sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
VOCÊ SABIA ?
Estou aqui pensando no quanto o ser humano pode ser tendencioso, maldoso e absolutamente apático, quando é de seu interesse.
Estou desde ontem, procurando nas redes sociais, uma palavra de reconhecimento, pelo magnífico abono que o Prefeito Raimundo da Hora, pagou aos funcionários da educação, oriundo do royalty. Afinal, corria pelas calçadas da maledicência que ele havia embolsado tudo.
Que coisa, hein!!!!!!
R$ 5.000,00 a mais nesta época é o mesmo que ganhar um prêmio, ainda mais quem ganha tão pouco como os nossos labutantes professores.
Quem sabe, pelo menos um alguém, possa reconhecer este benefício não esperado e pouco provável. em uma época tão bicuda e abastecida de políticos tão desonestos.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
FIM DE ANO
Neste final de ano, como faço normalmente, escrevo algo para postar no meu face e blog, com o único intuito de levar às pessoas que me leem, um pouquinho de mim e de meu amor à vida.
Não que eu ache que elas precisem, mas com certeza eu preciso permanecer reverenciando a vida e esta, é a forma de oração que encontrei para agradecer o tudo de bom que consigo enxergar e sentir, independentemente das agruras que eventualmente, também estão presentes em meu cotidiano.
E dentre as maravilhas que experimentei vivenciar em 2016, com certeza, o meu Roberto ao meu lado, dividindo cada segundo de vida, foi como sempre fundamental.
Gosto desta foto, porque ela simboliza o tesão que jamais permitimos que esmorecesse, durante estes cinquenta anos de parceria de vida.
O contato de pele e de alma sempre foi muito preservado e com certeza, nos estreitou e nos garantiu a bendita ternura, mãe amorosa da amizade, que é fundamental para reforçar e manter qualquer união de interesses amorosos, o que inclui, filhos e amigos.
Tem coisa mais gostosa que estreitar num delicioso abraço um amigo querido ou um filho amado?
Por isto, não sentimos acanhamento em nos beijar neste estágio da vida, simplesmente, porque acreditamos que o amor a qualquer época é sempre extremamente saudável e gratificante.
Rogo a Deus, a oportunidade de poder continuar beijando muito no ano que está chegando e assim, aquecendo a minha alma, para que eu continue afirmando, justo por estar sentindo, que a vida é bonita é bonita e é bonita.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
NEM SEMPRE É POSSÍVEL
Estou desde 2013 no face e escrevo quase que diariamente, principalmente, porque é o que gosto e sei fazer em se tratando de computação, pois também gostaria de postar fotos e mensagens, mas por incrível que possa parecer, não sei ou não me dispus verdadeiramente a aprender.
O que sei é que sou ativa e estou sempre que posso, curtindo, compartilhando, dando opiniões, mas sempre muito cuidadosa em não invadir o direito de quem quer que seja, não por ser politicamente correta ou camuflando este ou aquele sentimento, mas porque acredito sinceramente que rede social é para trocar ideias e ideais, momentos e sentimentos.
Todavia, o que gosto verdadeiramente é de escrever sobre os movimentos das criaturas humanas com seus valores neste mundão e nem sempre me é possível escrever o bonito, o belo e o encantador, até porque, o mundo se movimenta também com o feio, o mau cheiroso, o imponderável.
E eu, criatura humana e não virtual, também sinto os malefícios de toda esta rudeza existente no vivenciar deste mundo e me dou, vez por outra, ao direito de apenas ser, deixando escoar o que minha alma enxerga cada vez mais nítido, que é este vazio que invade assustadoramente as relações de qualquer natureza, o que inclui o cognitivo.
Mas também entendo que neste período festivo, ninguém queira mergulhar nos recôncavos de suas almas para buscar entendimento disto ou daquilo, afinal, é Natal e final de ano e tudo que se pensa é em festas e alegrias na esperança de um ano novo que corresponda às nossas expectativas.
Quem me conhece sabe que não sou uma pessoa religiosa, mas com certeza, busco aperfeiçoamento espiritual, portanto, me penitencio diante de vocês que carinhosamente me leem por todo o ano, pedindo desculpas por me mostrar também humana, sem pedir licença, afinal, dúvidas e vazios, o cotidiano já oferece sem aviso prévio.
Um abraço fraterno em cada amigo virtual ou de vida que comigo, compartilhou emoções no face, desejando a cada um, muita paz e alegria no coração.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
MUNDINHO DE MERDA
São sessenta e sete Natais, diga-se de passagem, maravilhosos, pois, jamais me foi privado a mesa farta e uma família estruturada e unida, sinto-me profundamente envergonhada.
Provavelmente, esta seja a razão, afinal, que fiz eu além de ser magnânima, boazinha e caridosa em datas especiais?
No resto do tempo, cuidei de minha vida, nem sempre tão bem, porque também fui descuidada, crendo que por ser abastada nesta vida, estaria imune às intempéries advindas das convivências humanas que certamente me flagelaram de forma invisível, pois foram ferindo a alma, do passar do tempo com seus naturais desgastes físicos e, até mesmo, por longas décadas de minha total ignorância em não perceber o meu potencial de criatura humana.
Sem ter a devida consciência, fechei-me em meu mundinho de merda, crendo-me infinita e dele saindo somente em momentos pontuais, como a maioria o fazia, tão somente, para desculpar-me por tanto ter, enquanto, infinitos outros, nada possuíam.
Por todo os restinhos do tempo, que eram os mais expressivos, nada mudei, nada acrescentei, nada explorei, além de meu próprio umbigo.
Mas nas datas pontuais, lembrei-me dos pobres e oprimidos, das crianças e dos velhos nos asilos, e como uma Deusa da bondade, doei a estas criaturas a minha solidária presença, na tentativa banal, pobre e desesperada de me sentir menos alienada dos males do mundo.
Boazinha que sou, hein!!!!!!
E aí, você também é bonzinho como eu?
domingo, 18 de dezembro de 2016
“MOCORONGO”
Quem se lembra desta gíria?
Ela foi muito usada até os anos sessenta e significava algo sem elegância, gosto, totalmente fora de contexto.
Geralmente era direcionado às pessoas que não sabiam como, nem onde usar roupas adequadas em cada lugar.
Pessoas “mocorongas” também eram aquelas que gostavam de exibir suas joias, casas e carros em excesso, bem próprio dos novos ricos, o que é, ainda, possível de ser encontrado nos dias atuais, até mais que antigamente, pois a vaidade dos inúmeros proletários que ascenderam a poderes e dinheiro, fez nascer uma nova casta brasileira que precisa exibir as conquistas como se cada uma fosse uma bofetada que oferecem a uma elite cretina que, até então, os escravizava.
E aí, o festival dos horrores do mal gosto é encontrado em qualquer lugar e a qualquer hora, servindo de parâmetros a outros que passam a sonhar as mesmas perspectivas, destoando cada vez mais o belo e o adequado, que certamente é o simples e o sempre menos em relação a qualquer ostentação.
Mas o malefício maior é sempre a arrogância que se desenvolve na mesma proporção da “mocoronguice”, fruto da total ignorância do que seja educação, ética e elegância pessoal, atributos que, até com muito empenho, pode-se aprender nas escolas, mas jamais em lojas de departamento.
“Mocorongo”, portanto, é todo aquele que finge ser o que jamais será.
sábado, 17 de dezembro de 2016
MAIS EMOÇÃO, POR FAVOR
Estou aqui pensando no quanto é gratificante quando nos atemos ao simples fato de que somos ainda capazes de nos emocionar, seja na observação de um pássaro que decidiu bailar à nossa frente ou por uma tragédia com pessoas que sequer conhecemos.
Esta impressionante capacidade amorosa, e que chega geralmente a nos provocar algumas lágrimas, é que faz de nós criaturas especiais neste mundo, sempre tão confuso, justo por ser absolutamente diverso.
Talvez por isto, ainda nos sintamos tão profundamente ofendidos quando a indiferença ou a grosseria nos toca sem aviso prévio, sem qualquer razão que a justifique.
Estamos vivendo épocas de mudanças de hábitos de convivência, onde os “velhos valores”, com os quais nos formamos como criaturas humanas, estão sendo atropelados e imediatamente substituídos por ações e reações de um novo mundo, que chega a cada instante, com infinitas novidades, não nos dando sequer tempo para avalia-las, criando em cada um de nós, uma sensação de estarmos sós em um grande espaço, onde o tudo mais gira entorno, mas onde verdadeiramente apenas plainamos, sem maiores conhecimentos do que realmente representamos e o que os demais representam em nossas vidas.
É como um filme de ficção futurista, onde o tudo brilha num cintilar convidativo, mas onde irremediavelmente nos sentimos como figurantes sem script, tão somente seguindo as marcações do diretor, que pode ser a mídia, a internet ou o vazio que invade a alma de cada um de nós.
E em meio a todo este manancial de distorções, se atento estivermos e se sem medo olharmos de frente, poderemos constatar toda esta parafernália de agressões, através da perda do respeito que as posturas éticas imprimiam e que determinavam, não apenas o certo e o errado, tão necessárias à convivência entre as pessoas, mas basicamente a ética, a formação e a condução das posturas equilibradas que estimulavam a justiça e a amorosidade nas relações de qualquer natureza.
O mundo a cada dia permanece sempre lindo, sob o olhar de quem ainda detém em si, velhos costumes que eram naturais e que hoje são considerados fenomenais, como a decência, o respeito e a cordialidade.
Que tal, resgatarmos um pouquinho destas “velharias conceituais”, afinal, se não podemos parar os absurdos que acompanham a contemporaneidade, com certeza podemos abrir os nossos baús pessoais e, de lá, deixar sair o melhor que imprimiram em nós, oferecendo ao nosso entorno como legado de vida e legítima liberdade, de pelo menos termos o nosso próprio texto neste teatro da vida.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
ALÉM DE MIM...
Descendo a escada já posso enxergar toda a luminosidade do sol invadindo a sala e penso que ainda é muito cedo.
Os micos e pássaros já orquestram seus sons e a vida, então, se mostra despudorada em toda a sua beleza.
Diante deste esplendor que jamais se repete, apenas se aperfeiçoa, penso em nós seres humanos e na nossa incapacidade milenar de utilizar tantos subsídios recebidos, justo para também, de certa forma, copiar a vida, buscando não específicas evoluções, mas um aperfeiçoamento global, onde verdadeiramente pudéssemos nos inserir a ela de forma mais suavizada e, portanto, mais coerente.
Paro diante do espelho que me espera ao pé da escada silencioso a cada amanhecer, e olho para mim mesma, como sempre faço, buscando resgatar a preciosa ingenuidade, há muito perdida, na esperança de fazer brotar em mim, mais que desejos, mas a sensação bendita de me ver mais humanizada, mais generosa frente aos absurdos com os quais convivo, não julgando, não querendo mais entender, apenas aceitando o imponderável, o hipócrita, o devastador.
Covardia, desistência, incapacidade de fazer mudar, talvez um pouco de cada, mas também a certeza absoluta de que nada mudarei além de mim.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
O Senhor Jesus...
O Senhor Jesus foi meu companheiro por toda a minha vida, até mesmo, quando sequer eu tinha consciência de sua energia em mim.
Descobri-lo foi quase um espanto de alegria, se ainda eu não estivesse contaminada pelo medo sempre aterrorizador de me permitir sentir a vida em toda a sua potencialidade.
Com o passar do tempo, tudo foi se harmonizando até o ponto dele e eu ficarmos tão íntimos que nos é impossível pensar sequer numa breve separação.
Senti-lo nesta convivência, hoje é tão natural quanto o ar que respiro, quanto o sorriso que me caracteriza, quanto o sono que me relaxa.
