terça-feira, 31 de dezembro de 2019

2020- ODISSEIA EM NOSSAS VIDAS



Como pessoa humana, fecho o ano de 2019 em paz e muito grata por tudo. Como comunicadora, mas, principalmente cronista, só posso agradecer a companhia das inúmeras pessoas que prestigiaram meus escritos ao longo do ano, pedindo a Deus que me dê, vida e saúde para que eu possa continuar merecendo todo este bendito carinho.
Rogo a Deus, bençãos para a nossa cidade, compreensão para as nossas falhas e luz espiritual para cada criatura que em nossa Itaparica reside, afastando de todos, a raiva, o ódio, as mágoas, cobrindo-nos de sabedoria para que possamos alcançar os nossos objetivos, sem que precisemos agredir, difamar, ferindo a alma de quem quer que seja.
Que as vendas do orgulho, da ganância, da presunção, oriundos da profunda ignorância existencial, sejam retiradas de nossos olhos e mentes, libertando-nos do aprisionamento social de hábitos e costumes arcaicos e danosos que, até então, impediram-nos de ir mais adiante nos nossos propósitos.
E que sejamos, cada qual, uma célula sadia a nutrir o nosso espaço terreno e um reflexo vivo e transcendente de amor ao universo que nos abriga.
BEIJOS E OBRIGADA POR TUDO.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

PIMENTA NA GARGANTA ALHEIA É REFRESCO...



 Este ditado popular bem que pode ser enquadrado nas situações que, hoje, a gestão atual vivencia.
Quem não se lembra dos quase dois anos de agressões diárias, que pessoas ligadas umbilicalmente a então candidata à prefeitura, distribuíam sem dó e sem qualquer critério de respeito e comprovação à gestão que se findava, com o apoio de três vereadores que usavam e abusavam da tribuna da Casa da Cidadania para reverberar acusações sem qualquer cunho comprobatório, além de falácias e do sempre “ouvi dizer”?
Toda a campanha foi embasada em acusações, falta de postura, na onda da época e que pelo visto pegou em que na política tudo é válido e desculpável.
Não me lembro de haver por parte dos agredidos, ameaças de processos, o que confesso, muito me incomodou na época e que custou a todos ônus altos nas eleições, pois tudo e todos que estavam ao redor da referida gestão sofreram o mesmo tipo de ataques e perdas por puro contágio.
LADRÃO, DOM RATÃO e QUADRILHEIROS  são agressões inomináveis, frutos da paixão política desmedida, mas que, somente, tem consequência jurídica quando, a parte ofendida, procura reparação, como foi o caso que ocorreu agora, mesmo quando esta, na ocasião acima citada, não moveu um dedo sequer para conter os ânimos de seus mais fervorosos apoiadores que, como insanos, desfilavam suas agressões, sem qualquer constrangimento, o que lhe valeu uma vitória expressiva nas urnas, pois é sabido que pessoas adoram escândalos e populismo de quinta.
Nos meus dezoito anos de Itaparica, acompanhando relativamente próximo as andanças políticas, não havia visto até então, uma campanha tão abusiva, ofensiva e desmedida, quanto a que cercou a candidatura da então candidata senhora Marlylda, e esta minha afirmação não tem como intuito denegrir ou diminuir a vitória da atual gestão, mas apenas lembra-la que o que vai, geralmente volta, assim como pimenta não arde apenas na nossa garganta e que devemos estar dignamente preparados para receber o retorno de nossos atos.
O fato da omissão da candidata quanto a contenção entusiástica de seus apoiadores, à época, não diminuiu em nada a sua responsabilidade quanto as agressões oferecidas, até porque, abriu as portas para uma nojenta, mentirosa e ofensiva forma de fazer política, que até funciona, pois no caso em questão, ajudou e muito na vitória, mas não garantiu em tempo algum imunidade e respeitabilidade.
Pensemos nisso, antes de lançarmos sobre os demais as nossas falácias e ambições sem limites, afinal, o simples respeito ao próximo é de graça e faz bem, sem esquecer que os ofendidos são sempre pessoas com sentimentos e emoções.

MINHA SEMPRE GRATIDÃO

Termino 2019 feliz, afinal, sobrevivi a mais um ano, onde tantas outras pessoas encontraram o seu fim terreno e isso, me abastece de gratidão.
Gratidão que demonstro através de meus textos e de minhas posturas cotidianas, procurando a cada instante me tornar um ser humano mais digno desta vida linda, que abriga a todos nós.
Não busco a perfeição, tão somente, o polimento que a natureza farta e diversa me oferece a cada instante, através de sua sábia resistência em relação aos constantes ataques que sofre.
Neste instante, peço compreensão em relação a minha forma de ser e escrever, onde busco com as letras, recursos de retorno aos demais, pelo tudo que recebi de bom ao longo de minha vida.
Jamais me senti constrangida, por ter nascido no seio de uma família incrível, repleta de contradições, mas com princípios que me ofereceram limites, assim como o tudo de bom que toda criança, deveria receber para se desenvolver com dignidade.
Adoro viver e sou fascinada pela diversidade humana e tento através de meus textos, demonstrar esta satisfação, respeitando a tudo e a todos, mas esta postura, muitas vezes exige firmeza e clareza, não permitindo jamais, que meus interesses pessoais, sejam mais fortes que a realidade de qualquer fato, quando colocados a luz do bem comum.
Portanto, perdoem se em algum momento, a lógica da universalidade de minhas visões, atingiu os interesses individuais  ou de  grupos de afinidades.
Todavia, pelo tempo de nossa convivência, espero que já tenham percebido que meus palpites, meus elogios, minhas críticas e meus propósitos, são tão somente, a única forma de dizer que amo esta cidade e sua gente, tenha a cor, a religião, a conta bancária e o partido político que tiver.
Um beijo enorme em seus corações e a certeza desta senhora de que viver é sempre bom demais, se não for esquecido que somos os pincéis e a nossas intenções e atitudes, as cores que colorem o nosso arco-íris pessoal.
Que 2020 venha robusto, saudável e lúcido para que cada um de nós, possa se deixar abraçar pela vida e pelas oportunidades que surgem pelo caminho, com menos ganância em ter e com mais paz interior para ser.


domingo, 29 de dezembro de 2019

RETROSPECTIVA



Estou aqui pensativa, lembrando dos costumes e hábitos de minha infância e adolescência, nos prós e nos contras das educações rígidas e no quanto, apesar disso, nós, jovens da época, conseguíamos nos empoderar, rompendo barreiras e deixando nossos caminhos sendo escritos por nós mesmos, mas levando conosco, aquele senso de limites e de amor, que com a sucessão de anos que se seguiram, fui vendo esmorecer e se confundir de forma assustadora.
Por minha mente, desfilam rostos de pessoas conhecidas do grande público, assim como de anônimos como eu, que na época, acreditavam e ainda acreditam, na força agregadora do amor.
Não estou dizendo que era melhor, mas sem dúvidas era menos agressiva as formas de se reivindicar qualquer espécie de liberdade e direitos, pois os mais sensíveis e foram muitos, preferiram a poesia, a música e as expressões teatrais, que de tão impactantes, estão, até o momento, não nos deixando esquecer dos valores imprescindíveis na condução existencial de qualquer pessoa.
Mas uma coisa é certa; os jovens não morriam tanto, as calçadas eram mais frequentadas e fazer amor era bom demais, assim como beijar no escurinho do cinema.
Alguém aí, experimentou estas delícias?


sábado, 28 de dezembro de 2019

NOSSO CÉU E NOSSO INFERNO EXISTENCIAL



Notas de arrependimentos expressados em nada alteram os feitos realizados, ficando como respaldo ao universo, tão somente, as vibrações sentidas e transmitidas.
O que acontece é que o simples ato de admissão de culpa, seguida de arrependimento, liberta a consciência das criaturas, dando-lhes, salvo-conduto para continuar sua caminhada vivencial, livre de um peso que o incomodava.
Todavia, o retorno destas vibrações em algum momento, retornarão reabastecidas e robustas, pois, pelo trajeto vibracional, absorverão outras tantas que foram geradas por aqueles que absorveram, assim também das energias cujas afinidades, se encontrarão.
A vida é como uma roda gigante que gira e gira, parando sempre nos mesmos lugares da partida.
Daí, ter-se o cuidado na prática vivencial, pois o que vai, volta e jamais da mesma forma que foi.
Essa premissa, destrói a crença de um céu e um inferno, pois ao transmutarmos, já teremos emitido e recebido os bônus e os ônus de nossas emissões energéticas, integrando-nos naturalmente, na somatória de nossas afinidades.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

FORÇAS SILENCIOSAS...



