Amanheci ouvindo um sambinha, mas para escrever necessito de Chopin, afinal, o bater das teclas do piano, seguem rigorosamente as teclas do notebook e juntas, traduzem minha mente e esta, minha alma.
Lá fora, o sol já se apoderou do jardim e os pássaros, após o recital de abertura, neste instante, acontece uma pausa, pra que seus artistas se preparem para os próximos atos e, assim como eles, também vou fechando este ato, com um pouco de mim...
Penso na resistência física e emocional que me acompanha desde sempre, impedindo-me de desistir de enxergar a vida em todo o seu esplendor, enriquecendo desta forma, meus instantes com sua própria luz e criando o possível, no aparente impossível.
Esquisita, insuportavelmente fiel aos olhos deste sistema malicioso, seguindo apenas, minhas intuições, não largo jamais o osso que me mantem com a alma alimentada, assim como sugo o sabugo das minhas preferências, nutrindo-me do aparente improvável.
E aí, como não desfrutar do “aparente” quase nada para muitos, se tudo nele, sou capaz de encontrar?
Bom dia, para você que me lê, com o melhor de mim, nestes instantes de amor a vida.
Regina Carvalho-4/12/2023-Itaparica
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