Junto a Ele, perdi o medo e abracei a vida.
domingo, 11 de dezembro de 2016
RECADINHO
Entre os espinhos que te abrigam, fazendo de teu caule, uma armadura, existem os botões que te adornam, prometendo um renascimento de ti, para o meu encantamento.
Às vezes, surges solitária, esguia e imponente e diante de ti, todo o meu espanto por tamanha beleza, mas quando, morres, uma parte de mim se vai contigo, num colóquio apaixonado de um amor sem fim.
Um domingo iluminado para você que me lê, neste instante.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
OS ACORDOS
A visão lógica do povo, jamais vai de encontro aos interesses pessoais e políticos, daí a constante frustração, até porque, dentro do entendimento simplificado dos cidadãos, o certo e o errado são absolutamente distintos, mesmo em um país como o nosso, onde o jeitinho se tornou figurinha fácil.
O cinismo do senhor Renan Calheiros, mostra com uma clareza que faz doer, o quanto, nós povinho simples e sem tradição cívica, somos desconsiderados, trapaceados e ridicularizados pelos senhores dos poderes que nos governam.
Isto me faz lembrar um comício onde um então deputado federal, quando alertado de seu atraso em subir no palanque, respondeu:
- AH! Eles podem esperar... enquanto termino meu whisky, coloque outra vez a música “fuscão preto”, porque o que eles mais querem é dançar.
E depois de proferir esta maravilha de abuso, soltou uma sonora gargalhada, que foi seguida por alguns de seus pares e puxa-sacos presentes.
Nesta época, eu era ainda uma jovem repórter do Diário de Brasília e jamais me esqueci, pois naquela frase despudorada, residia a indiferença cortante do político brasileiro em relação ao povo e a qualquer ato sério que dele, pudéssemos esperar.
A ditadura com seus militares no domínio de tudo, corria solta, mas mantendo vivo os acórdãos de velhas e novas raposas que com eles confraternizavam.
Nada de verdade mudou de lá para cá nos bastidores dos poderes, até mesmo na manutenção de velhos e carcomidos personagens que já trépidos se utilizam de filhos e netos, mantendo sempre ativo, em primeiro lugar, os interesses deles e não os do povo.
Mexer com as pensões e aposentadorias dos militares, que sozinha e somados representam cerca de 14 bilhões do déficit da Previdência?
Quem são eles!!!!!!!
A cobra está bem quietinha, mexer com ela, para quê?
Tudo é uma questão de acordo, enquanto nós, se ficarmos o bicho come, se corrermos o bicho pega.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
A CONSTITUIÇÃO QUE FAVORECE A POUCOS
A decisão do STF, foi certíssima, pois amparou-se, tão somente, na Constituição. Todavia, não se pode deixar passar batido, a contínua violação da mesma, na conduta de nossos políticos em detrimento direto do país e de seu povo, que dizem ser soberano.
Algo precisa ser feito em várias áreas funcionais, apesar de reconhecer que muito já tem sido feito até mesmo, de forma inédita, mas precisamos ser mais ágeis e amplos na aplicabilidade das leis que são violadas e amparadas pela Constituição.
Essa matemática , eu que sou povo, não entendo, apenas creio não estar certo, dois pesos e duas medidas.
Acreditando que precisamos muito rever a nossa Constituição para que verdadeiramente, seja uma aliada do cidadão brasileiro e não apenas de nossos políticos, que antes de tudo, deveriam honrá-la e não apenas, usá-la aos seus interesses pessoais e políticos.
Pragas como Renan e tantos outros vampiros da República, deveriam receber a mesma consideração constitucional de qualquer cidadão brasileiro que a infrinja, como pode ser constatado por todo o tempo, em cada local desta pátria varonil.
Posso estar falando um punhado de besteira, mas sou povo e enxergo, apenas como povo esfolado de um país falido, mas com Constituição seletiva, no entendimento dos doutores e letrados em Lei.
Decisão correta amparada na constitucional, solução frustrante para os anseios do povo brasileiro, cansado de ser discriminado.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
PRECONCEITO - CHAGA MALDITA
Jamais neguei a realidade da existência cruel do preconceito de qualquer natureza, fazendo-me de ingênua ou coisa que o valha, todavia, ressalto sempre em minhas palavras, sejam escritas ou faladas, que o combate a esta chaga da natureza humana só surte efeito concreto se vier através de uma educação existencial de valorização da vida, do outro, do tudo, mas principalmente de si mesmo.
Falo que é uma chaga da natureza humana, pois ela é fruto maduro da arrogância que faz parte das características da personalidade, independentemente da cor, da escolaridade e da condição social e econômica, afinal, não é difícil de se encontrar pessoas extremamente simples nesta atitude, usando-a explicitamente como escudo protetor, pois a fragilidade psíquica, não escolhe ou classifica.
Aliás, na crua realidade, o ato preconceituoso é sempre uma postura covarde de todo aquele que por não saber vivenciar em harmonia com as diferenças, se escudam com as atitudes arrogantes, fingindo-se melhores e superiores ou humildes e vitimados, tão somente para protegerem-se da vida em suas nuances diferenciadas.
Duras são as minhas visões sobre este cotidiano humano repleto de infinitas distorções, menos duras, no entanto, se comparadas à realidade possível de ser enxergada e sentida a cada instante, em qualquer local, onde pessoas e a ignorância existencial fazem parceria.
Portanto, acredito que devemos valorizar o ato bendito da vida com seus frutos não menos benditos, sejam eles, brancos ou negros, sendo simplesmente determinados como gente, que por ter a capacidade de raciocínio lógico e consequente produção de sentimentos, deveria ser bem mais inteligente e verdadeiramente humano.
domingo, 4 de dezembro de 2016
Santa Bárbara-Santa Bárbara- Reprodução de texto original
Sofreu o martírio provavelmente no Egito ou na Antioquia, por volta dos anos 235 ou 313. Sua vida foi escrita em diversos idiomas: grego, siríaco, armênio e latim. Conforme a lenda, Santa Bárbara era uma jovem belíssima. Dióscoro, seu pai, era um pagão ciumento. A todo custo desejava resguardar a filha dos pretendentes que a queriam em casamento. Por isso encerrou-a numa torre. Na torre havia duas janelas, mas Santa Bárbara mandou construir uma terceira, em honra à Santíssima Trindade. Um dia, entretanto, Dióscoro viajou. Santa Bárbara se fez então batizar, atraindo a ira do próprio pai. Fugindo de seu perseguidor, os rochedos abriam-se para que ela passasse. Descoberta e denunciada por um pastor, foi capturada pelo pai e levada perante o tribunal. Santa Bárbara foi condenada a ser exibida nua por todo o país. Deus, porém, se compadeceu de sua sorte, vestindo-a miraculosamente com um suntuoso manto. Padeceu toda sorte de suplícios: foi queimada com grandes tochas e teve os seios cortados. Foi executada pelo próprio pai, que lhe cortou a cabeça com uma espada. Logo após sua morte, um raio fulminou seu assassino. Em função disso, Santa Bárbara passou a ser invocada contra tempestades, temporais e tormentas e como protetora contra os raios.
Isso teria se passado no dia 4 de Dezembro, hoje dia dedicado à Santa. O seu culto espalhou-se rapidamente pelo Oriente e pelo Ocidente, inclusive no Brasil. Santa Bárbara é a Padroeira dos Mineiros.
Santa Bárbara corresponde a Iansã, grande vencedora de demandas que protege e livra os fiéis de todos os tipos de ataques, sejam de origem física, espiritual ou mental. Iansã é a patrona do Templo Universal da Paz, localizado no bairro Lami, em Porto Alegre, que tem como raiz religiosa a Umbanda Branca, e também o kardecismo, o esoterismo, o xamanismo, o budismo tibetano, o hinduísmo, e toda a linha egípcia e do oriente, de origem sincrética. Em homenagem a Iançã, o Templo promove festa neste dia. Para maiores informações, acesse http://www.mestratala.com.br/templo_iansa.html
Santa Bárbara- Reprodução de texto original
IANSÃ – CADÊ VOCÊ?
Quem convive comigo sabe que não frequento qualquer tipo de religião, mas que estou sempre pronta a estar com qualquer uma delas se o assunto for levar amor, conhecimentos e noção de sustentabilidade de vida às pessoas.
Acredito que figuras como Santa Bárbara e tantos outros que, representarão sempre o melhor em todos os sentidos da espécie humana, não são exclusividade desta ou daquela religião, pois se tornaram universais pelas suas próprias condutas existenciais.
Particularmente, costumo dizer que tenho um forte esquema de segurança pessoal, absolutamente de graça, precisando apenas, honrá-lo a cada instante, mediante as minhas intenções e ações para com o meu próximo e com a vida em si e, quando, derrapo nos vícios comportamentais sistêmicos, corro para redimir-me, pois sem esta proteção espiritual, tudo certamente, seria bem mais difícil em minha vida.
Que a devoção a Santa Bárbara, Iansã, ou seja, lá o nome que lhe queiram dar, permaneça como um respirar constante na vida de cada amigo que me lê neste instante e que nada, seja mais forte e poderoso, que o amor que reside dentro de todos nós.
UM DOMINGO DE PAZ
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
"COJONES”
São 4 horas da manhã, os pássaros já começaram suas cantorias e eu, como de costume, já estou bem acordadinha, tecendo minha interminável colcha de retalhos sistêmicos, onde a passionalidade emocional dita a lógica, seja lá do que for.
Por que faço isso?
Sei lá, provavelmente porque, ainda bem cedo em minha vida, descobri-me apaixonada por gente e comecei a me colocar como se fosse num jogo no lugar delas e a perceber, com o passar do tempo, que as minhas atitudes,assim como as delas, não mudavam, apenas se repetiam como cópias decoradas e bem representadas em suas nuances e características pessoais e culturais.
Fui percebendo que muda-las, também ao longo da vida, algumas pessoas precisaram de muita disposição, interesse momentâneo e, acima de tudo, uma dose cavalar de vontade voluntária, que na realidade só se manifesta se houver bastante conhecimento dos malefícios pessoais que advém da incessante busca do impossível em querer-se mudar o já solidificado nas sociedades.
E aí, haja “cojones”...
Sim, porque pagamos sempre os preços pré-estabelecidos e que não podemos afirmar em momento algum que desconhecíamos, até porque, são sempre os mesmos, tendo como única diferença a forma de como vamos contabilizá-los.
Traduzindo em miúdos, colhemos exatamente o que plantamos através de nossas opções, e aí, na colheita, não reside qualquer surpresa, a não ser, é claro, a nossa sempre vã esperança de que conosco vai ser diferente.
Qual nada, tudo ilusão de quem não sabe avaliar o sistema social onde vive e convive, achando-se bom demais para ser descartado.
Nada se compara a dor de se ter um Rei Morto, assim como nada se compara a luta pela sobrevivência com um novo, Rei Posto.
FOI ASSIM SEMPRE...
Todavia, também reparei que não nos ensinam a exercitar a nossa capacidade em termos “cojones” fortes e resistentes para aguentarmos os trancos que, eventualmente, precisamos enfrentar.
E aí, tudo fica mais difícil, pois a maior luta passa a ser íntima e absolutamente pessoal, afinal, somos essencialmente vaidosos e se existe algo que nos é difícil de aceitar, com certeza é o fato do novo Rei nos descartar, gerando assim, dores infernais que só mesmo com muitos bons “cojones”, somos obrigados a conviver.
Detalhe das posturas de gente que aprendemos a conviver bem cedo ou ao longo das duras caminhadas de aprendizado existencial.
Todavia se pensarmos sem passionalidade, tudo na realidade é simples assim:
Ação e Reação.
O maior cego é o que não quer enxergar
Velho ditado, velha sabedoria daqueles que foram um pouco mais além da visão corriqueira.
