São sete e quarenta e oito, tarde para os meus padrões, mas na minha idade, tudo que eu não preciso mais é de seguir obediente, qualquer um deles.
Sai pra lá, chicote sistêmico!!!
São sete e quarenta e oito, tarde para os meus padrões, mas na minha idade, tudo que eu não preciso mais é de seguir obediente, qualquer um deles.
Sai pra lá, chicote sistêmico!!!
Mil venturas previ, escrevendo no céu que me cobria, enquanto, deitada no piso do terraço da Barão da Torre e nele, sem limites de margens ou espaçamentos, deixava deslizar meus olhinhos de ainda uma menina.
Menina que jamais me abandonou e arrastou consigo as delícias de poder sem freios ou temores, desenhar nos céus da longa caminhada, passo a passo ou voo a voo, meus próprios quereres...
Devagar, devagarinho fui abrindo a minha barraca, nas areias fofas, fazendo o menor barulho possível e ainda naqueles tempos idos, podendo encantada apreciar os já raros siris, correndo afoitos para a água...
EM manhãs como a de hoje, com um despertar ensolarado, mesmo que ainda tímido, impossível não pensar nas variantes desde o clima, até mesmo, o cãozinho do vizinho da casa próxima, que apesar de ter um porte grande e bem branquinho, se assusta pelo tamanho, também enternece por se mostrar dócil e amigável e, mais uma vez, acenou o rabo em sinal de saudação ao ver-me abrindo a janela, apesar de nunca próximo, termos estado um do outro.
Ouvindo uma canção de Ângela RoRo, intitulada “MAIS”, por sinal belíssima, como sou compulsiva, logo penso: E o MAS?
Segundo ela, o “mais” foi a palavra que mais usou por toda a sua vida e o mesmo eu falo do “mas” que incansável mantenho na ponta da língua, sempre pronta a ir mais além, no entendimento, seja lá do que for.
Olhos abertos, corpo ereto e um caminhar compassado sem pressa, rumo ao olimpo
Os lábios ligeiramente abertos, recebem vez por outra as carícias tímidas da língua parceira, ligeiramente úmida.
Que diabo está acontecendo com o clima, principalmente neste local, onde Jesus, vou do céu ao inferno num estalar dos dedos, se bem que para ser mais exata, quando céu, na realidade é um inferno disfarçado e aí, como saber o que vestir, calçar, justo para alguém como eu que precisa conservar um mínimo de disciplina para conter esta minha mente alucinadamente leviana?
Que isso dona Regina? Leviana a senhora?
Achei e toquei para ouvir e de repente eu me vi, ainda garota no apartamento da Barão da Torre, ouvindo infinitas vezes, já que minha mãe era uma romântica contumaz. Muito tempo depois, já noiva do Roberto, percorríamos as boates, casas de show e barzinhos, só para ouvirmos estas maravilhas, nas vozes de grandes intérpretes das noites cariocas. Saudades das noitadas, sempre com minha mãe a tiracolo nas Boates Drink's, Sucata, Beco das Garrafas, Gás Little Club e tantas mais que me foge, neste momento os nomes. Muito bom lembrar...
Oh! Meu Deus, deste-me a misericórdia divina de me sentir por todo o tempo recoberta da certeza de que sou o que penso que quero ser. Ainda dou minhas derrapadas por causa deste meu temperamento abusadamente espontâneo, quase que volúvel, já que o comandante “in chefe” é sempre o coração que voluntarioso, sai afoito arrastando a razão.
No entanto, em regra geral, sou uma senhora comportada...
Nesta manhã que lá vai chegando ao fim, como sempre, minhas músicas e meus escritos, mantém a minha alma no processo evolutivo, onde somente a paz tem guarida e então, percebo que ainda bem que o clima refrescou, dando passagem a chuva fina, mas constante, o se não, é a presença do céu cinzento que particularmente não me agrada, mas fazer o quê, afinal, não se pode ter tudo ao mesmo tempo...
