segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O CIRCO COMEÇA A SER ARMADO

Ficar em silêncio, quietinha no meu aconchego, sempre foi muito produtivo, afinal, posso pensar e avaliar meus valores, reforçando-os ou refazendo-os, numa lapidação carinhosa, já que tal ofício, todos podem exercer, mas jamais terceirizar.

Hoje, por exemplo, compreendi que além de ser esquisita, sou incrivelmente chata, já que não permito que a lógica, não minha, mas universal, se desprenda de minhas visões, mesmo as mais simples e aparentemente ingênuas, onde o cerne, seja o bem comum.

E aí, como uma chata assumida, penso que se as reuniões políticas fossem movimentos sérios, voltados aos interesses do povo, não precisariam acontecer as escondidas, cercadas de mil mistérios, geralmente, nas caladas da noite. 


Deduz-se dentro de uma lógica política, que as conversas deveriam ser pautadas em projetos que atendessem aos interesses do povo, onde poder-se-ia avaliar propostas que se coadunassem entre si, formatando-se assim, uniões de valores agregativos de afinidades partidárias.

Todavia, sabemos que não é bem assim que a viola toca, pois, na realidade, discute-se uniões de interesses agregativos aos políticos envolvidos; como cargos, posições hierárquicas, divisões de controles, avaliações dos apoios financeiros e etc., e tal, e nessa, o povo, só é lembrado na avaliação de cada político e no quanto, cada um pode colaborar com o potencial de votos dos seus redutos eleitorais.

E aí, entre conversas, uniões são ou não formalizadas, mas projetos que é bom...

Daí, cada governo empossado é um picadeiro de improvisações, onde o palhaço que animou a festa, é sempre o povo, com seu sempre ingênuo voto.

2024 está chegando e o circo das eleições desta vez, já chegou faz tempo.

Trapezistas e malabaristas há muito se articulam na clandestinidade das reuniões que em séculos passados, eram consideradas inconfidências, punidas com a forca, mas que hoje, são tantos os inconfidentes, que faltariam postes e cordas para enforca-los, afinal, na era moderna e progressista, são conclaves que acontecem, sem qualquer garantia de cumprimento das promessas acordadas.

E se na cara dura, traem uns aos outros, imagine ao povo, coitado...

No final das contas, ao político traído, e cá pra nós, são muitos, só resta reclamar pro PAPA e aguardar o retorno do circo para uma desforra bem elaborada.

E o povo que se lasque em meio a este imbróglio de feras que se reconhecem...

Reunião dos inconfidentes no século XVIII

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