Durante dois dias, precisei circular por Salvador, claro que sempre num bom carro com ar condicionado e ainda assim, cruz credo, não via a hora de voltar para a minha amada Itaparica, determinada a brigar com qualquer um que venha me dizer que a cidade está um caos.
Naturalmente que vou concordar sempre que neste local simplesmente maravilhoso, não deveria existir algumas mazelas históricas, principalmente a miséria, o analfabetismo, a fome, o lixo a cada esquina, assim como também vou concordar que durante anos fomos sistematicamente abandonados pelo governo do Estado e que por esta fundamental razão, a violência vem crescendo no mesmo ritmo, obrigando-nos a gradear cada vez mais as nossas residências e comércios.
Também vou lamentar que nossos gestores tanto do executivo quanto do legislativo, poderiam ter-nos oferecido bem mais e que nós, população, deveríamos ter cobrado também bem mais, não como voz isolada, mas unidos, num cordão de solidariedade tão poderoso, quanto o que se forma para eleger cada um deles.
Todavia, no frigir dos ovos, precisamos reconhecer que ainda vivemos em um local de pessoas amistosas, de ambiente acolhedor e cuja violência, ainda nos permite tomar um banho de mar noturno ou de sentarmos à beira mar para tomarmos aquela cervejinha gelada, sem medo de ser feliz.
DESVIANDO ATENÇÃO
Se tem uma postura que sempre me aborreceu bastante é a da criatura que vive apontando o dedo para outro (s) e afirmando sem qualquer base de fundamentação, que ele é ladrão, safado, etc. e tal.
Reza a lenda que toda criatura que assim procede, retira de si todas as possíveis atenções e as direcionam para o que lhe parece ser um alvo mais fragilizado e propício a se ferrar, encobrindo, assim, todas as mazelas culposas de si mesma.
Isto também acontece na vida privada, nos ambientes de trabalho ou em qualquer lugar onde existam pessoas, disputas e, é claro, a falta de consciência da ética e da estética comportamental.
O problema da corrupção brasileira é tão velho quanto o país e não será, apenas, prendendo que o problema acabará, se bem que é um passo importante e inédito que precisamos aplaudir e apoiar, todavia, se aliado a isto não houver uma mudança de postura do povo, quanto a fiscalização e cobrança constante de seus eleitos, tudo voltará a ser como dantes, no quartel de Abrantes.
Citarei apenas um exemplo:
Se de antemão, o povo toma conhecimento que esta ou aquela empresa, estará à frente deste ou daquele serviço público, já está claro o drible que será feito na legalização da licitação. Não é mesmo?
Então, por que não fiscalizar e exigir explicações, indo checar as empresas concorrentes, levantando custos comparativos?
Esse é um trabalho que deveria ser feito por comissões de vereadores, ou por uma comissão de cidadãos, se os mesmos continuarem a tão somente discursar contra ou a favor, o que vamos e venhamos, tem acontecido sistematicamente.
Transparência dos andamentos públicos se faz com trabalho sério e contínuo daqueles que foram eleitos para gerir os trabalhos e o erário público, com o devido acompanhamento do cidadão consciente de seus deveres e direitos, todo o restante, são firulas do me engana que eu gosto.
Portanto, denegrir ou só prender, de nada resolve, pois, as ervas daninhas precisam ser arrancadas pela raiz, do contrário, a primeira chuvinha de descuido faz crescer e prosperar.
Já que não podemos mudar o andamento do Brasil, certamente, poderemos ir desenhando um novo cenário em nossa cidade, dando a César o que é de César.
Até hoje, não temos conhecimento de nenhum “dedo duro” que não tenha o rabo preso.
COMO É DIFÍCIL...
Fico aqui pensando, enquanto olho as letras do teclado do computador, o quanto é difícil emitir opiniões isentas das emoções, oriundas das influências politicamente corretas, onde dogmas religiosos estão embutidos e onde a hipocrisia humana se veste de moralidade para, então, determinar o certo e o errado.
Falar de aborto, assunto tão polêmico e complexo sem colocar Deus e o pecado como tônica, é um desafio e, ainda por cima, julgar quem o praticou é sempre um enorme risco de se estar desconsiderando inúmeros fatos que permeiam a vida humana de milhares de mulheres mundo a fora, reduzindo-as tão somente a um bando de irresponsáveis assassinas.
O Brasil registra anualmente cerca de um milhão de abortos, o que garante que cerca de uma a cada cinco mulheres o pratica e isto é assustador, queiram ou não as Igrejas admitirem, exigindo delas e de seus seguidores uma maior reflexão a respeito de tão sério assunto.
A cada nove minutos, morre uma mulher por aborto clandestino, o que vem provar que criminalizar sua prática, não aumentará sua existência, mas certamente, diminuirá o número de mortes de mulheres, além de amenizar o sofrimento das que sobrevivem, que são em sua maioria pobres, negras, sem educação formal e sem a mínima condição pessoal de manter uma gravidez.
Numa época em que se discute por todo o tempo, os direitos de escolha das mulheres em Congressos pelo mundo, criminalizar o aborto é antes de tudo um acinte às mulheres em seus mais significativos direitos, que é ter o domínio e a autonomia sobre o próprio corpo.
Isto sem falar no exército de desnutridos sociais que engrossam os asilos, casas de apoio, orfanatos, assim como os mais desgraçados que encontram nas ruas, becos e praças o aconchego de uma sociedade fria que os ignora, transformando-os através dos descasos sistêmico em abortos vivos da miséria e do abandono.
Jamais defendi aborto e sequer pensei em fazer um, mas assusta-me a incapacidade do ser humano em reduzir uma decisão no mínimo dolorosa fisicamente, a um sim ou não e a conjecturas sobre educação sexual e planejamento familiar, num pais em que a educação básica está falida, as instituições corrompidas e a indiferença interpessoal dos cidadãos se encontra tão fragilizada.
Assassinato individual de um feto é crime, mas o que falar dos assassinatos coletivos que acontecem por todo o tempo e que ouvimos, assistimos, lemos e não consideramos, tão somente, porque nos acostumamos a transferir as responsabilidades sociais, como se não fossem também de cada um de nós.
Nos calamos diante dos horrores diários em prol de permanecermos comodamente apenas opinando sem qualquer real envolvimento com as mazelas de nosso mundo sistêmico, além de pequenas ações meritórias em datas especiais, onde então, nos lembramos dos não abortados que superlotam as jaulas do sistema de amparo ao menor.
Precisamos pensar mais além do já estabelecido, afinal, se tudo mudou drasticamente nos últimos milênios, por que ficarmos estagnados, a apenas repetir refrãos sem maiores análises do contexto real, desta nossa assustadora civilização do século 21?
terça-feira, 22 de novembro de 2016
SUCESSO
Hoje, vinte e quatro horas mais velha, como sempre exercitando minha escrita, o tema não poderia ser outro, afinal, poucas pessoas chegam na minha idade ainda alegre e podendo dizer:
- Sou feliz e sou sucesso.
Até porque, geralmente estes dois adjetivos na prática vivencial dificilmente caminham juntos, tantos são os atropelos, desvios, pressões, perdas ou excessivos ganhos de todas as naturezas.
As pessoas, geralmente, justificam suas infelicidades ou porque receberam muito ou muito pouco ou quase nada.
Ao contrário da grande regra, nasci e vivi com muito, assim como experimentei perder e as vezes perder muito, aprendendo na prática a saborear ambos os gostos, num exercício de prova para me acostumar com o sabor, descobrindo ao longo dos experimentos, que nem sempre são tão ruins que não pudessem ser saboreados e também nem tão saborosos que não pudessem me fazer enjoar.
E nesta visão que coloquei na prática fui percebendo a minha capacidade de recolher de tudo o melhor que a vida podia me oferecer, transformando o amargo e o doce em refeições equilibradas que me fortaleceram.
Cada dia é uma festa, uma glória, uma conquista, mas é no dia 21 de novembro de cada ano, que nitidamente constato o sucesso que obtive em minha longa caminhada de 67 anos, que são as pessoas com as quais convivo de uma forma ou de outra, e aí, fui percebendo o quanto sou um sucesso.
Não por ser celebridade, não por ter bens materiais, não por deter qualquer tipo de poder, mas unicamente por ter tido a felicidade de agregar pessoas que íntimas ou não, estão sempre presentes, dando brilho a minha existência.
Obrigada a todos que generosamente expressaram seus carinhos, suas atenções a mim no dia de ontem, reafirmando mais uma vez a minha convicção de que viver é muito bom, que a vida em qualquer circunstância pode ser enxergada e vivenciada com alegria e otimismo, afinal, independentemente de tudo o mais, ela é bonita, é bonita e é bonita.
domingo, 20 de novembro de 2016
QUEIMANDO JUDAS
QUEIMANDO JUDAS
Estou aqui pensando nas postagens que diariamente surgem nas redes sociais, que são publicadas em jornais e revistas e largamente exploradas pelas TVs sobre as prisões, condenações, chiliques, caras de pau, movimentos sociais de rua, invasões às instituições, mídias sensacionalistas, opiniões sérias ou até mesmo tendenciosas de intelectuais de direita, de esquerda e, sinceramente, não vejo nada, absolutamente nada, que em forma de orientação séria e educativa ao povo em relação ao porquê dos políticos fazerem o que fazem de maneira sistemática, endêmica e descarada.
Chego mesmo a sentir pena das autoridades bandidas, tanto quanto, lamento pelos Zés ninguéns das comunidades, que a cada dia mais cedo adentram no mundo da marginalidade, já que entendo que ambos são resultado do nosso incentivo pessoal de cidadãos que, de formas brutalmente diferenciadas, os estimulamos, através de uma idolatria histérica ou de um medo aterrorizador, além de uma anulação de bens sociais, mas oferecendo a eles tanto poder e glória que os mesmos passam a acreditar que são os donos do pedaço e que tudo podem, pois se encontram acima do bem e do mal.
Uns porque oferecemos muito, outros porque negamos tudo, num paradoxo assustador.
Em ambas as situações, nos fingimos de cegos e deixamos as águas rolarem, seja por ignorância, por interesses de ganhos pessoais ou mesmo pela sensação de incapacidade de ação a fim de deter os abusos, já que na maioria esmagadora das vezes, nos vemos literalmente sós.
E a simbiose se mantém a cada eleição, a cada dia em que nos vestimos de Deus e de Diabo, num constante doar e condenar, sem qualquer perspectiva real, palpável, de compreender que políticos existem para servir ao povo e não o inverso.
No momento em que entendermos as regras mínimas de administração pública, certamente estaremos aptos a eleger políticos sérios, que seguirão as normas ditadas pelas regras de uma administração coerente e respeitosa.
Eles entenderão que seus postos são temporários e tênues, caso não se enquadrem no espírito do bem comum.
Continuando a idolatrar os Deuses, a aplaudir seus ganhos e vitórias pessoais ou aplaudindo seus assassinatos, nas ruas e becos de cada cidade, continuaremos oferecendo a uns tudo e a outros nada e, no final das contas, malhamos ambos como Judas a cada instante de nossas vidas sistêmicas, como forma de consolo pela nossa própria estupidez.
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Ligia Ultra
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Lesa- pátria
Pensando bem, eu não deveria dar qualquer opinião, afinal, ninguém pediu, mas aí, eu não seria uma cronista que busca incessantemente, registrar os andares sociais de seus agentes.
Portanto, aviso de antemão que estou tão somente, fazendo uma apreciação, sem qualquer intuito de denegrir este ou aquele, talvez, com certeza, seja também uma forma de lamentar a constatação de que, aonde entra o orgulho e o preconceito, qualquer outro sentimento mais elevado, não tem espaço.
Perder as óperas produzidas e dirigidas pelo amigo artista, que anualmente, foram oferecidas ao povo de Itaparica, assim como todo um acervo de anos de trabalho sério de levantamento cultural, ao meu ver de cidadã itaparicana e brasileira é um crime contra o patrimônio imaterial público itaparicano.
