de ilusões.

Natal cenográfico, ilusório, representativo de uma fraternidade, a cada ano, mais esquecida.

Ainda me lembro dos Natais dos velhos tempos

Regados a vinho, castanhas e bacalhau

Família, portuguesa com certeza...

Ainda me lembro, já faz tanto tempo...

Do mantra sagrado, recitado por meu pai

Insistente em fazer os filhos compreenderem

Toda a importância do Natal de um ano inteiro.

Hábito bendito, que fez de mim uma humanista

Que insiste e não desiste de pregar o amor

e a bendita fraternidade, lógica absoluta de tudo.

Seres vivos, não podem valer menos que coisas...

Pra você que me lê, um dia de compras e reflexões

Sobre o breve Natal do dar e do receber.



quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

CHOVE LÁ FORA...

Uma chuvinha suave, mas absolutamente refrescante, capaz de fazer saltar da terra ressequida pelo constante sol abrasador, um agradecimento em forma de aromas gostosos e benditos, pois, ao senti-los, na profusão de seus múltiplos perfumes, sinto-me mais plenamente existindo.


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

FAZ TEMPO...

Noturno de Chopin, faz tempo que não ouço...

Não sei bem porquê, mas que diferença faria, se eu soubesse?

São mais de três anos, vivenciando a sua ausência, mesmo sabedora da razão.

De que me adianta sabe-la, se nada posso fazer?

Os dias amanhecem em sua maioria ensolarados

Estimulando-me a neles me inspirar, num seguir adiante

Mas Deus, como tem sido difícil...


terça-feira, 12 de dezembro de 2023

TANTO FAZ...

Em se tratando de política isso é mais comum do que se possa imaginar, pois, a depender das circunstâncias que favoreçam a pessoa, ela só enxerga o óbvio, que geralmente é o ouro dos tolos, marginalizando os cernes das mais sérias políticas públicas e das cruéis ações que dia após dia, soterram a ética e o respeito, em relação ao erário público aumentando a violência, a fome , a miséria de todas as ordens, assim como também, sem perceber que dia após, dia, mais se escraviza, perdendo qualquer chance de real desenvolvimento pessoal, porque, afinal, a pessoa até, muitas vezes, atinge os seus objetivos materiais, mas jamais, deixa de ser um molambo nas mãos dos manipuladores da fraqueza moral. Afinal, há sempre um ou mais alguéns, mais forte e poderoso, acima seja lá de quem for.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

ASSUNTO CASA- NÃO ACEITO CHANTAGEM

Em 2015, vendo a aflição da então secretária Michele Marques, justificando numa entrevista na Rádio Tupinambá, a falta de uma casa para instalar o CAPS, ofereci a minha no ar, assim como no ar, negociei valores, porque, não faço negócios às escondidas. Foram 10 meses em que minha casa foi cedida e onde todos cumpriram o acertado.

Os anos se passaram e pensei que seria melhor eu, novamente alugar ou vender a minha casa, afim de mudar-me para o centro, por uma questão de praticidade e até mesmo, passar uns tempos em Santa Catarina, atendendo as contínuas pressões de meus filhos.


O TEMPO E O PERDÃO

Oficialmente, o verão vai começar no próximo dia 21/12,  o Natal está à porta e um novo ano se aproxima rapidamente, como se tivesse muita pressa de virar a página do livro de nossas vidas, buscando novas perspectivas e um motivo a mais para seguir em frente com otimismo e disposição.

Sentada na cadeira da varanda, me alivio do calor do verão, que na prática, á muito já chegou, neste outono de mina vida, ainda repleto de muito entusiasmo em restaurar as muitas queimadas das quais sobrevivi, mas que deixaram algumas marcas que não incomodam mais e outras que apenas existem para que eu não esqueça que o fogo existe e as labaredas podem se não matar, mas, com certeza, sufocar o melhor de mim, se eu me distrair e não estiver atenta aos apelos cruéis do sistema que, afinal, criamos e mantemos, como reféns da “síndrome de Estocolmo” a nos aprisionar por todo o tempo.


domingo, 10 de dezembro de 2023

Como um peixe fora d’agua...

