Hoje acordei mais cedo, porquê, eu não sei, talvez, porque os passarinhos também tenham chegado antes do previsto, penso então, que deve ter sido por causa do sol que raiou bem forte, por estas bandas sulistas.
Tento imaginar como está a minha Itaparica, será que está fazendo sol?
Aquele sol delicioso, testemunha do amor que eu tenho feito por longos e deliciosos vinte anos, entregando-me despudoradamente às suas cariciosas águas, levando-me aos mais profundos e deliciosos orgasmos de pura felicidade.
Estou contando os dias, minutos e segundos para revê-la na formosura que lhe caracteriza e poder matar todas as saudades, desses meses de distanciamento.
Fico imaginando o nosso reencontro...
Eu, essa senhora safada adentrando lentamente nas suas mansas águas, deixando que você me abrace, enquanto, meu corpo vai sendo engolido e, nesta imersão de prazeres, seremos só eu e você e a bendita vida, nos consagrando.
Mal posso esperar pelas suas marolas que tão safadas quanto eu, farão massagens rejuvenescedoras, fazendo de mim, tão somente uma mulher cujo amor é atemporal.
E aí, nessa manhã ensolarada, fecho meus olhos e até posso sentir a grandeza dos seus sempre delicados toques, que me levam a sentir que sou a criatura mais venturosa desta vida, afinal, ao entregar-me, visito sem aviso prévio o céu do bendito pertencimento amoroso e, já que em algum momento terei de morrer, que seja em seus braços, enlaçada por suas águas, sob o céu de sua paixão também por mim.
Amo você, sem reservas e sem pudores, minha mansa e amorosa Itaparica...
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