sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
"COJONES”
São 4 horas da manhã, os pássaros já começaram suas cantorias e eu, como de costume, já estou bem acordadinha, tecendo minha interminável colcha de retalhos sistêmicos, onde a passionalidade emocional dita a lógica, seja lá do que for.
Por que faço isso?
Sei lá, provavelmente porque, ainda bem cedo em minha vida, descobri-me apaixonada por gente e comecei a me colocar como se fosse num jogo no lugar delas e a perceber, com o passar do tempo, que as minhas atitudes,assim como as delas, não mudavam, apenas se repetiam como cópias decoradas e bem representadas em suas nuances e características pessoais e culturais.
Fui percebendo que muda-las, também ao longo da vida, algumas pessoas precisaram de muita disposição, interesse momentâneo e, acima de tudo, uma dose cavalar de vontade voluntária, que na realidade só se manifesta se houver bastante conhecimento dos malefícios pessoais que advém da incessante busca do impossível em querer-se mudar o já solidificado nas sociedades.
E aí, haja “cojones”...
Sim, porque pagamos sempre os preços pré-estabelecidos e que não podemos afirmar em momento algum que desconhecíamos, até porque, são sempre os mesmos, tendo como única diferença a forma de como vamos contabilizá-los.
Traduzindo em miúdos, colhemos exatamente o que plantamos através de nossas opções, e aí, na colheita, não reside qualquer surpresa, a não ser, é claro, a nossa sempre vã esperança de que conosco vai ser diferente.
Qual nada, tudo ilusão de quem não sabe avaliar o sistema social onde vive e convive, achando-se bom demais para ser descartado.
Nada se compara a dor de se ter um Rei Morto, assim como nada se compara a luta pela sobrevivência com um novo, Rei Posto.
FOI ASSIM SEMPRE...
Todavia, também reparei que não nos ensinam a exercitar a nossa capacidade em termos “cojones” fortes e resistentes para aguentarmos os trancos que, eventualmente, precisamos enfrentar.
E aí, tudo fica mais difícil, pois a maior luta passa a ser íntima e absolutamente pessoal, afinal, somos essencialmente vaidosos e se existe algo que nos é difícil de aceitar, com certeza é o fato do novo Rei nos descartar, gerando assim, dores infernais que só mesmo com muitos bons “cojones”, somos obrigados a conviver.
Detalhe das posturas de gente que aprendemos a conviver bem cedo ou ao longo das duras caminhadas de aprendizado existencial.
Todavia se pensarmos sem passionalidade, tudo na realidade é simples assim:
Ação e Reação.
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