quinta-feira, 31 de agosto de 2023

AGORA ENTENDI

Passei a vida inteira tentando entender o porque de não poder deixar de escrever e até mesmo, quando impossibilitada por alguma razão, gravava compulsivamente a enxurrada de palavras que brotava de minha mente e após fazê-lo, o meu todo se harmonizava, como se eu fosse abraçada por uma brisa suave e refrescante, a mesma que me abraça até hoje, quando, também por alguma razão, necessito extravasar o belo, o fascinante ou algo que me choca, assusta, afronta ou simplesmente, amedronta.

A leitura é o descortinamento de infinitos universos, afinal, tudo que se possa imaginar, advém da criação humana e esta, das experiências empíricas, emocionais e sentimentais de quem escreve, daí, aprender-se tanto, assim como é possível em algumas delas, nos identificarmos em gostos, forma de ser e de agir. Afinal, cada mente humana é um universo, com necessidades muito parecidas.


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Bendito Deus

 "Bendito Deus que ao criar os seres vivos e tudo mais deste mundo, ofereceu a nós, criaturas humanas o benefício do raciocínio, exatamente para que pudéssemos ao contrário dos demais animais, termos o discernimento quanto as escolhas do que mais nos conviesse, ao contrário dos demais que precisam estar permanentemente em um bando, sendo guiados por um único líder.

No entanto, até mesmo, quando, já entendemos não mais precisarmos, ainda assim, seguimos sendo guiados , até porque, já estamos acostumados, há algum tipo de coleira".

Regina Carvalho- 30/08/2023



QUE COISA, VIU!!!

Amanheci nesta quarta-feira e ainda deitada, duas velhas e conhecidas expressões que repetimos sem nenhuma lógica que as justifiquem vieram-me a mente: “ Todo Mundo” e “Para Sempre”

Já desperta e tomando o meu pingado, abri o notebook e leio as notícias do G1 e lá, está registrado a morte de Lana Bittencourt, ícone musical dos anos 50/60, confirmando a minha sempre crença de que, nem “todo mundo” já tinha ouvido falar dela, assim como a finitude, expressão mais real do cotidiano de todos nós, aviva a minha memória de que nada, absolutamente nada é para sempre.

Simples assim...

Ligo o som, escolho as músicas para publicar e em seguida, busco CLAUDE DEBUSSY-CLAIR DE LUNE, tudo que neste momento é adequado aos meus ouvidos e consequente alma o que não significa que ao logo do dia e até mesmo, daqui a pouco, eu opte por um sambinha ou outro gênero qualquer do meu variado gosto musical, afinal, nada em mim jamais se limitou ao para sempre, se bem, que meu histórico de vida, mostre que o meu “para sempre” existiu em relação aos mais importantes sentimentos que despertaram em minhas emoções, a gratidão e o amor.

A mania em generalizarmos seja lá o que for, está presente em qualquer conversa e até mesmo, implicitamente em nossas mentes, induzindo-nos a agir “assim ou assado” numa conclusão induzida, geralmente pela mídia de qualquer natureza de que, “todo mundo” faz, gosta ou pensa assim...

Tanto quanto: Nosso amor, nossa amizade, nossos bens ou seja lá, o que for; "será para sempre"

Estou inventando ou exagerando?



terça-feira, 29 de agosto de 2023

LAÇOS DE AMOR

Fui apagar o holofote do portão e enquanto caminhava, podia escutar os acordes do piano executando Debussy. Essa é uma das vantagens de se morar fora dos centros urbanos, afinal, não temos vizinhos tão próximos que possamos incomodar e tão pouco, nos esconder, quando ainda de pijama passeamos pelo terreno, conversando com Deus que, provavelmente estimulado pela magia musical da genialidade humana criada por ele, aparece em formas e aromas diversos se expressando e envolvendo o ambiente, numa bendita paz.

Percebo que simplesmente não posso viver sem estes colóquios amorosos, mais que um hábito, uma necessidade que me garante a manutenção de minha autenticidade na maior parte do tempo, até mesmo, quando, em raras ocasiões, me sentindo invadida pela cruel indiferença humana, faltam-me palavras, geralmente, tão fartas em meu vocabulário e tudo que me vem a cabeça e consequente boca é um palavrão.


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

MALDITA HIPOCRISIA

E aí, assistimos e, portanto, oferecendo Ibope aos noticiários em pleno meio dia, durante o almoço, onde pessoas são barbaramente executadas ao vivo e a cores ou as intermináveis filas quilometricamente desumanas para conseguirem uma licença para venderem pastéis e latinhas de cerveja em alguma festa da capital, assim como vão mostrando, os abusos de um Ferry Boat fétido, os saques de mercadorias, enquanto, alguém estrebucha seus últimos suspiros, no asfalto da miséria humana., além da disputa entre a direita e a esquerda, afim de um provar que outro é mais corrupto, sob a avalição defeituosa, mas inconteste de um judiciário capenga.

Todavia, se estas realidades ainda fossem café pequeno, depois, das seis da tarde, as novelas televisivas mostram sem qualquer filtro, desde o sexo explícito, quanto as bárbaras disputas familiares e comerciais, assim, como uma abusiva exploração das mulheres usando seus atrativos físicos para traírem sem qualquer constrangimento seus cônjuges ou namorados, num vale tudo sem limites de seus autores.


DE REPENTE?

Assim como de repente, olho ao meu redor e tudo me parece inútil, sem sentido e quase absurdo. Afinal, meus pensamentos e minhas lógicas se chocam com o sistêmico e, como uma perdida em meio a um deserto, giro em torno de mim mesma, procurando o oásis de minhas próprias convicções e percebo com absoluta clareza que este ideário, só existe dentro de mim, lugar seguro no qual me abrigo desta loucura que me rodeia.

Esta sensação vez por outra ainda me abala, criando um ambiente de surpresa e quase medo, levando-me a erroneamente acreditar que foi tudo, assim como de repente, quando na realidade, tudo é rotina, eu é que distraída adentrei em mim e desfoquei o tudo mais.

Meus escritos, minhas ideias, minhas visões, ficam todas tão egoisticamente pessoais que chego como agora a sentir um certo mal-estar, quando penso que tudo poderia ser bem mais fácil, bem menos sofrido, muito mais harmonioso.


GANHANDO OU PERDENDO

Acordei sem absolutamente nada em minha mente, mas agora, duas horas depois, cá estou me despedindo sem saber exatamente do que ou de quem, mas com o convencimento de que estou por todo o tempo me despedindo seja lá, do que for, nem que seja de um dia de minha vida, já que o ontem se foi e o que perdi, perdido está.

Todavia, se perdi, também algo devo ter ganho. Será que identifiquei com exatidão o que ganhei ou só registrei a perda?

Penso no quanto sou ingrata e isso com certeza, é o responsável pelas seguidas decepções, afinal, que vicio é este em só contabilizar as perdas?

Se me ater cuidadosamente em um só dia, inevitavelmente vou constatar que a perda se houve, foi um detalhe num universo de ganhos preciosos, a começar pelo simples ato em acordar para um novo dia, onde poderei ser e fazer tudo que eu quiser, mas ao invés de reescrever mais um capítulo da minha história, fico me lamentando...

