domingo, 31 de maio de 2015

TRINDADE DO EQUILÍBRIO

                                  
   Sol e chuva, casamento da viúva.
   Já não é tão cedo, já passam das 7:30h e não mais sinto fome, afinal acabei de tomar o café da manhã. E que café! ...
   Olho através da janela e posso enxergar bem mais que os chuviscos que insistem em molhar os raios de sol que, determinados, fogem estrategicamente, escondendo-se e logo em seguida reaparecendo, numa espécie de brincadeira cósmica que sempre me fascinou.
   Enquanto observo, penso, e neste misto de integração minha com a natureza, posso, como já disse anteriormente, enxergar uma palavra que traduz um sentimento que venho também observando que acontece no cotidiano de todos nós.
   Refiro-me à banalidade que, como o sol bonito e acolhedor, vem se tornando trivial em nossas vidas, pelo menos cá pelas bandas do nordeste, induzindo-nos ao hábito da vulgarização das forças contentoras da rudeza que nos rodeia, permitindo que uma lavagem cerebral que acontece através da repetitividade, se torne comum, aleijando de forma indelével a capacidade humana de sentir fortes emoções que, afinal, são como medidoras e ao mesmo tempo limitadoras de impulsos.
    Cargas e mais cargas de tinta tenho usado ao longo de minha vida, tão logo percebi com nitidez as lutas que já se travava entre o ideal e o imponderável, optei em comparar com o sol e a chuva, numa analogia poética, até mesmo como proteção aos meus sentimentos que, teimosos como o sol, usam de todos os recursos que são necessários para driblar a chuva de sua insistente presença.
   A banalidade é viciante porque como todas as drogas que o homem é capaz de produzir, a princípio traz um bem estar reconfortante, mas infelizmente sempre tem um depois, e aí, tudo se complica, e o engraçado, o triste ou o deprimente, deixa de existir, abrindo espaço para: a vida é assim... o ser humano é assim... os políticos são assim... enfim, tudo passa a ser assim, acompanhado às vezes de um suspiro indefinido, talvez como mais um hábito cotidiano frente à banalidade dos comportamentos que de tanto serem repetidos, marketeiramente propagados, atravessam nossos neurônios e nem mais olham para as nossas emoções, e nesta invasão sistêmica contínua vamos sendo desfigurados no que possuímos de mais valioso, que é nossa consciência que a ciência ainda não tem um consenso de explicação sobre a sua origem, mas que quando bem centrada é capaz de ser um bendito sol de vida e liberdade na existência de qualquer um.
   Entre o Deus e o Diabo que reside em todos nós, salva-se o bom senso, o equilíbrio e a razão, matreirices valiosas que combatem com o banal.
   E como hoje é domingo, pé de cachimbo, volto para a cama, agora de barriga cheia.


sábado, 30 de maio de 2015

LUTO

LUTO
Assim, como se fosse de repente, tudo se apaga e por mais que tenhamos recursos espirituais e filosóficos, nos dobramos e nos tornamos absolutamente frágeis, quando a aparente súbita morte, surge em meio aos nossos sentimentos de amor, amizade ou de uma tão somente, admiração.
Existe uma recusa psicológica, uma negação física, quanto ao certo e indeterminado momento em que, simplesmente, tudo se apaga, restando apenas lembranças limitadas ou absolutamente profundas, onde as lágrimas da saudade, não conseguem alcançar.
Ontem, a Ilha de Itaparica deixou de ter em seu convívio um ser humano maravilhoso que em parceria com sua esposa e parceira de ideais, Diulina Ribeiro Miguel Silva, enriqueceu de luz e paz o ar de todos nós com suas vibrações harmoniosas. Todavia, por crer que as energias não se apagam, curvo-me sensibilizada à certeza de que entre nós, permanece.
O Jornal Variedades e a Rádio Tupinambá, através de seus diretores e funcionários, estendem seus pesares aos familiares e amigos do Dr. Joston Miguel Silva


