Fecho os olhos e ainda assim, sigo pelo caminho empoeirado e irregular, fazendo doer a sola dos meus pés que mesmo calçados, não suportam o fino cascalho pontiagudo.
De meus olhos, sequer uma lágrima, apenas ardem como se tivesse passado pimenta neles e meu rosto, vermelho do sol abrasador a castigar a pele como se fosse fogo em brasa, mas é por dentro de mim, impossível de ser visto, é que a dor é mais intensa que de tão forte, mais parece uma mola propulsora, a lançar-me para a frente, mesmo cambaleando, não paro e sigo o caminho.
Para onde, não sei, talvez na esperança do verde gramado que a loucura estampa em minha mente.
Elixir da sobrevivência, vindo de onde, também não sei, mas cá está, em forma de uma força estranha ao meu entendimento, apenas, existindo e na qual, como uma naufraga, agarro-me e sigo cambaleante o caminho.
Caminhando para lugar nenhum...
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