E se eu morrer neste instante, para onde irão minhas perdas e meus ganhos?

Terão utilidade para alguém, como os versos de Neruda, um quadro de Picasso, uma história de Jane Austen, uma canção de Jobim ou um pensamento sábio de um filósofo?

E se nada em mim sou capaz de reconhecer como precioso ganho, que me reste a certeza de ter sido a cada dia, uma criatura que buscou se tornar um pouquinho menos ingrata, reconhecendo que nada é definitivo e que tudo tem a sua importância e sua razão de ser, seja para ganhar ou perder.



domingo, 27 de agosto de 2023

VAGINA CELESTIAL...

O dia sequer clareou, mas os pássaros já chegaram e ao longe, posso ouvir fogos estalando no céu, mas não posso vê-los.

O que se comemora?

Estará perdida em minha memória, um dia de algum santo que sequer, eu me recordo?

O galo não cantou e pelo que sei, já não mais cantará, afinal, o dia está por amanhecer. 

Assustou-se com os fogos ou definhou em combate numa rinha qualquer?

Olho pela janela e entre as grades desta real e indiscutível prisão, posso ver o dia mansamente clareando na liberdade de meu jardim; 

Só posso com os meus ouvidos absolutos, ouvir lá, bem mais distante, um retardatário galo cantar.

Novos fogos, pipocam ao longe...

Vinte e sete de agosto, terei esquecido alguma comemoração?

Assusto-me com a minha sempre alienação em relação as datas e as comemorações ao ponto de temer esquecer, o dia em que nasci.

Quando foi mesmo?

Agora, acho que acabo de nascer, exatamente agora, agarradinha ao domingo que entre fogos, rasga o expeço da madrugada, coroando a vagina celestial, trazendo também consigo, a esperança contida num novo amanhecer..



NÃO ATA E NEM DESATA...

O domingo finalmente nasceu e eu com ele, mas o sol das boas vindas ainda está escondidinho, pelejando entre as brumas celestiais.

Geralmente ganha as batalhas, mas como ainda é inverno, tenho cá minhas dúvidas, todavia, só para pirraçar, mesmo escondido, mantém um calorzinho que atravessou a noite e que não dá qualquer sinal de que irá embora, favorecendo a si, nesta área tropical de intenso calor.

Eu estava disposta a ir à praia, mas com maré baixa, sem sol e sozinha, desisto...


sábado, 26 de agosto de 2023

A TERRÍVEL BATALHA DA LUZ COM AS TREVAS

Recebi uma foto de uma jovem elegante de fino trato que estava com as feições destruídas pelo visível desgaste emocional e físico, levando-me a crer que seus olhos sem brilho e levemente avermelhados, indicam falta de um sono saudável e provavelmente, a ingestão de tarjas pretas para que, acordada permaneça e aí, imediatamente, lembro de minha filha, afinal, as duas regulam a mesma idade e sem poder evitar, deixo rolar algumas gotas de lágrimas, já que posso avaliar por muito estudar a respeito, o quanto, cada ser humano precisaria medir com mais cautela suas escolhas.

A linha divisória entre o inferno e céu existencial é fina e tênue e quando, um jovem experimenta os falsos valores e por ele se vê atraído, fica difícil ater-se aos deslizes a que se expõe e dos quais, sequer mensura a possibilidade em retroceder, forçosamente estimulado pela arrogância e pela vaidade em se admitir sofrendo e pior, se destruindo.


E O DIA CLAREOU

Clareou lá fora e cá de dentro a tudo acompanho fascinada, encontrando a cada dia novos encantos na observação amorosa dos amanheceres de minha vida.

Maravilha poder celebrar este instante bendito em que como que enfeitiçada, desvio os olhos para encontrar este novo dia que chega abusadamente iluminado, fazendo de mim, que nada mais sou que uma minúscula partícula universal, a criatura mais gratificada pela constatação de que estou viva, podendo contemplar o esplêndido, o magnífico, o irretocável.

Penso então, enquanto descrevo este espetáculo da vida, no quanto já fui inerte, ignorante e pouco grata a todas as benécias que me foram oferecidas pelo universo, pelo simples fato de me encontrar viva, perdendo-me em um turbilhão de emoções inúteis.


Tutti buona gente ...

 A desfaçatez, o favoritismo, a desconsideração pelos bens públicos e principalmente o desrespeito que estas posturas imprimem ao bem comum foram e são, os responsáveis pela totalidade das mazelas que assolam o nosso país, estando a maioria delas, travestida de coisa normal, por já fazer parte do folclore de que, A VIDA É ASSIM ou o que é pior, pela submissão que a maioria do povo brasileiro, principalmente em regiões pobres como é o caso do nordeste, onde o coronelismo jamais foi erradicado, apenas, mudou o discurso e a indumentária, controlando como sempre o fez, os vários estágios sociais, inclusive no meio do crime, disfarçado de GENTE FINA, acima de qualquer suspeita.

Tutti buona gente ...



VERÕES DE MINHA VIDA

Enquanto, fazia a sesta do almoço, deixei minha mente passear livremente, indo descaradamente visitar os mais escondidinhos pensamentos que ainda povoam esta senhora que deveria por força dos atávicos costumes, estar cuidando dos netos ou fazendo qualquer atividade, onde as perspectivas de futuro, simplesmente não existissem.

É, mas aí, eu não seria a dona Regina, esse furacão passional, repleta de planos, como se a vida, jamais fosse se acabar.

Afinal, o que eu posso fazer contra as circunstâncias que estão, constantemente, batendo na minha porta, exibindo oportunidades para eu ser feliz.

Renegá-las? 

Não seria justo jogar pela janela o tudo de bom que, não só me atrai, como me faz sorrir.

E pode haver alguma coisa mais fabulosa nesta vida que sorrir, pensando, criando e se regozijando, repleta de planos, mesmo em meio as também, incertezas?

Sorrir até mesmo pela própria estupidez nisto ou naquilo, consolando-se, porque, afinal, ninguém é capaz de tudo dominar, como por exemplo, este piano que ouço, magistralmente executado, permitindo-me escrever livremente, sem sequer me interromper ou me distrair, até mesmo, nos seus acordes mais rápidos e contundentes, desta incrível área Chopiniana.

Será esta a forma que encontrei da bendita liberdade em ser e querer tudo quanto, me faça sorrir, indo com pássaros e borboletas, degustar seja lá o que for, tal qual, fiz e faço com as mangas doces e carnudas dos muitos verões de minha vida, mesmo estando como agora, num melancólico outono?

Provavelmente...



sexta-feira, 25 de agosto de 2023

AQUI E AGORA...

A sexta-feira está chegando em sua metade e a impressão que tenho é que neste ano, o relógio está marcando com uma certa pressa ou será que apenas, eu é que estou mais atenta, afinal, a cada ano que se finda, também é um ano que deixo para traz,  no calendário da minha existência.

Imaginativa como o quê, transporto-me para determinadas épocas, onde viver era por todo o tempo, apenas aproveitar o máximo possível, sugando das horas e meses, o tudo de bom que meus sentidos, alinhados à minha mente profícua enxergavam e modelavam.

Tempo? Quem pensa nele, quando se é jovem?

