terça-feira, 25 de outubro de 2016

COMO É DIFÍCIL...

Há cinquenta anos atrás quando comecei a escrever, sentadinha em minha escrivaninha em meu quarto de filha única, pouco mais que uma criança, percebi que gostava de escrever sobre gente e suas especificidades, assim como muito atenta, tudo ia registrando em meus caderninhos, hábito que trago até os dias atuais, jamais me atendo ao comum e corriqueiro, mas a tudo quanto eu percebia e que se camuflava em sorrisos, risinhos e palavras fáceis. Tudo muito intuitivo. O tempo foi passando, mas os meus hábitos permaneceram, apenas, devida as labutas naturais da vida, fui adaptando meus escritos ao qualquer hora e lugar, já que por inerência de meu próprio trabalho, não me era possível fazer escolhas e com isto, ampliei a minha capacidade adaptativa e aproveitei para também ampliar meu raio de visão, o que me impulsionou a também buscar nos grandes pensadores da raça humana, uma maior compreensão em relação a todo e qualquer contraditório, extraindo dele sempre, ricos aprendizados em relação a incapacidade de nós humanos em não sermos isentos da paixão que imprimimos às nossas escolhas. E é esta paixão que nos leva aos desentendimentos interpessoais de vários níveis, inclusive passionais ao ponto da destruição do outro, justo porque, não nos preparamos nem para a conquista de nossos ideais e tão pouco pelo fracasso dos mesmos. E aí, com a paixão mesclada quase sempre com a ambição de inúmeras naturezas, levantamos nossas bandeiras, vestimos nossas armaduras de papelão e saímos como desvairados mundo a fora em defesa primária do que acreditamos ser a verdade, nossa, não resta a menor dúvida, mas o que importa a verdade do outro? Bela caminhada, não resta a menor dúvida. Grandes aprendizados que tento repassar aos demais. Todavia, o que mais aprendi foi sobre as mentes humanas, fontes inesgotáveis de singularidades que como atenta sempre estou, certamente me capacita, não como mais uma letrada desta vida, mas como provavelmente, uma pessoa sensível que buscou por toda a vida entender e vivenciar a ética, não dos outros em seus mares de interesses próprios, mas para os outros na certeza de todo o meu respeito aos seus pensares. Por isto, não brigo, não discrimino, apenas leio, ouço ou assisto, pondero, analiso, busco referências e depois, se me convenço ou renego, reservo para quem se interessar, minhas próprias argumentações, baseadas em fatos concretos e comprováveis, deixando as falácias e argumentações limitadas aos preguiçosos que não se dão ao trabalho de olhar a coisa ou as coisas, nas suas diversas dimensões. Exercer a ética, reconheço não é para qualquer um, pois dá trabalho e geralmente, menos dinheiro ainda. Coisas da vida!!!!

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