terça-feira, 1 de março de 2022

BOM DIA...VAI UMA BEBIDINHA, AÍ?

O céu amanheceu brilhantemente azul, trazendo uma quentura ao corpo logo bem cedinho.

O mar me parece mais calmo que de costume, até as marolas estão preguiçosas, bem ao gosto de uma terça-feira de um suposto carnaval, onde pelo menos por aqui, tudo foi e está calmo sem as costumeiras arruaças, provocadas pelos aditivos da alegria.


E aí, como uma chata observadora, desde pequena, chamava a minha atenção, as pessoas precisarem da bebida e de outras coisinhas a mais para dançarem e se sentirem livres.

Será que gostam das festas carnavalescas ou de um período em que elas podem ser elas mesmas, com a permissão oficial do sistema?

Para mim, jamais fez sentido o uso de qualquer bebida, principalmente em excesso, para que a alegria e a descontração emerjam, mas concordo que para os mais tímidos, assim como eu, uma doze de qualquer bebida, ajuda a relaxar.

No entanto, fico observando que a nossa juventude tem sido movida a estimulantes até mesmo, num bate papo com os amigos no barzinho da esquina, levando-me a pensar que infelizmente, qualquer traço de naturalidade tem desaparecido dos convívios sociais e isto é lastimável, já que de cara limpa, mal se toleram.

Chamam de liberdade, mas será?

O que constato é uma juventude presa em valores frágeis que se rompem por qualquer motivo, transformando cada jovem em um vampiro existencial, vagando entre os copos e os corpos, num desgaste físico e emocional que cobra em seguida o seu pesado custo, numa indução ao continuísmo de repetidas fugas, num ciclo enganosamente vicioso, alicerçando pessoas visivelmente infelizes, jamais livres.

Penso que este é um tema pesado para eu estar escrevendo num dia que deveria ser de autêntica alegria, mas aonde se esconde esta maravilha, chamada felicidade, se as sete da manhã, num café da manhã, os rostos estão fechados e sem brilho, como se levantar para um novo ensolarado dia, fosse um fardo que de tão pesado, impede a expressão de um simples e ingênuo BOM DIA!!!

Concluo que a cada ano, as pessoas estão mais e mais fechadas, emburradas, precisando de uma bebidinha para se lembrarem que sorrir é preciso, pois, afasta a dor, leva embora o pranto.

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