Neste amanhecer encalorado, haja saúde para aguentar esta alternância climática, ainda mais na minha sensível idade, mesmo que eu a disfarce um pouquinho, mas ainda assim, sei que estou sempre muito vulnerável, por isso, evito também sempre que posso, exposições físicas desnecessárias e a este cuidado que dispenso a mim, chamo de respeito.
E foi exatamente a palavra respeito que estava em minha mente, quando esta, despertou de uma deliciosa noite de sono.
Num mecânico hábito de professorinha das antigas, recorro sempre ao dicionário e lá encontrei a seguinte definição:
“Respeito é o ato ou efeito de respeitar(-se)”.
E aí, sorri, afinal, este foi o ensinamento que recebi em minha educação doméstica, onde me foi repassado exaustivamente que, todas as reações dos demais, adviriam das minhas ações, no que estava incluso a natureza.
Eu diria, que seria simples assim, mas o tempo e as muitas vivências, mostraram-me que não é bem por aí que a viola começa a tocar, já que a dificuldade maior não residia nas reações, mas tão somente, nas minhas ações, o que se incluíam as também minhas reações.
Compliquei?
Pois é, afinal, complicar é tudo que fazemos nos relacionamentos, sejam humanos ou não, bastando que por instantes, a natureza seja o nosso alvo de aprendizado da mais elementar das convivências.
Ter respeito a partir de si mesmo é ter consideração
deferência, reverência.
Novamente, esta minha mente de cronista e filósofa tupiniquim, logo faz a correlação com a bendita ética, dispensando o moral, pois este, há muito aprendeu a se moldar, levando-me a avaliar que nos tempos atuais, onde o “vale tudo”, desde que me favoreça, é a regra primeira e última.
Penso no respeito e no quanto, sempre fui absurdamente respeitada, mesmo sendo mulher jovem, bonita e gostosa em meio a centenas de machos Alfas, fosse no trabalho ou em qualquer local onde eu me encontrasse e este, é apenas, um exemplo entre tantos outros que norteiam os relacionamentos de todos os níveis, por mais casuais que sejam.
Este pensamento, acompanhado de lembranças, confirma empiricamente, que tudo começa a partir de cada pessoa não havendo o direito de se culpabilizar o outro, principalmente, quando conscientemente, os meios fartíssimos de comunicação, alertam por todo o tempo sobre a precariedade educacional e a exibição enaltecedora dos excessos em todos os níveis, gerando com exemplos explícitos e aterrorizadores os infinitos conflitos sociais.
Salvo qualquer exceção, afinal, tarados e safados existem aos montões, assim como, a mesma mídia que mostra as reações, também é poderosa quanto a estimular sem regras, uma liberdade de direitos absurdamente incapaz de se enquadrar num país, cujo povo em sua maioria, não possuiu o devido letramento, sequer para interpretar valores morais e éticos que, afinal, são determinantes ao cultivo de qualquer postura respeitosa.
Numa linguagem mais popular, o negócio é o seguinte:
“Se a porta estiver aberta, alguém por ela há de passar ou, "Ajoelhou, tem que rezar".
CAPICHE???
Nenhum comentário:
Postar um comentário