Quanto mais tempo vivo e penso em Itaparica, mais me convenço do quanto tudo é maravilhoso, e se for comparar com outros locais, aí, renovo o meu convencimento de que moro num pedacinho do céu.
Tudo é fantasticamente simples e absurdamente completo, pois consegue-se, ao mesmo tempo, ter-se beleza e ainda paz.
Quisera poder fazer com que todos ao meu redor percebessem o tudo de bom que possuem, não apenas da boca para fora, mas em forma de constante abraço fraternal.
Enxergar as pessoas com um olhar carinhoso, mesmo sem nunca as terem encontrado, mas com a convicção de que elas são parte integrante da alma da cidade. Afinal, o que dá vida as belezas naturais são as energias vibrantes, daqueles que vivem em meio a elas.
Hoje, sentada sozinha diante do computador como de hábito, fiquei observando e pensando enquanto, assistia o vídeo da festa da independência o quanto, ainda somos um principado onde é possível, simplesmente, relaxar sem medo de ser feliz.
Rostos conhecidos na grande maioria, alguns nunca vistos, mas todos reunidos para um só fim, brincar, conversar, ouvir uma boa música e, aplaudir um belo trabalho de preservação da nossa cultura sem maiores complicações.
O real “Luxo” é uma condição que nem todos reconhecem, pois buscam os brilhos da sedução de coisas, quando, este reside nos divinos instantes em que somos capazes de reconhecer a vida e as energias fluindo ao nosso redor, como se fossem cordões de diamantes e esmeraldas que nos blindam e nos fazem sentir com gratidão, o tudo mais que usufruímos.
Pensando nesta manhã, no luxo que tem sido a minha vida em Itaparica, só posso lamentar lá não ter estado de corpo presente, mas com a certeza, minha alma por lá estava, aplaudindo toda a riqueza contida naquela cidade que, cuidou de mim e de minha família nos últimos vinte anos de acolhimento, e só por isso, sinto-me feliz.
Rogo a Deus que cada itaparicano se espelhe no amor de um ser humano lindo, chamado François Starita, o francês destemido que durante meses, tive o prazer de acompanhar seu sério e competente esforço para, estudar, escrever e, depois dirigir o belo espetáculo do 7 de Janeiro, o que vem provar que senso de pertencimento, não tem fronteiras, pois, o amor sempre tem passagem livre.
Bom dia e um domingo de muito luxo para todos nós.
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