segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

O BRONZE DOS MEUS QUERERES...

Acabo de perder um delicado texto que escrevi com imenso prazer, onde descrevia a respeito da enxurrada de emoções que inundou a mim, nesta manhã ensolarada, onde de repente me senti desfilando no sambódromo da vida(corredor) de acesso ao meu quarto, tendo como plateia, quatro encantadoras rolinhas que dispostas numa espécie de arquibancada (peitoril da janela), aplaudia piando, a minha entrada triunfal em mais um dia de vida e plena liberdade.


Este foi o toque pra lá de especial, após o meu café da manhã, tendo diante de mim, o sereno mar de Itaparica, deixando cintilar por sobre si, os brilhantes e pontilhados raios solares, oferecendo aos meus olhos, continuada inspiração.

Então como não desfilar na passarela da vida como se estivesse sendo a porta bandeira da minha sempre querida estação primeira de Mangueira, sobre aplausos dos pássaros, sempre fieis, num abre alas de amor e sensibilidade?

Penso sorrindo, num certo dia já distante, muito distante, onde contrariando a lógica sistêmica, deixei que me levassem os ouros, materiais de consumo e aparente prazer, retendo tão somente, o bronze dos meus sentimentos, que venho polindo carinhosamente, transformando cada reflexo de seus brilhos em ouro bendito de minha redenção.

Louvado seja, nesta segunda-feira de um suposto carnaval, o brilho do bronze, amorosamente polido, capaz de reluzir nos meus e nos seus olhos, a força divina dos nossos mais autênticos quereres.

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