Talvez, mais precoce que a maioria, aos 42 anos, ao perder tudo que eu havia conquistado, numa só manhã de um certo dia para as loucuras de um governo federal irresponsavelmente corrupto, precisei pensar no tempo e no esforço, até então, empreendido e a questionar-me se o teria novamente, dali em diante.


DE REPENTE

DE REPENTE ao desligar o notebook na noite de ontem, dei-me conta que minha boca amargava, meu estômago doía e que havia uma certa aceleração cardíaca.

Precisei de algum tempo para estabilizar-me e aí, questionei, se valeria insistir em gastar as minhas energias em lutas sociais?

Afinal, como critica severa de minhas ações e reações, havia sido nítida a minha falta de paciência e minha escassez argumentativa, faltando-me os adjetivos politicamente corretos, para nomear todo um absurdo que se estampava e pior, que sempre se estampou, sem que nada, absolutamente nada de consistente fosse feito, afim de estancar as improbidades, soterrando a falta do tão necessário, respeito as causas públicas.

Busco respostas, afinal, como eu poderia direciona-las a uma atividade com mais possibilidades futuras, já que a atual, notoriamente atávica, em nada evolui.

Lembrei-me dos muitos escritos, dos infindáveis estudos, dos profundos mergulhos em mim, apenas querendo não estagnar, evitando a todo custo, desperdiçar sem sentido o tempo e o espaço, nos quais, eu estava inserida neste espetáculo de vida.

Nesse instante, começo a ouvir os pássaros que estão chegando e outros acordando, colocando sonoridade e beleza neste pedacinho de éden que finjo ser meu, mesmo consciente de que, tão somente, é mais um abrigo que encontrei nesta viagem existencial. 

Ainda agora, não tenho respostas para este meu profundo desencanto e solidão, como se de repente, eu me enxergasse mambembemente travestida de Miguel de Cervantes, tentando reescrever uma Pasargada itaparicana de Manuel Bandeira, onde jamais, fui ou serei amiga do rei.

Então, meio sem graça, ensaio um sorriso de consolo pessoal, neste novo amanhecer de luz e vida plena, onde sequer despertei, além do consciente...



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

E DEUS SE SUPEROU...

Convenhamos o corpo humano é uma escultura da mais elaborada obra prima, fazendo de cada criatura humana, uma criação única que ainda aceita retoques, quando o receptor, incansavelmente insatisfeito, resolve interceder, muitas vezes, avariando o original, outras vezes, castigando-o com suas neuroses em desacordo com um real reconhecimento.

E aí, vou ao passado lembrando do meu horror em ter de usar soutien e de verdade, quase nunca o usei, ferindo todas as normas de conduta de uma “moça de família”

A situação era tão complicada que minha mãe checava se eu estava usando antes de qualquer saída à rua, mal sabia a coitada, que eu o tirava ainda no corredor do prédio.


PORTA ABERTA...

Neste amanhecer encalorado, haja saúde para aguentar esta alternância climática, ainda mais na minha sensível idade, mesmo que eu a disfarce um pouquinho, mas ainda assim, sei que estou sempre muito vulnerável, por isso, evito também sempre que posso, exposições físicas desnecessárias e a este cuidado que dispenso a mim, chamo de respeito.

E foi exatamente a palavra respeito que estava em minha mente, quando esta, despertou de uma deliciosa noite de sono.

Num mecânico hábito de professorinha das antigas, recorro sempre ao dicionário e lá encontrei a seguinte definição:

“Respeito é o ato ou efeito de respeitar(-se)”.


MORRA DE INVEJA

Afinal, o problema é seu que jamais foi capaz de ouvir com primazia os ruídos e sons da vida, através do além obvio.

Problema é seu se não acha tempo para perder com o exclusivo, aquele que não se anuncia com peculiares benécias.

Problema seu se por alguns instantes é incapaz de a tudo abandonar, só para chegar pertinho do universo com a tua sensível alma.

Problema seu se me acha louca, boba e ridícula, por ouvir o galo a distância e ainda crer que está enviando o cocoricó, só pra mim.

Problema é seu se minha felicidade lhe assusta e minha paz o afronta.

Morra invejoso, porque enquanto, sufocas a primavera que lhe representa, eu no outono da vida me fertilizo.

Morra infeliz de inveja, porque nas quatro estações, enquanto definhas, eu floresço...



quarta-feira, 23 de agosto de 2023

METADE DE MIM...

O campo aberto diante de minha mente não se identifica, podendo ser de qualquer lugar deste planeta, até mesmo, o abismo que deduzo existir, já que em dado momento o azul celestial, ocupa o continuísmo deste solo, até então, atapetado de infinitos tons de verde.

Será a senhora finitude que conselheira bendita, lembra-me incansavelmente que nada, absolutamente nada, pode ocupar a serenidade que muito elaborei em mim?

Mas o que faço com esta minha compulsão desafiadora em querer também por todo o tempo, enxergar um campo sem fim, rica pradaria sem obstáculos inesperados?

O que fazer com esta infantilidade, cuja razão consciente, garante não existir?


terça-feira, 22 de agosto de 2023

INDIANA JONES TUPINIQUIM

Apesar de ter acordado bem cedinho, perdi o canto do galo do vizinho que provavelmente, sofre de insônia, mas tudo bem, pelo menos, cheguei a tempo de receber os pássaros, todavia, só agora decido o que escrever, o que na realidade foi o tema que li em minha mente, tão logo despertei, mas não sei bem a razão, fui logo rejeitando.

Afinal, me vi um disco arranhado, incapaz de mudar de faixa.

Duas horas se passaram, enquanto cognitivamente, a senhora “razão” exaustivamente ponderou, tratar-se de um tema seríssimo, mas ao mesmo tempo, absolutamente desgastado pelo excesso de narrativas, exposição de todas as formas, mas acima de tudo de infinitos achismos.

Todavia, eu a sempre bisbilhoteira Regininha, reconhecidamente apaixonada pela vida, apresentei todo um vasto contraditório e não saberei dizer se convenci a Razão ou esta, capitulou por total exaustão.

E então, cá estou, mais uma vez de forma libertadora, emergindo-me e expondo, depois de mergulhos profundos, meu absolutamente simples entendimento sobre esta maravilha que mesmo se avariado de origem ou percalços vivenciais, será sempre um perfeito monumento de exposição, mas acima de tudo, um fabuloso e único hospedeiro de sentidos, mentes, emoções e sentimentos. 

Como sou um misto de observadora e poeta, admiro os “corpos humanos, elevando-os a categoria de complexos “Templos sagrados” que deveriam a princípio, meio e fim, serem tratados e considerados invioláveis.

Todavia, como também sou uma espécie de Indiana Jones tupiniquim, não meço esforços para tentar salvar este tesouro existencial, tentando mostrar incansavelmente, a despeito dos “safos progressistas” que a preservação do tudo mais que existe, precisa começar através de cada ser humano, na medida em que este, se reconheça “Vida”.



segunda-feira, 21 de agosto de 2023

EU USO- VOCÊ USA- SIMPLES ASSIM...

