quarta-feira, 9 de novembro de 2016

PRESA E AMORDAÇADA

E aí, novamente na aparente solidão de meus escritos, penso no quanto o mundo tem mudado a cada década desde que me entendi um ser capaz de observa-lo e, nesta constante mudança, fui sendo capaz de me adaptar, aprendendo, ensinando, corrigindo, adaptando, enfim seguindo em frente sem maiores atropelos e, tendo ainda a chance de pensar a respeito de tudo com uma certa harmonia interior, que me remete a uma constante e crescente sensação de paz. Considero esta, uma enorme e indescritível experiência existencial que deixarei registrado nas milhares de páginas que escrevi desde os meus 14 anos, onde exalto a minha alegria por estar vivendo e também onde exorcizei todos os meus demônios interiores que insistiam em empanar a espontaneidade que me era natural em fixar minha atenção nas grandezas que conseguia enxergar e sentir, assim, como buscar entendimento quanto ao feio e duvidoso que insistente, puxava-me num destroçar de ilusões, sonhos e planos, inerência de um sistema caduco e pouco amável. Hoje, já não me surpreendo com a dicotomia possível de ser encontrada em todos os espaços de vivência e, com certeza me mantenho em permanente alerta para não ser “fisgada, presa e amordaçada”, assim como diz a letra da música num emaranhado que com certeza, faz doer. Boa noite

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