JÁ QUE É PARA FALAR DE AMOR, FALO DE MIM...

Já que é para falar de defeitos, falo de mim...

Já que é para falar das dores, falo de mim...

Já que é para falar da natureza, falo de mim...

Já que como cronista, falo de tudo, o correto é falar a partir de mim...

Afinal, ninguém me conhece, além de mim...

E além de mim, o tudo existe e acontece...

Portanto, compreendam, por que falo tanto de mim

É que através de mim, você se reconhece

Nem que seja, para jamais ser igual a mim...

E nessa autobiografia pública

Escancaro o bom e o ruim de mim

Expondo-me aos elogios e as críticas, fazendo de cada, aperfeiçoamentos em mim...

No desejo latente de manter você e a felicidade de existir em mim...

SIMPLES ASSIM...

Um lindo e adorável domingo pra mim 

e certamente, pra você também...

Afinal, se desejo pra mim, o desejo também pra você.🌹

GOSTO NÃO SE DISCUTE...

E MULHER CHATA É outra coisa...

Estou aqui pensando que todas as pessoas reservam em seus gostos e preferências, pequenos detalhes que, simplesmente detestam no outro, principalmente no sexo oposto.

Pois é...

Penso então, que como sou uma exagerada no apuro de minhas preferências, ainda mais nos dias de hoje, onde tudo é permitido, minha lista é enorme, afinal, o mesmo deve acontecer ao contrário, afinal, poucos são os apreciam uma mulher filósofa e em se tratando de jornalista, só mesmo as famosas televisivas e assim mesmo, se a reportagem for de acordo com suas preferências, ainda mais se forem políticas.

O DESPERTAR DA VIDA

Deitada na aparente solidão do sono, fui despertada pela chuva farta que como águas de uma cachoeira encantada, deslizava por sobre a vegetação ao pé de minha janela, produzindo o mais belo som.

Os aromas logo se transformaram e como sempre, atenta, pude não só os reconhecer em suas novas versões, como principalmente fui sorvendo um a um, num processo alimentício dos mais especiais.

Neste instante, fora o galo a distância, nenhum outro som se mostra, levando-me a pensar que por instantes, o mundo parou, preparando-se para a chegada dos senhores pássaros, interpretes universais dos sons de cada manhã.

Estou muito feliz por poder sentir mais este momento mágico. Porque, afinal, a vida é bonita é bonita e é bonita.

BENDITA ESCALADA

O telefone tocou em meio a um texto que escrevia e meus dedos apressados, apagaram-no num piscar de instantes, levando para o espaço cibernético um pedaço de minha alma que se agarrava as rochas do cume da montanha onde o sol da paz, faz morada.

Chorei, porque não?

Enquanto escrevia, ouvia Chopin e em seguida Debussy, buscando em ambos, o ansiolítico necessário para aplacar a minha ainda incapacidade de me blindar por completo das drásticas invasões, levando-me a ponderar se um dia o conseguirei, afinal, sou apenas uma pessoa repleta de amor e este, não seria um sentimento que fragiliza por um lado e regenera por outro, num círculo vicioso, mas também bendito?

Tantos são os questionamentos quando me percebo susceptível ao constatar as fraquezas do mundo, tão próximas que parecem queimar a membrana serosa que reveste o meu coração.

Respiro fundo lembrando de cada movimento que precisei fazer na escalada da montanha até, chegar ao cume e poder descansar sob o sol da paz e, pensando nos  que ainda serão necessários para de lá, não despenque, devido aos incessantes vendavais, fazendo das mesmas mãos e unhas de acesso, apoios de permanência.

O piano de Chopin e de Debussy, acalmam a minha mente, aliviam o ardor do coração, deixando-me com a certeza absoluta de que se valeu a escalada, permanecer no cume, vale ainda mais.

DE REPENTE?

Assim como de repente, olho ao meu redor e tudo me parece inútil, sem sentido e quase absurdo. Afinal, meus pensamentos e minhas lógicas se chocam com o sistêmico e, como uma perdida em meio a um deserto, giro em torno de mim mesma, procurando o oásis de minhas próprias convicções e percebo com absoluta clareza que este ideário, só existe dentro de mim, lugar seguro no qual me abrigo desta loucura que me rodeia.

