Pessoas, não podem valer menos que coisas
A vida, seja ela qual for, não pode valer menos que objetos, por mais valiosos que se apresentem.
Se não pode amar a vida, nas suas infinitas configurações, pelo menos, respeite-as...
Foi pensando nisto que acordei nesta sexta-feira de quase verão e a apenas, nove dias do Natal.
Natal de presentes, confraternizações e comilanças,
Natal de mensagens e imagens simbólicas, que afirmamos que não podem faltar às nossas crianças.
Natal de pessoas e coisas que logo depois, se desconfiguram
Natal de uma noite e um dia de ilusões.
Natal cenográfico, ilusório, representativo de uma fraternidade, a cada ano, mais esquecida.
Ainda me lembro dos Natais dos velhos tempos
Regados a vinho, castanhas e bacalhau
Família, portuguesa com certeza...
Ainda me lembro, já faz tanto tempo...
Do mantra sagrado, recitado por meu pai
Insistente em fazer os filhos compreenderem
Toda a importância do Natal de um ano inteiro.
Hábito bendito, que fez de mim uma humanista
Que insiste e não desiste de pregar o amor
e a bendita fraternidade, lógica absoluta de tudo.
Seres vivos, não podem valer menos que coisas...
Pra você que me lê, um dia de compras e reflexões
Sobre o breve Natal do dar e do receber.
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