As águas jorram incessantes, deslizando pelos rochedos, encharcando as vegetações pelo caminho e estilhaçando-se impiedosamente no poço aos seus pés.
De onde estou, poço ouvir o som constante e que para mim são músicas universais, posso sentir os respingos frios a arrepiar-me o corpo e, num êxtase inigualável, me deixo abraçar pela força barulhenta desta natureza, acolhendo também uma infinidade de forças silenciosas e aparentemente submissas à sua majestade Cachoeira.
Bem sei que toda esta opulência, sozinha, não sobreviveria, assim como entendi, desde muito cedo, que sem este conjunto de forças, eu nada seria, apenas um espectro respirando como tantos outros.

EXPERIÊNCIAS INESQUECÍVEIS



Das muitas experiências vivenciadas e que, depois, causou-me um enorme lamentar, talvez por ser relativamente recente, me é inesquecível, e ainda hoje, fico me perguntando, aonde eu estava com a cabeça para desfilar por quilômetros, debaixo de um sol escaldante, levando a duras penas a bandeira de um certo candidato a deputado que depois, viria a ser vice- prefeito de salvador, sem que jamais tenha voltado a nossa terrinha para apenas dizer; obrigada pelos mais de 1200 votos recebidos.
Tudo culpa de minha devoção à Claudio Neves, pensei na época, mas na realidade, estava ali, por mim mesma, na ânsia de fazer reviver as mesmas emoções que já haviam sido experimentadas, quando, subi e desci ladeiras, debaixo de um sol não menos ardente, adentrando nas casas, falando e mostrando às pessoas, o quanto me sentia orgulhosa de estar lutando pela vitória de uma mulher, na qual, eu acreditava.
Que coisa, viu!
Às vezes, nos colocamos em situações absurdas e só nos damos conta, muito tempo depois, e aí, só nos resta sorrir da ingenuidade ou bestice que fazemos conosco.
No caso específico do deputado, dei conta da minha estupidez, quando, parada em frente ao antigo Fórum e tomava uma água geladinha, minha ficha caiu e imediatamente, pedi ao Roberto, para que fosse buscar o carro para irmos embora, daquela pantomina em que nos metemos.
Por outro lado, nem tudo estava perdido, afinal, provavelmente se eu não vivenciasse em loco aquela experiência, provavelmente, eu não teria uma noção tão abrangente do quanto, podemos ser manipulados, quando, por uma razão ou outra, nos deixamos convencer que ser ridículo, vale a pena.
Concluo que viver é acima de tudo, não ter medo de ser feliz, mesmo que mais adiante, reconheçamos que fomos tolamente infantis ou simplesmente, nos deixamos manipular.
É isso aí, o tempo passou, mas eu ainda estou aqui, vivendo e sorvendo inúmeras outras benditas experiências, que se não me mataram, com certeza me deram vida e liberdade para ser e aprender.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

MUDAR, SEMPRE É POSSÍVEL.


Hoje a casa esvaziou e só amanhã volta ao movimento, enquanto isso, tenho tempo para pensar em mim e no quanto, tenho mudado ao longo da vida.
É comum que se diga a outro alguém que sabemos o que ele está sentindo, mas na realidade, reconhecemos que no máximo, podemos nos colocar teoricamente no lugar dele, e de leve, fazer ilações a respeito, mas sentir verdadeiramente, impossível.
Por isso, todos os julgamentos e críticas, são sempre muito perniciosas, e geralmente, são levadas para o lado pessoal, o que é absolutamente normal, pois, quem está vivenciando, seja lá o que for, será sempre uma pessoa, com sentimentos e emoções.
Houve um tempo em que as pessoas tinham um certo limite nas críticas e julgamentos, até por uma questão de educação, mas de uns anos para cá, com o advento da era do “TUDO PODE”, salve-se quem puder.
Nesse mar revolto das invasivas, ferimos e somos feridos em atropelamentos mútuos, onde ninguém verdadeiramente, ganha algo de positivo.
Pense nisso, antes de dizer que sabe o que o outro está sentindo e muito menos, se arvore da arrogância de achar que os sentimentos alheios são nuvens passageiras, pois, algumas feridas podem até ser tratadas, mas as cicatrizes, estas permanecem como lembretes ativos de que, em um certo dia, alguém nos feriu.
Numa era em que as pessoas se empoderam em todos os níveis humanos, a incoerência se faz presente, como nunca dantes observado, pois, não são capazes de admitir falhas e enganos pessoais e até mesmo, uma revisão de opinião e, simples e honestamente, mudarem suas visões sobre qualquer assunto.
Bem, assim ocorreu comigo em inúmeras situações, onde minha presunção ou alienação, foram mais fortes que a razão.
Que nesta quinta-feira, depois do Natal, estejamos inundados ainda de fraternidade e numa demonstração de carinho conosco, possamos admitir que erramos, nos equivocamos ou apenas, não nos foi possível entender, este ou aquele assunto, esta ou aquela pessoa.

DEUS, CONSCIÊNCIA PLENA...



Louvado seja Jesus no simbolismo de sua mensagem que freia a criatura humana e mantém viva a fraternidade, mesmo num enfrentamento absoluto à cada amanhecer.
Jesus é a representação da resistência a qualquer tipo de repressão que possa tirar da criatura humana a sua originalidade, mas, Jesus, jamais representou uma porta aberta, uma fronteira desimpedida para o abuso da natureza original de quem quer que seja, represente o invasivo aprisionamento da originalidade do outro.
Jesus, em sua única mensagem, disse:
Amai aos demais como a si mesmo e a Deus acima de tudo.
Ou seja: Não faça com os outros o que não desejas que façam contigo, pois o teu Deus interior e o Deus dos outros estarão sendo ofendidos.
Cada qual, reserva para si a sua própria forma de obedecer ao seu Deus maior, que é a sua consciência.
Não ofenderei ao teu Deus para não ter o meu Deus ofendido.
Infelizmente, a “humanidade” interpreta as mensagens dos especiais bíblicos da melhor forma que os convier, desde o início dos tempos bíblicos.
Hoje em dia, apesar da imensa quantidade de igrejas e templos, nada, absolutamente nada, mudou quanto à adaptação midiática, que tem como objetivo, atrair mais e mais fiéis, jamais compreender o real valor interpretativo.
Se Jesus era, e com certeza é, o simbolismo maior do entendimento comportamental já existente e consequentemente o mais sábio dos pensadores que este mundo já pode testemunhar, como poderia, ele, enxergar a vida de forma invasiva?
Todas as suas conclusões foram frutos únicos de observação da natureza em geral, onde, em qualquer circunstância, um ser invasor, quando não destruído, imediatamente tornava-se um inimigo perigoso de se conviver.
Lembra-te que esta premissa nasceu e se consolidou observando desde a vegetação até o ser humano.
Compreendes a dicotomia que existe entre o homem e a vida?
Como, então, seria diferente em relação à conivência?
A incoerência está presente por todo o tempo, num absurdo afrontamento aos entendimentos mais primários, onde a criatura humana, se vê acima do tudo mais, inclusive na interpretação “daquele” que considera seu maior guia espiritual.
E se nele não creem, fazem da rigidez estúpida do preconceito arcaico e da dominação mental e comportamental, guias maiores de suas vidas, violando os princípios fundamentais da vida, que é harmonia, liberdade e limites.
Afinal, não há harmonia onde reside o medo, não há liberdade, quando o teu Deus interior é violado através de limites globalizados e não limites quando esta globalização se torna um freio impositor e não devidamente compreendido.
Daí, insistirmos no “Equilíbrio, Razão e Amor”, pois, resumem os entendimentos de Jesus para melhor adequação de qualquer ser vivo.
E a luz se faz presente à cada visão esclarecedora, abrindo portas e janelas para que o calor do sol e o bendito ar tenham passagem livre.
Assim deveria a criatura conduzir sua existência, deixando a vida que em si reside circular entre o tudo mais, retendo junto ao seu Deus, tudo quanto, lhe é original.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

GRATIDÃO



Não há recursos milagreiros, apenas resultados que acontecem a partir da imensa busca pelo que determinamos ser o nosso objetivo existencial.
A forma da condução desta busca é que determina não só o sucesso, mas acima de tudo, a qualidade do bem conseguido.
Precisamos encarar com firmeza e realismo as nossas buscas e suas consequências, afinal, é preciso que compreendamos o nosso grau de poder sobre nós.
Que 2020, seja não só um continuado esforço em prol das conquistas desejadas, mas também, um ano de muitas conscientizações sobre o que somos, e o que verdadeiramente nos faria mais felizes e abastecidos de equilíbrio, razão e muito amor, onde a gratidão pelo já conquistado, esteja inserida definitivamente em nossas vidas.
Todo ser humano que cultiva a gratidão, mantém em si, um campo fértil para que a bendita serenidade brote e alimente a própria alma.
E aí, o tudo mais acontece, na justa medida de nossas reais necessidades.