É assim, que na maioria das vezes me senti, quando, fora de meu reduto pessoal me encontrei, até mesmo, quando inserida no meio familiar, afinal, meu corpo estava presente, minha total atenção mental, também, mas algo de mim se desprendia e como uma observadora incansável, permanecia além dos envolvimentos emocionais, vindo mais tarde, carinhosamente, trazendo a mim, de forma abrangente, todo o sentido lógico do ocorrido.

Pensei que minha mente se dividia, até que em um certo dia, enquanto tomava o meu desjejum e apreciava ao mesmo tempo, as vaquinhas adiante pastando na fazenda fronteiriça, percebi que na realidade, havia em mim, uma parceria de energias vibrantes, com as quais, eu convivia sem me dar conta e que eram responsáveis diretas pelos meus mais profundos entendimentos, inspirações, intuições e pelo tudo mais que me tornava uma pessoa esquisita, se comparada com as demais que, aceitavam e abraçavam sem muitos questionamentos as circunstância boas ou ruins, nas quais, se viam inseridas.

Regininha, não...


ONDE ESTIVER A MENTE...

Esta é uma dilacerante paixão que invade todo o meu ser de criatura humana, destruindo preconceitos, arruinando velhos valores, libertando-me de forma brilhante e fazendo de mim, um alguém que se permite ao mesmo tempo em que se doa no direito de ir à busca de seu quinhão, que paciente espera, respeitosamente aguarda, minha chegada certa.

Em passos firmes que empreguei por todo sempre, rumo ao teu encontro com a paixão que me completa e entre suspiros, desejos e vergonha, dispo-me sem pudores e em teu corpo me aqueço e em tua alma me amparo e adormeço.


REFLETINDO...

Neste amanhecer de domingo, acordei com a palavra amigo na mente e estou desde então, fazendo um rastreamento cronológico em minha vida, pensando e analisando, nas muitas confusões que me trouxeram decepções, justo porque, não soube observar as pessoas e a mim mesma, fazendo das emoções, rios caudalosos, sem as benditas margens que na realidade, são o bom senso e a lógica avaliativa.

Ao revê-las, assim como nossos encontros e despedidas, reconheço suas importâncias naquelas ocasiões, onde por motivos diversos, foram fundamentais, mas daí, tê-las incorporado ao meu íntimo, em muitas ocasiões, foi um equívoco que desperdiçou meus instantes seguintes e empanaram a importância de suas presenças e atitudes, no exato momento em que me foram imprescindíveis ao ponto de levar-me a confundir suas motivações, elegendo-as enganosamente de “minhas amigas”.


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

ENDEMIA OU PANDEMIA?

Durante anos, combati com voz solitária as acusações vazias sem documentos comprobatórios que as validassem e nos últimos anos, precisamente desde 2020, venho apreciando uma enxurrada de documentos legítimos e públicos sendo apresentados pelo senhor Francisco Metidieri, num trabalho exaustivo, comprovando infinitos desmandos administrativos públicos e ninguém, com exceção do senhor Alex Cruz, que a maioria prefere desconsiderar, veio nas mídias para publicitar as mesmas, afim de conscientizar o povo em relação aos desmandos que para qualquer mente pensante e de bom senso é simplesmente, afrontas continuadas.

Existe alguns grupos políticos privados que passam os dias falando e falando, mas nada realmente prático é realizado e muito menos, essas pessoas oferecem seus testemunhos publicamente, ficando o mesmo como palco de representações privadas, sem qualquer utilidade para a cidade e seu povo.

Onde estão os líderes comunitários, os pré candidatos aos cargos públicos, os ex vereadores e Prefeitos, os sabichões da política que se encontram calados, murmurado nas sombras?

O que é afinal, que está acontecendo?

As realidades assustam ao ponto de calarem os que se denominam justos?

Só valem os ataques baixos, como um espetáculo mambembe da degradação aos políticos?

Propinas gordas, silenciam os menestréis do amor por Itaparica?