terça-feira, 26 de maio de 2015

NÃO ME LEVEM A MAL


Tenho mais o que fazer, afinal, já se foi o tempo em que o tempo nada significava e que eu podia me dar ao luxo de, simplesmente, jogá-lo fora com papos inúteis, festas bobas, trabalhos infrutíferos ou na companhia de pessoas que apenas partilhavam comigo o desconhecimento da importância de se valorizar cada instante presente, oferecendo a eles subsídios de afinidades que pudessem significar real bem estar.
Não levem a mal minhas palavras, dando a elas qualquer outra conotação que não seja tão somente a da conscientização de um ponto de vista, absolutamente pessoal, e que em nada denigre ou menospreza qualquer situação social com as quais as pessoas sistemicamente estejam inseridas, até porque, creio que o despertar para o amadurecimento que ocorria em mim e a experiência lúcida de não tentar camuflar o envelhecimento, fez descortinar uma surpreendente forma de vivenciar os meus dias, libertando-me das sufocantes amarras do cotidiano, que sutil, mas também maleficamente, induziam-me a acreditar que para ser feliz eu precisaria ser desta ou daquela maneira, fazer isto ou aquilo ou me comportar assim ou  assado.
Meus dias sempre foram alegres, descontraídos e irreverentes em muitas ocasiões, mas talvez pela minha própria natureza, também sempre fui muito curiosa em querer enxergar o que não estava propriamente à mostra.
Fui desvendando e me chocando, todavia, o que fazer com tantas informações?
Esta falta de norteamento quanto ao destino que eu deveria dar às minhas descobertas fizeram com que eu as armazenassem sem qualquer critério e, certamente, não demorou para que as portas de meu armário pessoal já não mais fechassem, impondo-me um profundo desconforto que somente o “LEXOTAN”, em doses cavalares, foi capaz de aliviar.
Aliviar talvez, solucionar jamais.
E neste impasse existencial, em um dia qualquer em que eu me encontrava desprevenida e olhei sem retoques para o espelho revelador e pude, então, ver-me sem qualquer toque fantasioso, enxergando quase em choque a maior de todas as minhas descobertas, porque, afinal, o tempo safado lá ia passando, levando o frescor, a leveza e se eu bobeasse, a minha própria vida e, portanto, eu precisava fazer algo, não para contê-lo, mas para acompanha-lo sem qualquer disputa.
Já fazem vinte e cinco anos deste encontro inesperado com o tempo, e de lá para cá, fomos formando uma inestimável parceria de vida e liberdade, ele se mostrando rápido e devastador, assim como também, descortinando-se um agradável parceiro, pois abriu-me espaço para que, finalmente, eu pudesse ser o que sempre fui, apenas uma mulher apaixonada pela vida, sem qualquer outra obrigação maior que viver os meus instantes presentes de maneira leve, sem amarras e sem pressão, pois, afinal, lá na minha infância, entre o sistêmico luxo de Ipanema, com suas tradições e cobranças, havia uma Guapimirim poética, livre e acolhedora.
E foram estas contradições que me permitiram, finalmente em um certo dia, compreender o tempo, aonde junto a ele, conscientemente, passei a tecer as malhas do restante do meu destino.
Portanto, não me levem a mal, pois eu só quero ser feliz.