Esta sensação vez por outra ainda me abala, criando um ambiente de surpresa e quase medo, levando-me a erroneamente acreditar que foi tudo, assim como de repente, quando na realidade, tudo é rotina, eu é que distraída adentrei em mim e desfoquei o tudo mais.

Meus escritos, minhas ideias, minhas visões, ficam todas tão egoisticamente pessoais que chego como agora a sentir um certo mal-estar, quando penso que tudo poderia ser bem mais fácil, bem menos sofrido, muito mais harmonioso.

BUNDAS SÃO PARA SEREM ADMIRADAS, TALENTOS PARA SEREM RESPEITADOS.

Neste amanhecer em que continuo poetando, tentando copiar o talento nato de alguns dos meus amigos de perfil, que me encantam e inspiram constantemente com seus versos, penso que a cronista sempre fala mais alto neste meu cérebro de jornalista e alma de filósofa, então, ouvindo o álbum de Ella Fitzgerald- an evening (uma noite), penso na luta das mulheres por um espaço maior e mais respeitoso e é claro, que me impossível depois de conviver ou simplesmente constatar através das músicas, do cinema e das infinitas leituras, além de minha própria vida, aceitar o que na realidade chamam de “luta”, mas que a meu ver em grande parte é tão somente, uma miscelânea de valores truncados com busca de uma liberdade, mais próximos de desvios ou vertentes mais breves de se alcançar espaços, onde somente com muito talento e profissionalismo se é possível chegar, o que não se consegue com bundas e sexo.

É preciso não confundir sucesso com estrelato, pelo menos para mim, sucesso se eterniza, estrelato se apaga, quando uma nova estrela brilha no céu do show das novidades e a cada instante, uma estrelinha surge nos palcos da instantaneidade.

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Florerynce Kennedy

Ativista e advogada negra dos anos sessenta e setenta.

AGUN- ENERGIA DE LUZ

Hoje é o teu dia semanal a ser lembrado e cultuado, não para seres um milagreiro disponível, mas uma energia vibrante do universo à amparar e resguardar teus filhos de fé.

Se te chamam Jorge, te chamo amor

Se te dizem Santo, te vejo força.

És, pura energia que vence demandas e quando entras em minha seara de apenas uma humana devota, trazes contigo vibrações amorosas, poderosas e indestrutíveis forças que me blindam do que não me é afim.

A mim, não importa o nome que recebes, seja aqui ou acolá...

Pra mim, serás sempre um bom e fiel amigo,

Margem segura que segue o meu caminho...

Às vezes, na figura de um homem em outras, uma poderosa mulher, mas por duas vezes, chegastes como criança, salvando a minha vida.

Em todas as formas que te apresentas, certamente, encantas a mim, tua devota filha.

Que nesta manhã de um ainda início de semana, a chuva que ora cai, lave o medo de existir daqueles que não enxergam em ti, um devoto mensageiro de Deus.

Banhando-me na Chuva...

E aí, o som doce de teus poemas, empana qualquer ruído, doído.

E os raios das tempestades soam como acordes de uma das melodias da Deus.

Fazendo das bravias chuvas, águas que me lavam para te receber.

Nesta visão poética, sorrio, me sentindo junto a ti.

O os aromas da terra e da grama molhadas que a chuva fez despertar, envio para onde estiveres, para que me sintas limpa, cheirosa e apenas tua.

CHOVEU LÁ FORA, MAS NÃO EM MIM...

Ontem, por volta das 21 horas a chuva chegou de repente com uma violência há muito não vista por estas bandas de minha Itaparica.

Rapaz, ela estava brava, disposta a agir como um chicote bem curtido de couro, nas mãos de um sinhozinho indignadamente cruel.

Corri para apanhar umas velas e o fosforo, afinal, por experiência, sabia que a primeira vitima a cair de joelhos pedindo clemência seria a Coelba, sempre muito precária na sua estrutura física, mas por incrível que possa parecer, ela desta vez, aguentou firme as chibatadas em seus fios e transformadores, mas eu, quase caí, quando entrei em meu quarto e o vi no lago em que se transformou.

