Seguindo a linha do raciocínio em me manter sempre em alerta, quanto ao meu bem estar, resolvi contar para os meus leitores que, graças a Deus são muitos, um outro detalhe que acrescentei ao aprendizado de vida em relação as minhas avaliações que geram minhas atitudes e determinam as minhas reações no convívio com o tudo de meu cotidiano.
Na década de setenta, ainda pouco mais de uma adolescente, descobri em mim um talento especial para produzir Manchetes Criminais, chamativas e indutoras a uma leitura e aí, comecei a ler tudo das páginas criminais, fazendo disso um hábito que todos achavam macabro, mas que eu bem sabia, tratar-se de um sério aprendizado, quanto ao que eu não deveria fazer, afim de evitar, reações adversas, assim como ajudou a modelar minhas ações.
Sim, pois, fui percebendo que a maioria dos incidentes entre pessoas, dava-se justamente pela falta de cuidados que se deveria ter nas convivências de todas as naturezas.
Percebia com nitidez as origens e consequências da leviandade existencial, como o pouco ou raro cuidado que era dispensado ao outro, como se cada pessoa ao invés de vivenciar sua vida num compartilhamento saudável com os demais, ao contrário, transformava seus dias em arenas de disputas e seus pares em possíveis inimigos.
E então, viver era como uma cascata de batalhas de posse, fosse do que fosse ou expurgos de emoções mal resolvidas, transformando cada pessoa numa lâmina afiada de acordo com o grau de seu desequilíbrio emocional.
Penso então, avaliando todas estas décadas de leituras e avaliações que, nunca estivemos tanto no fio da navalha como atualmente, assim, como jamais perdemos a espontaneidade, como agora, onde precisa-se medir cada palavra e a constatável ironia é que, apesar de leis e punições, retrocedemos quanto a uma harmonia nos relacionamentos, justo, porque, não estamos absorvendo com o devido entendimento as novas maneiras de nos conduzirmos, frente a todos os novos conceitos sociais, apenas, somos induzidos sem que tenhamos a devida consciência do respeito sagrado ao outro, seja humano ou não e ai, tudo é superficial e de fácil ruptura, transformando-nos em poderosos senhores de nossos arrogantes e temíveis achismos.
Descobri com o tenebroso hábito a não atrair para a minha seara existencial, qualquer tipo de desavenças e até mesmo, possíveis desgraças, tendo apenas o bom senso em dizer; "desculpe-me" ou "tudo bem", expressões raríssimas de se ler ou ouvir.
Penso, então, que aonde todos se acham donos da verdade, todos perdem em batalhas contínuas e sem qualquer lógica vivencial de preservação, seja lá do que for.
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