Pensar, analisar e comentar, são partes que fundamentam a minha profissão, no entanto, mesmo ciente de que os valores mudaram e com eles a ética e o tudo mais que ela preserva, confesso que jamais presenciei ao vivo e a cores, tantos silêncios sob o céu de minha Itaparica, repleta de Santos e orixás de devoção e repleta de amantes e apaixonados que por uns trocados a mais, vaidade, covardia ou qualquer outra motivação que só análise do psiquê é capaz de explicar, permite o silêncio que na realidade é uma cumplicidade criminosa contra um povo simples e crédulo, que merecia um mínimo de amparo real e continuado de suas mais prementes necessidades

Que a cidade está mais bonita, com certeza, teremos que agradecer ao Governo do estado e as emendas parlamentares, mas quanto ao restante, cujos ônus deveriam ser bancados pela arrecadação municipal, estes, estão capengas a olhos vistos.

O que é isso minha gente?

ENDEMIA ou PANDEMIA de cegueira e deficiência de caráter?

E aí, como não lembrar de Rui Barbosa em sua celebre citação, onde categoricamente afirma:



OPÇÕES...

Neste amanhecer, estou fazendo diferente, não que eu tenha programado, apenas, estou deixando acontecer sem pressas, sem obrigações, se bem que estas, há muito, só tenho comigo e com aqueles que me são caros, já que por amá-los, preciso acima de tudo, respeitar suas formas de ser e de pensar.

Mas, não foi sempre assim...

Houve uma época em que eu absolutamente insegura e frustrada, mas fantasiada de mulher de sucesso, ditava o ritmo dos demais de acordo com o meu e aí, nada era verdadeiramente autêntico.


Estivemos no HGI

Estamos com um paciente querido no HGI e na luta por uma regulação, homem querido do povo que desde seu acidente o meu celular não para e a regulação não saía, estávamos eu e Regina Carvalho preocupadas com a situação e fomos dar um apoio a família. O estado de Roberto é grave, mas Deus é o todo poderoso e hoje a bendita regulação saiu, a luta foi grande e quero aqui agradecer a Dr. ALEXIS que como sempre nos ajuda, a Cileide que incansavelmente pedia a todos que ela conhece para ajudar nesta regulação, ao meu querido Dr. Adailton pela disposição e ter paciência para explicar a mim e a Regina todo acontecimento e procedimento, ao enfermeiro Paulo, que colou junto com a família. Paulo é fã de Regi e aproveitamos para  registramos o momento.

Aos filhos, esposa, irmãos de Roberto quero que saibam que mesmo sendo regulados nós estaremos aqui para o que precisarem e que também vamos continuar nas orações para que tudo acabe bem como estamos esperando. 

Irmã Dulce dos Pobres tá de olho. 

Tereza Valadares Coelho

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HIDROVIDA ITAPARICANA...

Gente, meus dias estão sendo fantásticos!!!!

O que eu gargalho, não está no gibi, como se falava no meu tempo de garota., coisa de 200 anos atrás.

Somos por enquanto, quatro meninas repletas de cultura, alegria e muita disposição para usufruirmos da vida, até o limite de nossas forças, fazendo de cada instante, um acontecimento especial.

E aí, penso em Rainer Maria Rilke, num trecho de seu livro, “cartas a um jovem poeta” em que ele afirma:

“Se o cotidiano lhe parece pobre, culpe a si mesmo, por ser tão pouco poeta”.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

UM DIVINO TOQUE PESSOAL

Depois, de um dia movimentado, cá estou no sossego de meu pedacinho de paraíso ouvindo Beethoven | Piano Sonata No. 14 "Moonlight"num desempenho incrível do espanhol Daniel Barenboim, estimulando a minha mente a viajar até 2011, quando um professor abruptamente cortou a leitura de uma resenha interpretativa que exaustivamente eu havia preparado naquela semana a respeito de Platão e o Mito da Caverna.

“Regina, ninguém está interessado no que você acha e sim, no que Platão quis dizer”.

Mas professor, este é um curso de filosofia e eu achei que seria importante colocar minha mente atuando para desenvolver novos campos de visão...