Nesta tarde, ouvindo Sara Vough, impossível não lembrar de meu irmão e sua paixão pela música e suas modulações que eram como vibrações mágicas que o tiravam da terra e o transportavam para um mundo que deveria ser espetacular, pois, não o trocava por coisa alguma, tal qual, mais tarde, já na adolescência, descobri o poder apaixonante das letras, mas não fui tão fiel quanto ele, pois, minha mente fervilhante diante das infinitas vibrações, assim como minha natureza espoleta, tinha pressa em vivenciar muitas emoções, descortinar outras tantas realizações que sequer, tinham espaço na mente devotada à música como ele.
Nesta manhã, o pensamento que me despertou, fazendo com que eu abrisse os olhos, foi no quanto, posso parecer esnobe e egoísta, escrevendo meus textos e pintando a vida com um colorido especial (podendo parecer fácil para quem está aposentada), enxergada por olhos treinados a desconsiderarem o feio e o danoso, como se em minha mente, não houvesse lugar para um cotidiano a cada dia, mais bruto e insensível.
Deus, definitivamente o senhor é meu amigo do peito, inseparável e atencioso por todo o tempo, estimulando-me, através das mais simples e ao mesmo tempo, grandiosas belezas que me cercam, fazendo brotar em meus olhos, por todo o tempo, o brilho da alegria e aí, só posso agradecer, repassando as tuas maravilhas a todos aqueles que leem os meus textos, ouvem as músicas que seleciono ou riem das minhas baboseiras de uma sempre criança moleca, mesmo estando nesta minha adorável terceira idade de viço e prazer com a vida.
Já perdi a conta das vezes que ouvi esta belíssima letra ( Na baixa do sapateiro), melodia e interpretação genial e apaixonada de Elis Regina e então, me é impossível não correlacionar qualquer tipo de expressão artística autêntica com a efervescência de uma enorme e estonteante paixão que é visceral, capaz de rasgar a pele e a musculatura sem pedir licença e, pulverizar-se em cores e luzes de ternura e amor, sobre mentes e almas, como se fossem, tão somente, estrelas cintilantes e mágicas, capazes de nos transportar para infinitos labirintos de nós mesmos.
Bendita vida, bendito ser humano, capaz de tudo, até mesmo, rasgar-se de amor...
O escritor e influenciador Olavo de Carvalho morreu aos 74 anos.
De acordo com a nota divulgada pela família nas redes sociais de Carvalho, o escritor morreu na noite de 24 de janeiro, mas a causa não foi informada.
Ainda segundo a nota, ele estava em um hospital de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos.
Olavo de Carvalho foi diagnosticado com Covid-19 oito dias antes.
Ontem, o calor me esgotou a tal ponto que, acabei de escrever um texto e tive preguiça de publicá-lo e só fui fazê-lo agora, a pouco.
Estou com pressa, afinal, neste horário o calor ainda não está forte o suficiente e então, só mesmo correndo para conseguir expressar o meu coração, nesta terça-feira em que, ainda estou longe da minha adorada Itaparica com os seus cheirinhos juntos e misturados de gente gostosa que se funde com as mangas e os cajus, envolvidos pela maresia constante e delicada que fascina esta senhora apaixonada.
Finalmente, a noite chegou para aliviar o meu corpo que cansado se arrastou por todo este dia, aliás, mais um de extremo sufocamento por estas bandas de clima bipolar, conseguindo inclusive, levar não sei pra onde, as minhas inspirações que, reconheço estão como tartarugas, quando me acostumei a conviver, tendo-as como um sempre papa léguas, dia e noite sem parar.
São exatamente, seis horas e cinquenta e quatro minutos e eu, acabei de acordar e já estou ouvindo Tony Bennet e Maria Carolina, cantando a espetacular canção The Very Thought Of You( Pensando em você) e logo a música me inspira a começar esta segunda-feira, acreditando que ela será sensacional, porque assim eu estou desejando, afinal, eu poderia estar acordando aborrecida porque dormi mais uma noite sozinha sem o amor de minha vida ou puta da vida com este calor infernal, querendo estar agora me preparando para dar “aquela” caminhada na minha praia e depois, posso até me sentir mergulhando lentamente nas minhas águas mansas e mornas e, tudo isso ser o estopim para liberar em minha mente, infinidades de perdas e frustrações que ao longo da vida, precisei enfrentar ou simplesmente engolir, mas eu não posso fazer isso comigo.