Nenhum gestor precisa abraçar, estreitando em suas relações mais próximas, os talentos que enobrecem a grandeza de uma cidade, pois confiança, espera-se de quem próximo se encontra na lida do dia a dia, mas manter o apoio é fundamental, pois tirá-lo do artista é antes de tudo, tirar do povo que o aplaude.
Mas reconheço que o artista errou, na medida em que filiou-se a este ou aquele agente político, seguindo o seu coração, quando sua lealdade, deveria pertencer tão somente, ao seu trabalho, comprometendo assim, a continuidade equilibrada do mesmo.
Lembro-me então da estrofe do grande poeta que diz:
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?! “
Navio Negreiro de Castro Alves
SERÁ ?
Estou naquela de recordar pessoas e fatos já vividos em uns flashbacks, que já se tornaram rotina.
Não é a primeira vez que isto acontece, todavia, é a primeira vez depois que, espantosamente me percebi envelhecendo.
E olha que custei a admitir, olhava no espelho e simplesmente desconsiderava as rugas teimosas, a papadinha safada, os contornos do corpo se avolumando e, etc., já que meus olhares, eram por mim direcionados a bem além, da estética que me envolvia.
O que não significava alienação, apenas uma questão de observação prioritária que, evitava a natural frustração de estar deixando de ser mais uma gostosa do pedaço.
Sim, porque em muitas ocasiões, eu me achava e isto me bastava.
Temendo o ridículo de querer manter algo que inevitavelmente lá ia desabando, numa expressão cruel da física em meu corpo, decidi tratar da mente e do espírito, como resistência ao incomensurável tempo que não parava de causar danos irreversíveis, decidindo então, que algo significativo, deveria permanecer intacto as ações devastadoras do malvado tempo.
É, mas o tempo não se comoveu e tem acelerado de tal maneira, que já me enquadro no estereótipo popular de estar com o pé na cova, afinal, é dito popular que, quando começamos a lembrar demais dos fatos vividos em longínquo passado, é porque estamos prestes a morrer e os que já se foram, começam um interlúdio de boas-vindas.
Será?
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
PRESA E AMORDAÇADA
E aí, novamente na aparente solidão de meus escritos, penso no quanto o mundo tem mudado a cada década desde que me entendi um ser capaz de observa-lo e, nesta constante mudança, fui sendo capaz de me adaptar, aprendendo, ensinando, corrigindo, adaptando, enfim seguindo em frente sem maiores atropelos e, tendo ainda a chance de pensar a respeito de tudo com uma certa harmonia interior, que me remete a uma constante e crescente sensação de paz.
Considero esta, uma enorme e indescritível experiência existencial que deixarei registrado nas milhares de páginas que escrevi desde os meus 14 anos, onde exalto a minha alegria por estar vivendo e também onde exorcizei todos os meus demônios interiores que insistiam em empanar a espontaneidade que me era natural em fixar minha atenção nas grandezas que conseguia enxergar e sentir, assim, como buscar entendimento quanto ao feio e duvidoso que insistente, puxava-me num destroçar de ilusões, sonhos e planos, inerência de um sistema caduco e pouco amável.
Hoje, já não me surpreendo com a dicotomia possível de ser encontrada em todos os espaços de vivência e, com certeza me mantenho em permanente alerta para não ser “fisgada, presa e amordaçada”, assim como diz a letra da música num emaranhado que com certeza, faz doer.
Boa noite
sábado, 5 de novembro de 2016
PRECONCEITO
Tenho reparado que nos últimos anos, a minha atenção voltou-se ao reconhecimento das atitudes preconceituosas, acreditando que isto vem ocorrendo na medida em que, com o passar do tempo, fui calando e ouvindo mais, assim como deixei tanto de me olhar e passei a olhar as outras pessoas e, neste percurso natural da maturidade, a transparência dos fatos, do linguajar subjetivo, do não dito, mas expressado por gestos, atitudes sutis e até mesmo delicadas, escondem realidades preconceituosas que passam batidas no lidar cotidiano das pessoas umas com as outras, numa banalidade mais que cruel, pois é velada, silenciosa e muitas vezes adornada com o falso brilho de um permissivo respeito.
E aí, na medida em que me aprofundo neste mar de ignorância existencial, esforço-me para separar o joio do trigo, já que não há quem se livre desta patologia social, pois em regra geral, todos nós estamos contaminados, numa inconsciência assustadora do real em sua completude.
Nem reparamos, mas discriminamos por todo o tempo e, imediatamente, nos justificamos, pois, o sistema nos oferece todos os recursos necessários ao perdão também não pensado, mas que se manifesta em posturas corriqueiras de rejeição silenciosa adornada com salamaleques de todas as ordens, mas que mantém afastado de nós, tudo que verdadeiramente, não se enquadra nos estereótipos em que estejamos inseridos e que nos foi determinado pelo sistema como ideal
E não diga que você não é um preconceituoso, antes, preste bastante atenção no que você faz, fala, come, convive e etc. e tal.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
SEM NOÇÃO
É a falta total de conhecimento básico sobre algum assunto, mas em linha geral, quando dizemos que alguém é sem noção, queremos realmente afirmar que este alguém não tem noção de absolutamente nada, até mesmo do porquê estar vivendo.
Claro que o legítimo sem noção, guarda em si, uma baita autoestima e jamais vai admitir que é desconhecedor disto ou daquilo e do tudo mais, todavia, reconhecemos de pronto sua “no sense ”e, geralmente, deixamos para lá todo o seu absurdo; e é justamente este comportamento que imprimimos a ele, que o legítimo sem noção aumenta sua autoconfiança, se aperfeiçoando cada vez mais e, consequentemente, oferecendo a ela e aos demais a cada instante riscos que podem se tornar extremamente perigosos.
O sem noção dentro de sua indiscutível arrogância, fruto de sua descomunal ignorância em se postar junto aos demais, não anda, não argumenta, não partilha, apenas sai atropelando na medida em que vai ganhando mais e mais confiança, deixando-nos na maioria das vezes boquiabertos e em algumas ocasiões até mesmo amedrontados, já que reconhecemos estar diante de alguém que nada teme, tudo enfrenta e que declara estar disposto sempre a tudo, não se sentindo tendo nada a perder.
Por quê, estou pensando no sem noção?
Talvez por estar cercada de alguns deles e só agora ter a minha ficha caído do perigo que me cerca.
Cruz credo... Livrai-me Deus destas criaturinhas danosas.
Ainda bem que instintivamente as reconheço de pronto e corro delas como o Diabo da Cruz.
E aí, você também conhece um alguém que seja totalmente sem noção?
domingo, 30 de outubro de 2016
COTIDIANO
Quando se chega na minha idade, naturalmente, muitos carnavais já foram apreciados e talvez por esta razão, não me surpreendo em demasia com as plumas e os paetês que adornam as fantasias deste nosso cotidiano que se esforça imensamente em ser surpreendente, mas que na realidade, tem apenas se aprimorado, tanto nos quesitos bons, quanto nos ruins, numa sucessão contínua de risos de alegrias e gritos de dores que se confundem, formando os sons das cidades, dos bairros, das ruas e infelizmente, também de nossas casas.
É o ladrão que adentrou, o marido que bebeu, a filha que fugiu, o vizinho que brigou, o político que roubou, a empregada que faltou, a torneira que secou, a pia que entupiu, mas felizmente, o natal chegou.
E tudo vira festa, pois em seguida vem o réveillon, depois o carnaval e como consolo espiritual, chegamos a semana santa, mais adiante as festas juninas e por aí vamos seguindo as estações, amparados nas tradições, mas verdadeiramente, vivendo de ilusões...
sábado, 29 de outubro de 2016
PAUSA CRIATIVA
É bem assim que me sinto...
Olho para a tela em branco diante de mim e o tempo vai passando e absolutamente nada surge em minha mente, aliás, percebo que até a mente está em branco, numa espécie de preguiça, onde tudo entra e nada sai e também não diz para onde vai, crendo eu, que deve se espalhar pelas retinas de meu interior de mulher apaixonada que suga cada gotícula de vida, sem se importar muito bem para onde vai, desde que seja, tão somente para me fazer feliz.
Fecho os olhos, suspiro profundamente e me sinto em paz.
Para você que me lê neste sábado ensolarado, desejo que encontre no decorrer do dia, sua própria pausa e com ela, encontre instantes benditos de paz.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
COMO É DIFÍCIL...
Há cinquenta anos atrás quando comecei a escrever, sentadinha em minha escrivaninha em meu quarto de filha única, pouco mais que uma criança, percebi que gostava de escrever sobre gente e suas especificidades, assim como muito atenta, tudo ia registrando em meus caderninhos, hábito que trago até os dias atuais, jamais me atendo ao comum e corriqueiro, mas a tudo quanto eu percebia e que se camuflava em sorrisos, risinhos e palavras fáceis. Tudo muito intuitivo.
O tempo foi passando, mas os meus hábitos permaneceram, apenas, devida as labutas naturais da vida, fui adaptando meus escritos ao qualquer hora e lugar, já que por inerência de meu próprio trabalho, não me era possível fazer escolhas e com isto, ampliei a minha capacidade adaptativa e aproveitei para também ampliar meu raio de visão, o que me impulsionou a também buscar nos grandes pensadores da raça humana, uma maior compreensão em relação a todo e qualquer contraditório, extraindo dele sempre, ricos aprendizados em relação a incapacidade de nós humanos em não sermos isentos da paixão que imprimimos às nossas escolhas.
E é esta paixão que nos leva aos desentendimentos interpessoais de vários níveis, inclusive passionais ao ponto da destruição do outro, justo porque, não nos preparamos nem para a conquista de nossos ideais e tão pouco pelo fracasso dos mesmos.
E aí, com a paixão mesclada quase sempre com a ambição de inúmeras naturezas, levantamos nossas bandeiras, vestimos nossas armaduras de papelão e saímos como desvairados mundo a fora em defesa primária do que acreditamos ser a verdade, nossa, não resta a menor dúvida, mas o que importa a verdade do outro?
Bela caminhada, não resta a menor dúvida.
Grandes aprendizados que tento repassar aos demais.
Todavia, o que mais aprendi foi sobre as mentes humanas, fontes inesgotáveis de singularidades que como atenta sempre estou, certamente me capacita, não como mais uma letrada desta vida, mas como provavelmente, uma pessoa sensível que buscou por toda a vida entender e vivenciar a ética, não dos outros em seus mares de interesses próprios, mas para os outros na certeza de todo o meu respeito aos seus pensares.
Por isto, não brigo, não discrimino, apenas leio, ouço ou assisto, pondero, analiso, busco referências e depois, se me convenço ou renego, reservo para quem se interessar, minhas próprias argumentações, baseadas em fatos concretos e comprováveis, deixando as falácias e argumentações limitadas aos preguiçosos que não se dão ao trabalho de olhar a coisa ou as coisas, nas suas diversas dimensões.
Exercer a ética, reconheço não é para qualquer um, pois dá trabalho e geralmente, menos dinheiro ainda.
Coisas da vida!!!!
Bolo de maçã (de liquidificador)
Quem diria que um bolo tão prático preparado no liquidificador, resultaria num bolo fofinho que desmancha na boca?! Essa receita é imperdível! É uma ótima sugestão quando recebemos uma visita de última hora e queremos preparar algo rápido e muito gostoso. Espero que gostem! Um beijo!
INGREDIENTES:
3 maçãs grandes
3/4 xícara (chá) de óleo
3 ovos
2 xícaras (chá) + 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
2 colheres (chá) de fermento em pó
suco de 1 limão
1 colher (chá) de açúcar
açúcar de confeiteiro para finalizar
Bolo de maçã (de liquidificador)
MODO DE PREPARO:
1- Comece cortando 1 maçã em pedaços (com casca) e coloque no liquidificador.
