De tanto viajar nas asas de minhas borboletas e de meu sabiá, entendi que foi o meio pelo qual, busquei e com certeza, não só encontrei um padrão emocional de proteção quanto, aos vampiros sociais, como evitei infinitas vezes de voltar a cair, nas sutis e convincentes armadilhas sistêmicas, onde com certeza nos damos bem em relação aos ganhos financeiros e vaidosos das incontáveis formas de poder, onde recebemos tudo quanto, pudermos sonhar e como pagamento pelas benesses, entregamos nossas almas, assim como, nossa omissão e aí, permitimos ao longo do tempo, que as mesmas e tudo quanto tenhamos de reservas de decência, sejam devidamente aliciadas, corrompidas e nossas mentes, simplesmente, passem a achar, tudo muito natural e justificável.
Desde os meus 14 anos, quando escrevi meu primeiro texto poetizado, fiz questão na inocência de minha ainda infância, a ser absolutamente fiel a mim, jamais adoçando ou azedando minhas palavras, portanto, escrevo aquilo que sinto, vejo ou vivo, baseando minhas palavras na minha própria vivência, rica de experiências, nem sempre ortodoxas, afinal, meu longo aprendizado, no qual ainda me encontro, fui e estou aprendendo da forma mais difícil, pois, dia a dia, provei e provo do fel e do mel.
Portanto, para aqueles que estão me conhecendo agora, não me subestimem, achando que sou mais uma senhora estudada e abestalhada, incapaz de reconhecer um fraudador de fala mansa e mil falsas boas intenções, pois, aprendei na marra a conhece-los, nas suas variadas fantasias e a me fazer de besta, quando necessário, única e exclusivamente, para sobreviver.
Falar de ética pode ser uma tarefa relativamente fácil para todo aquele, que estuda os muitos aspectos que a mesma se configura como ideal, seja lá no que for.
No meu caso em particular, aprendi a reconhecer sua gigantesca presença ou não, algumas vezes, não a tendo, justo, pela força da vaidade que como um raio violento, a fez correr fazendo o meu senso de negação, abafar a minha abastada formação de valores, afim de que algum aparente interesse maior se sobrepujasse como mestre dominante. Portanto, quando falo em ter ou não ética, falo embasada em mim e nos longos e sofridos caminhos que percorri de sobrevivência sistêmica, insistindo em tê-la.
Nunca em tempo algum de minha observação como pessoa e cidadã, a ausência da ética, foi tão presente ou modulável, expondo o escarnio da falta de um caráter fundamentado na solidez dos valores morais, principalmente doméstico, fundamental na configuração de margens contentoras, único antidoto, capaz de neutralizar a ansiedade em ter, seja lá o que for transformando cada ser humano, independentemente de seu lugar na pirâmide social, em um predador sem escrúpulos.
E não me venham falar de Deus, nossa senhora ou de Jesus Cristo, pois, na maioria das vezes é mais um estandarte da enganação.
Comparo o sistema como um sempre mar em fúria.
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