Já mais um pouco adaptada as novas acomodações, vou relaxando e me deixando ser possuída por esta paz, velha amiga que durante anos, lentamente fui absorvendo, deixando cair ao chão todo o estresse que acumulei ao longo da vida, no tumulto das cidades grandes.
E aí, depois de passar quatro meses que mais pareceram anos, volto e percebo assustada, o quanto o sistema social é capaz de contaminar a mente e alma, até mesmo, de pessoas como eu, que pensara estar imune.
Rapaz, fazem quatro dias que retornei a minha Itaparica e logo percebi a imensa diferença em mim, precisando de um esforço extra para ir novamente me despindo, sem que o tumulto que trouxe comigo, não se tornesse visível e contaminador.
Respiro fundo seguidamente, amansando a minha respiração, deixando-a se harmonizar com esta realidade tão minha e amada.
De repente, recebendo velhos amigos, fui absorvendo o prazer de me sentir querida, através dos abraços apertados entre pessoas que apenas se querem bem, sem qualquer outro compromisso, além de dizerem uns para os outros; te amo e estava com saudades...
Bom demais da conta, passear pela bela orla de Itaparica e ir reconhecendo rostos e até andares de pessoas que há muito, passaram a fazer parte do meu universo pessoal.
Voltei...Aqui, não sou mais uma estranha, sou apenas, a Regina da Rádio, cuja voz se faz reconhecer, num simples obrigada ou bom dia, já no café da manhã, na praia ou aonde quer que eu vá.
Quanto vale, alguém perguntar e já afirmando: A senhora é a Regina da Rádio, né... Reconheci sua voz...
Gente, a última vez que utilizei as ondas benditas de minha Rádio Tupinambá, foi em outubro de 2018 e ainda sou lembrada...
Quanto vale, hein, diga aí...
Não tenho idade e nem estética física, afinal, eternizei minha voz, minha alma, meu todo de apenas, uma mulher feliz por existir em um Paraíso, e ainda poder chama-lo de seu.
Obrigada meu Deus!!!
Que nesta quinta-feira, você também descubra um pedacinho de algum paraíso, para sorridente, chamar de seu.
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