sexta-feira, 4 de agosto de 2023

MUNDOS DESCONHECIDOS

Não há nada que mais me relaxe ao ponto de esvaziar a minha mente que apreciar a água correndo entre pedras emitindo o seu também repetitivo som...

Em dado momento, o meu consciente se apaga e se transmuta para outro lugar, inexistente a minha consciência e ao voltar ao lugar de partida, surpreendo-me que muitos minutos se passaram em alguma ocasiões um pouco mais, sem, no entanto, assustar-me com este fenômeno que me ocorre, tão pouco, deixando marcas ou dores em meu corpo, por permanecer imóvel.

Quando isto ocorreu pela primeira vez, ainda menininha, não entendi o ocorrido e tão pouco, me assustei, apenas lamentei que as pessoas para quem contei, riram, crendo ser mais uma ilusão infantil de uma garotinha com a mente muito criativa, com seus mundos desconhecidos.


Desde então, percebi que de nada eu lembrava, parecendo ter sido um breve sono, sem sonho lembrável, todavia, muito tempo depois, fui compreendendo que minhas lembranças se revertiam em poesias e textos, onde eu incansável, exaltava a vida em todas as suas modalidades, sem sequer precisar estudar ou pensar a respeito, apenas, deixando a minha mente ir ditando sem virgulas ou pontos, o que ela havia registrado na placa mãe de minhas observações e ao mesmo tempo, ampliando o meu campo de visão consciente, como se me fosse possível, mergulhar nas profundezas das lógicas alheias, encontrando uma espécie de cerne dos propósitos básicos, fosse do que fosse, assim, ampliando a minha capacidade de compreensão em relação a incompreensão que se apresentava e desta forma, eliminando de mim, na medida em que eu crescia cronologicamente, uma espécie de paixão amorosa por tudo e por todos que me rodeavam, levando a outros a pensarem que eu era apenas, uma digamos tola ou ingênua, o que jamais me incomodou.

Fui aprendendo a selecionar para meu convívio, tão somente, as minhas afinidades, mesmo que até estas, me cressem tola, mal sabendo elas, o quanto delas eu sorvia em nutrientes que abasteciam minha mente insaciável de conhecimentos de todas as ordens.

Afinal, a intuição sempre me garantiu que todo ser vivo é um reservatório precioso e incalculável de riquezas energéticas que se bem sorvidas, nos tornam pessoas humanas mais leves e genuinamente humanas, no conceito completo a que se tem direito, por sermos uma máquina perfeita, uma ciência exata, com um manancial incalculável de emoções e sentimentos e uma mente racional sem limites, frutos da criação cósmica universal que por ainda não compreendermos, optamos em chamar de Deus.

Penso então, nesta sexta-feira de agosto em que o sol carinhosamente insiste em permanecer aquecendo-nos, que esse Deus tão poderoso, estenda a cada um de vocês que ora pacientemente me lê, os raios solares de seu acolhimento espiritual, como o faz a mim, a cada instante desta minha estranha, mas deliciosa vida.

Esquisita... Regininha é com certeza, mas ainda assim, sorri ao dizer que te ama...

BOM DIA!!!

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