segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

SE TENS MEDO, NÃO VENHAS...

Mil venturas previ, escrevendo no céu que me cobria, enquanto, deitada no piso do terraço da Barão da Torre e nele, sem limites de margens ou espaçamentos, deixava deslizar meus olhinhos de ainda uma menina.

Menina que jamais me abandonou e arrastou consigo as delícias de poder sem freios ou temores, desenhar nos céus da longa caminhada, passo a passo ou voo a voo, meus próprios quereres...


E eu sempre quis muito, talvez demais, se é possível mensurar a força dos desejos, os benditos anseios de uma mente colorida, sempre pronta a matizar o espaço de cada sentimento, garantindo em qualquer situação, incríveis emoções...

Os receosos e prudentes, jamais ousaram seguir-me, pois, meus rumos nunca planejados, seguiam os voos de uma borboleta dourada, nos sempre surpreendentes céus da liberdade de apenas ser, um ser.

Sabores inigualáveis, texturas incandescentes, aromas envolventes, sensibilidades absolutamente presentes, liberdade encontrada nas asas discretas da borboleta dourada, amiga, parceira, transporte seguro para uma sempre escrevinhadora dos céus da alma do mundo...

Se tens medo ou sentes receios, não galopes comigo nas asas do incerto que para mim, foi sempre um deslizar de cores de minha própria palheta, cujo pincel entrego a universalidade, sempre pronta a pintar uma nova arte bendita de luz e liberdade, onde é sempre possível enxergar e vivenciar o tudo mais, tendo como pano de fundo a tela com o equilíbrio, a razão e o amor que, jamais pude prescindir.

Se tens medo ou receio, melhor não vir...

Fique na segurança, garantida pelos grilhões...

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