O galo canta a distância e fora ele, tudo que ouço é um burburinho vindo do jardim que acredito, seja dos infinitos micro-organismos e outros, que vivos, fazem suas festas sossegados sem a interferência humana, já que a maioria não é capaz de percebê-los.

Mas eu percebo e evito que saibam, afinal, não quero perder essa música de fundo que acompanha o galo, os sapos e me estimula a escrever.

Nesta madrugada em particular, penso nos interesses não confessados, mas que fazem parte da rotina emocional de todos nós, afinal, sem interesses interpessoais, não haveriam trocas sensitivas e sem elas, não haveriam emoções e consequentes sentimentos, alguns danosos como raiva, ira e ódio, mas também os deliciosos como a ternura, o carinho e o amor.

Pense nisso, quando se sentir usado e acima de tudo, pense no quanto, você também usou, e aí, provavelmente, seu ego se renderá ao óbvio de que, enquanto, durou esta ou aquela situação, ambos usufruíram.


domingo, 20 de agosto de 2023

MEU ADORÁVEL SAPINHO

E aí, parece que foi ontem, mas lá se vão décadas sucessivas, depois de ter assistido ao lado minha mãe o filme SISSI A IMPERATRIZ e me transportar com certeza como a maioria das adolescentes da década de sessenta, para a Áustria, nos transfigurando na belíssima Romy Schneider.

Se não me falha a memória e ela, anda falhando muito ultimamente, devo ter assistido a dois ou três episódio no cine Astória, lá na Rua Visconde de Pirajá em Ipanema, no Rio de Janeiro e, quando o filme e a pipoca terminavam, a Regininha saia do cinema pisando leve e se sentindo a própria futura imperatriz, transformando os carros que passavam em carruagens e as pessoas, vizinhos e conhecidos que nos cumprimentavam ao longo das largas calçadas em apenas súditos. 

Corria para o meu quarto, jogava-me na cama e através do galho da amendoeira que insistia em adentrar através da janela, caminhava rumo ao condado da fértil imaginação, recolhendo pelo caminho, flores e perfumes que de tão poderosos, permanecem até hoje, como delírios amorosos, capazes de amenizarem as decepções e as dores que as realidades cotidianas, não poupam esforços, afim de descredenciarem o belo, o irretocável, o lúdico que a elas, resistem.

Há muito, fiz dos galhos da mangueira que silenciosa me observa por todo o tempo, caminhos que me conduzem não a um reino Austríaco, mas ao meu paraíso baiano, onde não sou imperatriz, tão somente, senhora do meu destino, reescrevendo-o, incansavelmente a cada cotidiano, quando este, sempre também incansável mensageiro do sistema violento e cruel, bate no portão ou tenta me invadir, através da mídia venenosa, instantaneamente contagiante.

Nunca cheguei a ser uma SISSI, muito menos uma Romy Schneider, mas encontrei um Príncipe, que vez por outra, se transformava em sapo, mas que apesar de já não estar mais comigo fisicamente, se mantém presente, através das lembranças que se tornam balsamos para a imensa saudade.

Hoje, três anos sem o meu adorável sapinho Roberto, o Príncipe de minha existência.



sábado, 19 de agosto de 2023

SINAIS DA VIDA...

Abro a janela e sou recebida com uma lufada de ar fresco da madrugada que antes de partir, esperou-me para o derradeiro beijo, afim de garantir-me um breve retorno.

Delícia é estar atento aos movimentos da vida por todo o tempo se expressando em conversas esclarecedoras, alimentando o tudo com sua sapiência.

A cada dia, mais intima nos tornamos e isso é simplesmente delicioso, mas houve uma época que me assustava, induzindo-me a crer que minha mente enlouquecia, afinal, como um ser humano, poderia ouvir e sentir os sinais da vida?

Aos pouquinhos fui me familiarizando, relaxando e me permitindo até mesmo, ser louca...

Por que não?

Era tão bom deixar a mente buscar as benditas sensações sentidas, lá atrás, na infância, portanto, nada era novidade, tudo era tão somente, um resgate.

Que bom, poder deixar, perfumes adentrarem em mim, mesmo não havendo canteiros próximos, sentir a maresia, mesmo não havendo mar, sentir o gozo da vida, mesmo estando absolutamente sozinha.

Sentir a proximidade de algum perigo, mesmo estando aparentemente bem guardada, deslumbra-me com um grande amor, mesmo não o tendo ao meu lado.

Respirar fundo e me sentir tal qual a vida, absolutamente plena.

Louca, talvez... 

Amante insaciável da vida, com certeza.



VIDA, SOMENTE VIDA

Neste amanhecer de sábado em que mais uma vez, a vida me esperava para apaixonadamente beijar-me, penso realista que além de ser um hábito, ela também desejou compensar-me pelas dificuldades que senti para pegar no sono na noite passada, coisa raríssima de acontecer, afinal, desde a tardinha, incansável, enviou-me sinais e mais sinais, abalando-me com suas insistentes mensagens sensitivas e eu, sempre muito ignorante, deixei-me confundir ao ponto de perder o sono e somatizar meu corpo com uma repentina alergia, isso sim, coisa de louco...

E aí, agora beijada e absolutamente relaxada, posso compreender a insistência da vida em mostra-me sem véus de camuflagens o universo no qual, estou inserida, lavando com as águas da realidade os reais personagens, nesta comédia vivencial a cada dia mais desgastada, devido as muitas cópias que dela, são extraídas e dos muitos personagens que se inserem, buscando seu espaço no palco das representações cotidianas.


sexta-feira, 18 de agosto de 2023

PARA O QUE DER E VIER...

É assim, que estou me sentindo nesta sexta-feira de muitas chuvas e ventos que em nada, combinam com a minha Itaparica que gosta mesmo é de sol abrasador e de corpos suados, com gosto salgado das águas mansas e mornas de suas praias paradisíacas.

Penso então, que nada além mar enche os meus olhos ou causa-me inveja, afinal, moro e usufruo das delícias que os demais sonham e pagam caro para estarem e nem sequer tempo, conseguem ter, para despirem-se do ranço que trazem das loucuras que as cidades grandes oferecem, mesmo que banhadas por também belas praias, mas dolorosamente contaminadas de hábitos e costumes contemporâneos que são como câncer que devoram uma a uma as células do autêntico prazer. 

Falo e escrevo o experimentado na pele e na alma, afinal, precisei de muitas caminhadas nas areias de minha Ponta de Areia, para chegar a me sentir, finalmente liberta da couraça que trouxe comigo de minhas andanças mundo a fora.

Deus é tão meu parceiro, que basta eu me lamentar de saudades do sol que ele, generoso, faz surgir nas copas da mangueira e da Amoreira, seus raios benditos, só para que eu tenha certeza de que ouviu os meus lamentos.

Como então, não sorrir se ao mesmo tempo, meu querido amigo Nasser Queiroga, envia mais um poema de sua bendita alma, generosamente ensolarada.

Finalmente, virei a chave e o carro pegou...

Isso, vez por outra acontece, afinal, ambos já estamos com uma quilometragem avançada, mas como somos de boa qualidade, além de bem cuidados, vamos seguindo em frente, rateando aqui e acolá um pouquinho, mas sempre prontos para o que der e vier, sem precisar ainda, pegar no tranco.



quinta-feira, 17 de agosto de 2023

EU, SIMPLES?

