Amanheci, nesta terça-feira, tal qual, adormeci, absolutamente estressada com o tumulto revolucionário de meu cachorrinho, que não se satisfaz com 1000metros de terreno, optando em permanecer por todo o tempo ou deitado aos meus pés ou fazendo suas necessidades em cada cômodo da casa, testando a minha rigorosa vigilância, marcando com tenacidade o seu território e quando, tento deixa-lo lá fora, afim de educa-lo, não se cala um só instante, numa quebra de braço, simplesmente infernal.
Regininha perdeu o bendito silencio, nem mesmo consigo ouvir os pássaros, escrever então, tem sido o mais árduo dos exercícios, penso então, que pra tudo se tem um preço a pagar...
Mudando de pau pra cacete, lembro do quanto, foi chato ouvir dos parentes e amigos:
E aí, pra quando vai vir o bebê?
Afinal, não sei hoje, mas no tempo em que me casei, se você não voltasse gravida da lua de mel, chamava logo a atenção.
O meu primeiro ano de casada, a pressão foi tanta que, imaginem, minha menstruação parou, meus peitos e barriga cresceram e até leite comecei a expelir para descobrir logo a diante, tratar-se de uma gravidez psicológica.
Naquela época, não era comum e creio que também hoje, não o é, mas para a mulher que passa por esta situação é frustrante e dolorido.
Por que estou escrevendo sobre este assunto, nada comentado?
É porque, a novelinha das seis horas da globo “ Amor Perfeito “, trouxe a tona, mais um tabu que a sociedade hipócrita camufla e não esclarece os malefícios de seus próprios conceitos estúpidos e invasivos.
Nossa mente é senhora absoluta de nossos corpos, hospedaria contínua de nossas emoções e consequentes sentimentos, portanto, não podemos e não devemos assimilar as também contínuas invasões sistêmicas, só havendo uma forma de conviver com tudo e todos sem que fiquemos nos sentindo páreas por todo o tempo.
A fórmula salvadora é educarmos nossos filhos para que se sintam seres completos em meio as suas especificidades, respeitando a si e ao tudo mais e não, seguindo como cegos em meio a sucessivos tiroteios.
Afinal, as exigências de um sistema de convivência, pautado no politicamente correto que em sua maioria, é falho e capenga de reais lógicas quanto, ao que melhor se adapta a cada criatura, única por si só, é público e notório.
Casamentos falidos que se arrastam melancolicamente, filhos indesejados, agressões em nome do amor, conflitos urbanos, violência em todos e de todos os níveis, indo as convivências de mal a pior e ainda tem muita gente que crê. não estar sendo atingido, por esta indiferença social humana que lentamente vem matando as parcerias e estimulando as disputas.
Enfim, tudo isso que escrevi, foi para mostrar que mesmo sendo sabedora disso tudo, ainda hoje, na minha idade, cedi a pressão de filhos e amigos e lá fui buscar, sarna pra me coçar...
Essa adorável sarna, chama-se Saybe, um vira lata lindamente encantador...
Portanto, se me ajoelhei, só me resta rezar...
Será?
Vamos ver...
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