Estou ouvindo Fagner e antes estava ouvindo Elba Ramalho e aí, me dei conta que tudo que se refere ao nordeste, sempre me causou fascínio e pensando nisso, minha mente criativa, logo relembra das antigas novelas da Globo e é claro, O bem amado, Roque Santeiro, Gabriela, aguçavam o meu desejo de conhecer de perto, sentindo as texturas e os aromas do povo, assim como saborear as delícias de suas gastronomias, culturas tão distintas, mesmo quando, as cidades estão próximas.
Mas confesso que foi o sinhozinho Malta e a viúva Porcina que me conquistaram e conseguiram despertar em mim, aquela fantasia, acompanhada de um enorme desejo esdrúxulo de me tornar a paixão de um gostoso e maluco coronel e então, inúmeros textos escrevi, fazendo misérias com este personagem.
Escrevi tanto, que confesso que, em muitos momentos, eu o senti real, palpável e adoravelmente, incrível.
Bendita é a mente do escritor que consegue corporizar o seu personagem imaginário, a ponto de amá-lo e aí, fico pensando que o mesmo deve funcionar parecido com os mestres das pinturas, das composições, enfim, desta raça, onde me enquadro, capaz de transformar o lúdico em realidade.
Mas cá pra nós, o nordestino tem o seu charme, e aí, penso que ao se juntar com uma carioca, Jesus toma conta...
Nada como um gostoso Coronel para colorir as minhas safadas fantasias, afinal, quem não as tem?
Confessa, menina...Ser para variar a outra é um delicioso barato...
Pelo menos nos meus textos e na montagem de Dias Gomes, a coisa é boa demais, e aí, de lá para cá, conservo o meu coronel a sete chaves e abuso dele, por todo o tempo. Por isso vivo sorrindo e achando que a vida é sempre bela.
Afinal, Já não fazem mais, novelas como antigamente.
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