2- Na sequência descasque as outras duas maçãs. Coloque as cascas no liquidificador e a polpa corte em cubinhos, coloque em uma tigela e regue com suco de limão e 1 colher de açúcar. Reserve.
3- Voltando ao liquidificador, acrescente à mistura os ovos, o açúcar, o óleo e bata bem.
4- Em outra tigela peneire a farinha e o fermento. Despeje a mistura do liquidificador e misture bem. Acrescente os cubinhos de maçãs e misture novamente.
5- Despeje a massa em uma forma untada e polvilhada com farinha.
6- Leve ao forno pré aquecido a 180° por aproximadamente 35- 40 minutos.
7- Espere esfriar alguns instantes. Desenforme e salpique açúcar de confeiteiro.
Bom apetite!
domingo, 23 de outubro de 2016
NUNCA FOI TÃO PROPÍCIO
Não existe nada tão sábio quanto os ditados populares, afinal, são frutos das experiências empíricas que, de fato, contam as vivências culturais do cotidiano sem que haja barreiras fronteiriças, continentes interligados, raças ou qualquer diferenciação, já que as criaturas humanas, ou não, preservam seus hábitos e costumes, assim como as suas complexidades onde quer que estejam e, de uma forma ou de outra, se parecem ou se copiam.
“Gato escaldado, tem medo de água fria”
No nosso cotidiano tupiniquim é possível vivenciarmos alguns deles, sem no entanto, nos atermos as suas absurdas verdades que impiedosamente nos cortam como lâminas afiadas, transformando-nos em tão somente, espertinhos sem causas definidas, frente aos nossos continuados lamentos a respeito disto ou daquilo.
“O pior cego é aquele que não quer ver”
“ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”
“ Ignorância é o pior de todos os males”
“De boas intenções o inferno está cheio”
E por aí vai...
No entanto, tem um ditado que sempre me incomodou e creio que a maioria das pessoas que é:
“Manda quem pode e obedece quem tem juízo”
Esse é um velho ditado que foi abraçado pelo povo brasileiro desde os tempos coloniais, quando mais de cinco milhões de indígenas foram dizimados pelos portugueses, numa manifestação de força e poder, crueldade e ignorância, deixando-nos uma herança de subjugação que perdura até o momento atual, com raras ressalvas nos últimos cinquenta anos, mas que ainda se pode constatar através da reação do povo nas últimas eleições, onde a raiva, o despeito, a amargura e o desencanto, fizeram com que a insurreição proletária se fizesse ouvir e enxergar através da vitória em quase todo território nacional, não do conhecimento, não da conclusão lógica, mas do poder emocional que é mais perigoso que veneno de jararaca, sucuri ou coisa que o valha, afinal, pode ser mortal para quem foi vitorioso.
Tal conclusão não é primazia dos atuais eleitos, mas apenas, uma cópia colorida mas sem tanto brilho de impressão, quanto foi em 2002, que o iletrado, representante dos pobres e oprimidos, populista carismático, senhor da salvação que arrastou multidões que em festa continuada, gabou-se dos brancos exploradores e dos ricos FDP e fez com que acreditassem que político e poder, abraçam o povo fazendo seguir a tradição do velho ditado em que o líder manda e o povo obedece...
Incrível a nossa capacidade em esquecer o ontem e desconsiderar o cerne de cada questão...
“ Como o seguro morreu de velho”
“ E de boas intenções o inferno está cheio”
Sigo a minha intuição de ficar esperta, pois:
“Em terra de cego quem tem um olho é Rei.”
terça-feira, 18 de outubro de 2016
O CORPO DÓI...
Não há nada mais precioso que a vida plena e, no entanto, relutamos em abandonar as nossas inúmeras crenças e, por elas, sofremos e sofremos.
Penso que não há dignidade no sofrimento, daí a necessidade de se buscar o entendimento da mudança de rumo de nossas passadas vivenciais.
Isto não significa abandono ou desistência, ao contrário, trata-se de fidelidade aos propósitos maiores que conduzem e garantem a nossa reverência à vida, nosso maior patrimônio, afinal, por que desperdiçar toda esta riqueza que é insubstituível?
Egoísmo declarado?
Provavelmente aos olhos daquele que ainda não compreendeu a importância de sua própria vida no contexto da vida e, por não compreender sofre e distribui seus sofrimentos aos demais, através de suas posturas físicas e emocionais, promovendo um contínuo retrocesso em tudo que toca, mesmo quando sorri.
E aí...
O corpo dói, a alma dói e o universo chora.
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
OLHANDO PARA TRÁS...
Jamais me foi dito que as decisões na minha caminhada vivencial seriam fáceis ou difíceis.
Na juventude, fui percebendo que a maioria das minhas opções eram muito doloridas, afinal, as descartadas deixavam-me o gosto duvidoso da perda por se apresentarem imprescindíveis.
Na medida em que fui amadurecendo, creio que de forma intuitiva, passei a buscar no passado opções descartadas e, para a minha surpresa, sempre existiu uma imensa dificuldade em lembrar-me delas.
E então, aos poucos, fui me conscientizando do absurdo da perda de tempo e energias vitais à minha saúde e alegria de viver, achando que sem isto ou aquilo, este ou esta, tudo deixaria de existir ou que eu não poderia viver sem.
Que coisa, hein!!!!
Passei então a olhar o passado e minhas opções com todo o meu carinho, pensando que o descartado teve o seu tempo certo em minha vida e o que retive verdadeiramente me pertencia, até mesmo, quando me fez sofrer, num aprendizado contínuo, afinal, nada é para sempre, tudo tem um tempo determinado na conjuntura de minhas opções.
Cada nó que se desfez, liberou espaço para uma maior liberdade evolutiva, melhorando o meu estágio existencial.
Fazer opções não é fácil, mas pode ser terrivelmente difícil, se não for compreendido que tudo passa, que tudo sempre passará, menos a importância do usufruir com plenitude cada instante presente.
domingo, 16 de outubro de 2016
E´...
Pois é, o domingo está chegando ao fim e já estou pensando em subir para estirar-me em minha gostosa cama para o merecido descanso, não sem antes deixar registrado a minha profunda tristeza por ter vivido mais um dia sem conseguir deixar de assistir, seja na TV, seja nas redes sociais, o festival de canalhices emocionais que algumas pessoas( e este número tem crescido assustadoramente), distribuem como troféus do absurdo umas com as outras e que nos atinge sorrateiramente, minando nossos humores, destampando recordações desagradáveis, cutucando em nossas feridas e frustrações e nos induzindo a copiá-las e se não estivermos bem atentos, “pimba”, passamos a ser mais um a engrossar o time dos agressivos sociais, reforçando o coro de que a vida deve ser levada no “olho por olho, dente por dente”.
Pense nisto antes de aplaudir o abusado, o entrão que na realidade são os canastrões existenciais que fazem de si, espadas afiadas que vão ao longo de suas vidas, ceifando o belo, o singelo, o apenas real direito de cada um de ser o que é.
O canastrão precisa aparecer de qualquer forma e não mede esforços, assim como não poupa ninguém, dependendo tão somente, dos seus interesses momentâneos.
Aplaudi-los é o mesmo que os temer, tudo quanto se esforçam em representar.
Ignorá-los é o único recurso de sobrevivência, pois deixar-se enredar por eles é decretar submissão continuada com direito também contínuo de se sentir violado.
Ah! Envelhecer tem destas coisas...
Enxergamos o óbvio com o conhecimento de outras experiências já vividas.
sábado, 15 de outubro de 2016
PROFESSOR
Como professorinha eu me tornei em 1968 e, de lá para cá, fui acompanhando o distanciamento que foi ocorrendo entre o aluno e seu professor, entre os pais e a escola, num sempre crescente afastamento que só foi produzindo um absurdo desencontro de finalidades, claro, com raras exceções, quebradas esporadicamente nas festas do calendário escolar.
Talvez por esta constatação sempre fui muito atenta às condutas dos mesmos, sejam pais, alunos e professores, buscando sempre encontrar pérolas entre eles que pudessem ser exemplos aos demais.
Encontrei muitos e cada um na realidade reforçou a minha convicção de que eu jamais teria sido uma professorinha ideal, pois faltava em minha vocação de mestra o dom da paciência e a paixão com o convívio com as crianças.
Dois elementos fundamentais para que eu pudesse me inserir no mundo encantado da infância.
Parabéns a todos os professores que mesmo tendo o curso de pedagogia ou terem feito licenciatura nesta ou naquela disciplina, sentem orgulho de serem simplesmente, professores, professorinhas, seres impulsionadores do imaginário infantil, merecedores do respeito de todos nós.
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
QUEM SABE UM DIA...
QUEM SABE UM DIA
Quietinha no meu canto, aparentemente solitária, afinal, para quem tem a mente repleta de questionamentos sem qualquer receio ou mesmo medo de participar de seu mundo sistêmico, errando e às vezes acertando, não há lugar para a solidão.
E se não bastasse a infinidade de porquês, a cada dia, novos surgem de forma surpreendente, já que na realidade são os mesmos, tão somente, com novas vestimentas e novos personagens, todavia, dentre tantas mazelas que permeiam a raça humana, existe apenas uma delas que me toca de forma devastadora, que é a fome, tirando de mim qualquer maior respeito pela política partidária, se bem que como qualquer outra idealista, agarro-me vez por outra à boias que me parecem mais convincentes, tendo de confessar que até o presente momento, nenhuma delas preencheu o vazio da minha imensa decepção.
Penso na fome e a imagino sem nunca tê-la sentido, crendo que para aqueles que a vivem no seu cotidiano, nada mais importa que um simples, mas grandioso, prato de comida que a falta de respeito humano nega despudoradamente aos seus semelhantes, fingindo não vê-los nas suas miseráveis aflições ou, tão somente, realça-los em prol de seus próprios interesses, como se a fome fosse uma grande bandeira, talvez um poderoso abre alas que propicia a visibilidade política partidária aqui ou em qualquer outro lugar, onde a ganância, a vaidade e o total desconhecimento existencial é capaz não só de produzir como de se perpetuar.
A fome é tão absurdamente devastadora que tira do faminto a autoestima, deixando existir apenas como sentimento que é a esperança que ela, criatura invisível aos olhos de todos nós, se torna unicamente visível no voto da miserabilidade que é capaz de conseguir por um trocado qualquer nas épocas eleitorais.
E como, então, criticá-los por venderem seus votos ou depositarem suas esperanças em um prato de comida, prometido?
E de promessa em promessa, os guetos da fome proliferam e a vergonha em tê-los produzido se esvai, oferecendo a vitória da banalização sobre grandeza da vida humana.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
RECOLHENDO CACOS
Os ventos estão tão fortes que mais parecem os de agosto, envergando coqueiros, balançando galhos, derrubando frutos, despetalando flores.
Os sons do farfalhar das folhas são agitados, nervosos, pouco amigáveis, fazendo o mar se encrespar e o meu corpo arrepiar.
Os pássaros ressabiados procuram, me parece, inutilmente um lugar seguro para se abrigarem, um abrigo mais tranquilo para, então, voltarem a cantar.
A natureza me parece zangada, aborrecida certamente conosco que incansavelmente a ferimos com nossas ações destruidoras, numa ingratidão sem limites, numa indiferença que se ainda não a matou de todo, certamente já despertou nesta tão poderosa, mas também generosa senhora, momentos de impaciência que ela expressa desabafando, através de seus ventos fortes e de suas lágrimas de chuva em forma de tempestade.
De repente, tudo começa a se acalmar...
É a mãe natureza que enxuga as lágrimas, sufoca os gritos, faz calar o pranto.
