Minha vida foi pautada por estações muito bem delineadas e em cada uma, precisei fechar um ciclo, portanto, com o tempo, os sinais da proximidade do fim, foram ficando cada vez mais nítidos ao ponto de não me causarem mais estranhamento, apenas aos poucos ia absorvendo o impacto das perdas ou simplesmente, como agora, fechando um ciclo de forma racional.
A diferença entre o agora e dantes, só se caracteriza pela diferença cronológica de uma antes primavera, para um agora, outono.
Resgatar a vivacidade do frescor de uma dinâmica ativa e flexível, já não é possível frente as naturais limitações que venho aos poucos reeducando em mim, numa adaptação carinhosa, sem apelos ou cobranças desnecessárias, num exercício de genuína generosidade para comigo.
No que penso e escrevo, deixo rolar algumas lágrimas não de dor ou tristeza, mas de emoção de ainda estar disposta a recomeçar, levando como bagagem uma enorme experiência de ganhos que não pesam, justo porque, fui descartando ao longo do caminho, todos os excessos, assim como faço agora, aceitando e compreendendo amorosamente, o que jamais poderei modificar e abraçando com paixão, tudo quanto, se descortina, como um outro ciclo, só cabendo o novo e o surpreendente.
Ciclos ou desafios, não sei de verdade como definir, só sei que preciso continuar caminhando, neste estranho outono que para mim, chegou e por todo o tempo, se mostra florido e aí, só a gratidão cintila nos meus olhares primaveris sobre esta minha vida, simplesmente incrível..
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