domingo, 24 de maio de 2015

ALMOÇO DE DOMINGO


Infinitos são os dias em que lembro dos almoços de domingo em família, em que tive o privilégio de poder vivenciá-los ao longo desta, minha longa vida.
Posso sentir os aromas, os sons, as cores que permeavam estes instantes que se eternizaram em minha memória.
Nada mais resta de todas aquelas maravilhas, além de minhas lembranças e do tudo de bom que pude absorver e depois, incansavelmente, fui e ainda vou, não reprisando-os, mas criando minha própria versão dominical.
Saudades de meus pais e irmão e dos rigorosos horários que minha mãe exigente nos impunha e que nos fazia deixar a praia mais cedo para saborear os sempre deliciosos bifes à milanesa, o rico feijão preto, as inesquecíveis saladas de alface com lindos tomates maças, o arroz soltinho, e o bendito pudim de leite condensado, que confesso, transformei em sobremesa oficial.
Anos depois, já casada e morando em Minas Gerais, conheci e me apaixonei pelos almoços de Dona Zizita , minha sogra, com quem aprendi mil quitutes, doces e salgados com sabores exclusivos das fazendas de São Gotardo. Aos domingos, a macarronada com frango assado, era lendária, sempre acompanhada de pãezinhos de queijo e de sobremesa, a torta de três cores, fazia o fechamento glorioso.
Os tempos estão mudando desde então, com muita rapidez, os valores ditos velhos e ultrapassados, só são valorizados e ainda empregados, por aqueles que os tiveram, como eu que, sempre que tenho oportunidade, reúno os filhos, nora e genro, entorno da mesa, todavia, mantenho a tradição, colocando a mesa com apuro, preparando a cada domingo uma comidinha especial e junto com o meu Roberto, cultivamos os almoços de domingo, como herança que nos é fabulosamente, agregadora.
Agora, vou para a cozinha, afinal, hoje tem pernil assado com farofa, salada de batata e ovos cosidos esfarelados com salsa e cebolinha e de sobremesa, aquele velho e saboroso pudim, do tempo da Mãe Hilda.
AH! ... Não posso me esquecer do molho de massa de tomate com cebolas e pimentão fatiados.
Que bom, não é mesmo?
Um enorme beijinho com gosto de saudade dos velhos tempos que não voltam mais, mas que nos estruturaram e fizeram de nós, criaturas privilegiadas.


sábado, 16 de maio de 2015

NENHUMA PROPOSTA


Quando nos arvoramos da soberania da verdade absoluta e ainda nos aliamos ao partidarismo político, exercendo uma oposição vazia, perdemos a capacidade de visualizar o todo e nos perdemos na superficialidade do apenas embate.
Enxergar o bem feito é tão valioso quanto o mal feito ou o jamais realizado e nós, brasileiros sorridentes e complacentes, nos enquadramos exatamente, na categoria dos papagaios de Pirata, sem verdadeiramente, sermos capazes de nos colocarmos numa postura de cidadãos que buscam direitos e, não o fazemos, justo porque fugimos sempre que nos é dada a oportunidade de cumprirmos com as nossas obrigações, crendo ingenuamente que somos espertos e que nos damos bem em tudo.
Quando optamos pelo embate e isto é corriqueiro entre nós, fechamos as portas para o diálogo e para a conquista de lideranças que sejam capazes de raciocinarem de forma universalizada, limitando mudanças e ofuscando a criatividade, tão necessária para que se proceda alterações que representem evolução, seja lá do que for.
Insistimos em trocar seis por meia dúzia, fechando os olhos e a mente para o desperdício de tempo e energias que poderiam ser canalizadas para um verdadeiro bem comum.
Citarei Itaparica, mas poderia ser qualquer outra cidade com as mesmas características turística e que possua a mesma limitação territorial.
Vergonha, tristeza, absurdo, afinal, por que de tanto abandono?
A cantilena é a mesma a cada eleição e o pior e que a cada uma, venho observando que começam cada vez mais cedo, não com propostas palpáveis e sustentáveis, mas com um amontoado de acusações chatas, porque percebo também a escassez de raciocínio lógico que não esteja atrelado ao interesse pessoal de se dar bem.
E aí, o ciclo se repete, numa simbiose que mostra seus efeitos através de uma miséria sempre crescente, de uma violência implacável a todos e, finalmente, a um atraso histórico.
Impensável estarmos vivendo em um local minúsculo e ao invés de estarmos apenas cercados de agua por todos os lados, ainda estamos cercados, presos e amordaçados a uma ignorância social e humanitária que além de assustar, também faz doer.
Casas de pau a pique, esgotos a céu aberto, lixo amontoado nas esquinas, animais pastando em vias públicas, lamas, buracos, cobras e ratos e um povo sofrido, em sua maioria sem sequer saber que podem vivenciar melhores e mais dignas realidades.
Detesto pensar que engrosso as fileiras dos responsáveis e que escrevo e falo sozinha por todo o tempo.
Suspiro ao pensar que precisaremos de pelo menos 20 anos para que esta realidade se altere, através desta juventude que está começando a ser tratada com respeito nas nossas escolas e ainda tenho que ouvir blá, blá blá... de quem sequer consegue mensurar o valor do aprendizado?
Num Município em que nada foi acrescentado em favor do povo, povinho, povão, há décadas, como desconsiderar um feito como o que vem ocorrendo na educação e na saúde, fazendo apologias tolas.
Buracos, matos e ratos, cabe a cada um de nós buscar soluções através de comissões comunitárias que com seriedade, recorra à administração, exigindo soluções viáveis às prioridades.
Política se faz nos palanques e esquinas, com frases de efeito e velhos jargões, para impressionar, mas as soluções só acontecem com empenho e determinação e principalmente, projetos que se enquadrem dentro da realidade existente.
Dezenas de reuniões se formam, mas nenhuma proposta consistente é apresentada. Que pena!!!!