Este foi um amanhecer diferente dos sempre diferentes amanheceres desta minha longa caminhada, onde não faltaram grandes emoções e hoje, não poderia ser de outra forma, além de fazer brotar lágrimas de profunda gratidão a Deus, conjunto interminável de energias renováveis que se mantém, fielmente criando e mantendo vidas.

Logo ao abrir o facebook deparo-me com uma postagem do último show de Elton John, após 54 anos de carreira que aconteceu no último sábado que generosamente, foi postado pela querida e linda amiga Márcia Hueb de Oliveira.


quarta-feira, 16 de agosto de 2023

COMPLEXO DE VIRA -LATAS

O complexo de vira-lata foi criado no final dos anos cinquenta,  pelo dramaturgo e jornalista brasileiro Nelson Rodrigues como “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”.

Esse jargão que foi criado pouco depois do meu nascimento, sempre teve relevância norteadora de minhas avaliações dos comportamentos sociais, portanto, volta e meia, cá estou identificando-o.

Tudo teria começado com a derrota da seleção brasileira na Copa de 1950. A expressão ganhou o mundo e perdura através da passagem do tempo. 


terça-feira, 15 de agosto de 2023

MEU FILHO

Meu eterno garoto que aos oito anos, viu-me sentada em um degrau de nossa casa chorando e carinhosamente, sentou-se a meu lado, passou seu bracinho em minhas costas, tombou sua cabecinha em meu braço e com a firmeza amorosa de um pai protetor me disse:

Não fica triste e não tenha medo, porque eu estou aqui e vou te proteger...

Essa cena se repetiu em minha mente ao longo de toda a minha vida em todos os meus muitos momentos de dificuldades, trazendo-me forças estimuladoras.

Juntos, atravessamos desertos ressequidos, mas também juntos, bebemos das muitas fontes dos oásis da felicidade.

O tempo foi passando, as dificuldades foram se dissipando e nós, sempre juntinhos, mesmo estando longe, já que o seu bom dia amoroso, abre todos os meus amanheceres, não me deixando esquecer por um só instante, o quanto, Deus foi generoso ao me presentear com a sua bendita presença em minha vida.

Penso então, que certamente, minha história não teria a graça, a beleza e a resistência, sem que nela você estivesse, mola mestra que me impulsionou a ser um ser humano um pouco melhor a cada dia.

Parabéns meu menino que hoje, completa 50 anos de vida honrada.

TE AMO!



AMANDO SEM DELÍRIOS DE POSSE

Não me perguntem o porquê, mas definitivamente, jamais precisei ser amada para amar.

Evidente que quando, houve recíproca, senti-me num céu de brigadeiro e aí, saboreei até o sabugo, lambendo os beiços e dizendo; amém...

Todavia, este sentimento amoroso sempre foi tão expressivo em mim, que cá pra nós, não estava nem aí se era correspondido ou não, na intensidade do meu oferecimento.

Jamais me perguntei porque a pessoa estava comigo, afinal, ela estava lindamente ao meu lado e isso me bastava para sorver dela, todos os nutrientes que me completavam e ponto.

Desta forma absurdamente egoísta, fui percebendo ao longo da vida que a satisfação em amar aquela criatura era tão intensa e a deixava tão livre, que ela acabava me devolvendo na medida de sua capacidade amorosa.

Afinal, as pessoas são diferentes, pensam, agem e também amam de acordo com suas visões e emoções e querer que se comportem, exatamente como projetamos, é comprar bilhete de uma vivência de contínuas frustrações.

O fundamental é saber dosar este amor, abrindo espaço para que o outro lhe enxergue como um ser livre que ama sem possessões e delírios de posse, num romantismo invasivo e cobrador e aí, em momentos delirantes de paixão absoluta, lá está o seu ser amado, também apaixonadamente lhe dizendo: TE AMO

Simples assim...



segunda-feira, 14 de agosto de 2023

SUAVES BEIJOS...

Fazia tempo que eu não me sentava diante do mar para apreciá-lo.

Que maravilha!!!

De repente, aqui neste instante, deixo minha mente voar até a minha infância e posso me ver, sentadinha na cadeira de balanço de minha avó Regina, que ficava sempre diante do imenso janelão em seu quarto e de onde, também ela, gostava de apreciar o mar que se descortinava como um quadro vivo.

Tudo, no aqui e agora, poderia se confundir, se o cenário do mar de Ipanema do meu longínquo ontem, agitado com altas ondas, fosse igual ao tranquilo e sereno mar que hoje, esta senhora sem balanços e janelas, mas ainda uma criança emocionalmente apaixonada, acompanha o ir e vir das mansas marolas, batendo teimosamente na muralha de concreto da orla de minha Itaparica.

Revi, apreciando a imensidão destas águas serenas, as muitas ondas que precisei furar (como dizia minha mãe, nadadora experiente), para alcançar o oceano dos sempre criativos anseios, sonhos e desejos de uma garota, moça e mulher, assim como de pulmões resistentes para os mergulhos profundos, afim de abrigar-me das infinitas superficiais correntezas que poderiam ser fatais.

Sorri, enquanto apreciava a aparente tranquilidade daquele sereno mar do outono de minha vida, constatando que afinal, sobrevivi, sem medalhas ou troféus de exímia nadadora, mas como uma sempre acolhedora e silenciosa praia, esperando com olhos e alma desejosas, o beijo suave do meu mar sereno, deitando-se incansável em minhas areias.



BRASIL, FARNEU ILIMITADO PARA POLÍTICOS

Não há nada mais fuleiro do que fazer comparações, afim de se desculpar erros ou até crimes hediondos, como por exemplo, desviar-se ou desperdiçar-se verbas públicas.

Cheguei à conclusão, depois de muito vivenciar os porões e entornos do que se chama política em meu Brasil, que tudo, não passou jamais de uma narrativa criada pelos portugueses para justificarem seus desmandos quando, descobriram tantas maravilhas expostas a céu aberto, sentindo-se donos e com direitos ilimitados.

E aí, os séculos foram passando e alterar pra quê, se estava dando certo...


sábado, 12 de agosto de 2023

COMUNICADO

Estou aqui pensando que a brutal máquina da sobrevivência ou ganância, faz coisas que até o Diabo duvida, induzindo a cegueira, a surdez e impedindo a interpretação do óbvio que se mostra através de documentos, impossíveis de serem fraudados, já que são buscados nos registros oficiais dos órgãos públicos.

Este texto tem como objetivo, não impedir que as demais pessoas pensem o que queiram, afinal, pessoas educadas, centradas e com visão universalizadas, reconhecem que cada qual, de acordo com seu senso crítico, ética, sentido de bem comum, cidadania e até mesmo, vergonha na cara, têm interesses outros de cunho financeiro, têm o direito de serem e escolherem o melhor para si.

O que não podem, pois, extrapolam seus DIREITOS, é defender seus pontos de vista, denegrindo e tentando cercear os demais, numa demonstração primaria e feia de suas personalidades arrogantes e prepotentes, numa demonstração também incoerente a partir de suas próprias posturas.

Afinal, quem entende o sentido de se ter DIREITOS, obrigatoriamente, precisa reconhecer LIMITES. 


