Estou a mais de trinta minutos, ouvindo os meus instrumentais, suaves e melodiosos e não consigo escrever uma só palavra e isso é incrível, afinal, o dia amanheceu ensolarado e belo, ingredientes mais do que adequados para inspirar-me, mas não agora, por que, será?
Sinto-me absolutamente neutra e não há um estado mental que mais me incomode do que, pensar em algo e este, nada me intuir a escrever. Sinto que exauri a minha bagagem inspiradora, sentindo que sobre tudo, principalmente sobre o amor, já escrevi.
Por outro lado, neste instante, frustro-me só em pensar, que nada mais tenho para falar de um sentimento que me define, penso então, como consolo, que apenas estou dando um tempo e que logo, voltarei a rolar pelos gramados da paixão e que hoje, neste instante, estou apenas, recarregando as forças pessoais, buscando em meu interior de apenas uma mulher fascinada pela vida, gotas da paixão que ao longo da caminhada, talvez, tenha deixado cair do meu sempre farto cesto de doações pessoais.
Ah! Como eu amei...
Como eu quis, como me dei...
E agora, olhando este sol ainda fraco, mas presente e determinado, vejo-me sozinha, mas ainda assim, tendo em mãos o mesmo cesto, a mesma disposição, mas sem ter a quem distribuir...
O pianista, dedilha suavemente, deixando o som de sua sensibilidade adentrar em mim, fazendo-me suspirar profundamente e em seguida sorrir...
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