terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Serpenteando ondas

De repente, deixei de ser a Regina para me tornar uma borboleta e como tal, voei até a praia e pousei em um coco abandonado na areia, descansando minhas asas cansadas. 

Estou só e nesta solidão que me domina, inspiro a maresia, tendo a impressão que meus frágeis pulmões se recarregam, reforçando a vida que insisto em preservar, através dos voos livres, cujo destino é sempre o mar.


Por que borboleta?

 Por que, ainda essas asas resistentes?

Tudo seria mais fácil, se em peixe eu me transformasse, serpenteando ondas, até te encontrar nas profundezas deste infindável oceano e até, quem sabe, nas marolas a beira mar, você sendo o mar e eu apenas areia, recebendo-te em sucessivos beijos.

Mas jamais será possível... 

Deus deu-me asas à mente ...

Então, voarei até onde minhas asas aguentarem, na esperança de te encontrar e juntos, voarmos para o infinito de nós dois.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vale ouvir e refletir