Ao longo de minha vida em algumas ocasiões, precisei tomar decisões difíceis, quase que impossíveis para uma jovem mulher, acostumada ao bom e ao melhor, mas as tomei e jamais me arrependi, constatando que em todas, acertei , justo porque as tomei, usando um equilíbrio que eu sequer sabia que tinha, uma razão que contrariava o aparente justo e nobre e com um amor que inundava o meu todo, fazendo brotar uma doce ternura por mim mesma, como se esta ternura fosse a forma de uma garra, um determinismo em jamais me sentir derrotada pelas perdas, que acompanhavam as minhas decisões.
Certamente outra sentiria arrependimento, mas não eu, que sequer, poderia mensurar-me negociando com o que eu tinha de mais sagrado que era a ética pessoal, que garantia a minha dignidade, bem maior, deixado pela educação primorosa que recebi, na bendita educação doméstica que infelizmente, há muito se perdeu.
Valores que tentei nesta minha trajetória aprofundar-me, estudando os grandes pensadores da humanidade, nas suas essências para poder, coerentemente, repassar a todos que pudessem ler meus escritos, ouvir minhas palestras e o tudo mais que exerci nesta jornada de muita vida e de liberdade ilimitada.
Não posso dizer que me sinto com o dever cumprido, pois, enquanto eu, vida tiver, continuarei com minhas atitudes, meus escritos, como uma peregrina da beleza da vida, espalhando o quanto, somos incríveis, fabulosamente, abusadamente capazes de fazer de nossas vidas e de nosso entorno, um campo verdejante.
Benditos sim e não, que aprendi a dizer sem tremer a voz ou fazer doer o coração.
Que nesta sexta-feira que caminha para o seu fim que, estejamos conscientes do tudo quanto, somos capazes de realizar, fazendo valer o privilégio de estarmos desfrutando da vida.
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