Acabei de receber uma música chamada La Barca cantada por Luiz Miguel, imediatamente, minha mente azeitada, deslizou nas lembranças e parou em 1965, na fila do Corcovado, num calor escaldante, mas valeu todos os incômodos do calor de fevereiro, pois, lá estava, o primeiro amor de minha vida.
Meus amigos mais íntimos, bem sabem que pensar e escrever é mais que uma vocação apaixonante, afinal, com o passar dos anos mais me dedico, até chegar ao ponto de ser a minha prioridade, já que preciso manter em atividade os meus neurônios, pois, quando se enfraquecem e morrem, Jesus!!!, não tem reposição, então, deixei de lado os exercícios estéticos para me dedicar aos meus senhores da lucidez, pois, quero encher o saco do meu Deus, até o meu último suspiro com as minhas contínuas interrogações, inclusive, para ter dele a garantia de que, por aqui, vou permanecer, talvez como uma borboleta, um pé de acerola ou uma Hortênsia repolhuda e matizada em muitos tons de azul, iguaizinhas as que enchiam os meus olhinhos infantis de encantamento, enquanto, o carro deslizava pela estrada, nos finais de semana, quando, de joelhos no banco traseiro, olhava pela janela do carro do tio Carlos, indo para o sítio em Petrópolis, R.J.
O CALOR CONTINUA FORTE E SECO, tudo quanto, verdadeiramente a minha natureza estranha e ao contrário do esperado, recolho-me, optando em usar pouca roupa, beber muita água e tomar muitos banhos por dia e aí, mais e mais me falta estar em minha casa, onde é possível, volte e meia eu deixar o chuveirão do quintal, refrescar o corpo e a alma.
Nós somos criaturinhas deliciosamente lindas que adoramos repetir os ditados populares e os bordões ouvidos pela mamãe ou vovó, mas na pratica, somos descuidados e nos esquecemos de todos e agimos, geralmente ao contrário e em seguida, quando quebramos as nossas lindas carinhas, lamentamos não ter lembrado deles, mas aí, é tarde...
Que isso dona Regina ?...???
Cheguei do salão de cabelereiro, fui cortar um pouco os cabelos, pois, neste calor infernal, sem cabelo e sem roupa, certamente seria o ideal e aí, muito loucamente, começo a rir, sozinha, lembrando de um comentário de uma amiga de São Paulo, a querida Ana Cristina que, me pediu para continuar a escrever minhas loucuras...
Estou novamente naqueles dias em que amanheço escrevendo e simplesmente não paro, nem para o cafezinho que aliás, minha adorada filha, traz carinhosamente para mim, mesmo entre os dentes reclamando do fato de eu não parar, como se fosse possível, controlar essa avalanche de emoções que se expressam em palavras, numa tentativa de deixar o meu legado de vida, muito bem esmiuçado.
Adoro gente e com certeza, buscar conhecer melhor a criatura humana, tem sido muito gratificante. Aos poucos, sem nem mesmo eu entender de onde veio a inspiração, fui exercitando a meditação contemplativa, sem necessariamente precisar ter diante de mim, um belo cenário.
Estou ouvindo Fagner e antes estava ouvindo Elba Ramalho e aí, me dei conta que tudo que se refere ao nordeste, sempre me causou fascínio e pensando nisso, minha mente criativa, logo relembra das antigas novelas da Globo e é claro, O bem amado, Roque Santeiro, Gabriela, aguçavam o meu desejo de conhecer de perto, sentindo as texturas e os aromas do povo, assim como saborear as delícias de suas gastronomias, culturas tão distintas, mesmo quando, as cidades estão próximas.
Trem bom da conta é deitar e imediatamente, apagar...
