De repente, deixei de ser a Regina para me tornar uma borboleta e como tal, voei até a praia e pousei em um coco abandonado na areia, descansando minhas asas cansadas.
Estou só e nesta solidão que me domina, inspiro a maresia, tendo a impressão que meus frágeis pulmões se recarregam, reforçando a vida que insisto em preservar, através dos voos livres, cujo destino é sempre o mar.
Por que borboleta?
Por que, ainda essas asas resistentes?
Tudo seria mais fácil, se em peixe eu me transformasse, serpenteando ondas, até te encontrar nas profundezas deste infindável oceano e até, quem sabe, nas marolas a beira mar, você sendo o mar e eu apenas areia, recebendo-te em sucessivos beijos.
Mas jamais será possível...
Deus deu-me asas à mente ...
Então, voarei até onde minhas asas aguentarem, na esperança de te encontrar e juntos, voarmos para o infinito de nós dois.
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