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

MENSAGEM DE NATAL



As nebulosidades alheias, não mais devem adentrar em teus filamentos, pois a conscientização da existência das trevas, há muito vem sinalizando em tua mente, fazendo-te compreender que existir é uma sucessão de absorções diversas e que cada pessoa, deve lidar com suas próprias e que, nada e ninguém é capaz de abreviar a chegada da bendita paz em outro alguém, afinal, ela surge da imensa necessidade individual em buscar para si os propósitos maiores de vida e liberdade.
O sol brilha radiante, cobrindo, abraçando e aquecendo a todos sem qualquer discriminação, todavia, enxerga-lo, aceitar o seu abraço ou se permitir ser aquecido, é uma opção pessoal.
Esta opção que sequer pensastes a respeito, é a mais bendita de todas, pois representa a tua gratidão à vida, abrindo os teus filamentos energéticos e, através deles, és capaz de olhar para si  e para o tudo mais, objetivamente e amorosamente.
E esta precisão, também te remete ao Cosmo em sua infinita grandeza que, em um retorno garantido, amplia a tua luz terrena, expandindo o teu senso de humanidade sobre as trevas existentes, tão sofridas e amargas, imunizando-te.
Como vês, pelo sagrado caminho da gratidão, a luz do céu existencial, te ilumina e te concede o paraíso na companhia de Deus.
“Que neste final de ano, a luz se faça presente na vida de cada pessoa que curtiu, comentou, partilhou ou simplesmente, esteve silenciosamente presente neste convívio online.”

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

VÃO CANTAR NOUTROS TERREIROS...



Nesta quase duas décadas em que resido e trabalho em Itaparica como cidadã e comunicadora, busquei incessantemente, incentivar com meus aplausos os políticos em suas exitosas realizações em prol do povo e da cidade, para que tomassem gosto e prosseguissem com seus feitos, assim como fui uma dura crítica no ostracismo ou improbidade que constatei, mas que infelizmente, nunca pude  provar, pois, afinal, é público e notório que determinadas atitudes que se tornaram recorrentes no meio político, contam, não só com uma malha bem organizada de amparo jurídico, como com as limitações de gente como eu que, apesar de enxergar o mal feito, não tem meios de ir fundo nas investigações.
Penso então, que somente através de uma união forte de pessoas qualificadas em meios distintos é que, seremos capazes de mudar esse jogo doentio, que flagela a nossa e a maioria das cidades brasileiras, onde o povo sofre, pede, mendiga por direitos básicos, enquanto, aqueles que são colocados no poder com os votos populares, regalam-se em mordomias e improbidades, sem qualquer maior noção de responsabilidade social, cercando-se de parasitas sanguessugas que juntos, numa união que se estende e se funde a cada eleição, para  beberem por tempo indeterminado o sangue fértil que jorra incessante nas veias de entrada do erário público.
O que chamam de “acordos políticos”, na realidade e na imensa maioria das vezes, são negociações podres que geralmente ocorrem, até mesmo entre inimigos declarados, tendo como princípio primeiro, alianças que possam garantir a continuidade de seus crimes públicos/sociais.
Eles se unem e nós, enquanto, povo nos dividimos, incentivados por eles, numa sucessão interminável de indução à ignorância cidadã.
Queremos que mude, mas insistimos em cometer os mesmos erros, fracionando nossas visões de progresso e nossos votos, garantindo assim, a continuidade de nossa flagelação se não, intrinsecamente pessoal, no mínimo em relação ao nosso território vivencial que, jamais, aprendemos a preservar.
Fora aos parasitas, sanguessugas, acordos de gavetas, nepotismos vergonhosos, mentiras descaradas, inoperâncias gritantes dos que adentram no poder sem qualificações.
Chega de analfabetos funcionais, mas espertinhos que lotam as secretarias e todo e qualquer órgão público.
Chega de discursos inflamados e recheados de promessas que não se cumprem e que, quando, são, surgem capengas e sem qualquer qualidade que perdure, pelos próximos quatro anos.
Vergonha deveríamos sentir em aplaudir políticos que ainda debocham da nossa legítima reivindicação por decência e correção públicas, como se pelo fato de exigirmos o digno e o humano, fôssemos uma escória sem respeito e consideração.
Chega de políticos descarados que escarneiam daqueles que gratuitamente e muitas vezes apaixonadamente, oferecem seus esforços para melhorar o sempre esquecido.
Chega de negar cidadania aos forasteiros que verdadeiramente amam e se dedicam à cidade, enquanto, validam os nativos que os mantém numa imensidão de desvalidos, na escravidão do “SIM SENHOR”.
Vergonha deveríamos sentir por aceitar que desfilem suas improbidades, por cima das nossas carências.
2020 está chegando e com ele, rogo a Deus e as pessoas sérias de propósitos, venham a se unir em caravanas nos bairros, como fazem os candidatos em épocas eleitoreiras e sob o sol divino, mas escaldante da determinação, possam adentrar nas residências e comércios, numa missão coletiva de conscientização de direitos.
Devemos dizer “CHEGA” seguido de: VÃO CANTAR NOUTROS TERREIROS”, porque aqui em nossa cidade, “NÃO DÁ MAIS”

A PAZ NOS PERTENCE



Ontem, enquanto me banhava nas águas mornas da praia de minha Ponta de Areia, incrivelmente compreendi que estava no céu.
No céu terreno da paz que todo ser humano almeja e busca mesmo inconscientemente, entre os afazeres, os problemas e as não menos presentes frustrações do cotidiano.
Mas, afinal, o que é estar em paz?
Levei praticamente uma vida inteira para compreender esse estado emocional que nos ronda, mas dificilmente se instala, mas ontem, finalmente, a senti invadindo despudoradamente todo o meu ser e hoje, vinte e quatro horas depois, ela ainda está presente, sem dar sinais de que vai embora.
Creio que veio para ficar, levando-me a admitir que estou gostando demais desta sensação gostosa, que torna leve e suave os jugos que vão se apresentando e que insistentes querem usurpar o que eu, acreditei existir por toda a minha vida e nem percebia que já a possuía, só não abria verdadeiramente espaço em mim para que florescesse.
Assim, como o tudo mais que queremos obter na vida, também a paz precisa ser conquistada, exigindo foco e determinação de esforços interiores, onde a relação cognitiva é a meta principal.
Rogo a este universo com suas energias benditas que despertem em você que me lê neste instante, a tenacidade e a coragem de buscar a paz que reside em seu interior, como descobriu Jesus, quando, sozinho, caminhou quarenta dias e quarenta noites, enfrentando com amor a si mesmo, suas dúvidas e seu inferno interior.
BOM DIA!!!


domingo, 22 de dezembro de 2019

NÃO SABEMOS DE NADA



 São quatro horas da manhã, acabo de acordar, e já ouço os pássaros gorjeando em meu quintal e penso, então, que tirando a certeza que depois do dia, vem a noite,  assim como a certeza de que morreremos, o tudo mais, sempre será um aprendizado contínuo, que vai se somando a outros e outros e, em determinado, momento, percebemos que adquirimos uma bagagem de conhecimento, e aí, nos sentimos os tais, acreditando que tudo sabemos e, a respeito de tudo, podemos palpitar.
E, então, fazemos críticas e avaliações sem maiores fundamentos que as suportem, e para os mais ousados eruditos dos conhecimentos de todas as naturezas, nada, absolutamente nada, é mais verdadeiro, que suas opiniões a respeito disso ou daquilo.
Penso, assim, na importância do contraditório, na grandeza de se estar preparado para escutar uma nova visão sobre qualquer coisa, apenas mensurando o grau de sua importância, numa contínua compreensão de que tudo que é pensado e expressado, sempre está inserido nos contextos e se tornam fundamentais, na construção de um entendimento.
Confesso que meu maior aprendizado, foi observando, lendo ou ouvindo os demais, encarando-os como fabulosas fontes de abastecimento, treinando minha mente à bendita seleção do lógico e das apenas ilações, achismos tão corriqueiros, vindo então, a constatar, após longa caminhada, que, geralmente, sabemos muito pouco sobre este todo infinito que nos cerca, mas que forma o que somos, o que pensamos e como agimos, sem esquecer que cada criatura é única, no processamento destas intermináveis informações.
O Natal está chegando e o final do ano também, isso é fácil de entender, até porquê, a mídia comercial não nos deixa esquecer que precisamos confraternizar, nem que seja, por um curto período no ano, a fim de não nos permitir esquecer, que a vida é bonita e que precisamos sempre, de pelo menos, um outro alguém, para ser e
acontecer com nossa bagagem de conhecimento.


