segunda-feira, 14 de agosto de 2023

BRASIL, FARNEU ILIMITADO PARA POLÍTICOS

Não há nada mais fuleiro do que fazer comparações, afim de se desculpar erros ou até crimes hediondos, como por exemplo, desviar-se ou desperdiçar-se verbas públicas.

Cheguei à conclusão, depois de muito vivenciar os porões e entornos do que se chama política em meu Brasil, que tudo, não passou jamais de uma narrativa criada pelos portugueses para justificarem seus desmandos quando, descobriram tantas maravilhas expostas a céu aberto, sentindo-se donos e com direitos ilimitados.

E aí, os séculos foram passando e alterar pra quê, se estava dando certo...


Quinhentos e vinte quatro anos depois, cá estamos, nos comportando da mesma forma, afinal, somos um povo servilmente encurralado entre o medo e a fome imposta pelos senhores das armas, da prepotência e da total falta de escrúpulos.

Quando um raro resistente grita uma das infinitas improbidades, logo um soldado do crime, grita:

E os anteriores, não faziam o mesmo?

Desviando assim, o foco do crime, justificando o mal, semeando a vergonha do continuísmo descarado.

Penso então, que passado nefasto, deveria apenas servir como modelo do errado que não dever-se-ia copiar, mas não aqui, nas terras tupiniquins, onde o fedor da bosta antiga é perfume desejado.

Quando se está de fora, numa resistência considerada burra, é possível apreciar os apetites dos horrores, sendo possível também compreender o porquê, que o entusiasmo de se devorar o farto banquete, jamais mudou.

Cada político eleito, se regala como uma fera esfomeada, já que diante de si, descortina-se um banquete farto e variado e os que o cercam, como carcarás, sempre apostos, devoram as vísceras espalhadas que os tigres e leões, deixam como sobras de seus farnéis, num ciclo ininterrupto de um apetite ilimitado.

Peter Kellemen, húngaro radicado no Brasil depois da segunda guerra e vizinho, escreveu na década de sessenta que o Brasil, não era para principiantes e amadores e o escândalo lhe criou infinitos problemas, todavia, se vivo hoje, ele estivesse, talvez, reescrevesse pelo menos o título, já que por aqui, nesta terra varonil, amador é recorrente aos critérios para se fazer eleito.

Quanto mais inexperiente em tudo, mais capaz se torna, quanto ao rápido aprendizado em segurar os talheres da improbidade.

Tal qual, criança, página em branco, sempre ávida na absorção de novos e surpreendentes aprendizados...

Que coisa, viu!!!

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