quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

POETA OU LOUCA?

A população cresceu, a desigualdade aumentou, a banalidade se expandiu, a sobrevivência está mais difícil, as drogas proliferarem e o amor se diversificou.

Portanto, estamos na era das transformações e é natural que diante dos sem números de opções, desilusões e incompreensões, fiquemos zonzos e expostos aos embrolhos que se avolumam e se acumulam, confundindo e acarretando conflitos, distorções de todas as ordens.


Não há tempo para adaptações conscientes, o mundo sistêmico tem pressa e nesta corrida ao ouro da sobrevivência, atropela-se ou engole-se o lento e o fraco, sem qualquer misericórdia.

A natureza humana, na sua constante dualidade é a mesma, sendo levada pelos tempos de agora, a retroceder, privilegiando a força bruta, física e mental. deixando a lógica e o bem senso, como entendimentos do passado, afinal, não existe tempo hábil para o raciocínio de nada, muito menos de si mesmo.

Aturdidos, nomeia-se como protagonista da vivência o velho chavão; “olho por olho, dente por dente”, com força total, neutralizando a bendita misericórdia, ponto fundamental para se ter ou resgatar o equilíbrio, a razão e o amor.

Somos tão somente, o que a mídia, a internet, a ciência e a Tecnologia determinam, e aí, como coadjuvantes, vestimo-nos de zumbis e entramos em cena, com o script dos sem alma.

E aí, quando aparece uma Regina, indicando pausa para a reflexão, chamam-na de poeta, para não a chamar de louca ou qualquer outra coisa que o valha.

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