sábado, 21 de dezembro de 2019

PARA DAVID WESLEY- Brasil



Solidarizo-me com a sua história e por esta razão, estou ao seu lado com minha modesta colaboração, neste canal por você fundado, pois, identifiquei o que hoje, é raro, inteligência, senso de oportunidade e acima de tudo, propósitos agregativos à cidade e ao seu povo.
Compreendo a sua decepção em determinados momentos, pois, trata-se da constatação de que muito pouco mudou ao longo dos anos para que a mentalidade política crescesse e se apurasse, frente há tão duras realidades, que foram se apresentando ao longo dos últimos anos, não só em nossa cidade, como no Brasil, onde foram rasgadas as vísceras de uma politicagem hipócrita, tendenciosa à somente atingir metas de favorecimentos pessoais e de grupos restritos.
Nossos jovens mais ousados, precisam sair para buscarem seus ganhos de vida em outras paragens e os demais, limitados pelo atavismo cultural, se curvam as mesmices ou em raros casos, abraçam causas nacionais , como escapatória ao enfrentamento da dura realidade local, onde, atrás das sombras, as macabras manobras se desenrolam, mantendo mil vantagens e prestígios para poucos e o ostracismo para a maioria.
Compreendo que as vezes, sentimo-nos impotentes, enojados e profundamente tristes, sejamos nós nativos ou não, mas que por aqui estamos, de segunda a segunda, oferecendo nossos entendimentos, participando ativamente na reconstrução cidadã, na inserção de conhecimentos que levem as pessoas a refletirem sobre suas próprias vidas e, nos deparamos por todo o tempo, com uma força oculta e brutal de um corporativismo de sanguessugas, que somente, visam manterem vivos os princípios do velho coronelismo, que a cada dia é travestido de mil formas, mas que na realidade é o mesmo sistema cruel, desumano e exclusivista dos latifundiários e usineiros que induziam com falsos agrados seus currais eleitorais à votarem em seus escolhidos, com base na manutenção da vaidade de alguns e a ignorância da maioria, para se manterem no controle com o chicote sempre em riste.
Assim como você, enxergo muitos espertos e oportunistas e quase nenhuma verdadeira intenção em proceder uma real mudança de posturas e ações no campo político/ social, que pudesse mobilizar este povo lindo, simples e merecedor de reais oportunidades.  
Leva-los a compreender que merecem mais que serem massas manobráveis a oferecerem vantagens para alguns poucos, enquanto, permanecem de joelhos como eternos pedintes, é e sempre será a força motriz de nossas lutas, pois, acreditamos ser o certo em nossas vidas, enquanto, cidadãos e comunicadores.
Sabemos e acreditamos que é possível, por isso, superamos a cada instante as muitas frustrações, os infinitos abandonos e encaramos com otimismo nossas nada fáceis sobrevivências, justo, porque confiamos que resistir a banalização e ao crime humanitário, travestido de autoridade, valerá sempre a pena, para que um dia, mesmo não mais estão aqui vivos para apreciar, essa corja de aproveitadores da dor humana, chegando ao seu fim.
Enquanto isso, seguimos amparando-nos uns aos outros, dificultando e ofuscando os falsos brilhos dos capitães em suas hipócritas manobras, também fazendo rir à satanás, pois antes ver nosso povo tombado na derrota do que vê-lo roto pelo chão.
“E viva Castro Alves que com poesia e amor, deixou-nos um legado de resistência e amor”.
OS: Acredite meu jovem, existem muitos mais como nós. E esta corrente da lucidez e do bem social, cresce a cada dia. Esta é a nossa compensação.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

“MOCORONGO”

Quem se lembra desta gíria?
Ela foi muito usada até os anos sessenta e significava algo sem elegância, gosto, totalmente fora de contexto.
Geralmente era direcionado às pessoas que não sabiam como, nem onde usar roupas adequadas em cada lugar.
Pessoas “mocorongas” também eram aquelas que gostavam de exibir suas joias, casas e carros em excesso, bem próprio dos novos ricos, o que é, ainda, possível de ser encontrado nos dias atuais, até mais que antigamente, pois a vaidade dos inúmeros proletários que ascenderam a poderes e dinheiro, fez nascer uma nova casta brasileira que precisa exibir as conquistas como se cada uma fosse uma bofetada que oferecem a uma elite cretina que, até então, os escravizava.
E aí, o festival dos horrores do mal gosto é encontrado em qualquer lugar e a qualquer hora, servindo de parâmetros a outros que passam a sonhar as mesmas perspectivas, destoando cada vez mais o belo e o adequado, que certamente é o simples e o sempre menos em relação a qualquer ostentação.
Mas o malefício maior é sempre a arrogância que se desenvolve na mesma proporção da “mocoronguice”, fruto da total ignorância do que seja educação, ética e elegância pessoal, atributos que, até com muito empenho, pode-se aprender nas escolas, mas jamais em lojas de departamento.
“Mocorongo”, portanto, é todo aquele que finge ser o que jamais será.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Louis Armstrong - What a Wonderful World - legendado

Ave Maria - André Rieu & Mirusia- Eternamente linda.

Montserrat Caballe canta el Padre Nuestro

MAIS UM QUE SE VAI...



Praticamente, mais um ano que apressado se acaba, deixando como sempre algumas gratas lembranças, assim como tristes e até mesmo, dolorosas, que tempo algum será capaz de amenizar.
Estas palavras deixo carinhosa e solidariamente, para todas as mães e pais, que em 2019, perderam seus filhos.
Pessoas que perderam seus cônjuges amados, muitas vezes de quase uma vida inteira.
Cidadãos, que perderam seus bens materiais, pelas catástrofes naturais, frutos de duros e contínuos cotidianos de extrema labuta.
Pessoas que sonharam, lutaram, mas não conseguiram realizar.
Rogo a Deus, que neste final de ano, sua consolação seja o presente mais valioso para cada coração ferido.
Rogo também a Deus por nós, que só teremos alegrias e conquistas para lembrar, para que sejamos mais respeitosos e solidários no decorrer dos 365 dias do novo ano que está logo ali, aflito para chegar.
Bom dia a todos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

ANTES DE AFIRMAR É PRECISO COMPREENDER.


