Não é sem motivos que prefiro escrever sobre pássaros e borboletas, afinal, a muito já compreendi que escrever sobre qualquer assunto que envolva política é pura perda tempo, já que o vício comportamental dos partidarismos ou apenas, querer-se colocar em arenas de disputas inúteis, nada colaboram para que as minhas reflexões, atinjam um grau de entendimento agregativo, meu e principalmente daqueles que me leem e que não são poucos.
O desvio de intenções é gritante e afrontoso, levando-me a crer que jogo com minhas palavras, perolas aos porcos.
Na minha idade e com a minha vivência de Itaparica na sua apresentação física me é suficiente para que eu dela fale com absoluto conhecimento de causa, sem em hipótese alguma, vestir-me de sabedora das verdades que estão além, do que posso enxergar e medir nos meus conhecimentos superficiais, quanto a política e os políticos, afinal, fugindo dos achismos e vaidades, atenho-me ao que até os cegos, são capazes de enxergar.
Portanto, não me deixo esquecer dos movimentos midiáticos em que eu estava in loco registrando, ouvindo, escrevendo, assim como nessa última eleição, até mesmo concorrendo e não alcançando vergonhosamente os votos suficientes para não me tornar, um espetáculo para os maldosos sempre de plantão e aí, dolorosamente constato que a mesmice atávica e pouco criativa, permanece como uma nódoa sem qualquer lógica em relação a cidade e ao povo.
Então, confesso que para mim, já deu, pois, tenho um resto de vida a ser vivida e não posso e não quero perder tempo seja lá, no que for.
Prefiro sinceramente fazer amor, com as águas mansas e mornas, dialogar com os pássaros e borboletas, saborear de todas as gostosuras e sentir os aromas das mangas, cajus, acerolas a permanecer tentando inutilmente restaurar uma ética que há muito se perdeu, frente a ganância da ignorância que como uma espada afiada, impõe-se devastando o tudo de bom que certamente, os itaparicanos merecem, engolidos pela miséria ainda existente e pela sempre necessidade em sobreviver, não deixam que eles enxerguem, os seus mais básicos direitos pessoais.
Paro neste instante de me envolver na política da cidade que me acolheu a vinte anos, tão generosamente, com a consciência tranquila de que correspondi da melhor forma que me foi possível, a todo o carinho e visibilidade que este povo me ofereceu.
Fiquemos juntinhas com o melhor que ainda posso oferecer que é a minha lealdade e minha poesia e é claro, com as minhas orações.
De hoje em diante, rogo que não me procurem para postar em minha página, assuntos políticos, pois, não publicarei, assim como reservo-me ao direito de quando necessário, postar minhas reivindicações de cidadã e nada mais, rogando a Deus que nada comentem.
Agradeço a compreensão de todos.
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