Anos que virão!


"Deixe sua alegria se avolumar, construa em você uma vida linda, cheia de desejos realizados, você com esse jeito carinhoso tendo no olhar a esperança de vencer.
Para mim neste grande dia a maior felicidade é dizer que tenho uma grande irmã, e que a alegria que você busca insistentemente te traga paz e segurança a si mesma.
Parabéns Minha Irmã."

Luiz Claudio Carvalho

sexta-feira, 15 de maio de 2015

NENHUMA SURPRESA


Em dias como os dessa semana em que aparentemente tudo fica meio que capenga e sem graça, que coloco em funcionamento todo o mecanismo de tolerância que venho desenvolvendo por anos a fio, onde passo a passo, fui aperfeiçoando a capacidade do direito que os demais têm de agir, pensar e sentir de modo diverso ao meu.
E pensando nisto, no aconchego do meu cantinho das reflexões, concluo que não é uma tarefa das mais fáceis e talvez, por esta simples razão, a humanidade se estapeie desde sempre.
O reconhecimento pessoal da inexistência da verdade absoluta, seja lá do que for, é sempre um desafio que a grande maioria sequer é capaz de pensar, quanto mais mensurar.
Alguns até podem crer que estão sendo humildes ao reconhecerem tais direitos e que respeitá-los, seja uma capacidade dos bons de coração e talvez, em muitos casos, seja. Não sei, afinal, existem tantos sentimentos conflitantes em meio a todos os tipos de relacionamentos, que fica quase impossível, definir uma das infinitas possibilidades que fazem as pessoas se calarem, engolir em seco e, etc.
Pensando em tudo que vivenciei nesta semana, sou levada a reconhecer que na realidade, pelo menos minha, o fato da inexistência das surpresas, em absolutamente tudo, amenizou a vontade interior que implorou para fazer valer a minha opinião, fazendo dela, verdade absoluta, mas se assim agisse, jogaria por terra, décadas de exercício pessoal, abrindo espaço para a ignorância de quase tudo ou para a desfaçatez de quem desconhece um simples comportamento de respeito humano.
Agora, sentada em meu cantinho, ouvindo a chuva cair lá fora e podendo respirar este aroma de terra molhada, mesclada com o sabor do chocolate quente que estou tomando, acho que posso mandar “à merda” todos os sacanas com os quais precisei conviver, ativando todo o meu arsenal de paciência e tolerância, porque, afinal, também sou filha de Deus.
Então sorrio, achando a vida como sempre bonita, acreditando sinceramente como Fernando Pessoa; “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”.


