segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

ADEUS 2018

No meu caso em especial são tantos os adeuses que é melhor eu nem contar, opto em ficar neste que acaba daqui a poucas horas, num simbolismo de encerramento necessário, a fim de que nós, seres humanos, possamos dar uma profunda respirada, acreditando que, em seguida, chega um novo ano que nos compensará pelas perdas e danos.
Esperança, otimismo, é o que nos move e celebrar novas perspectivas é que nos impulsiona a continuar a jornada, num toma lá, dá cá, de sentimentos e emoções.
A todos os amigos restritos ao face ou aqueles cujo cheirinho e o calor de um fraterno abraço, já pude sentir, o carinho e gratidão por mais um ano de companhia, rogando a Deus que os convença nos momentos difíceis que sempre vale a pena viver, pois toda esta maravilha que é a terra e o universo, propiciam vidas e precisam das nossas vibrações amorosas para que continuem a girar, propiciando mais e mais vidas.
Um beijo na alma de todos e até 2019!

domingo, 30 de dezembro de 2018

Banana Split


Dizem que recordar é viver e reviver momentos especiais e, gente, não é que é verdade...

Hoje por exemplo, do nada, lembrei do dia em que minha mãe cedeu aos meus insistentes pedidos e me levou numa sorveteria na orla de Copacabana para saborear o tão sonhado e famoso lançamento que estava na moda e nos desejos juvenis: “banana split”.

Nem eu sequer imaginava o que seria a tal da banana split, além de deduzir que seria feito à base de bananas, mas a imaginação criara fantasias e sabores estupendos e, de repente, quando finalmente a garçonete colocou a travessa diante de mim, o silêncio da decepção foi tanto que só me lembro da gargalhada de minha mãe, sempre muito palhaça e bem- humorada, dizendo:

- Mas é isso que você queria? Por que não me explicou que eu teria feito lá em casa e bem mais barato.

Pois é, recordar esta decepção, não me faz esquecer das delícias da sorveteria de frutas do Morais na Visconde de Pirajá, esquina com Garcia D’avila, em Ipanema no Rio de Janeiro, onde saboreei incansavelmente o sorvete de milho verde mais saboroso do mundo, assim como era possível encontrar o bendito cuscuz de tapioca com coco, inigualável...

Os donos eram portugueses, mas as almas com certeza eram baianas.

Faltam dois dias para o ano terminar e tudo que me vem a cabeça são recordações gastronômicas.

Que coisa, hein!...

CULTURA ESQUECIDA



Jamais entendi por que as culturas locais da maioria das cidades são apenas lembradas em épocas pontuais em apresentações se adequando ao nível de desenvolvimento de cada região.

Concordo que sou uma chata observadora que não se conforma com o que fazem com as culturas ao usá-las como se fossem macaquinhos vestidos com trajes ultrajantes que eram presos aos realejos para tirarem a sorte de quem ia nos parques e circos de antigamente.

Alguém ainda se lembra ou chegou a conhecer?

Esta semelhança aviltante que, em dado momento, surgiu em minha mente ainda criança fez com que eu rejeitasse tais apresentações, pois fui compreendendo que por trás destes grupos culturais existem pessoas lindas, resistentes, em sua maioria carentes, que se condicionaram a ter luz apenas em datas especiais.

No restante do tempo são esquecidos e marginalizados; e isso sempre me revoltou, já que são na realidade a representatividade da história de um povo, uma cidade, uma civilização.

Desculpem o desabafo, mas é que recebi um belo vídeo do grupo os guaranis de Itaparica e, afinal, o Sete de Janeiro está chegando e, mesmo não querendo, as lembranças brotam sem pedir licença, pensando nas muitas dificuldades que os mesmos já vivenciaram, jamais sendo prioridade nas ações sociais e, muito menos, jamais houve um real interesse por parte não só das gestões como da sociedade local em agrega-los verdadeiramente ao âmago social e educacional de qualquer amparo maior.