A visão da amplitude de mundo e suas possibilidades, advém das muitas leituras diversificadas, da curiosidade em ouvir as diferentes opiniões, das viagens em que o foco, seja mais que o estético e da permissão da mente em aceitar o diferente e até mesmo o contrário, traçando parâmetros com o tudo já absorvido e já assimilado.
Não basta se tornar um doutor fracionado em uma especialidade, não basta conhecer as maravilhas do mundo, pois, sem a capacidade de unir os conhecimentos, experiências e os fatos concretos que o cotidiano e a história da humanidade demonstram em detalhes, torna-se quase que impossível, traçar-se um perfil mais apurado do que seja o melhor ou o pior para cada local em que estejamos inseridos.
Somos todos aprendizes, nem que seja nesta ou naquela situação, pois, é impossível que estejamos aptos a globalizar em nossas mentes a totalidade dos entendimentos, mas de repente, a internet, nos leva a acreditar que somos capazes de palpitar sobre tudo e numa insensatez delirante, fazemos do que achamos a mais pura das verdades, não abrindo espaço para o contraditório e assim, nos tornando a cada instante, os mais cruéis dos arrogantes, pois induzimos com a falta de argumentos sólidos e balizados em fatos, um sem número de pessoas, que ávidas por se sentirem também detentores de sabedoria, absorvem e numa corrente solidária de ignorância, compartilham à outros e estes à outros, numa incessante cadeia de rasas e muitas vezes, nefastas e verdadeiramente distorcidas informações.
Todo real desenvolvimento é fruto maduro e saudável da educação, mas quando esta, não existe ou esta confusamente instalada, melhor remédio é promover a chegada de novas visões e opções, pois certamente, dentre elas se encontrará a educação formal, que lentamente, vai alterando a educação doméstica, que vai mais além dos modos comportamentais de convívio, pois, envolve princípios morais e éticos que, convenhamos em nosso país, anda de mal a pior.
Sou a favor da Ponte salvador/Itaparica, pois vivenciei a Ponte Rio Niterói, não apenas pelas notícias jornalísticas ou passeios esporádicos, mas porque era lá que durante anos, minha família manteve uma casa de praia e onde nos refugiávamos nos finais de semana. Cresci, observando a pobreza, o abandono e toda a falta de perspectivas daquele povo que precisava deixar diariamente o seu território para ganhar o sagrado sustento, assim como outros, a beira da miséria extrema, sujeitarem-se a uma vida onde o faltar quase tudo era a tônica maior.
Os tempos, com certeza eram outros, pois, não havia a avassaladora violência urbana e a comunicação era lenta e desanimadora, mas ainda assim, pude acompanhar o crescimento de um local e as infinitas e diversificadas oportunidades que este crescimento levou sem descriminação à todos, principalmente no tocante a educação.
Depois da Ponte, o ir e vir para trabalhar ou estudar, tornou-se menos aflitivo, pois passou a ser tão somente, opção individual e não, a única solução de sobrevivência.
Se você é contra a Ponte, tudo bem, mas antes de acreditar que sua visão é a acertada e por ela levantar bandeiras de luta, vá conhecer mais que as vias principais, as festas e feiras populares, as culturas regionais em dias de festas populares, os locais paradisíacos de nossa cidade e das cidades vizinhas,  certamente, ao constatar o atavismo que se estrutura há séculos, a falta horrenda do básico que por pensarmos que já somos os tais, descartamos, provavelmente  seu entendimento sobre desenvolvimento e educação se alterarão e sua mente, com certeza, criará dúvidas nesta sua lógica contemporânea, cujos subsídios são criação das muitas descobertas ainda baseados em informações apenas recebidas a respeito de quase tudo, principalmente, quanto a preservação de um espaço restrito Bucólico que agrada a poucos, mas que aprisiona a grande maioria que sequer consegue enxergar com precisão o que é ter direitos, pois lhes foi ensinado, a tão somente ter deveres.
Pense nisso, na próxima aula, no próximo discurso, na próxima viagem.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

EU TESTEMUNHEI...



Hoje, o dia está sendo muito gratificante, pois estou escrevendo desde a madrugada entre vários outros afazeres e ainda me surpreendo, afinal, devido a minha idade, era de se esperar mais parcimônia, menos euforia e, no entanto, sinto que tudo se alterou, mas jamais para reduzir minhas inspirações e, menos ainda, minha capacidade em permanecer horas a fio dedilhando as teclas de meu computador, desenhando as palavras que bordam à minha mente de escrevinhadora deste universo fantástico.
Neste instante, penso na Ponte
SALVADOR/ITAPARICA, cuja construção, agora, é uma realidade e me regozijo em pensar que serei testemunha de mais uma espetacular transformação social, dentre tantas outras que testemunhei, nesta minha vida rica e venturosa.
Meus olhos se enchem de lágrimas, pois penso que preciso viver à qualquer custo os próximos cinco anos, para vivenciar este processo, que já começou há cerca de uns bons anos e que se intensificará a partir de 2020, pois, alterará hábitos e costumes, abrindo espaço para o novo e o progressista, acompanhando a evolução dos tempos, num espetáculo especial para todo aquele que, como eu, percorre o próprio tempo, sem medo de suas naturais transformações.
Penso então, no quanto foi impactante, dançar o “rock and roll”, viver a queda impositiva do soutien, vestir as sensuais minissaias, ser jornalista na ditadura, acompanhar o homem na lua, me emocionar com o primeiro transplante no Brasil, realizado em São Paulo pelo Dr. Zerbine, assistir torcendo desesperadamente na copa de 70, acompanhar delirante as Diretas Já, morrendo de inveja, por não estar também com minha cara pintada, assim como acompanhar a ascensão e queda do maior partido político que este país já presenciou, assim como o processo de  impeachment de dois presidentes e a queda brutal daquele que deveria ter sido o maior líder político e humanitário do mundo, mas que se perdeu em meio ao veneno corrosivo da ganância que envolve os poderes das nações cuja educação de seu povo, não tenha sido a prioridade em tempo algum.
É... eu vivi tudo isso e muito mais e, agora, viverei para ver a minha Ilha abençoada adentrar de forma positiva numa era de real progresso, onde a qualidade de vida de cada cidadão encontrará amparo nas infinitas oportunidades, pois por enquanto, este privilégio foi restrito à poucos.
Há quem diga que haverá descaracterização, a eles respondo: com certeza, mas contra argumento com fatos reais, afinal, ela já vem ocorrendo através da violência, sempre crescente, assim como pela absurda falta de oportunidades de trabalho e real desenvolvimento, pois o sistema educacional permanece nos patamares primários dos velhos tempos, deixando nossos jovens, em sua maioria, perdidos entre o atavismo interno e o mundo de fora que chega sem piedade, através dos meios de comunicação e da internet, lembrando-os a cada instante, que existe muito mais para ser vivido.
Ah! Eu vou testemunhar...


Que pressa é esta?



Que pressa é esta que tens em atropelar o tempo que suavemente repousa em ti?
Deixe-o, finalmente, ocupar seu próprio espaço neste teu interior pronto para recebe-lo, sem dores, sem mágoas, mas repleto ainda de perspectivas a serem desfrutadas.
Então, que pressa é esta que abrigas em tua mente, viciada que ainda está, com as já distantes aflições?
É somente a mente lá, ainda esperando as batalhas, das quais, uma a uma, fostes superando, ora perdendo, ora ganhando, mas com certeza em todas lutando.
Já não tens mais guerras e muito menos batalhas, restando-te, tão somente, a vida para desfrutares.
Então, que pressa é esta que ainda insistes em guardares, nesta caixa mental que, aos poucos, fostes esvaziando, abrindo espaço para a paz bendita do após guerra.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

CORRENTE DO BEM



Fico aqui pensando sempre a mesma coisa, a cada final de ano, afinal, por quê, todo esse espírito cristão e fraterno que desponta logo nos primeiros dias de dezembro, não se perpetua ao longo do ano, numa corrente do bem, pelo nosso bem e do nosso próximo?
Será tão difícil assim, respeitar o complexo ato de viver o cotidiano, sem que as disputas sem critérios éticos e mesmo de simples educação, possam dominar o convívio, isolando as invejas, as arrogâncias, as prepotências e as vaidades, abrindo espaço para um convívio mais harmonioso?
Queremos paz, mas estimulamos a violência através de nossas posturas displicentes ou invasivas, ora portando-nos como loucos agressores, atirando palavras ou ações grosseiras por todo o tempo, ora sendo surdos e cegos, numa postura omissa que nos torna mudos, indiferentes  a tudo e a todos, diante dos absurdos que se apresentam, estimulando assim, a continuidade do inadequado, desconsiderando que nem sempre o que o pratica, tem noção de estar ferindo o seu entorno, condicionado à banalização social.
O equilíbrio, parece que se perdeu em meio as novidades incessantes que a globalização nos assola a cada instante.
A razão, se confunde a cada instante, já que assoberbamos nossas crenças, ideias e ideais como se fossem as certas, as perfeitas e as mais fieis das redenções pessoais e da humanidade.
E o amor, esse se confunde com os desejos ou frustrações que estimulados por todo o tempo, levam-nos a sentir emoções exacerbadas que privilegiam a nossa estética cênica, em relação ao tudo mais, negligenciando os sentimentos, frutos benditos das afinidades sensitivas e racionais, colocando-os num só caldeirão fervente que se amorna e acaba esfriando, tão logo apaga-se o fogo estimulador.
Acredito que fomos permitindo que os meios estimuladores externos, fossem ganhando espaço no comando que deveria ser, tão somente nosso, onde a coerência faria a comunhão entre o que desejamos e o que realmente fazemos para alcançar nossos objetivos.
A conclusão que chego depois de infinitos finais de ano é que, nós, usamos a paz como bandeira de um mundo ideal, que nós, recusamos admitir, estar muito além da nossa suposta humanidade.
Então, forjamos a corrente do bem, como âncora firme e que nos assegura sonhar que estamos construindo um mundo menos cruel, por abrigar o senso de uma menor desigualdade, pois, temos a consciência de que esta, é a razão maior da perda do equilíbrio e da falta de amor.
E viva dezembro e viva o Natal e viva a ilusão de nossa suposta humanidade.
Pense nisso, antes de oferecer um presente, como substituto de seu abraço ou simples atenção.