E num ritual de recolher os cacos, assim como ela, lamento pela rosa desfolhada, pelas amoras deitadas ao chão, pelo ninho despedaçado e pela solidão que percebo neste acalmar dos ventos ao meu redor.
Que neste domingo, você consiga também recolher os seus próprios cacos pensando unicamente no aprendizado que as dores lhe trouxeram.
sábado, 8 de outubro de 2016
SIMPLES REFLEXÃO...
Finda a campanha política, aliviada as tensões das urnas, seja pela vitória ou pela derrota, vi surgir ao longo da experiência de vida, uma nova tensão, bem mais devastadora, que é esperar a posse do eleito e a saída do perdedor, se bem que neste caso, a tensão em maior número começa antes das urnas, pois pelo sim pelo não, três meses antes, o enxugamento começa a ser feito, desempregando e naturalmente deixando um sem número de pessoas que são eleitores a ver navios.
O que significa, votos perdidos. Nunca entendi, mas vamos lá...
Já o ganhador, nem mal fecharam-se as urnas, já se vê com uma batata quente nas mãos, afinal, como acomodar todos que dele esperam uma compensação?
E esta situação vai se agravando até a posse, já que os mais próximos, começam a disputar entre si os cargos de maior expressão e, é claro, também salário. Tudo muito sorrateiro e articulado, e seja quem vier a ocupar os referidos cargos, alguém sempre ficará insatisfeito e se sentindo preterido, isto sem falar na legião que nada consegue, mas que admite muito contrariado que a vida é assim e não há cargos para todo mundo e blá, blá, blá de convencimento próprio.
Bem, mas o tempo vai passando e a criatura vai se convencendo que, afinal, sua vida pouco ou nada mudou, porque de repente, todas as benécias que esperava para si ou pelo menos para a sua rua ou bairro, estão acontecendo para outro, não entendendo esta tal de prioridade que seu candidato justifica.
O tempo vai passando e ele se vê na mesma realidade de vida, isto se não piorar em alguns aspectos, e ela então começa a desenvolver um sentimento latente de abandono e vê-se lenta e gradativamente surgir a mágoa por ter sido esquecida.
E aí, não importa o bem geral que seu candidato ao longo do tempo ofereceu, a criatura está magoada e enxerga tudo muito ruim, afinal, ela particularmente, nada conseguiu, e isto, no frigir dos ovos, é tudo que importa e nem se apercebe que o seu candidato usou exatamente esta mágoa para convencê-lo com novas perspectivas, e o ciclo do prometer e não cumprir recomeça, garantindo vitórias e futuras mágoas que na política brasileira é chamado de vitória da renovação.
Às vezes o político é tão bom de convencimento que até consegue espichar por mais um mandato o seu poder de argumentação, mas rapaz, findo este prazo, a galera está tão frustrada e magoada que se pudesse, queimava em praça pública o safado que o enganou.
Antes de dizerem isto ou aquilo, reflitam um segundo e digam se estou totalmente delirante.
E quanto a honestidade...
Que decência é esta que permanece calada frente aos desmandos de um político?
Nos trâmites públicos, não há como fazer trambiques sozinho, tudo é muito burocrático e passa pelas mãos e mentes de muita gente.
Por que ninguém denuncia?
Raros minguados exemplos em nosso país varonil e, assim mesmo, porque o delator foi sacaneado de alguma forma.
Bem, esta análise primária vem me convencendo no decorrer de minha vida que a corrupção é pessoal e se alastra como líquido derramado ladeira a baixo, justo porque encontra declive no qual escorrer, jogando por terra a conversa fiada de que somos um povo honesto e sofredor e que agora, desta vez, estaremos finalmente, prestes a colocar o país, o estado ou nossa cidade nos trilhos limpos da corrupção.
Enquanto cada vereador não cumprir o seu papel, buscando conferir valores contratados nas licitações e compará-los ao preço médio de mercado, enquanto as referidas empresas não forem devidamente checadas em suas origens e domicílios, enquanto não formarem comissões sistemáticas de vigilância nos postos de saúde, escolas e etc., a ladainha continuará a mesma e enquanto os moradores das comunidades, também não formarem suas comissões de vigilância e cobrança dos vereadores, os esquemas desonestos de trocas de favores, superfaturamentos, empresas fantasmas ou com laranjas e pagamentos de propinas se perpetuarão, fazendo de cada cidadão brasileiro, tão somente um babacão que pensa com o ego de suas vaidades, necessidades ou ambas, o que garante a medalha de maior em tudo, inclusive na hipocrisia.
Respondam para si mesmo, uma única pergunta:
- Por que da necessidade de um candidato fazer um maior número de vereadores se a função deles é justamente fiscalizar, legislando em favor do Município e de seus cidadãos?
Percebem a sutileza da inversão de valores?
Daí a explicação simples para a fome e a miséria, a violência sempre crescente e a indignidade vivencial de uma legião de pessoas iletradas que se agarram a qualquer brisa de esperança, pois é tudo que lhes resta.
Culpá-los? Jamais.
Apenas educa-los para que um dia, quem sabe, possam perceber a imensa incoerência que representa o seu modo de viver em relação a todo e qualquer político deste país varonil.
Esse papo de que o Brasil está mudando e que o povo está deixando de ser bobo, é mais uma falácia de grupos políticos que tão somente explodem um punhado de merda no ventilador, certamente para colocar outra na gaveta.
Esse filme é bastante conhecido e já foi rodado com outros personagens alguma vezes na história de nosso país, só não houve e hoje existe, o que já é inédito, um JUIZ MORO para melar um pouco esta nova versão.
Mas brasileiro prima por ser Mandrake e com certeza, já tem um plano B, C, D, para as eventualidades incômodas.
Político Santinhos e ilibados e sem acordos de bastidores e Eleitor que pensa no coletivo?
Ainda estou pagando para conhecer...
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Que maravilha!!!
E de repente, agorinha, me dei conta de que não posso correlacionar o nome com a fisionomia da maioria das pessoas com as quais tenho dividido a maior parte de meu tempo nos últimos quatorze anos.
Nos últimos tempos, tudo que fiz, foi conversar com um sem número de pessoas, através da minha capacidade imaginativa.
No início na Rádio, o hábito me fazia tentar mentalmente desenhar o perfil fisionômico de cada ouvinte, mas gradativamente, sem me aperceber, fui perdendo-o, acredito que isto ocorreu justamente pela intimidade que foi se formando, não importando, portanto, de como era a pessoa em questão, pois tudo que era fundamental, me era passado através de sua voz, ao ponto de ser possível captar seu estado de espírito, tão somente, pela forma dela dizer:
- Bom dia, Dona Regina.
Mas eles, meus ouvintes, sempre souberam como eu sou e esta conscientização me foi possível no dia da eleição, quando pela manhã, saí para votar e depois percorrer as demais zonas eleitorais nas diversas comunidades, recebendo inúmeros abraços, beijinhos carinhosos e acenos alegres de pessoas que jamais havia visto, mas que sabiam o meu nome e algumas, até mesmo, peculiaridades de minha vida.
Lá pelas tantas, depois que cheguei em casa, almocei e deitei no meu sofá para descansar, percebi que eu estava em absoluto estado de paz, afinal, ali naquele dia, encerrava-se uma etapa, onde eu tinha a certeza de que havia doado de mim o meu melhor em prol de meus candidatos e, se não bastasse, ainda tinha recebido das pessoas, supostamente “desconhecidas”, o calor humano bendito que alimentou e fez desenvolver em mim o maravilhoso senso de pertencimento que durante toda esta minha permanência em Itaparica, fez de mim uma criatura a cada dia mais em paz consigo mesma.
Penso também neste momento que o facebook é responsável em parte por eu, através dos últimos anos, vir a conhecer pessoas de idades e cidades diversas, mas com as quais, troco ideias e ideais, divido sorrisos e ganhos, assim como, partilho dores e perdas de várias naturezas, sentimentos sempre presentes nas realidades cotidianas de todos nós, fazendo-me também constatar que a tecnologia em minha vida veio para reforçar valores, adicionando amplitude a minha mente e ao meu espaço vivencial.
E aí, como faço da analogia um também hábito constante, penso que mais que ir votar no domingo, também tive a oportunidade incrível de compreender na prática que eu não estava errada e que o “meu Deus” reside em mim e, através dele, sou capaz de enxergar o “Bendito Deus” que reside dentro de cada pessoa que interage comigo, mesmo que eu, nunca tenha visto suas fisionomias, pois nossas vibrações energéticas formam um cordão interminável de afinidades, onde os carinhos e atenções refletem vida, e esta, alimenta e nutre mais vida, num ciclo bonito, forte e resistente de mais e mais vida, sempre muito amorosa.
E aí... que maravilha é viver!!!!!
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
O GRITO DA LIBERDADE
A partir de janeiro de 2017, a Ilha de Itaparica estará sob a batuta de dois jovens, absolutamente distintos em suas naturezas históricas pessoais, mas absolutamente ligados em propósitos similares, representando uma parcela do povo brasileiro que não aguenta mais o “pot-pourri” de desmandos que vem assolando de forma sistêmica e desavergonhada o erário público.
Particularmente nos meus mais de quarenta anos de carreira, jamais encontrei nas pessoas tanta vontade de rasgar o espesso pano da vergonha nacional que pode ser encontrada em cada minúsculo recanto deste país, lesando de forma cruel a soberania do estado de direito de cada cidadão.
Não foi preciso nenhuma revolução, armas ou quebradeiras, tão somente, a luz da consciência de cada cidadão, que disse BASTA.
Aqui na Ilha, não seria diferente, e no embalo nacional de buscar uma espécie de redenção, por tantas décadas de opressão, o povo votou de forma emocional, fazendo de cada voto um grito de liberdade pessoal, compreendendo, finalmente, o poder que cada um representa no contexto geral e que no somatório é capaz de grandes mudanças.
Impossível continuar convivendo com os desmandos de todas as espécies, até porquê, as economias minguaram, secando pelo menos em parte a fonte saudável do desenvolvimento que abriga a nutrição de instituições bases do desenvolvimento, acolhimento e amparo do povo, tornando-se necessário um estancamento urgente que veio através do grito de liberdade de cada cidadão que buscou em seus candidatos o socorro necessário e urgente.
É bonito de se ver e é emocionante compreender a grandeza do que aconteceu no dia 2 de outubro e que, certamente, marca um divisor de águas nos propósitos políticos e nos anseios do povo, e harmonizar estes discursos exigirá de cada eleito, seja no legislativo ou executivo, cojones para o enfrentamento com um sistema viciado que tentará de tudo para permanecer intocável, a começar pelos acordos feitos em relação as custas das campanhas e que se estende na mentalidade cada cidadão, que apesar de querer ser livre e ver a corrupção expurgada, ainda espera alguma compensação pela sua lealdade, já que também é impossível transformações instantâneas de vícios comportamentais.
Todavia, o passo inicial foi dado pelo capitão de cada time em cada recanto deste nosso país varonil e, doravante, somente o exercício diário da cidadania, da participação da população e da transparência administrativa, fará ao longo tempo sucumbir o mau caratismo, com o nome simpático de jeitinho brasileiro, para quem sabe, num futuro não muito distante, possamos ocupar um lugar de destaque de qualidade e prosperidade no cenário mundial.
Pois enquanto existir a fome e a miséria, existirão também a escravidão e a indignidade humana.
Apenas é preciso cuidado para no afã das mudanças necessárias, não se ser injusto colocando-se de forma não menos cruel todo o joio no cesto de trigo de boa qualidade.
Serenidade é a chave básica para o sucesso das grandes mudanças.
Não há gloria, onde não há respeito.
QUE SURRA, MAMÃE...