SEM MÁSCARAS...

Acordei com a impressão de ter passado a noite escrevendo poesias, tanto que lembrava de alguns versos soltos, no entanto, neste instante, diante do notebook, já não fazem mais sentido juntá-las, afinal, não seriam mais originais...

E aí, pensando nisso, onde estão os versos soltos que se apresentavam límpidos e translúcidos que nos permitiam sentir e externar o nosso âmago, fosse do que fosse?

Nem mesmo o sabor da espiga de milho, já não é a mesma ...

São tantos os aditivos, que perdeu o seu original sabor e a genuidade de seus nutrientes.


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

É chegada a hora de deixarem as vaidades de lado

Estamos diante de uma batalha, onde o adversário esta munido do poder financeiro e do apoio dos governos estadual e federal e é preciso uma estratégia séria, forte e consistente para o combate. Dividir forças é perder de forma irracional. Entre os possíveis candidatos ao executivo, alguns, como Pastor Raimundo e Marlylda, já estiveram na liderança da cidade, outros, já estiveram a frente de secretarias e como vereador, portanto, todos conhecem as especificidades das demandas da cidade, assim como as públicas e as humanas envolvidas no processo e cônscios das deficiências e pecados administrativos de relevância jamais vistos que a atual gestão, está oferecendo ao já cansado e sofrido povo itaparicano.

Portanto, é chegada a hora de deixarem as vaidades de lado, já que todos ainda são relativamente jovens, afim de adiarem seus propósitos de lideranças em nome do respeito ao povo que os elegeram em ocasiões distintas, como a uma cidade que, afinal de contas, abriu portas para as realizações de seus objetivos como pessoas e políticos.

Que o bom senso e o amor a nossa Itaparica de forma ineditamente transparente, se transforme numa bandeira de luta democrática para que a vitória da honradez do bem público.

Que a maldita fome seja erradicada dos lares itaparicanos, abrindo espaço para a saúde que permitirá ao povo desta cidade, poder estudar, trabalhar e viver, finalmente com a dignidade cotidiana que merecem ter.

Quando o povo enxergar as diferenças políticas e rixas pessoais unidas em prol de uma real e consistente mudança, sem os velhos hábitos e costumeiras traições, certamente, apoiará com o seu bendito voto.

Sonho de uma filósofa social, talvez, mas sem tentar, 

jamais saberemos.

Afinal, jamais desistirei de acreditar na honradez humana.

Uma nova e translucida história pode ser escrita com os mesmos personagens, bastando que cada um mude o seu próprio roteiro, corrigindo falas e posturas, afim de que, possa se inserir num novo cenário, com textos e representações diferenciadas, onde o povo se sinta participante..

Regina Carvalho



PORTÕES QUE SE ESCANCARAM...

Novas emoções podem surgir de um instante para o outro e necessariamente, não precisam estar relacionados com o prazer, a alegria e muito menos, felicidade, afinal, desgostos, decepções e perdas, também produzem emoções que fazem doer a alma e confundir a mente.

Nesta sexta-feira que amanheceu chuvosa, mas com o céu iluminado, prometendo um sol se não ardente, pelo menos amenamente persistente, levando-me a pensar que recebemos tantos mecanismos instrutivos na mais tenra idade e em seguida, somos levados às  escolas, exercitamos a convivência e adquirimos inúmeros conhecimentos, mas em momento algum, ensinam-nos as lições que são capazes de serem norteadores do autoconhecimento e muito menos, do reconhecimento da vida, a partir de nós.

Por que será que assuntos primordiais a própria sobrevivência física e emocional, nossa e do tudo mais no qual, estamos inseridos, jamais foi relevante, como a matemática, a ciência e hoje, a tecnologia, mais do que o tudo mais.


quinta-feira, 10 de agosto de 2023

O FILME PRECISA CONTINUAR...

E a bobina do tempo, parece que escolheu esta quinta-feira para rebobinar-se a despeito do meu querer.

Cruel, por ser rápida, maldosa por não se deter nas deliciosas cenas do meu bem querer, vingativa por insistir em trazer ao aqui e agora, este longa sem pausas para os comerciais...

Teimosa, fecho os olhos na tentativa de reter na mente, esta ou aquela cena que por ser relevante, tatuou-se na memória adormecida, que a bobina fez espertar, trazendo saudades.

Persistente, uso os braços resistentes da minha vontade e as retenho, como se uma concha eu fosse e elas, as minhas pérolas, cultivadas com profundo esmero, nas profundezas de um amor, que só agora, sou capaz de mensurar o seu gigantismo.

Amor que a bobina, não é capaz demostrar, tarefa reservada à minha alma por ser a única capaz de adicionar as cenas, a minha humanização. 

Desvio o olhar fixado no filme que se desenrola e o fixo em minhas mãos e dedos, enxergando neles, um tenaz pianista, incansável na repetição da melodia que o fascina, na busca da perfeição.

Vida de acordes variados, de estribilhos fortes como se fosse um poema de versos gritando por liberdade, melodia com breves pausas, não havia tempo a perder na composição própria que aceitou progressistas arranjos, mas jamais alteração na essência suave de sua amorosa melodia.

De repente, a bobina se solta do projetor, lembrando-me que o dia finalmente amanheceu e que novas cenas, precisarão de inéditas gravações.

Mas como meu Deus, se meu roteiro perdeu seu astro principal, razão maior que inspirava a veia artística que me impulsionava.?.

O filme precisa continuar, haja criatividade...



ESPADA EMBAINHADA E AFIADA...

A noite chegou e se mantem morninha, combinando na medida certa com este pedacinho de lindeza, que é a minha Itaparica.

Ouço a delicadeza de Noturno de Chopin, afim de combinar com a leveza que me domina, podendo deixar minha mente deslocar-se para o infinito de mim mesma, onde certamente, sempre encontro respostas concisas para minhas dúvidas em relação à mente humana, sempre um vasto labirinto de performances que se encanta, também assusta.

As vezes como agora, posso apreciar com uma certa segurança os bailados mentais das pessoas ao meu entorno, mas nem sempre foi assim...


Espera aí, pra que tanta pressa?

De repente neste amanhecer, faltou-me ar nos pulmões e na busca frenética por ele, o tempo que passou se mostrou brutalmente, através da minha incapacidade em seguir adiante.

E a bobina desta fita de vida, rolou em modo acelerado, mostrando numa confusão absurda a qualquer lógica visual, coxas roliças, cabelos esvoaçantes, mar revolto rebentando suas ondas, nas areias das praias dos oceanos das infinitas emoções.

Espasmos de gozos fáceis, sorrisos largos, lábios carnudos, dentes alvos que se perdiam nas bocas amadas.

Tempo, que pressa é essa?

Deixe-me algo visível, canso-me deste vasto interior invisível ao sol...

Regina Carvalho- Itaparica- 10/08/2023



quarta-feira, 9 de agosto de 2023

O POVO PASSARINHA...

Acordei nesta quarta-feira, pensando sobre o respeito, percebendo nitidamente, o quanto, a falta de respeito seja lá do que for, está intimamente ligado a falta de ética, afinal, um está intrinsicamente ligado ao outro  e ambos, em profundo desamor.