Penso que preservar a cultura nada tem com mantê-la aprisionada e refém de um atraso cidadão histórico, pois como afirmei anteriormente, atrás de um índio ou de uma baiana com seu samba de roda, existe um ser humano também ávido por se sentir existente o ano inteiro e não apenas em épocas pontuais, como espetáculo turístico e atração em solenidades de cunho político.
Estátuas em gabinetes, carroças e emblemas não são sustentáculos da dignidade daqueles que se esforçam em manter vivas as tradições

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O TEMPO E AS CONSTATAÇÕES



Pois é, este é um período em que somos estimulados a fazer retrospectivas de nossas vidas, até mesmo para que possamos nos perdoar pelas  absurdas situações banais que permitimos que roubassem de nós as delícias de um tempo que repetimos como papagaios que passa rápido, que é trem bala e etc., e tal, mas que na realidade é apenas mais um refrão que propriamente uma conscientização.
Pessoalmente, como parte de meus estudos, sempre pratiquei o hábito da retrospectiva no meu cotidiano, todavia, ainda assim, sempre fui uma perdulária, gastando sem dó minutos preciosos com o que, depois, percebia ser tolices, baboseiras e nada mais.
Bem, este lero lero é apenas uma introdução para contar que, nos últimos anos, preocupei-me mais em viver utilizando na prática todo os meus duros aprendizados e que tem dado certo.
Imaginem vocês que ao invés de sofrer por perceber que estou velha, prefiro sorrir e me sentir confortavelmente agradecida quando vejo fotos ou encontro amigos e parentes que deixei por algum motivo no passado e constatar que também envelheceram e, que alguns, bem mais rápido que eu e que nesta jornada para o fim inevitável, o que é uma sacanagem, já enterrei vários e que resistente, sigo o caminho ainda fazendo planos e sonhando com a “mega da virada”, porque com toda esta grana, com certeza eu e meu velho,  iríamos nos tornar os vagabundos mais convictos do planeta.
Toda esta besteirada é só para lembrar a todos os companheiros do faceboock que o tempo passa para todos e, portanto, perder tempo é pura demonstração de estupidez.
Um beijinho carinhoso e o meu desejo de um 2019 de muitas realizações para todos.

REFLETINDO


O princípio, meio e fim de tudo, há de ser a própria criatura no seu egoísmo íntimo de estar e permanecer bem, pois só assim, poderá desenvolver a generosidade da compreensão em relação aos demais.

sábado, 22 de dezembro de 2018

O TEMPO E O PERDÃO


Oficialmente, o verão começou na noite de ontem, o Natal está à porta e um novo ano se aproxima rapidamente, como se tivesse muita pressa de virar a página do livro de nossas vidas, buscando novas perspectivas e um motivo a mais para seguir em frente com otimismo e disposição.
Sentados em nossas cadeiras na varanda, nos aliviando do calor do verão, no outono de nossas vidas, ainda repletos de muito entusiasmo em nos restaurar das muitas queimadas das quais sobrevivemos, mas que deixaram algumas marcas que não incomodam mais e outras que apenas existem para que não esqueçamos que o fogo existe e as labaredas podem se não matar, mas, com certeza, sufocar o melhor de nós, se não estivermos atentos aos apelos cruéis do sistema que criamos e mantemos, como reféns da “síndrome de Estocolmo” a nos aprisionar por todo o tempo.
E neste ir e vir de lembranças doces e também de expurgos emocionais, chegamos à conclusão de que nascemos e crescemos na melhor época do século 20; e dele saímos para uma espécie de reclusão gradativa e espontânea, justo quando compreendemos que, nos novos tempos, não mais existia lugares para os tolos e babacas que insistiam em enxergar a vida e a convivência humana de forma poética e despida da hipocrisia que foi se formando e se fortificando nos últimos 30 anos.
Neste instante, estamos ouvindo um belíssimo pouporri de músicas que percorrem épocas marcantes, onde a qualidade das letras e os acordes induziam ao desabrochar do melhor das pessoas.
Saudosismo?
Com certeza, afinal, como não ter, se aos poucos tudo foi se perdendo em meio a um crescente modernismo, absolutamente necessário, mas que desta vez, veio cruel, atropelando sorrateiramente as benditas etapas que são fundamentais para dar espaço à mente e aos sentidos de irem se adaptando às naturais mudanças físicas e emocionais de qualquer criatura humana.
Olhamos um para o outro e sorrimos, porque nos apercebemos livres para, juntos, carinhosamente nos perdoarmos dos enganos e das muitas fogueiras que nós mesmos iniciamos, deixando que as fumaças e as brasas da nossa insensatez encobrissem em parte o brilho da nossa juventude, maravilhosamente linda.
Mais um ano está chegando e mais juntos do que nunca, nós dois o saudamos!
Que bom!!!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

APENAS UMA PRAÇA?