Essa é uma benção que sempre tive o prazer de desfrutar e ainda muito jovem, instintivamente, jamais resisti ao sono, aliás, não resisti a nenhum sinal biológico, sendo fiel a quem sempre me favorece e isso se estende ao apetite, devido ao rigor de minha família, quanto aos horários.
São dezenove horas e trinta minutos e ainda não escureceu de todo e eu, estou naqueles dias em que meus dedos, são incapazes de acompanharem a minha mente fervilhante, quando, nada é capaz de distraí-la.
De tanto viajar nas asas de minhas borboletas e de meu sabiá, entendi que foi o meio pelo qual, busquei e com certeza, não só encontrei um padrão emocional de proteção quanto, aos vampiros sociais, como evitei infinitas vezes de voltar a cair, nas sutis e convincentes armadilhas sistêmicas, onde com certeza nos damos bem em relação aos ganhos financeiros e vaidosos das incontáveis formas de poder, onde recebemos tudo quanto, pudermos sonhar e como pagamento pelas benesses, entregamos nossas almas, assim como, nossa omissão e aí, permitimos ao longo do tempo, que as mesmas e tudo quanto tenhamos de reservas de decência, sejam devidamente aliciadas, corrompidas e nossas mentes, simplesmente, passem a achar, tudo muito natural e justificável.
Nesta Terça-feira , estou que estou te chamando para um auê, pois é tudo que vale a pena, neste absurdo de país, onde mais um suposto malandro do bem público, teve o seu processo cancelado sem que o Juiz e os promotores do Mensalão, fossem presos imediatamente por terem durante anos, feito uma encenação que custou milhões aos cofres públicos ou seja: Se tudo foi uma farsa política para depor um grupo político e aí José ? Ninguém vai pagar esta conta?
Certamente , nós, que somos sempre os otários de plantão...
Pois é exatamente ou quase assim, que tenho me comportado desde o verão passado, quando recebi uma ameaça que, de tão discreta, nem os amigos mais íntimos acreditaram, preferindo achar que eu era uma velha esclerosada, que ao dormir, deixei toda a minha casa destrancada.
Cruz credo, nada resolve além do ar condicionado, mas como ficar dia e noite dentro de um cômodo?
Ainda bem que na sala que escrevo tem ar, caso contrário, nem sei como seria...
Sair à rua, nem pensar...
Começo a semana, lembrando das pitangueiras em festa, fazendo coloridos os seus galhos e alegre o meu paladar, enquanto a amoreira vai se despedindo desta temporada, deixando ainda pender de seus galhos longos e flexíveis as derradeiras amoras que disputo acirrada com os passarinhos, a doçura de seus sabores.
As asas de minhas borboletas estão descansadas, afinal, com este calor abrasador, minhas bichinhas, refugiaram-se entre os galhos sombreados da mangueira, deixando os pássaros fazerem o protagonismo com seus constantes voos curtos e rasteiros, numa arruaça de fazer inveja as maritacas que, pasmadas silenciaram, provavelmente, também encaloradas, optando pela quietude.
Seguindo a linha do raciocínio em me manter sempre em alerta, quanto ao meu bem estar, resolvi contar para os meus leitores que, graças a Deus são muitos, um outro detalhe que acrescentei ao aprendizado de vida em relação as minhas avaliações que geram minhas atitudes e determinam as minhas reações no convívio com o tudo de meu cotidiano.
O dia amanheceu ensolarado e quente e mais uma vez contrariando a minha natureza, fiquei deitadinha até a pouco, sentindo o prazer inenarrável de acordar cercada de meus amores e aí, dou graças a Deus por ter me abastecido de sensibilidade suficiente para eu não banalizar em momento algum a minha vida, sempre cercada dos calores humanos, com os quais, caminhei nesta estrada existencial.
Ao falar de saudades, enquanto escuto uma seleção de belas canções, não pense que é de tristeza, tão somente de gratidão por Deus ter me doado um ser maravilhoso para dividir comigo, dois terços de minha vida.
De repente, deixei de ser a Regina para me tornar uma borboleta e como tal, voei até a praia e pousei em um coco abandonado na areia, descansando minhas asas cansadas.