LUZ E TREVA

Nesta manhã, a chuvinha leve, mas animadamente refrescante, pensou em chegar e ficar, no entanto, limitou-se a banhar a superfície das flores e frutos, deixando um frescor gostoso que as brisas marinhas trazem até a mim, enquanto, escrevo, levando-me a pensar, o quanto é gratificante receber da vida esses pequenos, mas fabulosos mimos que enternecem a mente e adoçam o nosso todo de criatura humana, fazendo-nos esquecer que lá fora, além desta e outras maravilhas para se sentir, também existe, um tudo de ruim de um sistema, criado por cada um de nós, que desatentos, mas acima de tudo tolos e inconsequentes, mantemos ativado, como tempestades que removem a bendita terra, afogando sementes, mofando raízes, despencando frutos, ainda não maduros.

Avalio entre a luz que recebo e as trevas que existem maliciosamente e sempre querendo maior aproximação, o quanto, preciso estar amorosamente atenta, não só, para não ser arrastada pelas enxurradas, como para não me deixar fascinar por demais, envolvida que sempre fui pelas maravilhas da vida, justo para me manter a salvo dos extremismos que convenhamos, são incríveis aliciadores.

Bom dia para você que me lê, rogando ao Deus do equilíbrio, da razão e do amor, que no dia de hoje, você seja capaz de tira-lo das citações bíblicas, podendo trazê-lo para a pratica de suas ações e reações.

Reina Carvalho- 7/12/2023- Itaparica



quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

CLAREOU

Clareou lá fora e cá de dentro a tudo acompanho fascinada, encontrando a cada dia novos encantos na observação amorosa dos amanheceres de minha vida.

Maravilha poder celebrar este instante bendito em que como que magnetizada, desvio os olhos para encontrar este novo dia que chega abusadamente iluminado, fazendo de mim, que nada mais sou que uma minúscula partícula universal, a criatura mais gratificada pela constatação de que estou viva, podendo contemplar o esplêndido, o magnífico, o irretocável.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

VAGABUNDA, SIM SENHOR...

O que é isso dona Regina da Rádio?

Assim começaria o sermão das boas maneiras do meu amigo, meio filho, meio irmão, Claudio Neves, que cuida de mim zelosamente, a qualquer hora do dia ou da noite, tal qual, outras incríveis criaturas, como a doce Rosemeire Neres que logo cedo, ligou para outra preciosa amiga chamada Reinalice, pedindo a ela que viesse até a minha casa, pra ver se eu estava bem, afinal, já eram seis e meia da manhã e eu não tinha postado nada no face e ela queria me dizer que estava vindo e já trazendo o almoço fresquinho.

Pode haver, maior demonstração de cuidados zelosos para com um amigo, nesses tempos bicudos em que, ninguém tem tempo pra nada e quando tem, não está nem aí?


segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

A VIDA NÃO É ASSIM...

Por toda a minha vida, escutei que fulano ou beltrano estava apenas me usando e nesses tempos atuais, mais do que nunca tenho escutado o que me trouxe neste final do domingo a pensar a respeito, e a concluir que todos nós, de uma forma ou de outra nos usamos, cada qual, sugando o melhor que o outro apresenta e que naquele ou neste exato momento, completa, esta ou aquela necessidade, seja emocional ou apenas no plano material e aí, pergunto; porque negamos esta realidade tão primária nos nossos relacionamentos?

Por que as trocas precisam ser camufladas hipocritamente, fingindo que somos absolutamente desprovidos de qualquer interesse, quando na realidade, esta troca nos é fundamental?


RESISTÊNCIA...

Amanheci ouvindo um sambinha, mas para escrever necessito de Chopin, afinal, o bater das teclas do piano, seguem rigorosamente as teclas do notebook e juntas, traduzem minha mente e esta, minha alma.

Lá fora, o sol já se apoderou do jardim e os pássaros, após o recital de abertura, neste instante, acontece uma pausa, pra que seus artistas se preparem para os próximos atos e, assim como eles, também vou fechando este ato, com um pouco de mim...

Penso na resistência física e emocional que me acompanha desde sempre, impedindo-me de desistir de enxergar a vida em todo o seu esplendor, enriquecendo desta forma, meus instantes com sua própria luz e criando o possível, no aparente impossível.

Esquisita, insuportavelmente fiel aos olhos deste sistema malicioso, seguindo apenas, minhas intuições, não largo jamais o osso que me mantem com a alma alimentada, assim como sugo o sabugo das minhas preferências, nutrindo-me do aparente improvável.