sábado, 9 de maio de 2015

MINHAS MÃES


Dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta e agora, lá vão passando os sessenta e junto a eles, lá vou eu, ora sorrindo, ora chorando, se bem que, sorrindo bem mais do que chorando e sem pressa, apenas apreciando e sorvendo as paisagens.
Tudo sempre foi breve, por mais lenta que tenha sido a caminhada, pois ao me dar conta, já haviam se passado décadas na formação de minha história.
Uma a uma foram filmadas pelos meus sentidos e gravadas pela minha mente para que em momentos como o de agora, sossegada, eu pudesse revê-las através de doces lembranças que mesmo passados tantos anos, reaparecem diante de mim, sem lacunas, sem distâncias, como se o passar do tempo, não existisse.
Bendito filme que produzi na memória e cuja exibição, controlo através da mente, num resgate de pérolas, não necessariamente, só as belas.
As vezes dou pausa, respiro fundo, sorrio ou enxugo uma lágrima teimosa, afinal, o filme é longo e infinitas são as emoções.
Hoje é sábado, véspera do Dia das Mães e revendo as incontáveis cenas, sorrio novamente, apenas agradecendo, afinal, fui brindada a cada tempo com uma mãe diferente, nesta jornada de vida e liberdade.
Às minhas mães parceiras e queridas amigas, margens benditas deste meu caminhar, o meu sempre sorriso de agradecimento, a minha sempre lágrima de saudade.
Hilda carvalho- 1920 – 1969 (mãe)
Zizita Couto- 1920 – 1988 (sogra mãe)
Com cada uma convivi por vinte preciosos anos e de cada uma extraí tudo que coube em mim.
Para todas as mães deste convívio online, um enorme beijo no coração e em especial para a querida Antônia Melo Santos, amiga que se universalizou nesta semana, uma rosa imaginária

sexta-feira, 8 de maio de 2015

MAS POR QUÊ?


São quatro e trinta da madrugada desta segunda sexta-feira de maio e, novamente sozinha em meu canto de reflexões, penso no porquê da inquietação que venho sentindo nos últimos dias.
Questiono-me, afinal, são tantos os anos de exercícios cotidianos, onde busquei tenazmente aperfeiçoar a convivência entre o sistema social e minha própria natureza, numa busca constante de um equilíbrio que me permitisse um vivenciar menos pesado, menos agressivo, menos traumático, que não posso deixar passar batida esta alteração, que por dias e noites vem abalando a progressiva harmonia conquistada.
Paro de escrever, descanso os cotovelos na mesa, olho diante de mim, para o vazio da parede creme, como se nesta, eu pudesse fazer refletir a confusão de minhas emoções para poder, então, analisar encontrando respostas.
Mas por quê?
Ao fazer esta pergunta, deixo escapar um leve sorriso, afinal, não fiz outra coisa por toda a minha vida, pois com entusiasmo e persistência, perguntei a todos e principalmente a mim mesma, o por quê disto ou daquilo, numa necessidade visceral em atingir um entendimento que fizesse sentido ao meu todo de criatura humana, justo por não conseguir enxergar lógica racional na maioria dos fatos, das ações e das emoções com as quais o sistema no qual eu estava inserida me impunha como realidades a serem aceitas e vivenciadas, por estarem empiricamente ligadas à uma infinidade de hábitos e costumes que se vestiam de verdades absolutas.
Bem... como que para dar uma trégua a minha mente, levanto e abro a porta para que meus cães possam entrar e dividir comigo este momento, onde busco com determinação este novo esclarecimento, porque, também afinal, já não me é possível conviver com dúvidas, muito menos no que se refira a mim mesma.
Percebo com um novo sorriso que já tenho novas companhias, pois neste meio tempo, o tempo passou e eles os pássaros começaram a chegar com seus cantos que me encantam e, neste exato momento, penso que a música adentra nos interiores humanos, produzindo mais efeitos, que todas as palavras que possam ser ditas ou escritas.
O velho processo político, desgastado, viciado e corrompido que é praticado em nosso país, mas que nas regiões onde o nível educacional é fraco ou quase inexistente não só de conteúdo, mas principalmente de valores éticos e que se torna muito expressivo, pelo despropósito de sua expressabilidade, cegando quanto aos danos que causam, trazem à tona, pelo menos nas almas e mentes mais sensíveis e esclarecidas quanto as necessidades humanas, um desalento que faz doer.
E então, sorrindo me perdoo, pois compreendo com nitidez que ainda não será por agora que esta distorção será erradicada, cabendo às pessoas idealistas e apaixonadas pela potencialidade que existe em cada ser humano, a tarefa sutil, mas poderosa, de continuar semeando, oferecendo sua ínfima, mas sustentável colaboração.
Mas que dói e faz tremer os alicerces da alma, abrindo uma lacuna entre o lógico e o emocional, ouvir uma sessão dos nossos legislativos... 
Ah!!!!!!!
Com certeza dói...
E o mais doloroso é não poder copiar JESUS, dizendo:
_ Pai, perdoe porque eles não sabem o que fazem.
Porque sabem. 
Ah! Como sabem...
Eu é que não consigo conviver, indiferente a isto.
E por que deveria?

quarta-feira, 6 de maio de 2015

HUM!!!! Torta Sol de Espinafre e Ricota


torta, receita, espinafre

Esta bela torta não é apenas um capricho estético; é também super gostosa e vai atrair todas as atenções em uma refeição. É uma receita que você deveria experimentar, e nem é assim tão difícil! Veja a seguir.