domingo, 8 de dezembro de 2019

FULEIROS À VISTA



Estou aqui pensando que político ladrão é a representação mais triste da miséria humana.  As justificativas são muitas para que faça suas traficâncias com o erário público, afinal, precisam de casas bonitas, apartamentos de aluguel para engrossarem os rendimentos, viagens internacionais para ampliarem seus entendimentos de mundo, carros famosos e caros para mostrarem a cada instante que se deram bem, e depois, todos sempre roubaram, por quê, não eu?
Os mais ousados, compram até casa de praia em condomínios bacanas para no futuro se instalarem confortavelmente, gozando, talvez de uma suposta aposentadoria, enquanto isso, comem e bebem do melhor e não é por nada que a maioria está gorda, arrastando passos lentos.
A turma da fuleragem está sempre na moda e pouco se altera de quatro em quatro anos
Essa narrativa é velha tanto quanto, a ladroagem brasileira.
Chego a dolorosa conclusão que brasileiro, jamais desejou outra coisa, além de possuir heróis, nos quais, pudesse se espelhar, fazendo deles a quimera do que ele, bem sabe, que nunca seria em tempo algum.
Muitos até tentam, mas só os mais esperos conseguem alcançar a tão almejada vitória, de se tornar uma autoridade honradamente ladra do erário público.
“E viva o povo brasileiro”, viva João Ubaldo Ribeiro.


sábado, 7 de dezembro de 2019

TODO SUCESSO PRECISA DE EMPENHO



Estudar, trabalhar, estudar e trabalhar, buscando aperfeiçoamento, não conheço outro caminho para se ter uma vida digna. Agora, para ter carro bacana, roupas de grife e morar em casa bonita e bem equipada, só vejo dois caminhos, estudar mais ainda e trabalhar o dobro ou seguir a moda e se tornar vereador ou puxa-saco refinado de autoridade.
No mais, ficar parado esperando cair do céu, só vai mesmo é tomar chuva e se queimar sob o sol, e não adianta reclamar ou invejar todo aquele, que superou a inércia e partiu para a luta das muitas conquistas que sonhou e realizou.
Vão a pulso para as escolas que já são deficitárias, não se esforçam em nada para aprenderem sobre qualquer coisa e depois, sem qualificação, ainda querem um bom emprego de preferência com pouco serviço e um bom salário.
Se a barra está pesada para aqueles que se prepararam, imagine para o jovem sem maiores conhecimentos?
Na vida cotidiana, tudo é sempre muito difícil, uma eterna competição e a vaga que é como um prêmio, vai sempre para as mãos dos legítimos lutadores, que não se permitem esquecer que treinar e buscar incessantemente, são o coração, a mente e a alma do sucesso.
A preguiça, a inércia e os falsos valores, confundem a mente da nossa juventude, desviando caminhos, estreitando o trajeto e para um sem número deles diariamente, a morte é o fim do caminho.
Todo sucesso precisa de empenho e este, de muita coragem.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

MUDANDO



Nesta manhã de sexta-feira, onde o sol despontou apressado, bem cedinho, abri a janela e respirei fundo para sorver os aromas benditos que só o amanhecer pode oferecer, constatando que nenhum deles, se assemelha a outros já sentidos, como o mar que a cada dia, pode até parecer igual, mas para quem muito o conhece, bem sabe que o mesmo se recicla a cada maré.
Penso então, que somente nós, criaturinhas de Deus, contrariando toda a sua obra fértil e criativa, insistimos em manter as mesmas posturas rôtas e fora de moda, como símbolo do inconcebível do “Eu sou assim”.
Que a perspectiva de um novo ano, batendo nas portas de nossas existências, nos leve a querer ser como os amanheceres e os mares, que se reciclam a cada dia, num ciclo ininterrupto de vida.
“Senhor, onde há trevas que eu leve a Luz.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

NOSSO ATRASO É ASSUSTADOR



Dezembro está caminhando e anunciando o fim de 2019.
Sinceramente, não pensei que viveria tanto e sou muito grata à vida por ter sobrevivido a tantas tormentas, mas em meio as alegrias da constatável vida repleta de alegrias, saúde e paz, não tenho enxergado a possibilidade de, enquanto vida, poder ver o meu país menos corrompido e mais limpo dos vícios políticos, que de tão velhos, já se mumificaram, dando a nós, que muito vivemos, a percepção de que a cada década, se recriam a partir da mesmice das escolhas mal feitas por serem mal avaliadas.
Vejam bem, se numa cidade pequena como Itaparica, assim como muitas outras até mesmo menores, onde as pessoas se conhecem desde sempre, o povo não consegue avaliar com mais precisão, imaginem então, estas mesmas pessoas, votando para deputados, senadores e presidentes.
Particularmente sou uma cinéfila inveterada e, além de apreciar toda a composição do filme, retenho minha atenção nos locais em que os mesmos são filmados e, é incrível, como em todos os locais considerados pequenos, existe uma base de apoio ao cidadão, onde se encaixam: Igreja, delegacia, hospital, correio, rodoviária e o conselho dos cidadãos, e isso, no caso americano, desde o velho oeste.
Aqui no Brasil, exemplo de Itaparica, que pelo censo de 2010 possuía 20.725 habitantes, nada funciona a contento, sem esquecer que não dispomos de delegacia, não temos rodoviária e nem transporte público, assim como o serviço dos correios, como já falei, é precário. No tocante a saúde, dispomos de um hospital sem constância de especializações, e as Igrejas, pouco ou nada atuam no contexto social geral da cidade, ficando suas forças restritas aos seus grupos de fiéis e às manobras políticas, e quanto ao conselho de cidadão, simplesmente não existe.
Portanto, esperar que dentre os  20.725 munícipes, sendo que, 3.378  analfabetos, segundo o mesmo censo, tenham condição de proceder uma escolha dentro dos padrões mínimos de conhecimento sobre as atribuições de um vereador, assim como esperar que os eleitos tenham,  é simplesmente uma cegueira, pois os mesmos são  reflexos de uma população visivelmente deficitária de maiores atenções, levando em conta que um outro tanto dos cidadãos, bastante expressivo, não possui o fundamental completo.
Naturalmente, esses dados mudaram nestes quase 10 anos, mas certamente, pelos exemplos apresentados no cotidiano político da cidade, muito pouco se alterou, já que é público e notório o fracasso da educação em todo o território nacional.
Não se pode esquecer dos analfabetos funcionais que assolam as repartições públicas.
Uma Câmara de vereadores para que seja atuante em uma cidade minúscula como Itaparica, torna-se necessário que seus membros tenham a capacidade de entender as suas atribuições básicas, que vão mais além de discursos inúteis e denúncias que jamais são investigadas.
Que todo cidadão está em seu direito de candidatar-se à um cargo público, ninguém discute, afinal, está reservado o direito na Constituição, todavia, é preciso que haja senso crítico do candidato e por parte de seus futuros apoiadores.
Não se discute decência e ética, afinal, todos deveriam possuir, portanto, não se pode votar em alguém só porque é honesto e simpático ou que desenvolve algum trabalho social, afinal, vereador é para promover constante vigilância nas contas públicas, assim como sugerir e cobrar benfeitorias na cidade, sendo a voz e a consciência do povo.
Certamente, não podemos mudar o Brasil, mas podemos dar um rumo melhor para a nossa cidade.
Por enquanto, não estou vendo como...

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

IANSÃ – CADÊ VOCÊ?


Quem convive comigo sabe que não frequento qualquer tipo de religião, mas que estou sempre pronta a estar com qualquer uma delas se o assunto for levar amor, conhecimentos e noção de sustentabilidade de vida às pessoas.
Acredito que figuras como Santa Bárbara e tantos outros que, representarão sempre o melhor em todos os sentidos da espécie humana, não são exclusividade desta ou daquela religião, pois se tornaram universais pelas suas próprias condutas existenciais.
Particularmente, costumo dizer que tenho um forte esquema de segurança pessoal, absolutamente de graça, precisando apenas, honrá-lo a cada instante, mediante as minhas intenções e ações para com o meu próximo e com a vida em si e, quando, derrapo nos vícios comportamentais sistêmicos, corro para redimir-me, pois sem esta proteção espiritual, tudo certamente, seria bem mais difícil em minha vida.
Que a devoção a Santa Bárbara, Iansã, ou seja, lá o nome que lhe queiram dar, permaneça como um respirar constante na vida de cada amigo que me lê neste instante e que nada, seja mais forte e poderoso, que o amor que reside dentro de todos nós.