Em 2021, após as eleições, onde meu candidato foi vitorioso, fiz uma live sobre a ética que percebi assustada, não estar presente no comportamento dele. 

Na realidade, assustava-me constatar o quanto, meus sentimentos e emoções amorosos, foram capazes de empanarem as realidades, assim como a falta da ética, tem pressa  e é o abre alas de toda e qualquer ação desrespeitosa.

Infelizmente, esta foi mais uma lição no plantel do meu aprendizado humano, sobre camuflagens e enganos pois, meus vencedores de lá para cá, brava e incansavelmente, dia após dia, trabalham duro no exercício da falta de respeito ao povo, quanto a lisura na distribuição sensata dos bens públicos.

Se os eleitos trabalham exercitando o impróprio de 8 a 10 horas por dia, como declaram orgulhosos de seus desfeitos públicos, nós os decepcionados, também o fazemos com a resistência dos que sofrem com o vergonhoso abandono e indiferença que são oferecidos a cada instante.

Quando se perde a ética mínima nas intenções, todas as ações que se sucedem são indiferentes ao respeito, também mínimo que se deva ter, seja lá no que for.

Quietinha nesta manhã de sol em minha adorável Itaparica, só tenho a dizer: QUE PENA...

Penso então, em forma de consolo pela decepção que machuca e faz doer, que todos esses que aí estão, atravancando o meu caminho em algum momento, PASSARÃO...

E eu, parte deste povo ingênuo e sofrido “PASSARINHO”

Salve Mario Quintana, sábio das letras, da alma humana e das voltas que a vida invariavelmente, oferece.



terça-feira, 8 de agosto de 2023

ADORÁVEL SARNA

Amanheci, nesta terça-feira, tal qual, adormeci, absolutamente estressada com o tumulto revolucionário de meu cachorrinho, que não se satisfaz com 1000metros de terreno, optando em permanecer por todo o tempo ou deitado aos meus pés ou fazendo suas necessidades em cada cômodo da casa, testando a minha rigorosa vigilância, marcando com tenacidade o seu território e quando, tento deixa-lo lá fora, afim de educa-lo, não se cala um só instante, numa quebra de braço, simplesmente infernal.

Regininha perdeu o bendito silencio, nem mesmo consigo ouvir os pássaros, escrever então, tem sido o mais árduo dos exercícios, penso então, que pra tudo se tem um preço a pagar...

Mudando de pau pra cacete, lembro do quanto, foi chato ouvir dos parentes e amigos:

E aí, pra quando vai vir o bebê?


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O LIXO COM PREÇO DE LUXO

Estou aqui pensando que não existem limites para que este vício em explorar o povo, sem praticamente nada de real valor, oferecer como contra partida e no nosso caso específico, temos como exemplo vergonhoso o aumento das tarifas do FERRY BOAT.

E ainda tem quem defenda órgãos, políticos e governos que permitem a continuidade de um tão vergonhoso serviço.

Perdemos ou nunca tivemos noção exata dos direitos e deveres institucionais?


O MELHOR PERMANECEU...

O mês de agosto será sempre simbólico pra mim, afinal, foi nele que precisei ceder a presença de Roberto de minha vida para a universalidade.

Não o fiz de livre e espontânea vontade, no entanto, era chegada a hora e nada me cabia fazer, para reter o círculo ininterrupto de vida.

Três anos já se passaram e eu, ainda não me acostumei com a sua ausência harmoniosa, calma e disponível em atender a esta criaturinha passional, mimada e mal acostumada, que sabia ser amado.

Tenho feito ao longo desta ausência, muitas retrospectivas de nosso convívio, uma espécie de balanço de duas vidas que seguiram o trajeto, aprendendo e se aperfeiçoando mutuamente, num apoio incondicional, sem culpas ou castigos, tão somente, amparo para que nenhum dos dois, caísse nos abismos sistêmicos ou até mesmo, cognitivos que não faltam nas vivência e principalmente, numa convivência tão longa e atípica.

 Nossa perigosa tendência em burlar as mesmices, arriscando novos voos, provavelmente teria nos feito sucumbir, se um não estive ao lado do outro, com braços de ferro e coração afetuoso, numa parceria dos deuses.

Em noites como esta, nem o céu estrelado, é capaz de distrair-me da saudade.

Neste instante, ouço Tony Bennett - Wonderful

que adorávamos, penso então, que talvez, uma das estrelas, seja você, e aí, sorrio, afinal, você se foi, mas o seu melhor, permaneceu...



ABRAÇOS DO DIVINO

O dia ainda não clareou e lá fora, a chuvinha fraca, exatamente neste momento, começou a banhar o jardim e talvez, por esta razão, os pássaros estão quietinhos em seus aposentos na mangueira e nos ninhos da extensa varanda e enquanto, espero com esperança que mais tarde, o sol apareça reluzente, escrevo, ouvindo algumas incríveis melodias do compositor João Donato, tendo entre meus pés, a quentura gostosa de SAYB, meu cachorrinho safado, filhotinho amoroso, presente de Marlylda, que tem me doado a sua companhia, não me deixando esquecer, o  quanto, a vida tem sido generosa para comigo.

Penso então, que viver intensamente, é um privilégio tão especial que realmente, não é para qualquer pessoa, afinal, é preciso estar atento, saber voar com a mente, sem retirar os pés do solo firme, querer visitar cada cantinho encantado que os olhos por si só, não enxergam, recolhendo tenazmente, o simples, o singelo, geralmente, sequer percebido, que lá, em algum lugar deste mundo de meu Deus, só aguarda, ser visto e desejado...

Rebobinando minha vida, constato encantada e repleta de gratidão que só não realizei os desejos que jamais tive, porque os que desejei...  Ah!! vejo por todo o tempo que os realizei um por um e como gosto de afirmar, sugando até o sabugo, cujos sabores, posso senti-los ainda hoje, nas suas mais autênticas originalidades...

A vida generosa cobriu-me de atenções, usando a si mesma, através das suas benditas criações, principalmente humanas, para executarem esta delicada tarefa, só para eu me sentir feliz e em paz.

Brindes de atenções, é o mesmo que abraços do divino...

Fique esperto, afinal, a vida também deseja lhe abraçar.



PRAGAS SOCIAIS...

O dia amanheceu cinzento, mas não na minha alma, que através de meus olhos, é capaz de enxergar a proximidade da primavera que, afinal, está logo ali, pouco mais de um mês e que virá trazendo flores, perfumes variados e a imensa esperança de dias mais ensolarados.

Penso então, na escolha que fiz em minha vida e do compromisso que assumi em oferecer por todo sempre, a minha lealdade a tudo e a todos, que a ela dediquem o mesmo sentimento de pertencimento e gratidão.

Quando lembro dos infinitos noticiários que ostentam por todo o tempo, as explicitas violências de todas as ordens e a indiferença como sentimento predominante, penso que, de sã consciência, não devo e não posso, cruzar meus braços e ver fenecer lentamente, as belezas e a bendita paz que por aqui encontrei há quase 22 anos, quando, praticamente destruída física e emocionalmente, fui acolhida por braços serenos e amistosos.


sábado, 5 de agosto de 2023

UMA NOVA HISTÓRIA...