Ingredientes – Massa:

500g de farinha de trigo
1/3 xícara de azeite de oliva
3/4 xícara de vinho branco seco
1 colher de sopa de sal
Uma pitada de sementes de gergelim (opcional)

Ingredientes – Recheio:

350g folhas de espinafre refogadas
350g de queijo tipo ricota 
1 ovo
80g de queijo parmesão (ralado) 
Um punhado de farinha de rosca
Sal e pimenta ao seu gosto

Preparação:

- Combine os ingredientes da massa em um mixer ou batedeira e misture bem. 
- Quando a massa ficar consistente, forme duas bolotas de tamanhos iguais, enrole-as em filme plástico e reserve.
- Numa tigela, misture a ricota com o espinafre. Acrescente o ovo, o parmesão, o sal e a pimenta.
- Abra as duas bolotas de massa com um rolo, fazendo dois círculos com mais ou menos 30cm de diâmetro.
- Antes de acrescentar o recheio, use a farinha de rosca para criar uma "barreira" entre o recheio e a massa. Isto é necessário para evitar que algum caldinho do recheio deixe a massa empapada. Crie uma barreira em forma de anel perto da beirada do círculo e outro círculo de farinha de rosca no centro deste.
- Coloque o recheio sobre estas "barreiras" de farinha de rosca. 


Deve ficar assim:

torta, receita, espinafre


Polvilhe o queijo parmesão sobre o recheio e coloque o segundo círculo de massa em cima dele.

torta, receita, espinafre


- Preaqueça o forno a 180°C.

- Feche as beiradas utilizando um garfo, para dar um acabamento mais estético.

- Coloque uma tigela no centro da massa, pressionando-a gentilmente 
para baixo, para criar uma depressão na área entre o recheio interno e externo.

torta, receita, espinafre

Corte a massa em fatias de 2,5cm, certificando-se de quase tocar na tigela.

torta, receita, espinafre

Com muita calma e delicadeza, gire cada fatia em uma volta de pouco 
mais de 90 graus.

torta, receita, espinafre

- (Opcional: pincele o centro com gema de ovo e salpique sementes de gergelim por cima.)

- Leve a assar por 30 minutos, ou até que a massa fique num tom tostado claro.

torta, receita, espinafre

E agora, você pode impressionar seus convidados com esta bela e gostosa torta-sol!

torta, receita, espinafre
BOM APETITE!

domingo, 3 de maio de 2015

SIMPLES ASSIM


Quando minha rebeldia fica mais forte que o meu impulso natural à escrever pelas madrugadas, o universo na sua força energética, logo se manifesta, lembrando-me que meus escritos são bem mais que um simples prazer natural, por serem tarefas de vida, sem as quais, todo o restante perde o sentido.
Quando coloco a caneta entre os meus benditos dedos, deixo de ser apenas a Dona Regina e me transformo num regato, onde meus parceiros energéticos vão se chegando para o desfrute diário do banho de vida e liberdade e juntos nos recapacitamos em um rio de leves correntezas e no qual, sempre juntos, compartilhamos experiências já vividas, perspectivas a serem ainda vivenciadas, numa evolução de valores que mais que experimentações reais, são fundamentais para que o tudo o mais em que estamos inseridos, continue a nos abrigar de forma harmoniosa, pois juntos e tarefando, seguimos tão somente nos inserindo, jamais nos impondo à todas as paisagens que como margens contentoras, mas acima de tudo protetoras, seguem nossos caminhos existenciais.