APENAS VIVER



Deixando o cotidiano um pouco de lado neste dia que para mim é especial, volto a minha atenção para os convívios entre as pessoas e o tudo mais, partindo do princípio, que com a minha idade, possuo um imenso baú de vivências que, independente de minha vontade, foi estabelecendo em minha capacidade avaliativa, parâmetros relativos as posturas das pessoas nas décadas que se sucederam, trazendo com elas, as marcas indeléveis de seus tempos e de suas experiências pessoais, no que me incluo, numa auto- análise.
Esse preâmbulo, abre espaço para que possamos refletir, quanto a importância de nossas existências e no quanto, somos responsáveis por tais marcas, pois, mesmo absolutamente inertes, alheios aos acontecimentos, escondidinhos em nossos cotidianos, somos células vivas e capazes de emitir vibrações que corroboram no desenvolvimento deste ciclo fantástico que é a vida, sempre propiciando vida, mesmo que estejamos tenazmente tentando destruí-la, com nossa alienação e silenciosa cumplicidade.
Hoje é quarta-feira e o dia ainda está dando os seus primeiros passos de luz e sendo acompanhado pelos sons da natureza e os aromas do fim da primavera e eu, feliz por ainda estar existindo para poder sentir tudo isso, na minha linda e acolhedora Itaparica.
UM LINDO DIA PARA TODOS

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

CEGUEIRA, JAMAIS.



Não enxergar as obras que estão sendo feitas nos últimos meses, seria, além de cegueira, uma incomensurável irresponsabilidade para qualquer pessoa que lida com comunicação.
 Agora, avalia-las em relação ao seu custo total, levando em consideração todo o aporte financeiro aos cofres da Prefeitura, com certeza é a obrigação também de todos nós.
Comparar as realizações atuais com as dos gestores anteriores é no mínimo uma tremenda falácia, já que nenhum deles, em tempo algum, foi beneficiário de volumes tão expressivos de dinheiro, assim como em tempo algum o governo do estado participou tão ativamente, assim como com o aporte de alguns deputados que, verdadeiramente, colaram suas imagens e favores empregatícios de seus aliados a esta gestão, ao comando da cúpula petista.
Portanto, devemos dar a Cesar o que é de Cesar, e cobrar dele, as explicações devidas para os fatos que a população não vê e se vê, não entende, mas que uma chata, como eu, enxerga perfeitamente, mesmo na miopia induzida pelas assessorias contábeis.

Portanto, fugir destas respostas com vitimização ou acusações levianas, ameaças processuais, não ajuda em nada, nem a nós, e muito menos à gestão que deveria estar pronta para prestar contas, e responder sem firulas, as dúvidas dos seus munícipes.
A questão é uma só: CRITÉRIOS DE CUSTO.
Capisci ou terei de desenhar até as eleições?  

UM PREÇO A SE PAGAR.



Numa casa, onde o pai e a mãe são apenas figurações, os filhos, fazem o que querem e, no final da história, a unidade familiar não se forma e a indiferença se acentua, passando tudo a ser apenas, encenação.
Ainda tem quem insista que a maioria do povo brasileiro se idiotizou ao preferir Bolsonaro, numa tentativa melancólica de disfarçarem a constatação de que o esquerdismo, travestido de um falso socialismo ladrão, não tem mais lugar neste país.
Bolsonaro, foi e é apenas uma bandeira aos moldes de uma nova luta que rejeita os falsos e corroídos larápios do erário público, e sua linguagem, quase sempre escrota aos ouvidos delicados dos mensageiros enganadores do bem-comum, é tão somente a expressão do enfado do povo em relação aos discursinhos fajutos e popularescos, recobertos de mansidão programada que envolveram o povo brasileiro por anos a fio numa teia ampla e resistente de corrupção, onde, cada mequetrefe que ascendia a um cargo público, acreditava e, muitos ainda em posse do poder, acreditam que roubar é natural , desde que ofereça migalhas sem nutrientes  nas senzalas, geralmente às portas de uma reeleição.
Um povo sem discernimento entre o certo e o errado é um povo escravizado.
Um povo que se satisfaz com caridades é um povo acorrentado.
A História do ROUBA, MAS FAZ, está com seus dias contados, afinal, o povo simples deste país, e que é a maioria, fez de Bolsonaro uma espécie de ZUMBI DOS PALMARES, numa luta que não tem mais fim, pois a luz da liberdade raiou nesta pátria.
Pagar-se- á o preço do recomeço, os juros da inércia dos muitos anos de acomodação e cegueira, cientes de que estamos nos livrando dos sanguessugas da dignidade humana.
Não sou bolsonarista, sou apenas contra aos Duques e Baronesas do flagelo social e econômico que quase destruíram o meu país, e que os esquerdistas insistem em não admitir.
Mas o pior disso tudo, é ler declarações de pessoas que tudo sempre obtiveram da vida, defendendo os carrascos da fajuta liberdade e fartura, mesmo tendo a miséria e a ignorância de valores, como vizinhas próximas.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

DEBOCHE



Estamos tão invertidos em nossos valores de formação moral, ética e consequente convivência humana, que sequer percebemos quando, o deboche ocupa o lugar do respeito. Quando a arrogância se transveste de abuso e quando a elegância mental e postural abre espaço para a leviandade.
Hoje, fiquei triste com mais uma constatação da violência que se camufla nas dobras dos sorrisos e das falas mansas, na distribuição de favores, no absurdo da aplicação do erário público pra fins de alimentar a escalada da vaidade de alguns poucos...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?! (navio Negreiro-Castro Alves)
Numa cidade de gente simples, a maioria de crianças ainda de pés ao chão, ter que apreciar um gestor desfilando de HILUX SW, modelo mais caro, pago com o erário público, se não for afronta, meu Deus, já não sei mais nada.
Perdão pra mim que não pude
Calar a voz do alaúde,
Nem comprimir os meus ais! (Perdão- Casimiro de Abreu)

VIVA O REI!...



Não há nada mais democrático e ao mesmo tempo ridículas que as campanhas eleitorais em que os candidatos percorrem as comunidades exibindo geralmente uma simpatia e desprendimento pessoal que não lhe são peculiares, distribuindo abraços, beijinhos, prendas variadas e um sem número de promessas, em sua maioria velhas retóricas, que se eleitos raramente serão atendidas, se não houver no local, indicadores políticos que lhe interessem para uma possível reeleição.
Pior que todo mundo sabe disso e ainda assim, por razões variadas, mas tendo em comum interesses pessoais chamados de “cultura”, as cenas circenses se repetem a cada quatro anos, sem que haja qualquer adição de um roteiro menos banal e repetitivo.
A depender do bolso do candidato, festas são oferecidas, cervejas distribuídas, justo para que o clima de festa leve o cidadão a acreditar que ele e sua comunidade são importantes para o candidato e seu grupo.
Qual nada, passada a euforia com a abertura da última urna eleitoral, os perdedores desaparecem e com eles todo e qualquer espírito de solidariedade e simpatia, e os ganhadores, cada qual, nos seus troninhos de glória, passam a acreditar que são os escolhidos de Deus e que precisam como primeira medida, manterem-se afastados dos perigos que passam a ronda-los, fechando-se em redomas de vidros palacianos da arrogância, cercados de seus mais fiéis escudeiros, onde a criança remelenta, o pobre e o desvalido, já não os alcançam mais, a não ser, é claro, nas datas cívicas, nas festas tradicionais e nas inaugurações, onde reforçam suas retóricas de campanha, sempre visando que Deus novamente os escolham, como mensageiros divinos, nas próximas eleições.
E nós, os eternos bobocas puxa-sacos dos escolhidos diretamente por Deus, dizemos com lágrimas nos olhos pela vitória alcançada: amém, “ e em seguida, ao som de algum trio elétrico ou carrinho de som, gritamos eufóricos, “VIVAS AO REI”, mesmo que nossas vidas na gestão passada tenham sido regadas pelas decepções.
Que coisa, viu!!!!

sábado, 30 de novembro de 2019

NÃO PODEMOS ESQUECER.



