domingo, 23 de janeiro de 2022

BANDEJA DE PRATA

Acabei de receber uma música chamada La Barca cantada por Luiz Miguel, imediatamente, minha mente azeitada, deslizou nas lembranças e parou em 1965, na fila do Corcovado, num calor escaldante, mas valeu todos os incômodos do calor de fevereiro, pois, lá estava, o primeiro amor de minha vida.


Lindo, grande, louro, com os olhos azuis mais lindos do mundo e a atração foi imediata, nada mais importando para aquele adorável paulistinha de 1.85m, que sorrir e vir puxar conversa com a morena bronzeada e faceira e acreditem, na tarde seguinte, ele e a irmã já estava lanchando na minha casa, sob o olhar desconfiado de dona Hilda que, como um pastor alemão bem treinado, farejou o perigo de imediato.

Gente, foram meses de um grande amor, selado com uma ingênua união de sangue e sentimentos, cortando os polegares, bem ao gosto dos boleros espanhóis, muito tocados e apreciados na época.

E quando nos beijamos, meu Deus!!! 

Que delícia, inenarrável...

Pena que a distância impediu, mais e mais beijos, mas talvez, já estivesse escrito que, meu destino seria com outro, tão maravilhoso quanto. 

Um ano depois de muitas lágrimas, lá estava eu conhecendo o meu mineirinho Robertinho, amor de toda uma vida com quem estreei aos 17 aninhos, a delícia de me tornar mulher e aí, não teve pastor alemão, que assustasse a paixão dos dois foguentos. 

Neste momento em que sorrindo relembro, só posso agradecer a Deus, por ter me oferecido as maravilhas da vida, sempre em bandeja de prata.

O restante deste episódio nos mais ricos detalhes, só mesmo lendo a mina autobiografia, Percebendo a Vida que em abril, lançarei em Itaparica.🌹

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