Mas quem de verdade tem se importado com respeito?
Depois de falar sobre o Natal do meu tempo e do tempo atual, coloco Debussy, afim de poder deixar o solo fantástico do piano na execução de tão grandiosa obra musical, ditar o ritmo e a qualidade dos meus escritos.
Na noite de ontem, por absoluta ignorância técnica, não me foi possível, adentrar como convidada de acordo com o anunciado, na live de Alex Cruz, contrariando uma enxurrada de contras o que, me levou a refletir:
Por que não?
Por que não estar ao lado dele ou de qualquer outra pessoa, sobre o pressuposto de que não seria de bom tom?
Quem sou eu, para me sentir mais ou menos que alguém?
E que bom tom é este, que ignora a fome, a miséria, a violência em prol de seus próprios interesses?
Não me cabe julgar, condenar e muito menos segregar o diferente, por que ai, sim, eu estaria contradizendo tudo quanto, já falei e escrevi a minha vida inteira.
Foi lamentável eu não ter tido a chance de participar da live, todavia, além de pensar e agir como uma humanista, sou antes de tudo, uma espiritualista, que acredita sinceramente, que nada é por acaso e que tudo tem sua hora e momento pra acontecer.
Minha participação, tinha como objetivo, fazer você pensar sobre as pessoas e sobre a cidade, sobre os abusos continuados e pelos resultados catastróficos que se intensificam ano após, ano, refletindo-se na vida e na liberdade cotidiana de cada cidadão.
Presunção desta senhora que alguns afirmam, não ter o que fazer?
Não...Apenas coerência de propósitos em relação ao melhor lugar do mundo, que encontrei para viver e que me acolheu, carinhosamente.
Não tenho dinheiro, nada a ofertar, minha casa não vive repleta de amigos, meu carro é tão velho, quanto eu, mas Deus!!! Quanto amor eu recebo...
Quanta paz eu desfruto, quantos sorrisos a vida, tem me garantido.
Ao longo desses últimos três anos, tenho recebido inúmeras denúncias, e ao contrário das anteriores, finalmente, todas graças ao trabalho laborioso e apaixonado de Francisco Metidieri, devidamente documentadas e a todas, sempre reservei um lugar de destaque em minha página social, não que eu, tenha representatividade em votos e a prova disto é que, jamais passei dos 44 votos de amigos em 2008, motivo básico para nenhum político, jamais me procurar, mas com certeza, tenho e muito a sempre bem-vinda credibilidade como pessoa e profissional, motivo maior para que os políticos, me mantenham a distância, já que sabem que nenhum dinheiro ou favor, comprometeria o meu caráter e meu amor por esta terra que sinto e chamo de minha.
Estou perdendo meu precioso tempo de vida, afinal, nem mesmo meus 21 livros, assim como lindos projetos em benefício do bem estar do cidadão, inspirados no amor que nutro pela vida e pela minha Itaparica, mereceu do empresariado ou mesmo da cultura institucional da cidade, qualquer maior atenção, aliás, a maioria, sequer sabe ou lembra que existe, tão somente, porque, não sei fazer política partidária.
“O sim senhor”, não faz parte de meu vocabulário...
Não desfruto das benécias, oriundas do silêncio ou das defesas, cumplices.
Sou uma velhota, como fui uma jovem aguerrida, mas segundo os “SAFOS”, por preservar o meu bendito idealismo em prol do justo e do nobre, virando as costas, para as ofertas que desfilavam diante de meus olhos, tentando aguçar em mim a banalização, sou um fracasso?
Talvez, se mensurado o meu comportamento fosse, em relação a doentia proliferação do macabro enriquecimento ilícito, através dos bens públicos, travestido de bons modos e santificações de figuras notoriamente, craqueladas.
Minha função como cronista é o de relatar para levar o meu leitor a pensar refletindo e não, julgar e condenar, pois, para estas funções, existem os Vereadores, o MP, o TCM e a Polícia Federal e por fim o povo, não reelegendo seus algozes.
Penso então, que se nossas instituições, fossem constituídas, comandadas e sustentadas honrosamente por profissionais devidamente qualificados, mental e moralmente, tendo uma Constituição, devidamente respeitada, certamente, como ocorre em outros lugares deste mundo de meus Deus, a corrupção, ainda assim, existiria, mas a punição também, se faria presente.
Se tivéssemos um povo devidamente letrado, a cidadania, através do senso dos Deveres e Direitos, faria parte das prioridades de cada cidadão.
Mas não temos, daí a constante luta, a incansável repetição da retórica de tolos como eu, e de tantos outros que acreditam que a fome é uma vergonha e “viva Betinho” e que a violência de qualquer natureza é um afronte a qualquer ser humano dotado da expertise do raciocínio e que a usurpação do erário público, é uma chaga, ainda sem vacina, que possa mantê-la sob controle.
Regina Carvalho-15/12/2023- Itaparica
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