Tapetes, colcha, cama, tudo ensopado pelo chuveirão que as frestas do forro se transformaram de um momento para o outro, provocado pelo parcial destelhamento, que o vento bravio causou.

Fazer o quê?

O TUDO DE BOM

Penso neste amanhecer acinzentado que preciso escrever para não quebrar este hábito delicioso que me acompanhou a vida inteira, mas como também ocorreu em algumas ocasiões, são tantas as indicações mentais, mas nenhuma em destaque e aí, meu Deus que agonia...

Olho ao redor e posso enxergar uma baguncinha em minha mesa improvisada de trabalho, aliás, buscando na memória, constato que jamais separei ou mobiliei um local adequado para desenvolver meus hábitos literários, fosse para ler, estudar ou escrever e então, penso que esta postura tem tudo a ver com o meu natural despojamento em relação as coisas, assim como minha paixão pela significância de minhas afinidades.

O HOMEM E SUAS CRIAÇÔES

A chuvinha passou depois de refrescar o jardim, abrindo espaço para um sol cristalino que amoroso, esticou seus braços e foi abraçando a mesa, as cadeiras da copa e finalmente, me alcançou enquanto, eu tomava o meu cafezinho.

Bom demais da conta...

Se acordei pensando nos instrumentos musicais e nos seus criadores, certamente depois deste abraço quentinho, agradecer ao criador da vida é tudo que me resta, sorrindo...

O piano, inventado pelo italiano Bartolomeo Cristofori, o Saxofone, pelo belga Antoine Joseph Sax e o violino por Gasparo Duiffopruggar da Bavária, certamente são os meus preferidos, pois com cada qual, consigo conversar, ouvir ou descansar, pois, são capazes de adentrarem em mim, nas vibrações exatas de minhas necessidades.

VACINAS AUTOIMUNES

Rapaz, são tantas as mensagens que amanheço diariamente recebendo, que só posso agradecer a Deus por tantas bênçãos.

É claro que as pessoas que não convivem comigo, podem achar que sou apenas mais um alguém, escrevendo sobre autoajuda, pintando um céu sempre azulado onde pássaros voam livres, mas os mais íntimos sabem que não é bem assim, afinal, sou uma mortal, sujeita aos ventos e tempestades, mas que como uma  otimista com lógica mental e sensitiva, vou mais além e busco  deste mesmo céu, aquele Deus na maioria das vezes esquecido no cotidiano, mas abraçado fervorosamente nas reuniões religiosas a cada semana.

Penso que se criou sei lá quando, o estigma que sem estar numa casa de Deus é impossível encontrar-se com ele.

O RIO DE NOSSAS VIDAS...

Ainda me lembro, mesmo tendo já se passado sessenta anos, quando sem pensar, sentei-me na minúscula escrivaninha de meu quarto da Rua Barão da Torre em Ipanema e escrevi o meu primeiro texto para admiração de minha mãe, pra quem corri para mostrar enfeitiçada com o meu feito.

Hoje, apalpando e cheirando meu vigésimo segundo livro, onde mais uma vez relatei minha percepção de vida, senti a mesma emoção genuína de alegria e completude.

Como eu pude escrever tanto? Aonde armazeno e como distribuo através de palavras, todas as informações e impressões que parecem, nunca terem fim?

CONTÍNUO DESPERTAR

Em um dado momento de minha infância entre o gigantismo da natureza que me cercava e sendo invadida pelo barulho das águas circulando por entre e sobre as pedras do riacho de minha Guapimirim e podendo apreciar as espumas incessantes que se formavam ao desaguarem pesadamente da cachoeira que encantada na época, achava tratar-se do chuveiro grande da natureza.  Percebi que não sentia medo, apenas uma vontade irresistível de nele me banhar para desespero de minha mãe, afinal, tudo me parecia familiar.

Comecei a escrever este texto na minha cabeça na tarde de ontem, enquanto tomava o segundo banho no chuveirão do terreiro, sob o ainda sol que insistente, recusava-se a partir, querendo ser verão em pleno outono...

Comecei a rir, afinal, esta sou eu, sempre verão mesmo quando as circunstâncias querem trazer pra mim, as pesadas tempestades, infelizmente comuns nos invernos tropicais.