Bom dia, depois de ler as opiniões de alguns membros do grupo Itaparica Alerta, do qual faço parte, em relação a postura da senhora Tereza Valadares por se manter fiel ao Deputado Brito, autoridade que sequer conheço, penso que é válido a não concordância de alguns dos demais membros, todavia, é um direito de toda pessoa e, também de uma cidadã midiaticamente ativa politicamente, em mantér ou não suas preferências.

Deixo claro que não estou em defesa da senhora Tereza Valadares, até porque, ela não precisa, mas porque me senti atingida e alijada preconceituosamente no grupo desde que nele adentrei, como se minhas atividades midiáticas, por não serem barulhentas e ofensivas nas redes sociais, não existissem em valores agregativos.

Nunca recebi uma só menção de apoio ou discordância, sentindo-me, apenas um fantasma.

O imediatismo, estimula a preguiça e é a mola mestra da desinformação.



 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

MUNDOS DESCONHECIDOS

Não há nada que mais me relaxe ao ponto de esvaziar a minha mente que apreciar a água correndo entre pedras emitindo o seu também repetitivo som...

Em dado momento, o meu consciente se apaga e se transmuta para outro lugar, inexistente a minha consciência e ao voltar ao lugar de partida, surpreendo-me que muitos minutos se passaram em alguma ocasiões um pouco mais, sem, no entanto, assustar-me com este fenômeno que me ocorre, tão pouco, deixando marcas ou dores em meu corpo, por permanecer imóvel.

Quando isto ocorreu pela primeira vez, ainda menininha, não entendi o ocorrido e tão pouco, me assustei, apenas lamentei que as pessoas para quem contei, riram, crendo ser mais uma ilusão infantil de uma garotinha com a mente muito criativa, com seus mundos desconhecidos.


GRITOS DE DOR... (Textão)

A chuva deu uma trégua e o show da passarinhada começou ainda pela madrugada, trazendo com a orquestra de seus sons, alegria e esperança de um dia ensolarado.

Minha varanda transformou-se em hospedaria para os bem-te-vis que por aqui, chegaram mais cedo, ocupando as acomodações dos incansáveis sabiás viajantes.

Enquanto isso, sigo minha rotina e cá estou registrando o meu amanhecer, buscando as palavras mais adequadas para fielmente, descrever a minha visão crítica em relação a live em que mais uma vez, fui convidada por Tereza Valadares a participar, afim de entrevistarmos um convidado que explanaria sobre meio ambiente.

Inegavelmente, a pessoa em questão não só conhece as demandas ambientais da Ilha de Itaparica e entornos do recôncavo, como é profundo conhecedor das técnicas necessárias para um uso do solo mais eficiente e eficaz e enquanto, ele apresentava as questões, seguidas das soluções, o senso da lógica que acompanha a minha mente, insistia em perguntar:


quinta-feira, 3 de agosto de 2023

CIVILIDADE E ÉTICA...

Estou aqui pensando, no quando as palavras se completam no exercício de seus significados e no quanto, se mostram valorosos na expressão comportamental de uma pessoa, qualificando-a em termos posturais, disto ou daquilo, num reflexo imutável de seu interior ou seja: Não é possível, manter-se por todo o tempo uma aparência se esta, não for autêntica.

Daí, seguindo a lógica, conclui-se que é necessário um certo tempo para que se possa avaliar o caráter de alguém, afinal, nem tudo que se aparenta é verdadeiro.

Se buscarmos as definições de civilidade e elegância, certamente, encontraremos uma semelhança assombrosa e deduziremos à primeira vista, tratar-se de sinônimos, todavia, isto nao necessariamente se apresenta no conjunto da obra de uma pessoa, levando-nos a enganos e decepções angustiantes.

O que me leva a crer, que nada, absolutamente nada pode e deve ser avaliado de pronto, apenas pelo que as aparências indicam.


quarta-feira, 2 de agosto de 2023

METICULOSA PARIDEIRA, isto sim...

Nesta madrugada, despertei acometida pela psoríase que cruel, queimava as minhas nádegas, agravada pelos contínuos anos de postura física sentada, no exercício da escrita.

Não me pergunto os motivos, que me induzem a buscar seletivamente, personagens humanas ou figuras da natureza a cada amanhecer, afim de descrevê-los em suas realidades num comparativo as posturas humanas e muito menos, a partir de mim, insignificante criaturinha, se comparada com fenômenos humanos, reconhecidamente geniais e merecedores de uma atenção mais apurada.

Não busco mais respostas, depois de quase sessenta anos de escritas compulsivas, até porque, há muito já compreendi que sou motivada por algo metafísico, cujo comando não é específico, mas determinante à minha razão.


terça-feira, 1 de agosto de 2023

A VOZ DO SILÊNCIO...

Lembro-me neste instante em meio ao silêncio da madrugada, somente quebrado pelo ruído das goteiras na varanda, já que choveu parte da noite e pelo galo do vizinho que lá a diante, comigo disputa quem acorda mais cedo, do primeiro namoradinho da ainda infância, que me disse algo que por alguma razão me tocou tão profundamente que jamais esqueci e levei para toda a minha vida: “Regina, você sabe ficar em silêncio, nos momentos certos.”

Na época com apenas 13 anos eu não entendi muito bem, mas algo me garantiu, que isso era um bom sinal de minha personalidade e então, mais adiante, qual minha surpresa, ouvi a mesma argumentação de outras pessoas, deduzindo que realmente, saber calar-me era tão importante quanto, expressar minhas ideias e opiniões.

Penso então, ainda em meio a este silêncio expressivo, que o mundo está precisando do nosso respeitoso silêncio, desejando urgentemente que nem que seja por um minuto, nos calemos para que possamos ouvir os seus apelos, seus incessantes pedidos de socorro.

Que a minha silenciosa alegria de viver a cada madrugada ouvindo a natureza, seja no dia de hoje, sua parceira de vida e liberdade.

Texto escrito em 21/8/2021- Itaparica



EFEITOS SURPREENDENTES...

Sou mesmo muito esquisita, afinal, quem se interessa por uma baqueta vassourinha em meio a um show musical, só mesmo a dona Regina, sempre atenta aos detalhes especiais.

Pois é, este acessório praticamente invisível é responsável pela leveza musical por exemplo no jazz, onde o baterista arrasta suavemente suas cerdas na caixa, como uma suave carícia, tirando sons diferentes e altamente envolventes que chama a atenção dos esquisitos atentos como eu.

Nossa!! 

Para tudo que o homem possa ter inventado, há de se encontrar o seu toque complementar, onde a delicadeza se faz presente.

E aí, penso no tudo mais, detendo-me sempre no aparente nada, talvez, por reservarem sempre grandes surpresas, assim como um precioso frasco minúsculo do perfume Chanel nº 5, bastando tão somente, duas singelas gotinhas para perfumar uma mulher.

É verdade que é muito caro, assim como é verdade ser reduzido o conteúdo contido em seu franco, mas também é verdade, o tanto que é capaz de render em satisfações a quem o usa e a quem, saiba senti-lo.

Baqueta vassourinha e perfume de qualidade se igualam nos efeitos surpreendentes que apresentam...



ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...