terça-feira, 18 de janeiro de 2022

“Em boca fechada, não entra mosquito” TEXTÃO

Pois é exatamente ou quase assim, que tenho me comportado desde o verão passado, quando recebi uma ameaça que, de tão discreta, nem os amigos mais íntimos acreditaram, preferindo achar que eu era uma velha esclerosada, que ao dormir, deixei toda a minha casa destrancada. 


Bem isso é passado, que não vem ao caso, mas como não estou senil e tão pouco, preciso de artifícios para aparecer, seja lá pra quem for, pois, já sou conhecida e respeitada, acatei o recado absolutamente contundente e por instinto de preservação, coloquei a viola no saco e calei- me ou quase, pois, as vezes, não resisto a tentação e lá estou dando palpites, unicamente baseados na lógica, sobre a política de nosso país, principalmente de minha Itaparica que todos sabem é o meu “quindim de iaiá”.

Pois é...

Nas últimas eleições, meu Deus, como eu trabalhei para empossar a atual gestão, afinal, independentemente da vontade de meu partido (DEM), ofereci o melhor de mim, não na esperança de ser eleita, afinal, bem sei que sem dinheiro e apoio político, nada se consegue em nosso país varonil e a prova, esteve presente no resultado final, mas também isso, não vem ao caso, até porquê, tudo que ora escrevo, não tem como objetivo atingir a consciência do povo de minha terra, mas a mim mesma e talvez, alguns poucos que se dão ao trabalho de avaliar com isenção de interesses partidários ou das esmolas; tipo empreguinho, um saco de cimento ou a conveniência, afinal, se exporem, pra quê?

Hoje, pela manhã, li mais uma denúncia de super faturamento e desta vez, o assunto é aluguel de computadores e coisa e tal.

Dentre os comentários, havia um que, afirmava que a gestão passada, havia deixado, cada secretaria abastecida dos referidos equipamentos.

Ora, vejam bem:

Se sou a testemunha ocular deste episódio que nada mais é que um roubo, a única postura que posso ter é imediatamente ao ler a nova licitação, colocar-me como defensora real do bem público e com as devidas provas, dirigir-me a um escritório de um bom advogado, para que o mesmo, faça denúncias ao ministério público e concomitantemente `a polícia Federal, pois, repito, as provas não podem ser desconsideradas, roubo é roubo em qualquer circunstância, mesmo que em política, receba o nome pomposo de improbidade administrativa.

No entanto, também sei que na transição do cargo, ao sair de uma gestão, jamais houve por parte do não eleito, o cuidado de se fotografar os bens deixados e aí, quase nada pode ser feito, pois, não há provas de que os bens realmente, permaneceram nas secretarias.

Geralmente, desaparecem como as nuvens em dias ensolarados.

Enfim, o que eu quero dizer é que, o mal feito sempre está presente, impedindo que a realidade seja, transparente.

Portanto, cada prefeito empossado, acha-se no direito de fazer o que bem quiser, pois, conta o silencio da lógica comparativa, que se esconde nos labirintos dos interesses pessoais ou de grupo político, sabedor que para o povão, o que importa mesmo são os trocadinhos que lhe são oferecidos a cada quatro anos.

Pelo menos, órfã, Itaparica e um sem número de cidadezinhas minúsculas deste Brasil varonil, não ficará chamais, justo porque, cada prefeito que é eleito, imediatamente, veste a roupagem de mamãe ou papai do povo, assim como, primo irmão da vereança que foi eleita.

Então, come cru, quem assim deseja, não é mesmo?

E eu posso me meter neste angu com caroço, se, tudo que preguei nas últimas eleições, foi DIGNIDADE, JÁ, onde fui categoricamente alijada pelo povo e pelo meu grupo político?

Às vezes, preciso apanhar para me lembrar que “em rio que tem piranha, jacaré nada de costas”.

Poeta tem que ficar longe de qualquer lógica, restringindo-se as borboletas e os sabiás.

Fazer o quê, se sou poeta e também, abusadamente lógica?

Se Robertinho fosse vivo estaria dizendo: “Cala boca Regina”

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