Pois é...

Penso então, que a vida é a minha fé, capaz de deixar-me muito íntima deste Deus que afinal, reside em mim e em cada anjo que me cerca, pois, jamais bati, sem que a porta não se abrisse, jamais busquei, que não tivesse encontrado, pois, quem bate recebe e quem busca encontra- Mateus 7:8

Todavia é preciso estar com Deus nas ações e intenções para que o querer e o buscar, estejam alinhados ao amor, porque só este sentimento, é capaz de consolar e nutrir a nossa pequenez de apenas, uma pequena e ínfima partícula deste universo chamado vida, num contínuo despertar.

BOM DIA e um dia de Luz e amor pra você que me lê.

O SOL QUE RESISTE EM NÓS

São seis horas da manhã e o sol ainda não apareceu, talvez, por esta razão, também os pássaros estão arredios, nenhum deles se aproximou para o habitual bom dia e é claro, que me ressinto, mas fazer o quê, não é mesmo?

O céu está acinzentado, as folhas dos coqueiros absolutamente paradas, num stand by monótono e muito esquisito que não me agrada, afinal, gosto mesmo é de apreciar o sol ir dominando o seu espaço, aquecendo e iluminando a vida, agitando os pássaros e fazendo os perfumes se mesclarem, formando a mais deliciosa alquimia de aromas.

Todavia, como minha essência é de poeta, inverto a situação e projeto em mim, o sol que não enxergo, trago para bem próximo os pássaros que cantam ao longe e até, sou capaz de reconhecer o barulhento sabiá, bem próximo de meu ouvido, dizendo; eu te amo Regininha.

E aí, se sou capaz de trazer os meus agrados para bem juntinho, também sou capaz de bater as minhas asas, sem medo das chuvas que possam me surpreender e ir até você, com minhas frágeis asas de uma apenas borboleta, só para lhe desejar, um lindo começo de semana, onde o seu sol, estará sempre presente, mesmo que o tudo mais, esteja nublado.

Simples assim...

SERÁ QUE NÃO?

O domingo chegou e novamente a internet se foi, pra onde, só a Calnet ou, seja lá, o nome que seus proprietários a resolveram dar, seria capaz de responder.

Portanto, já que reclamar pelos maus serviços, aqui na Ilha é tentar secar gelo, começando pelas administrações públicas ineficazes e cruéis que sequer conseguem manter a cidade limpa e as ruas no mínimo cascalhadas, assim como,  forrar os estômagos de centenas de cidadãos que ainda passam fome, mas assistem aos shows de grandes astros e se deixam fotografar juntos aos enfeites das festas populares, resta-me o consolo de estar morando num paraíso terrestre de águas transparentes, céu de brigadeiro o ano inteiro e ainda possuidora das mais deliciosas mangas que fazem de gente como eu, lamber os beiços e agradecer a Deus.

BOM DIA!!!!

Acordei ainda meio que sonolenta, abri a janela e fui invadida pelo cheirinho de mato verde que percorreu o meu corpo, despertando-me de imediato da melhor forma possível, num bom dia gostoso que somente a vida, sabe oferecer aos que nela prestam atenção.

Assim é tudo em relação a vida, uma troca interminável, onde eu dou para receber, sem preguiças ou acomodações.

E neste meu colóquio amoroso do qual, não abro mão, com o cheirinho de mato verde, vem toda a minha inspiração que eu processo e devolvo, pra você que me lê.

E nessa troca bendita de todas as manhãs, dizemos uns aos outros, mesmo que inconscientemente, um “eu te amo amoroso”.

Linda, linda é a vida!!!!

Mais lindo ainda, é o que eu posso fazer com ela...

DONA REGINA DA RÁDIO

Neste amanhecer de quinta-feira, ao abrir a página do facebook, assisto a um vídeo sobre a extinta Rádio Tupinambá, postada pelo então, talentoso vizinho e amigo, Yulo Cezzar, assim como ao ler os comentários, observo a carinhosa lembrança de meu nome, através do sempre respeitado e querido Dr. Rafael Mendes que inestimáveis serviços na área psicológica, atendeu a população usuária do CAPS, durante cerca de oito anos e cujo valor, desde então, deixou uma profunda lacuna.