PARA VOCÊ QUE ME LÊ, UM DOMINGO DE ABSOLUTA PAZ.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

CAPS EM FESTA


Na tarde de ontem fui a uma festa que comemorava os três anos de atividades do CAPS e surpreendi-me com a ausência geral das autoridades públicas e privadas, pelo menos, salvo engano até as 16 horas, quando então, precisei me retirar, pois precisava viajar.
Agradeço a forma carinhosa com a qual eu e Roberto fomos recebidos pelos funcionários, pacientes e pelo coordenador Rafael.
Constatei in loco, o resultado expressivo das terapias que vem sendo aplicadas, assim como de todo um conjunto de assistência médica e social humana, que possibilitam uma inclusão interativa, harmoniosamente saudável.
Parabéns ao psicoterapeuta Rafael e toda a equipe que comprometida, atua neste setor tão sério e importante da vida humana, assim como a secretária Michelle Marques pela condução geral e ao Prefeito Raimundo da Hora, que sensível às carências históricas e que afligiam inúmeras famílias itaparicanas, não mede esforços e com recursos do Município, mantém de forma digna, tão importante projeto.
Portanto, é de se estranhar que num momento de tamanha importância, nenhuma autoridade do executivo ou do legislativo, inclusive da oposição, estivesse presente para constatar e prestigiar este importante e indispensável trabalho inclusivo de nossa sociedade local.
Enfatizo a lacuna deixada pela ausência das presenças públicas e privadas, pois acredito que somente através de um rigoroso entendimento de tudo que acontece de relevante em uma administração pública é que, verdadeiramente, nos tornamos gabaritados para proceder críticas fundamentadas a respeito da mesma, sem cairmos no vazio do partidarismo e da ignorância das principais prioridades de uma cidade e de seu povo.
A falta de um devido convite, jamais será desculpa, já que quando há interesse real, não faltam os informantes que atuam como olheiros em todos os setores, sejam públicos os privados.
Desculpem-me a franqueza, mas acredito que em uma cidade tão pequena e íntima como Itaparica, não há lugar para salamaleques e para o desconhecimento das realidades, sejam elas boas ou ruins por aqueles que se intitulam formadores de opinião e principalmente, apaixonados pela cidade.
Ah!, ia me esquecendo dos comes e bebes que estavam deliciosos.
  • Tiana Reis A festa foi linda Regina Carvalho,fui saindo e VC chegando...Agradecemos a VC por sempre estar acompanhando esse trabalho que é desenvolvido por uma equipe comprometida,os meninos do CPS realmente são uns amores e eles merecem qualquer sentimento externado por nós, afinal a troca de valores é muito importante...
    9 h · Editado · Descurtir · 4
  • Rafa Mendes Não vou utilizar o velho clichê, "não tenho nem palavras para agradecer". Irei agradecer primeiramente pelo seu reconhecimento, que poucos o fazem, geralmente as críticas são bastante ofensivas, sem ao menos realizar qualquer análise observacional e ter conhecimento do que se fala!
    Ser imparcial nos dias de hoje é para poucos e isso você o faz muito bem obrigado.
    Tudo que se refere à políticas públicas deve ser tratado com extremo respeito, sendo papel de todo cidadão.
    Vindo de você, só aumenta a nossa responsabilidade e acima de tudo, a motivação para trabalhar cada dia mais, em prol do cuidado ao próximo.
    Só cabe a mim, lhe dizer que o seu trabalho como jornalista é essencial, além de fazer de utilidade pública, todavia faz com amor por essa terra que amas!
    Não me resta dúvidas de quanto será uma grande assistente social! Obrigado Regina e todos da rádio Tupinambá!
    6 h · Descurtir · 5
  • Ive Queiroz Muito importante o reconhecimento de uma pessoa tão participativa e sábia! Obrigada pelo carinho e atenção, não só com o CAPS, mas com toda saúde! Parabéns a Rafa e toda sua equipe ! Parabéns a secretária Michelle e ao prefeito Raimundo! A festa realmente foi linda! Estive presente e pude ver expressões de amor e união! Enfim, parabéns ao CAPS!
    4 h · Editado · Descurtir · 5
  • Regina Carvalho
    Escreva um comentário...

SIMPLESMENTE VIVER...

Neste amanhecer o tudo de bom está acontecendo e ao ler esta minha afirmativa, provavelmente alguns dirão que sou uma idiota da terceira ida...