Estou só e nesta solidão que me domina, inspiro a maresia, tendo a impressão que meus frágeis pulmões se recarregam, reforçando a vida que insisto em preservar, através dos voos livres, cujo destino é sempre o mar.
Fecho os olhos e ainda assim, sigo pelo caminho empoeirado e irregular, fazendo doer a sola dos meus pés que mesmo calçados, não suportam o fino cascalho pontiagudo.
E aí, não consigo pensar em nada mais emocionante, afinal, atrelada a vida, estão todas as sensações físicas e emocionais que nos tornam os seres mais completos deste mundo terreno, repleto de maravilhas.
Afora isto, as mazelas que existem em proporções absurdas, são absolutamente contornáveis, bastando tão somente, que estejamos atentos e as evitemos, apenas amando.
Quanto mais tempo vivo e penso em Itaparica, mais me convenço do quanto tudo é maravilhoso, e se for comparar com outros locais, aí, renovo o meu convencimento de que moro num pedacinho do céu.
Tudo é fantasticamente simples e absurdamente completo, pois consegue-se, ao mesmo tempo, ter-se beleza e ainda paz.
Estou aqui pensando no quanto somos abastecidos de infinitas vibrações energéticas, que estão por todo o tempo nos fornecendo subsídios de todas as naturezas, afim de que, exerçamos as nossas vivências, amparados em margens seguras.
São sete horas da noite, desta quinta-feira e o dia ainda está claro aqui em Santa Catarina, e eu, como de costume, estou diante do notebook, desta vez, tentando dedilhar palavras de agradecimento ao meu Deus e a todas as energias vibrantes deste universo, as quais, entreguei mais que minha vida, pois, curvei-me ainda criança, à beira do meu riacho dos sonhos e doei minha alma, fazendo um único pedido, que jamais faltasse em mim o amor.
Estou pensando nas nossas atitudes para com os nossos semelhantes e mais uma vez, constato que infelizmente, somos desastrados e pouco sutis, como se as nossas “certezas” fossem por todo o tempo, espadas afiadas, prontas para degolar os naturais desconhecimentos ao nosso redor, afinal, de tempos em tempos, as certezas vão se aprimorando e é absolutamente natural, que repitamos discursos, sem o real conhecimento da evolução de entendimento ocorrida.
São oito horas de uma noite encalorada, mas chuvosa e como sempre acompanhada de um vento raivoso e eu, quietinha, tendo a fiel companhia do meu notebook, leio e escrevo, enquanto, ouço deliciosas músicas.
Eita que acordei nesta quarta-feira com a mente fervilhando emoções. Vou e venho em minhas lembranças num frenesi que me faz arrepiar, mesmo estando num clima, "psicopaticamente" quente, sim porque, de uma hora para outra, esfria e venta como se o mundo fosse se acabar.
São sete e vinte desta primeira terça-feira de um novo ano, que sinceramente, não achei que iria vivenciar, quando deitada naquela maca fria, esperava ser anestesiada, tendo meus olhos amedrontados fixando o teto do centro cirúrgico.
Hoje, bem cedinho, um amigo me fez lembrar de meu pai e imediatamente sua imagem surgiu em minha mente, sempre elegante, sorridente e irreverente, assim como muito zeloso com a família.
Como rapa do tacho, fui mimada e muito acarinhada, como também protegida.
Amanheci pensando que sou esta porra louca que insiste em se ater somente ao bom e belo e cheguei à conclusão que desde muito cedo compreendi que minha vida, seria muito mais satisfatória e menos dolorida se assim, eu agisse e não é que deu certo.
O dia amanheceu lindo, ensolarado por estas bandas de Santa Catarina, cutucando a poetinha sempre romântica que existe em mim e eu, não me faço de rogada, abro os braços e me abraço, como se abraçasse este facho de sol que me invade silencioso, mas estimulando esta força estranha que reside em mim, levando-me a não desperdiçar nenhum instante presente, deixando fluir esta imensa paixão pela vida.
De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...