São sete e vinte desta primeira terça-feira de um novo ano, que sinceramente, não achei que iria vivenciar, quando deitada naquela maca fria, esperava ser anestesiada, tendo meus olhos amedrontados fixando o teto do centro cirúrgico.
Pois é, depois, foram 17 dias de espetadas contínuas, até mesmo em meu pescoço, pois, não haviam mais veias em condições em meus braços, então, quando atravessei o portão do hospital, olhei simbolicamente para o céu, agradecendo por ter sobrevivido e jurando a mim, que dali em diante, nada, absolutamente nada, iria empanar a minha alegria de viver.
E cá estou, escrevendo e amando tudo que respira, numa gratidão sem limites, com a capacidade amorosa renovada e disposta a não deixar escapulir um só instante de felicidade, porque, afinal, basta apenas um milésimo de segundo para que a luz da vida se apague.
Portanto, dane-se o tudo mais que tente me magoar ou seja motivação para tirar de mim, esse gozo contínuo de amor que me envolve e me possui a cada, aí sim, milionésimo de segundo.
Ser feliz, fazendo amor com a vida e distribuindo a luz que renasce por todo o tempo em mim, é a única meta que tenho a cumprir vigorosamente, numa oração continuada a todas as energias benditas que se alojaram em mim, tornando-me a mulher mais bem aventurada, justo, por conviver intimamente com o meu Deus, fazendo dele, meu amigo, meu parceiro, meu amor.
E não é que tem dado certo...
Abuso descaradamente de minhas borboletas e pássaros, fazendo deles, meus mais fieis mensageiros, pois levam meus beijos e o meu calor amoroso, aonde, minhas asas de frágil beija-flor, não possam chegar.
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