Pensei em escrever sobre o valor de uma praça, até porque, existe um terreno na pista, próximo de minha casa em Ponta de Areia, que há anos apelo às autoridades do município para que a mesma se transforme em uma área de turismo e lazer, pois a cobiça de oportunistas e vereadores, também há anos está de olho nela.
Creio que juntamente com as ruas, a praça seja um dos mais importantes espaços públicos, desempenhando um papel fundamental no contexto das relações sociais de qualquer cidade, pois agrega pessoas e através delas é possível desenvolver-se as trocas de ideias.
Na antiguidade, os gregos e romanos chamavam-nas de ÁGORA ou Fórum e tinham como objetivo promover o conhecimento e a cultura, através da exposição de ideias.
Por ser um bem público, deveria contar com permanente manutenção, assim como com uma severa vigilância, a fim de se proteger um patrimônio cujo valor é inestimável para o convívio social.
Do romantismo ao esporte, shows, brinquedos, arborizações, espaço livre para o ócio, descanso, apresentações de escolas, etc., a praça representa o desenvolvimento de uma cidade, tornando-se espaço fundamental para as pessoas aprenderem cidadania na prática, portanto, construir, conservar e manter a integridade de uma praça é dever do poder público.
As praças são unidades urbanas fundamentais e o seu modo de tratamento e uso indicam o nível de civilidade de seus usuários e o exercício dos direitos e deveres de cidadania nela vivenciados.
O que me leva a crer que através de uma praça é possível levar-se educação comportamental aos seus usuários e no estabelecimento de regras a serem cumpridas com monitoramentos agregativos e constantes, sem esquecer de realçar a beleza que acrescenta aos olhos de quem as vê.
Viva vera Cruz com suas praças que, afinal, aparentemente não resolvem os graves problemas históricos, mas com certeza, despertam em cada comunidade a autoestima, a esperança e a motivação em acreditarem que, finalmente, o sempre possível voltou a se expressar.
Uma praça é a alma de qualquer lugar.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

NATAL, NÃO É UMA ÉPOCA COMUM ...


Ontem, dei uma volta pela cidade e não vi um enfeite que lembrasse que estamos numa época simbólica chamada Natal.
E aí, como um vício que não consigo superar, comecei a ponderar se os mesmos são necessários ou se a despesa economizada faz relevante sentido.
Novamente, como um vício, pensei nas pessoas e no quanto estão sofrendo, seja na prática de suas sobrevivências, seja no seu emocional, pois o excesso de realidades, geralmente ruins, feias e dolorosas, pede socorro ao lúdico.
Chego a conclusão que nada mais faz sentido na mente e nas ações dos políticos do que suas conclusões pessoais, ficando o povo como mera peça útil à mercê de suas prioridades, que jamais se encontram em harmonia com as deles, principalmente as crianças que já possuem tão poucas referências do, apenas, belo.
Tudo muito incoerente, já que dizem combater a sempre crescente violência.
Aqui em Itaparica, não existe meio termo, afinal, ou se é 8 ou 80, num poupurri constante de absurdos considerados prioritários em detrimento de outros tantos que o povo anseia. 
Bem, eu poderia ficar escrevendo laudas de incongruências observadas, mas além de não me caber, pondero: quem sou eu, frente a tantos entendidos, especialistas e bem-intencionados, não é mesmo?
Imagino com esta minha mente de sonhadora que uma cidade enfeitada alivia a mente, agrega emoções e a torna mais acolhedora, além de ser um presente da gestão para o cidadão comum, sem discriminação de gostos e valores que vê, pelo menos nas luzes e nas cores dos enfeites, o que no seu dia a dia enxerga nublado e sem viço.
Penso também que posso estar me precipitando e que, de repente, até o dia 25/12 a cidade amanheça, nem que seja na praça do Mercado, com algum pisca-pisca ligado.
Quem vai saber, não é mesmo, afinal, pode ter havido atraso na licitação.
Que coisa, viu!!!

domingo, 16 de dezembro de 2018

POIS É...