E aí, como não desfrutar do “aparente” quase nada para muitos, se tudo nele, sou capaz de encontrar?

Bom dia, para você que me lê, com o melhor de mim, nestes instantes de amor a vida.

Regina Carvalho-4/12/2023-Itaparica



domingo, 3 de dezembro de 2023

A LUZ DOS HOLOFOTES...

A chuvinha ameaçou aparecer, mas por algum motivo desistiu, o que para mim de certa forma foi uma pequena decepção, já que ao ver seus minúsculos pingos molhando o caminho no qual, percorro diariamente até o portão, pensei sorrindo:

Maravilha!!! Que venha para refrescar...

Se bem que por estas bandas tropicais, nem sempre esta é uma premissa verdadeira.

Olho o jardim através da janela, pensando que a cantoria está suavizada, pois, nem os bem-te-vis e tão pouco os sabiás, estão na área, deixando as rolinhas, os papas capim e os assanhaços absolutamente livres para serem os protagonistas no palco de meus sentidos, tornando lentos e sem qualquer pressa meus escritos, como se uma preguicinha gostosa, também quisesse ser a artista principal, neste domingo ensolarado.


sábado, 2 de dezembro de 2023

SEMPRE BONITA...

Estou aqui quietinha esperando uma torta que fiz acabar de gratinar e enquanto isso, penso no tempo, fazendo uma analogia da espera da conclusão do cozimento com o processo de aceitação da inevitável passagem do tempo.

Passagem que vai mostrando sua presença lenta e gradativa, através de uma inexorável perda da juventude, na maioria das vezes, muito pouco observada, distraída que estávamos com as mil e uma atividades que como imã, nos atraia e nos seduzia.

De repente, vamos abaixar para apanhar algo e por lá ficamos alguns segundos, meio que travados, tentando retornar a postura anterior, enquanto, a mente salvadora, cria desculpas para que não nos sintamos atingidos pelo tempo, todavia, a cena volta a se repetir em outras infinitas ocasiões, onde a mente, já não mais consegue esconder o fato de que envelhecemos e sequer nos demos conta.

E aí... começa o processo de adaptação e aceitação, que nem todos conseguem vivenciar numa boa, afinal, melhor idade, uma porra, isso sim...

Todavia, pode não ser tão ruim, se a gente ir aceitando as novas regras sem lamúrias, mas buscando as novas opções, que na realidade, só vão depender da capacidade individual de reinventar-se em tudo por tudo.

Mas que eu gostaria de ter estagnado nos 40, com certeza, ainda mais, porque eu estava um espetáculo...

Bom demais da conta é saber encarar a vida, tal qual, ela se apresenta, bonita, sempre bonita... 

Texto escrito em 01/12/2023- Itaparica



ABDUÇÃO...

Hoje, amanheci menos introspectiva, mas ainda com a velha sensação de solitude, como se apenas o silêncio me fosse bem-vindo.

Vez por outra, preciso visceralmente do apenas cantar dos pássaros e de minhas selecionadíssimas músicas, afinal, neste meu mundo especial, meus convidados não são visíveis aos olhos deste mundo de concreto armado, mas absolutamente reais para minha mente e sentidos que deles se alimentam, se restauram, trazendo-me serenidade.


sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

FICA ESPERTA REGINA...

Acabo de compartilhar e assistir a live de Alex Cruz, meu menino sapeca, revelando mais uma estripulia desta gestão, agora, sobre o transporte dos mortos para o céu ou para o inferno, o que é no mínimo engraçado, ainda mais, relatado por ele.

Pois é...

Todavia, em determinado momento, ele deixa registrado sua preocupação comigo, o que agradeço, já que sei que genuinamente, gosta de mim e se preocupa por eu estar dividindo espaço com a senhora Tereza Valadares, insinuando que a mesma, já se encontra alinhada com a gestão.


IMPERFEIÇÕES À MOSTRA...

Numa era em que todos querem mostrar que suas vidas são perfeitas, cá estou desde sempre, escancarando minhas imperfeições, minha contínua v...