Realmente, assistir a retirada da antena, para mim e para todos que possam mensurar o valor de um meio de comunicação inserido numa cidade, principalmente, sendo única e trazendo consigo a dignidade da isenção dos fatos, afim de jamais escamotear faláciando para mais ou para menos a verdade dos mesmos, é uma dor muito profunda.

OS BEM AMADOS

Falo da doçura de uma manga rosa e a comparo com lábios carnudos e gostosos, descrevo a leveza de uma borboleta ou beija-flor e os comparo com a delicadeza do toque de um delicado amor, falo do canto do sabiá, lembrando-me do quanto é gratificante ouvir uma declaração de amor, bem próximo e capaz de fazer-me arrepiar como as folhas de um coqueiro que ao serem tocadas pelas brisas marinhas, simplesmente bailam incessantemente na mais autêntica liberdade.

Falo em Jesus e o vejo em tudo desta vida...

E aí, como não comparar esta natureza exuberante com o melhor que somos capazes de receber e doar uns aos outros, não necessariamente, onde a paixão carnal esteja inserida, mas reconhecendo que a tendo, nem que seja em forma de doces lembranças, tudo fica mais propício.

Pessoas bem amadas, pessoas que souberam ou sabem oferecer amor, não tem limites quanto ao se doarem em carinhos, atenções e principalmente respeito ao tudo mais, sejam humanos ou não, afinal, tudo faz parte de um todo completo. 

Pessoas bem amadas, aquelas que se tocam, se reconhecem e, portanto, se amam, estão sempre prontas a um belo sorriso e um generoso olhar.

QUE BOM, MEU DEUS ! QUE BOM...

Que coisa mais linda, meu Deus!

Que linda rosa!

Lá estava ela solitária e abusadamente esplendorosa, esguiamente erguida por entre os galhos espinhentos, bem em frente à janela da sala, onde todas as manhãs, logo cedinho, me debruço para praticar o ritual de oferecer o meu bom dia ao dia que está apenas começando.

O mais interessante é que o universo, já ciente deste meu hábito de carinho para com ele, jamais também se esqueceu de me oferecer belas e matutinas surpresas, como um perfume especial dos narcisos ou uma amora bem madurinha, pronta para ser provada. 

FILHOS E PAIS AO MESMO TEMPO...

E aí, ainda no embalo do som de Carlos Santana, agora fazendo um show no México, penso que este é um local que eu gostaria de ter conhecido, assim como, Trás dos Montes, a terra portuguesa dos meus avós maternos e sentar-me no boteco em Lisboa, onde Fernando Pessoa, escreveu grande parte de sua preciosa obra, assim, como apreciar o azul do MAR EGEU extensão do mediterrâneo entre a Grécia e a Turquia, que por fotos e filmes, sempre me fascinou.

Sim, mas não houve tempo e depois, faltou-me recursos e muito depois, falta-me o meu Roberto para viajar comigo, afinal, qual a graça de chafurdar-me nos labirintos da cultura, das belezas e dos sabores destes locais, sem meu par constante de expedições incríveis?

Pensando nisso, penso na minha Ilha de Itaparica que juntinhos, fuçamos cada localidade, conhecendo o melhor que um local pode oferecer, em prosas, sorrisos e sabores...

COMEÇANDO A SEMANA

Ao embalo de um vigoroso som de Santana e sua banda, começo minha semana, afinal, uma vida sem emoções é puro desperdício e se o cotidiano me parece pobre, vou enriquecê-lo com a minha capacidade em trazer luz, cor e movimento para que ele possa me fazer sorrir.

Só depende de mim e de minha visão periférica em buscar, esteja onde estiver, os subsídios que transformarão cada instante de minha vida, num glorioso tesão.

Nestas minhas incessantes buscas, confesso que só tenho olhos para o melhor, mais gostoso e completo, porque um alimento precisa me ganhar pelos olhos, pela textura e finalmente pelo sabor...

Delícia!!!

