domingo, 6 de fevereiro de 2022

CONVERSANDO COM A MINHA ANNA.

Incrível, só acredito porque presencio...

Como pode estudar e escrever indo de um estilo musical a outro?

Pois é, se eu fosse normal, provavelmente, não escreveria uma só linha e tão pouco, teria me apaixonado por Platão e feito de ambos, alegres companhias de meus voos de vida, pois, amanheço e anoiteço, tendo-os ao meu lado, colorindo os meus instantes presentes.


E a depender do que escrevo, as músicas variam, se bem que minhas preferências, sempre foram as músicas instrumentais das grandes orquestras, desempenhando divinamente, fantásticos solos de piano, violino, saxofone ....

Minha autobiografia foi escrita, quase que ininterruptamente em dois meses, ao som de Primavera de Vivaldi, noturno de Chopin e algumas áreas de Debussy.

Creio que a música me transporta para dentro de mim, fazendo bailar meus neurônios ao ponto de eles saírem de minha mente em voos fabulosos, cavalgando as incríveis borboletas que estão, sempre prontas a leva-los, aonde as minhas inspirações aguardam, conscientes ou não desta minha sorrateira visita.

Portanto, minha filha, qual a surpresa se desde muito pequena, lá no sítio em Caeté, sem vizinhos próximos, tendo apenas uma bela mata a nos brindar com o ar mais puro possível, ouvias as canções ecoando entre arvores, integrando-se a aquele local mágico que te transformou em um ser absolutamente livre, assim como esta tua mãe.

A música é o meu estimulante e o meu repouso e através dela, viajo para o interior das emoções humanas.

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