Contrariando a lógica eleitoral brasileira que, definitivamente, fechou o ciclo do PT, certamente por um bom tempo em nosso país, o povo de Itaparica, sem qualquer cerimônia, leva-a ao pódio da Prefeitura também sem nenhum preconceito, o que me leva a constatar que, sempre soberano, o povo voltou as costas para a realidade e optou por escolher a sua imagem e semelhança, jogando por terra qualquer receio de ser feliz, a exemplo de Lula em 2002.
Penso, então, que vence o que constrói a melhor imagem e, certamente, a Professorinha Marlylda desenhou para si ao longo dos últimos oito anos e com suas memoráveis derrotas um bom aprendizado, o perfil perfeito, onde o amor supera qualquer dificuldade, principalmente rejeição em se tratando de apoios financeiros e sombras misteriosas que a partir de 1º de janeiro se apresentarão aos poucos, disfarçadamente, como sempre foi feito, tanto cá como acolá, através da coleta de lixo, do calçamento, passeios e de qualquer outra entrada financeira donde poderá manter a chave invisível ao povo de suas sempre bem sucedidas manobras.
Rapaz... que surra, e pensar que finalmente Itaparica terá a chance de ser salva e seu povo de se sentir recompensado com ruas calçadas e iluminadas, atracadouros, praças e uma infinidade de recompensas há décadas esperadas.
As crianças e idosos, assim como os especiais, terão certamente amplo amparo com criação de nova rede de acolhimento e proteção social e, mesmo com a perda de recursos federais, o bom Deus não os abandonará, provendo a cada instante, porque afinal Deus é fiel.
Aleluia Senhor, meu lombo arde pelas 8.800 chibatadas recebidas no dia de ontem.
Valeu o bom combate em favor do meu direito de escolha.
sábado, 1 de outubro de 2016
SEMPRE DIFERENTE
Como de costume, acordei bem cedinho pegando carona com o dia que começava a clarear. Aproveitando o embalo que me acomete a cada despertar, absorvi o espetáculo inenarrável dos aromas que sem qualquer cerimônia invadiram a minha natureza de mulher simples e apaixonada pela vida.
Hum... respirei fundo, uma, duas, dezenas de vezes, deixando meu corpo se apoderar da natureza que generosa me brindava com o seu melhor, bom dia, enquanto, minha mente, absolutamente racional, providenciava o devido registro, sem deixar escapar um só detalhe, fosse visível ou tão somente sensitivo para que mais adiante, como faço neste instante, pudesse eu reproduzir com a quase original emoção.
Que neste sábado, ainda não ensolarado que marca o início do mês de outubro, você possa também sentir e observar, registrando em sua alma, as delícias de se sentir vivendo e podendo constatar a cada amanhecer que, afinal, ele é sempre diferente, regenerador e profundamente inspirador.
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
MELHOR IDADE?
Uma ova...
Quando muito, uma idade onde podemos explorar as experiências já vivenciadas e, consequentemente, eliminar muita perda de tempo, até porque, perde-lo seria uma temeridade.
Essa talvez, seja a maior falácia que a comunicação social criou, pongando nos estudos científicos para estimular os velhinhos através da constante injeção de autoestima a saírem da frente da televisão e buscar atrativos externos como, por exemplo, viajar, fazer esportes e, é claro, gastar muito as aposentadorias.
Claro que estou fazendo graça com um assunto bastante sério, pois é inegável as melhorias que os velhos dos últimos 30 anos vêm tendo nos seus desempenhos pessoais, todavia, chama-la de melhor idade, parece-me um pouco irônico, pois quando nela chegamos é porque já perdemos a grandeza de nossa vitalidade, conservando uma mente, milhares de anos luz de brilho e armazenamento de conhecimentos, e aí, fazer o que?
Rapaz, subir e descer do trio elétrico nesta campanha política, foi um supremo sacrifício, doeu tudo.
Um verdadeiro horror!
Melhor idade um “escambal”, em apenas 8 anos da última vez que subi em um trio elétrico, minhas juntas endureceram, meus pés incharam e, se não bastasse, ainda peguei um baita resfriado.
Mas dei o meu recado, e neste momento, eu não tinha idade.
Que coisa hein!!!!
Bem, ainda tenho o consolo de ter um marido, parceiro constante nas minhas farras da terceira idade, assim como uma mente sadia, sem dor e sem travamento que descreve em textos o meu amor pela vida e a minha clareza em relação as minhas limitações que não me impedem de ser feliz.
Agora, melhor idade, eu tive para poder hoje, recordar.
E por tudo isso, dou “Graças a Deus”.
sábado, 24 de setembro de 2016
Comício Galvão
Quero agradecer ao amigo e vereador Denilson Cruz( 14.123 )kkk por ceder o seu tempo para que eu pudesse dar o meu recado.
Foi uma grata surpresa que me emocionou, justo por estarmos na comunidade do Galvão que abriga grandes e preciosos amigo e ouvintes, sempre participantes dos projetos sociais que desenvolvemos junto a Rádio Tupinambá.FM.
Rogo a misericórdia divina para que ilumine o povo itaparicano para que não se deixe levar por falácias de quem jamais, verdadeiramente prestou serviços à cidade.
Quem trabalha e se doa, certamente acerta e erra, só se imuniza, aquele que nada realiza.
Foi uma grata surpresa que me emocionou, justo por estarmos na comunidade do Galvão que abriga grandes e preciosos amigo e ouvintes, sempre participantes dos projetos sociais que desenvolvemos junto a Rádio Tupinambá.FM.
Rogo a misericórdia divina para que ilumine o povo itaparicano para que não se deixe levar por falácias de quem jamais, verdadeiramente prestou serviços à cidade.
Quem trabalha e se doa, certamente acerta e erra, só se imuniza, aquele que nada realiza.
UM AMANHECER APAIXONADO
Rapaz... acabei chorando neste amanhecer de
sábado , sem sol, mas também sem chuva, talvez porque as águas desaguariam de
mim ao assistir “O como será” da rede Globo, que mostrou um grupo de dança de
idosos que, inevitavelmente, levou-me a recordar do “Natal do meu tempo”,
magistralmente dirigido pelo querido amigo Yulo Cesar, sob a batuta de uma
jovem mulher que vislumbrou num grupo de idosos, a condição de ultrapassar as
barreiras do preconceito e do esquecimento social para oferecer dignidade
existencial.
Depois de
pronto e realizado, tudo parece ter sido fácil, tudo pode até cair no
esquecimento, mas não na minha mente de ser humano apaixonado por gente, que
sabe reconhecer toda grandeza possível de alguém capaz de, em meio a este mundo
tão exclusivista, pensar em outros alguéns, dividindo com eles, seu brilho
pessoal.
Muito
gratificante, pensar e constatar o quanto é possível se doar, quando assim nos
determinamos, e neste caminho das lembranças, chego em cada funcionário da
Secretaria de Saúde que conseguiu transformar o óbvio e obrigatório, em um
percurso de amor e dedicação, onde não há salário que pague e esquecimento que
destrua.
Enquanto
escrevo, confesso que deixo rolar gotas grossas de lágrimas que mais que
desafogar minha alma frente às ingratidões humanas, servem-me de consolo também
frente ao belo que me contagia.
O mesmo
contágio que vi acontecer na Ação Social que associados à Saúde, no silencio
dos grandes, levou mais que “coisas” que o dinheiro paga, mais que promessas
nunca cumpridas, apenas atenção, nunca oferecida.
Senhor meu Deus,
por que?
Por que
permites que os incautos empanem o brilho de teu amor que se reflete nas ações
dos muitos que te seguem, fazendo práticas as tuas orientações?
Por que, o
esquecimento se torna parceiro da cegueira indutiva?
Por que meu
Deus, a insistência em sermos tão pequenos, incapazes de reconhecer os grandes,
sem tentarmos como loucos destruí-los?
Por quê, meu
Deus? Por quê?
E por questionar
Deus, ele me ouve e envia o bendito sol.
Bom dia a todos
e que este sol da esperança consiga desanuviar as trevas do não reconhecimento
do belo realizado.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
UMA BELA DISPUTA
Nesta
sexta-feira, dia chuvoso e fresquinho, deixo-me arrastar pela preguiça e
confesso que nada faço, além de curtir o meu ócio e, enquanto, nada faço,
penso.
E no que
penso me surpreendo com a alegria que posso constatar na paz que me domina ao
pensar na disputa eleitoral, constatando também, que tem sido um bom combate.
E o que é
viver senão enfrentar a cada dia uma nova batalha, onde ganhamos ou perdemos, mas
sempre ao final de cada luta, fazemos as resenhas que vão formando a nossa
história.
“Show de
Bola”, diria meu amigo Neto Da Misericórdia!!!!
VIVA ZEZINHO
14
VIVA MARLYLDA 12
VIVA PROF.
EMÍLIO 40
Mas não se
iludam, pois o 14 vai ganhar. kkkk
HOJE TEM URBIS as 20 horas
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
GENTE DE VERDADE
Ah! Como eu
sempre gostei de conviver com gente de verdade e jamais desisti de querer
entender sua infinita complexidade que as vezes, faz parecer doer a minha alma,
mas que em qualquer situação, sempre me inspira e me impulsiona a buscar mais e
mais entendimento.
Gente de
verdade, erra, tropeça, ganha, sonha, deseja, perde, se arrisca, mas não se
esconde, não se camufla e acima de tudo, até irrita, mas não trai e, além de
tudo, sabe preencher o vazio do meu imaginário com a sua constante criatividade
de ser e de viver.
Gente de
verdade é como o sol de verão em sua potente ardência, às vezes, pode queimar a
minha pele sensível, mas também, sabe se transformar em sol de primavera,
translúcido e ameno, que aquece suavemente o meu todo, deixando-me
absolutamente relaxada.
Gente de
verdade, aprende a mergulhar nas profundezas de seus próprios mares
existenciais e ao emergir deles, sempre mais revigorada e resistente, transfere
sempre um pouco de sua grandeza ao todo.
Gente de
verdade é como uma flor que desabrocha a cada manhã, deixando fluir seus
aromas, sempre muito raros e, portanto, especiais, fazendo questão de perfumar
a vida ao seu redor.
Ah! Como eu
gosto de conviver com gente de verdade.
MICHELLE MARQUES - Princesa do Gueto, do Marcelino e de todos nós.
Conheci você
no exercício de meu trabalho junto ao Jornal Variedades e a Rádio Tupinambá em
2012 e de lá para cá, aos pouquinhos fui aprendendo a admirá-la pela pessoa
suave e pela profissional competente e dedicada que, além de tudo possui a
capacidade, hoje rara, de ser um ser agregador, capaz de delegar
responsabilidades e permitindo que os brilhos das conquistas deles, a eles
pertença.
Há alguns meses atrás,
conversando, você me disse que estava receosa, frente a responsabilidade de vir
a concorrer a vice, para a Prefeitura
Itaparica,
pois não tinha noção de política partidária e, então, lhe disse que o
itaparicano, assim como todo brasileiro, já está cansado de político e que, só
por isto, você deveria se sentir mais tranquila.
Disse-lhe
também que relaxasse, ou seja, que continuasse com a honradez que a caracteriza,
mostrando o seu trabalho e sua equipe, legados que são reais e palpáveis e que
estão à disposição de qualquer pessoa deste Município que, verdadeiramente
queira enxergar e reconhecer.
Sabe
querida, você cumpriu com decência o seu trabalho, dignificando a gestão de
Raimundo da Hora e, agora, diante de mais este desafio, certamente, você
consolidou junto a cada criatura capaz de avaliar o que é bom para cidade, o
seu valor de pessoa humana e de profissional.
