Rapaz....
Escrevo e falo sobre isto, a minha vida inteira e de nada teria servido, se eu
não colocasse na prática do meu cotidiano.
Vale a
pena...
Oh! Deus como tem valido engolir o orgulho sem
sentido, a arrogância de querer fazer prevalecer o meu ponto de vista, corrigir
o meu ego vaidoso e o tudo mais que é capaz de fazer de mim ou de outra
qualquer pessoa, uma bomba relógio ambulante.
Como é bom,
sair às ruas e poder contar com o carinho, o respeito de inúmeras pessoas de
mundos e históricos totalmente distintos.
Como é bom e
gratificante, não precisar me sentir obrigada a ser e a ter, seja lá o que for,
para merecer todo este aconchego.
O sentido de
pertencimento exige esforço e muita capacidade adaptativa, sem, no entanto,
exigir que sejamos violados em nossa bendita liberdade de pensar e de viver de
acordo com as nossas afinidades.
Hoje, como
em todos os dias em que desfruto desta abençoada cidade, pude sentir e absorver
o senso pleno de acolhimento e por esta razão maior, mantenho-me harmoniosa com
o tudo mais.
Portanto, só
posso agradecer, valorizando cada criatura que admiro, independentemente das
escolhas e rumos que dão as suas próprias vidas, pois o que me importa é que
dividimos o mesmo espaço e o mesmo ar e só por isto, que sejamos todos
benditos.
Não sou
boazinha ou idiotazinha, apenas sou esperta e procuro atrair para mim, energias
vigorosas, sorrisos gratificantes e beijinhos carinhosos de pessoas que nem
mesmo sei o nome, mas que sei que preciso por pertencerem ao meu universo
pessoal.
Nesta manhã
de sábado usufruí de muitos momentos especiais, onde pude expressar o meu respeito,
a uma infinidade de pessoas lindas, como a garçonete do Bar do Manuel que me
recebeu com um doce beijinho na testa, o abraço gostoso de Dona Regina do
Mercado, do sorriso afetuoso e franco
das queridas da farmácia do Ponto Certo, isto sem esquecer da molecagem
afetuosa com o Professor Emílio e a sempre querida Omara, do prazer de rever e
abraçar o Zé pescador, de apreciar o chapeuzinho do vereador Nerivaldo, do
prazer também de rever o amigo Mamaque e por aí vai...
Estou em
casa em absoluta paz e para tanto, não posso me deixar esquecer que o que vai,
volta inexoravelmente e que para se viver com alegria é preciso que não
tenhamos medo de ser feliz e de dizer ao outro, fica com Deus.
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