E aí, o brilhante sol voltou a dominar os céus de nossa Itaparica, trazendo alento aos nossos corações sofridos, pelos transtornos do início desta semana.
Rogo a Deus que, como já aconteceu em tempos passados, não permita que o prazer que ora nos traz, nos faça esquecer das perdas e da sensação dorida do abandono que, literalmente, dominou nossas vidas, dando-nos discernimento e principalmente a bendita consciência de que merecemos ser tratados com mais respeito e consideração.
Existem momentos na vida em que um abraço, uma palavra ou um simples compartilhamento na dor, valem mais que tudo.
Não podemos esquecer que o município dispõe de uma inserção de recursos jamais vista e que é inadmissível, até mesmo para a mais ingênua das criaturas, não mensurar o que isto representa se aplicado ao bem-estar da cidade.
O tão somente atendimentos das áreas onde existem currais eleitorais expressivos, ilustres vereadores, amigos íntimos ou candidatos que trazem consigo uma gama de votos a ser considerados, se por um lado é bom para os munícipes destas localidades, por outro, frustra uma infinidade de outros, pois ficam claras as intenções de não se estar governando para todos.
Lagrimas enxutas, mente lúcida, coração calmo, decisões lógicas.
Pensem no quanto é possível amenizar-se os transtornos que a natureza produz com competência e seriedade nas providenciais prevenções, quando, se tem dinheiro e qualificação para tal.
“O me engana que eu gosto” é o mesmo que abraços e sorrisos do falso amigo, pois nele confiamos e dele não esperamos traição.
Já não somos mais uma cidade pobre, o que resta é, tão somente, um povo que continua pobre.
Isso é justo?
E quanto ao fato de nós munícipes que nos recusamos a ver as improbidades calados, sermos chamados de fofoqueiros, bocas das desgraças, invejosos e desejosos de mamar nas tetas da vaca  e, agora, navegantes, creio que nada mais são, que deboches, posturas mais que conhecidas e constantes dos ingratos, acostumados a cuspirem no prato que comem.
Todavia, também é sabido que todo peixe acaba morrendo pela boca.



CICLO INTERMINÁVEL


E as chibatadas continuam incessantes a cortar a pele já marcada e doída.
E apesar de não existirem mais troncos e chicotes de couro, ainda resistem as crueldades humanas.
Até quando, meu Deus, com uma só palavra ou ação homens e mulheres, serão destruídos por outro ser que se diz humano.
Será esta, uma sina para todos, em todos os tempos, fugir
da ira, da inveja e das loucuras humanas?
Ou há de chegar um tempo em que a luz, finalmente, de
Deus extirpará o mal das almas das criaturas?
Venha o que vier serei apenas expectador, pois já não estarei aqui para chorar ou sorrir.

ESCRAVIDÃO ...



A escravidão não acabou, tão somente ampliou e se diversificou, adquirindo sofisticação e mil disfarces camuflativos.
Na época da escravidão negra, haviam outras tão cruéis quanto, afinal, o coronelismo, o machismo exacerbado, o silêncio do contraditório imposto, o horror do separatismo de todas as formas e em todos os lugares se faziam sempre presentes.
O ser humano ora escraviza, ora é escravizado, mas em todas as  situações se encontra preso à correntes nem sempre possíveis de serem vistas, mas igualmente poderosas nas crueldades.
A legítima liberdade, simplesmente não existe, pois, mesmo que a criatura humana se isole, ainda assim, sentir-se-á preso e escravizado à solidão e ao recalque de não poder ser o que deseja em meio aos demais, sentindo-se escravo de sua própria voz interior, que de todos os chicotes, com certeza é o mais brutal, por ser legitimamente revelador.
Talvez por intuição, a criatura humana busque se aturdir de alguma forma, maneira simples que encontra de pensar que é livre.
Assustadora é a conscientização de que liberdade é tão somente mais uma utopia servindo de ópio enganador.
E na busca incessante por liberdade, a criatura se acorrenta a novas e sempre surpreendentes escravidões.
Regina Carvalho/11-2019

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

LOBOS EM PELES DE CORDEIROS

Ler nas redes sociais que o nosso sofrimento e o nosso legítimo direito de lamentar é oportunismo político eleitoral, só é possível de acontecer em um país como o Brasil, onde a ética e o senso de responsabilidade pública, se confundiu com a arrogância de quem se acostumou a cuspir no prato que come.
E ao raiar de um novo dia, rogamos a Deus que nos dê forças e sabedoria, pois ano que vem, vai ser ainda pior, já que com mil máscaras camuflativas e um batalhão de fiéis aplaudidores, o Diabo fará doidas espirais. (Plagiando Castro Alves) sempre muito atual, pois mesmo tendo apenas 15 anos, quando, criou maravilhas poéticas relacionadas a alma humana, ele já reconhecia a força astutamente bruta do poder em mãos perversas e dissimuladas.
Senhor, faça de mim um instrumento de sua paz.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O QUE É ISSO, MINHA GENTE?



O Surrealismo é tão gigantesco que chega a se assemelhar a uma anomalia psicológica das mais irreversíveis, pois, uma Prefeitura lançar campanha de recolhimento de alimentos, roupas, colchões e cobertores, numa cidade pobre e sofrida é algo a ser estudado, enquanto, as burras da prefeitura deveriam estar abarrotadas pela arrecadação nesses quase três anos de exercício, me leva a crer que realmente vivem em outro mundo, no mínimo, no corredor da Vitória dos abastados baianos.
Penso que imitam pedidos de ajuda às grandes catástrofes Cosmopolitas. Isso até parece piada de mal gosto, numa cidade, onde a maioria é pobre e de alguma forma, foi atingido pelo resultado dos descasos políticos.
Claro que não faltarão os apoiadores, afinal, se dão dinheiro para EDIR MACEDO e suas infinitas cópias, porque não dariam para a prefeitura. Não é mesmo?
Sem esquecer dos contratados que precisam fazer média e dos assessores, cujos salários, justificam toda e qualquer solidariedade.
Sinto estarrecida que falta sensibilidade, empatia e respeito e sobra a insensatez.


SUBESTIMANDO AS AFLIÇÕES DE INÚMEROS MUNÍCIPES.



Amanheci lendo uma postagem da vereadora Naiane dos santos, levando socorro através do secretário Ilton da infraestrutura que, prontamente atendeu aos seus apelos e fiquei feliz, pelo munícipe atendido, todavia, imediatamente senti uma mágoa por não poder contar com pelo menos parte desta atenção do ilustre secretário e até mesmo, de um dos 09 vereadores, para atenderem aos infinitos apelos que faço e assim como eu, outras pessoas que, certamente, sendo oposição ou não, são também munícipes e pagam impostos.
Estas fotos de uma das laterais de minha casa, assim como os fundos da mesma, não retratam a dura realidade que sofremos nos invernos e nas chuvas intensas do verão, mas ainda assim, são capazes de umedecer alicerces e derrubar muros e, no entanto, apelos e pedidos de socorro para que algo fosse feito na rua que fica atrás dos fundos de minha casa, antes que uma desgraça aconteça, jamais puderam merecer desta administração qualquer atenção.
Este inferno começou desde que desmataram no alto do morro a mata existente para que fossem construídas casas, enquanto, os moradores da ladeira abaixo, também foram fechando com muros suas propriedades, ficando aberto um único lote, justo o que fica nos meus fundos e por onde escorre toda a lama que se forma e que me obrigou a fazer furos no muro para que esta, não visse a baixo, destruindo parte da propriedade.
Rogo a misericórdia de um pouco de atenção, pois depois que o leite for derramado, desculpas ou indiferenças, já não farão diferença.
Mas comecei esta narração falando da referida vereadora que faz bonitinho o seu dever de casa junto ao seu curral eleitoral, justo para lembrar que, enquanto isso, tanto ela como os demais vereadores, receberam votos para serem representantes do povo do município e, no entanto, já na reta final de seus mandatos, “male mal”, atendem às suas localidades de origem.
Certamente, os moradores de Ponta de Areia e adjacências, se lembrarão deste abandono na hora em que forem depositar seus benditos votos. Afinal, a cada eleição, o povo está ficando mais esperto. Até porquê, terão em mim uma voz que não os deixará esquecer que por quatro longos anos, e em alguns casos de vereança de 12 anos, estiveram totalmente abandonados pelos ilustres e bem pagos edis.
O asfaltamento da Orla de Ponta da Areia é bem-vindo, mas não nos consola pelo abandono e indiferença que fomos submetidos por todo o tempo.
Sozinhos, eu e meu marido em meio ao caos, num local que nem pedindo SOCORRO, somos ouvidos e considerados.
Estou revoltada com uma rua intransitável e suja e com minha casa mergulhada na lama do abandono de uma gestão que se intitula: CUIDANDO DE VOCÊ.


LIBERDADE DE EXPESSÃO OU MOLEQUEIRA?

Para quem está neste ramo das comunicações a mais de meio século, posso garantir que esta expressão tão largamente difundida, defendida e re...