terça-feira, 15 de agosto de 2023

AMANDO SEM DELÍRIOS DE POSSE

Não me perguntem o porquê, mas definitivamente, jamais precisei ser amada para amar.

Evidente que quando, houve recíproca, senti-me num céu de brigadeiro e aí, saboreei até o sabugo, lambendo os beiços e dizendo; amém...

Todavia, este sentimento amoroso sempre foi tão expressivo em mim, que cá pra nós, não estava nem aí se era correspondido ou não, na intensidade do meu oferecimento.

Jamais me perguntei porque a pessoa estava comigo, afinal, ela estava lindamente ao meu lado e isso me bastava para sorver dela, todos os nutrientes que me completavam e ponto.

Desta forma absurdamente egoísta, fui percebendo ao longo da vida que a satisfação em amar aquela criatura era tão intensa e a deixava tão livre, que ela acabava me devolvendo na medida de sua capacidade amorosa.

Afinal, as pessoas são diferentes, pensam, agem e também amam de acordo com suas visões e emoções e querer que se comportem, exatamente como projetamos, é comprar bilhete de uma vivência de contínuas frustrações.

O fundamental é saber dosar este amor, abrindo espaço para que o outro lhe enxergue como um ser livre que ama sem possessões e delírios de posse, num romantismo invasivo e cobrador e aí, em momentos delirantes de paixão absoluta, lá está o seu ser amado, também apaixonadamente lhe dizendo: TE AMO

Simples assim...



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