Estou aqui quietinha esperando uma torta que fiz acabar de gratinar e enquanto isso, penso no tempo, fazendo uma analogia da espera da conclusão do cozimento com o processo de aceitação da inevitável passagem do tempo.
Passagem que vai mostrando sua presença lenta e gradativa, através de uma inexorável perda da juventude, na maioria das vezes, muito pouco observada, distraída que estávamos com as mil e uma atividades que como imã, nos atraia e nos seduzia.
De repente, vamos abaixar para apanhar algo e por lá ficamos alguns segundos, meio que travados, tentando retornar a postura anterior, enquanto, a mente salvadora, cria desculpas para que não nos sintamos atingidos pelo tempo, todavia, a cena volta a se repetir em outras infinitas ocasiões, onde a mente, já não mais consegue esconder o fato de que envelhecemos e sequer nos demos conta.
E aí... começa o processo de adaptação e aceitação, que nem todos conseguem vivenciar numa boa, afinal, melhor idade, uma porra, isso sim...
Todavia, pode não ser tão ruim, se a gente ir aceitando as novas regras sem lamúrias, mas buscando as novas opções, que na realidade, só vão depender da capacidade individual de reinventar-se em tudo por tudo.
Mas que eu gostaria de ter estagnado nos 40, com certeza, ainda mais, porque eu estava um espetáculo...
Bom demais da conta é saber encarar a vida, tal qual, ela se apresenta, bonita, sempre bonita...
Texto escrito em 01/12/2023- Itaparica
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