Dói em mim e
em cada criatura que conhece você e o seu trabalho, ler ou ouvir os infelizes
da vida, chama-la de MIMICHELI. Eles com certeza não sabem o que fazem e muito
menos o que dizem, afinal, eu e muitos outros estivemos com você e o vereador Nixon
no alto do Marcelino para implantar um serviço social, mas eles não sabem,
porque afinal, nem aqui estavam, portanto, minha querida, você é a “princesa do
gueto” e de qualquer outro lugar, pois em qualquer um, sempre existirão pessoas
sensíveis que reconhecerão o seu valor.
Que Deus a
conserve sempre, este ser humano limpo, transparente e abusadamente humana,
para que outros no decorrer de suas vidas, tenham como eu, o prazer de conviver
com você.
Sei que falo
por mim e por milhares de outros itaparicanos que foram beneficiados com a reconstrução
de uma secretaria de saúde que se encontrava destruída, abandonada e com seus
funcionários desmotivados.
Um beijo no
seu coração e a certeza de que ganhando ou perdendo, você sempre será uma
vencedora, assim como cada um de nós que, superamos até mesmo, nossas
limitações de saúde para apoia-la, nesta sua bendita caminhada.
domingo, 18 de setembro de 2016
INGRATIDÃO
Ontem,
voltei a sentir a mesma emoção que pude experimentar em 2008 na comunidade da
Cesta do Povo e, novamente, deixei rolar gotas benditas de lágrimas e pude
observar que também o grandalhão do Claudio Neves, engolia em seco, na tentativa
de também camuflar o poder que a sua gratidão, produzia em si mesmo, frente aos
instantes de interatividade com o povo que mesmo passados tantos anos, o
recebia com extremo carinho.
E aí, eu que
acompanhei todo o caminhar de uma linda campanha, pude mensurar finalmente, o
grau de decepção e dor que a ingratidão produziu ao se infiltrar na alma deste
ser humano, cujo pecado foi o de tão somente, tirar o foco da luz que pairava
sobre ele, transferindo a outro.
Pensei então, enquanto os candidatos discursavam,
que tudo que nos culmina, independentemente do que nos tornemos no final das
contas,
é o conjunto
de nossas próprias honras, não necessariamente perfeitas e imunes de erros e
tropeços, mas repleta de expectativas e tentativas.
Pude também
compreender o porquê de ele pedir que tocasse a música SER HUMANO de Zeca Pagodinho,
que logo de pronto rejeitei, justo por achar que apenas EMOÇÃO de Roberto
Carlos, fosse capaz de retratá-lo.
Ledo engano,
na realidade ele queria ser visto e entendido como um alguém que
independentemente de ter isto ou aquilo, só desejou sempre ser para a cidade de
Itaparica “um ser humano”, onde sempre lhe foi possível despojar-se
de todas as amarras e vestimentas pesadas que o sistema social impõe.
Portanto,
neste momento em que tento expressar minhas mais significantes impressões sobre
o comício de ontem na Cesta do Povo, sinto-me livre para dizer que ganhando ou
perdendo no dia 2 de outubro, seremos sempre vencedores, pois conseguimos
apesar de todas as pedras que encontramos ao longo do caminho, permanecermos com
nossas almas libertas da invasão destrutiva do sentimento triste, pequeno e
mesquinho da ingratidão.
Concluo que
a alma que não abriga a gratidão, jamais conhecerá o amor.
PREFEITO RAIMUNDO DA HORA
Faltou você na Cesta do
Povo, nesta noite gloriosa, afinal, tudo de bom que ainda acontece em nosso
Município, não teria sido possível sem a sua visão progressista, seu apoio
incondicional e seu amor por Itaparica.
Enquanto, você e sua
equipe trabalhavam, alguns invejosos de sua vitória, incansavelmente, durante
quase cinco anos percorreram a cidade, adentrando nas casas de pessoas simples
e crédulas, denegrindo a sua imagem. Não foi surpresa, afinal, o ingrato, não
tem limites, não produz e só ilude.
Eu poderia listar todas
as obras e projetos realizados, pois tenho tudo documentado através de meus
registros profissionais, mas não creio que seja necessário, pois acredito que
todo aquele cidadão que de alguma forma foi beneficiado, saberá reconhecer o
valor da melhoria da saúde e da educação, prioridades de sua gestão.
Um beijo no coração e o
meu respeito pelo muito que vi acontecer.
sábado, 17 de setembro de 2016
O EXERCÍCIO EM FUNÇÃO DA PAZ
Rapaz....
Escrevo e falo sobre isto, a minha vida inteira e de nada teria servido, se eu
não colocasse na prática do meu cotidiano.
Vale a
pena...
Oh! Deus como tem valido engolir o orgulho sem
sentido, a arrogância de querer fazer prevalecer o meu ponto de vista, corrigir
o meu ego vaidoso e o tudo mais que é capaz de fazer de mim ou de outra
qualquer pessoa, uma bomba relógio ambulante.
Como é bom,
sair às ruas e poder contar com o carinho, o respeito de inúmeras pessoas de
mundos e históricos totalmente distintos.
Como é bom e
gratificante, não precisar me sentir obrigada a ser e a ter, seja lá o que for,
para merecer todo este aconchego.
O sentido de
pertencimento exige esforço e muita capacidade adaptativa, sem, no entanto,
exigir que sejamos violados em nossa bendita liberdade de pensar e de viver de
acordo com as nossas afinidades.
Hoje, como
em todos os dias em que desfruto desta abençoada cidade, pude sentir e absorver
o senso pleno de acolhimento e por esta razão maior, mantenho-me harmoniosa com
o tudo mais.
Portanto, só
posso agradecer, valorizando cada criatura que admiro, independentemente das
escolhas e rumos que dão as suas próprias vidas, pois o que me importa é que
dividimos o mesmo espaço e o mesmo ar e só por isto, que sejamos todos
benditos.
Não sou
boazinha ou idiotazinha, apenas sou esperta e procuro atrair para mim, energias
vigorosas, sorrisos gratificantes e beijinhos carinhosos de pessoas que nem
mesmo sei o nome, mas que sei que preciso por pertencerem ao meu universo
pessoal.
Nesta manhã
de sábado usufruí de muitos momentos especiais, onde pude expressar o meu respeito,
a uma infinidade de pessoas lindas, como a garçonete do Bar do Manuel que me
recebeu com um doce beijinho na testa, o abraço gostoso de Dona Regina do
Mercado, do sorriso afetuoso e franco
das queridas da farmácia do Ponto Certo, isto sem esquecer da molecagem
afetuosa com o Professor Emílio e a sempre querida Omara, do prazer de rever e
abraçar o Zé pescador, de apreciar o chapeuzinho do vereador Nerivaldo, do
prazer também de rever o amigo Mamaque e por aí vai...
Estou em
casa em absoluta paz e para tanto, não posso me deixar esquecer que o que vai,
volta inexoravelmente e que para se viver com alegria é preciso que não
tenhamos medo de ser feliz e de dizer ao outro, fica com Deus.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
GANHE QUEM
GANHAR, NÃO PRECISAREI FAZER AS MALAS, POIS DESDE QUE AQUI CHEGUEI, JAMAIS
PRECISEI DE CARGO PÚBLICO PARA ME ESTABELECER.
Sou grata a
todas as oportunidades que este povo me ofereceu a cada dia. Minha
subsistência, jamais aguardou favores de gestores públicos, pois quando falta
serviço de escrita ou de oratória, ainda me restam duas mãos benditas e
competência para produzir as mais deliciosas coxinhas que alguém já comeu.
Portanto, ameaças jamais me assustará, pois minha força está no trabalho e não
nas tetas, seja lá do governo que for.
CHUMBO TROCADO NÃO DÓI
Pelo menos
não deveria doer, ainda mais em época eleitoral, mas não é assim que acontece,
provavelmente por falta de consistência de propósitos reais, ao longo do tempo,
desviar-se do foco, transformou os discursos em batalhas verbais tão
inconsistentes, quanto inúteis a qualquer orientação ou propósito sério aos
cidadãos.
Cada item
falado é um genérico mesclado com uma dosagem adocicada de emoção que confunde
e fatalmente engana, levando o povo, em sua maioria simples, a conclusões
eufóricas, fazendo das pessoas marionetes de uma sempre desejada glória que se
perpetua, tão somente, como esperança circense dos espetáculos repetitivos, que
chamam de democracia, pena que seja sempre reservada à poucos.
E junto a este
toma lá, dá cá de abusos e agressões, inserem-se os “vou fazer”, mas sempre sem
dizer como, não esquecendo jamais da reafirmação do “nada foi feito” e do “tá
tudo destruído”, golpe final de misericórdia nos corações sofridos dos mais
humildes, atingidos em cheio nas frustrações, absolutamente presentes nas
realidades de cada um dos espectadores, que inflamados pelos também sempre
presentes animadores de torcida, se contorcem em aplausos e gritos de vitória.
E o pior é
que geralmente ganham, afinal, já assistimos a este filme inúmeras vezes,
levando consigo nos quatro anos que se sucedem, a gloria da vitória, mas
deixando nos redutos de seus ardorosos discursos, o eco da dor e do abandono de
uma plateia inconsciente.
Chumbo
trocado não dói, mas rende um punhado de votos.
terça-feira, 13 de setembro de 2016
REFLETINDO
Existe um
ditado popular que diz que não se pode ter tudo nesta vida.
Em diversas
ocasiões, achei que tudo isto era apenas balela, já que haviam exemplos bem
próximos de mim que me pareciam seres completos, pois nada parecia lhes faltar.
Ao mesmo
tempo, também bem próximo era possível observar o contrário, pois havia aquelas
criaturas que eram desprovidas senão de tudo pelo menos de quase tudo e este
antagonismo social não só me fascinava pelo contraponto gritante, como me
direcionou a inúmeros questionamentos e determinou a minha trajetória pessoal
de querer entender os paradoxos da vida em relação aos sistemas sociais e até
mesmo à Deus.
Comecei a
achar que Deus era o chefão do separatismo, pois se nem uma folha cairia de uma
árvore sem a sua vontade, por que, então, permitia a si mesmo, criar criaturas
tão díspares entre si?
Que
critérios ele se baseava para escolher esta ou aquela criatura e até mesmo
povos inteiros a serem mais e terem mais que outros?
Por que
criara o bem e o mal, se poderia tão somente criar o bem e deixar sua criação
humana seguir o seu rumo dentro de padrões menos cruéis?
Para que dar
mente e senso lógico a criatura humana e, ao mesmo tempo, deixa-la solta com um
tal de livre arbítrio para criar seus próprios parâmetros existenciais sem
sequer dar uma mãozinha de orientação?
Estaria Deus
fazendo um experimento ou, tão somente, foi enredado pela própria complexidade que
acabara de implantar na criatura humana, deixando, afinal, que ela mesma
buscasse alternativas?
Mas ainda
assim, não explicava para a minha mente curiosa as gritantes diferenças
estéticas, neurológicas e emocionais.
Passei então
a estudar os grandes pensadores e, não importando a origem e a época de suas
buscas, confesso que percebi exatamente as mesmas dúvidas e a mesma falta de
conclusão, levando-me a acreditar que cada um tentou desenhar em pensamentos e escritas
um Deus de acordo com a sua capacidade em assimila-lo, deixando sempre uma
larga margem para inúmeras interpretações filosóficas que são estudadas até
hoje, mas também percebi que houvera muitos que preferiram, mesmo repletos de
dúvidas, não fugir à regra, negando-o.
Querer ter tudo ao mesmo tempo, provavelmente,
está fora de cogitação, já que Deus não esqueceu de deixar um espaço sempre
aberto as atrações contraditórias que com o auxílio do livre arbítrio, circunstâncias
vivenciais, origem e coisa e tal, deixou reservado para a sua criação, sempre o
mal como um predisposto a atuação, manchando assim o ideal do perfeito, afinal,
só ele o poderia ser.
Mas seria parte
do perfeito a criação do mal?
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