Ultimamente, ando meio afastada das redes sociais, e hoje, surpreendi-me com um recadinho de um querido amigo que sentiu a minha falta e, então, começo feliz, agradecendo, afinal, nos tempos atuais, ser lembrado sem “aparecer”, anda difícil.
Bem, mas seguindo nas situações que chamam a minha atenção, venho reparando que as pessoas de um modo geral, nas grandes cidades, comportam-se de forma no mínimo incoerente diante de algumas situações. Vejamos:
O Jornal Nacional, de uns dias passados, mostrou a ladroagem que ocorre em bandos, compostos de adolescentes que enquanto um dá uma gravata na vítima, outras duas tiram dela bolsas e celulares, num ataque relâmpago, não dando à mesma qualquer oportunidade de defesa, e tudo isso com sol a pino e centenas de outras pessoas em volta. 
Reparei, abismada, nas fisionomias apáticas, sem qualquer expressão de susto, medo e, até mesmo, foi possível observar uma indiferença que não poderia existir, pois sequer a vítima encontrou solidariedade de consolo, após o fato.
Seria mais um aspecto social, observando-se no mesmo jornal, não houvesse um tumulto em outro bairro da cidade, onde um policial era ofendido e quase linchado, por ter dado alguns sopapos num suposto bandido.
E aí, fico me perguntando como é feito o juízo de valores nas cabecinhas das pessoas que se veem diante destas situações e que, na maioria das vezes, sequer entendem bem o que está acontecendo e, se entendem, paralisam ou tomam partido. 
Que país é esse, onde bandido impõe respeito e polícia é marginalizado?
Onde político ladrão é endeusado e um general esculhambado?
Onde mídias usam de seus poderes de indução e chantageiam abusivamente, através de “investigações tendenciosas” e “especialistas” em tudo, este ou aquele, como ocorre atualmente, desenterrando um tal de COAF que por décadas a fio quase nenhum brasileiro sabia que existia e que, no silêncio de sua existência, permitiu não denunciando, todos os mal feitos financeiros de bandidos compulsivos, sejam da política ou da classe empresarial?
Onde estavam os fabulosos jornalistas investigativos da rede Globo, pelo menos nos últimos 20 anos, que não enxergaram os desvios estrondosos da Petrobrás, BNDS e etc., que levaram o país à bancarrota e custará anos de muito esforço para que possa se recuperar?
E aí, penso neste tal juízo de valores, mas que valores, se foram todos contaminados, tal qual o rio Tietê, Lagoa Rodrigo de Freitas e todo um ecossistema maravilhoso, mas destruído pela inconsciência da empresa Samarco em Mariana(MG) e de todas as nossas baías repletas do lixo que produzimos?
O que ocorre é que olhamos e já não sabemos como devemos agir, frente às muitas induções e mentiras repetidas que se tornaram as nossas realidades cotidianas.
E aí, pente fino em nós... 
Se esquecermos de lançar aquela despesa do dentista, dos jantares ou da escola de nossos filhos.
Nada mais está fazendo sentido, pelo menos na minha avaliação.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

POR UM MUNDO MELHOR

Neste final de ano, sem fugir ao padrão de meu comportamento reflexivo, ainda me surpreendo com a capacidade humana em ser totalmente desconectado com a vida, até mesmo quando imbuído das melhores intenções, apoiando campanhas filantrópicas, participando de mutirões de caridade ou doando seu precioso tempo em ações voluntárias, mas, ao mesmo tempo, aceita passivamente envolver-se de cercas elétricas, blindagens de veículos, lavando as mãos, tal qual Pilatos, quando se vê diante dos incontáveis abusos praticados pelos seus semelhantes.
O Natal está chegando e, nem assim, a miséria emocional humana consegue dar uma trégua na sua insanidade generalizada.
Louvado seja um Jesus que compreendeu tudo isso muito claro e tentou com o seu próprio exemplo, evidenciar o amor, característica única capaz de humanizar um tudo mais que nos caracteriza e que nos flagela, transformando-nos a cada instante em seres alucinados, perdidos e amargurados que, por total desespero, finge que suporta esta loucura sistêmica que com uma mão oferece e com a outra aniquila.
Este é um texto que exprime a minha dor diante da psicopatia que assola este mundo de “meu Deus”.
Estas são palavras da busca do entendimento pela existência de tantos horrores.
Afinal, nem mesmo em uma Igreja, Templo ou Sinagoga, podemos orar em paz pelas vítimas do nosso cotidiano que tombam pelas mãos da inconsequência e de uma racionalidade enlouquecida.

LIBERDADE DE EXPESSÃO OU MOLEQUEIRA?

Para quem está neste ramo das comunicações a mais de meio século, posso garantir que esta expressão tão largamente difundida, defendida e re...