Ser feliz, foi a meta que me propus lá, ainda pequenininha no terraço da Barão da Torre, deitadinha no piso de cimento de braços abertos, fixando o sol, deixando-o invadir-me numa posse total.

SOL , LUZ, CALOR, tudo de que sempre precisei para não deixar que os meus cotidianos se tornassem nublados e para tanto, só dependeu de mim, busca-lo aonde estivesse, como faço agora...

E aí, tomei um banho bem cedinho, joguei o cabelo pro lado, passei baton e estou me sentindo a velhinha mais gostosa desta vida. 

Simples assim...

BOM DIA!!! Faça assim, eu juro que dá certo...

PLANTANDO FLORES...

Estou aqui ouvindo músicas, fazendo um bolo de maçã e respondendo e enviando mensagens aos amigos, afinal, é pascoa, se bem que para receber e distribuir carinho, por aqui em minha vida, esta maravilha acontece todos os dias.

É ...

Mas eu sei que nem todo mundo tem esta sorte que eu tenho, aliás, não sei de verdade se é só sorte ou o resultado de ações e intenções, que me fizeram angariar ao longo da vida, atenções especiais e calorosos carinhos, mesmo quando, em muitas ocasiões, tudo parecia contra mim.

Ao subir uma ladeira, na conquista seja lá do que for, “vá plantando flores”...

Afinal, descer a mesma ladeira, também é uma possibilidade.

INSTRUMENTISTA DE MIM MESMA...

Neste amanhecer de sábado de Aleluia, percebo, confesso que meio assustada, que desde muito cedinho, antes mesmo de clarear, ouvindo os acordes da Quinta Sinfonia de Beethoven com suas modulações firmes, que a mesma faz acompanhamento adequado ao meu estado mental que, diferentemente do habitual, compassei-a com os graves da melodia, ora apressados, ora suaves, num permanente subir e descer de intensidade, numa agitação de quem precisa agir de imediato, não para surpreender a plateia, mas a mim,  através de uma nova performance

De repente, as cordas dos violinos, se deixam alisar pelas compassadas e agitadas traves, soltando seus ais de um talvez, profundo cansaço, reforçado pelos instrumentos de sopro que interveem, numa confirmação da seriedade dos propósitos, abrindo espaço novamente para que os  genuínos e delicados violinos internos do miolo da orquestra, generosos, abram espaço para um novo acorde, onde as trombetas do emocional do compositor, despertem esta senhorinha que da vida quer mais, muito mais, justo, por não deixar de observar, cada instrumento de sua própria orquestra.

PÉROLAS DEITADAS AOS PORCOS...

Como é possível à minha mente e a de milhares de pessoas que pisam na lama, ano após ano sem que as autoridades públicas façam algo de respeitoso a nosso favor, aceitar que um gestor, destrua um asfalto novo colocado com recursos públicos, a Orla de Ponta de Areia, pelo governo do Estado para fazer algum tipo de calçamento?

Será inconsequência, interesses financeiros pessoais ou de algum grupo dominante ou mesmo mais um estrondoso DEBOCHE, próprio da estupidez humana?

Como implantar um projeto sem observar a gravidade emocional que o mesmo acarretará ao povo carente que espera amparo?

Como ficar calada diante de tamanho absurdo?

Como justificar a mim mesma, os impostos pagos?

EU QUERIA TANTO...

Acho graça, quando percebo ou ouço algumas pessoas me acharem apenas uma filósofa tola, que insiste em viver escrevendo diletantismos, fora da real.

Pois é, fazer o quê?

E aí, fico me perguntando até quando, a massa humana irá fugir do enfrentamento desta guerra urbana e suburbana que assola dia após dia o mundo?

Por aqui no nosso quintal tupiniquim, escondemos nossas consciências, cegamos nossos olhos, ensurdecemos para tudo que mata e faz doer de alguma forma, buscando nos BBBS, nos Shows, nas datas festivas, nos templos religiosos, nos partidarismos psicopáticos, consolos para as dores da inconsequência em aceitarmos o inadequado, banalizando as desgraças, crendo na fé e na esperança de que não nos atingirá, pelo menos, não de forma visível, mas e nos recôncavos de nossas mentes e emoções, como verdadeiramente nos sentimos, como estamos e qual o tamanho dos esforços que precisamos fazer ao carregarmos as pesadas máscaras do conformismo?

