O que é isso dona Regina da Rádio?
Assim começaria o sermão das boas maneiras do meu amigo, meio filho, meio irmão, Claudio Neves, que cuida de mim zelosamente, a qualquer hora do dia ou da noite, tal qual, outras incríveis criaturas, como a doce Rosemeire Neres que logo cedo, ligou para outra preciosa amiga chamada Reinalice, pedindo a ela que viesse até a minha casa, pra ver se eu estava bem, afinal, já eram seis e meia da manhã e eu não tinha postado nada no face e ela queria me dizer que estava vindo e já trazendo o almoço fresquinho.
Pode haver, maior demonstração de cuidados zelosos para com um amigo, nesses tempos bicudos em que, ninguém tem tempo pra nada e quando tem, não está nem aí?
No domingo, meu docinho de amigo Claudio, o homem mais ocupado do mundo que vive cronometrando seus afazeres para não se perder, ainda conseguiu um instante, antes de pegar o ferry de retorno a Salvador, para vir me trazer uma cadeira, para melhor eu me acomodar para escrever meus textos diários.
Qual o valor destas atenções?
Tereza, arruma sopinhas para eu tomar a noite, me serve deliciosos cafés da manhã, me estreita no seio de sua preciosa família, arranca a blusa do corpo e me dá, só porque eu achei bonita e sem esquecer da minha querida Rosalina que arruma delicadamente as mudinhas de plantas e flores, ano após ano, só pra me agradar e todos os dias, diz que me ama.
Eu poderia ficar escrevendo muitas laudas para tão somente, enumerar todas as atenções recebidas dos amigos virtuais daqui e de diferentes lugares deste mundo de meu Deus, que escrevem poemas pra mim, selecionam músicas espetaculares, preocupados que estão de tornarem meus amanheceres e anoiteceres, mais doces e mais encantados, não é mesmo, Jeferson Borges e Nasser Queiroga, Hildegardo Gentil, além das amigas fiéis, sempre prontas a elogiarem as minhas postagens, patrocinarem meus livros, orarem por mim, nos meus perrengues, como Cida Paglarin que cito para representar uma legião de outras que formam o meu colar de pérolas preciosas de vida.
Como não viver em absoluta paz, quando se sabe que existe um Adriano Tavares, capaz de largar suas muitas obrigações, para atender as minhas necessidades médicas, como se estivesse cuidando da própria mãe?
Como esquecer de Consuelo Velasco, amiga de mais de cinquenta anos, que liga diariamente, lá de Brasília, para saber como estou?
Como não ser grata a Deus, pelos filhos benditos, Luiz e Anna, que não medem esforços para que nada, absolutamente, nada me falte e me cobrem de orgulho, por serem pessoas decentes e trabalhadoras?
Como pensar em ter outro homem em minha vida, quando fui premiada ao receber de Deus, um Roberto Couto, parceiro amoroso de uma vida inteira?
Quanto vale esta conquista de vida?
Como não enxergar Deus em tudo e em todos?
Como não usufruir destas benécias, repleta de gratidão?
Como não me tornar uma vagabunda, nesta altura de minha vida, só usufruindo desta colheita bendita, neste paraíso terreno que é a minha Itaparica, dando-me ao luxo de ficar morcegando na minha caminha deliciosa?
Como poupar de meu vocabulário, o eu te amo?
Como disse o poeta Mário Quintana:
Se tudo tivesse dado certo, de acordo com o planejado, eu não estaria aqui e agora, vivenciando todas as riquezas que a vida, havia me reservado...
Regina Carvalho-5/12/2023- Itaparica
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