FORA DOS TRILHOS

Nesta sexta-feira Santa, por não professar uma única religião, fixo-me na minha autoridade maior, comandante in chefe de minha mente e consequentes emoções e é claro que me refiro ao meu Jesus, amigo e parceiro de cada instante de minha vida.

Por sermos tão íntimos e estarmos como verdadeiros grudes, jamais tivemos a preocupação em elegermos um dia, uma situação que fosse, para nos atermos um ao outro.

Ele é meu e eu sou dele, numa parceria perfeita e eficaz ou seja: Eu constantemente me deixando influenciar pelo sistema humano e ele, pacientemente me assoprando aos ouvidos: “Sai dessa Regina”!!!

 

O GALO CANTOU!!!!

O galo cantou neste instante, tarde para os padrões normais, vai vê, que assim como eu, sua noite foi picada e a estendeu até a pouco, num restauro necessário.

Surpreendi-me com o horário, no entanto, mais do que isso, afinal, fazia tempo que não o ouvia.

Será outro? 

Certamente que sim, afinal, não teria se calado por meses a fio, fazendo calar a madrugada, até a chegada dos pássaros.

ALÉM DO ARCO-IRIS

Como dourada borboleta

Arrisco ir mais adiante

Numa curiosidade incessante

Querendo descobrir os caminhos do tesouro,

além do Arco-íris.

Batendo minhas aparentes frágeis asas

Rumo ao espaço

As vezes canso, apenas plaino

Mas não desisto, sei que chegarei lá.

Não tento, determino-me

E assim, nem o cansaço da longa viagem

Induz-me a desistir de encontrar-te

Bendito tesouro que bem guardado, só a mim pertence... 

E neste egoísmo estimulante, rumo aos céus.

E como apenas uma mulher apaixonada

Revigoro-me com o bater de asas da borboleta que também sou.

FASCINAÇÃO

De repente, mas lentamente, uma metamorfose vai se apoderando de meu corpo, enquanto a minha mente perplexa, tenta entender o que os meus olhos assistem.

Asas coloridas e desenhadas, vão surgindo e substituindo os meus braços e pernas, enquanto a mente, anseia em voar...Não resisto... deslizo suavemente no espaço livre, pousando vez por outra, nas muitas flores do jardim.

Através da janela, assisto e me reconheço, neste bailado dourado, silencioso...

Finalmente me transformei na borboleta dourada de tantos poemas que idealizei.

O corpo voa, a mente deseja...

Bato asas, vou ao teu encontro, beijo a tua nuca e numa fascinante e inenarrável paixão, sussurro em teu ouvido;  eu te amo...

Bom dia!!!

COFRE SEM CHAVE E SEM TRANCA

Amanheci neste domingo como de costume, sem internet e, portanto, não podendo fazer minhas também costumeiras publicações.

Fazer o quê, não é mesmo?

Vivemos em um país lindamente continental, transbordante de riquezas, abusadamente lindo em belezas naturais, escandalosamente abastecido de água e ainda florestas para resguardá-las, mas em compensação, somos arrepiadamente mais de 200 milhões de habitantes sem qualquer senso maior de pertencimento e respeito aos direitos dos demais de qualquer ordem, afinal, fomos permitindo um crescimento sem regras e sem condutores devidamente credenciados, tanto nas origens, na qualificação e principalmente em relação aos bons antecedentes, seja na execução seja lá do que for.

REBOCOS DESALINHADOS...

Depois de buscar algumas músicas variadas em seus temas e ritmos, concluí que nenhuma se coadunava com o meu estado emocional deste amanhecer, então, recorri ao meu velho parceiro Chopin, sempre a disposição para compor os meus sentimentos e adaptá-los a minha mente que particularmente se encontra serena, mas também apática, talvez, cansada da euforia dos últimos tempos e que na noite de ontem, fez-me inclusive dançar diante do espelho, onde pude observar uma senhora sorrindo sem qualquer aparente motivo, além de ter sobrevivido aos ventos e tempestades e ainda sendo capaz de produzir e amar.